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Relatório Geologia

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INTRODUÇÃO
Uma das fontes de estudo da geologia são as rochas, onde são analisados os tipos, formação, características, entre outras coisas. Em função disso realizamos uma aula de campo na qual percorremos a BR – 304 de Mossoró até o Pico da Cabugi, realizando um total de sete paradas, onde pudemos ver e fixar o que foi visto em sala de aula. Na aula foi explanado como se formaram as rochas na região, o que a sua presença naquele local significa como era o ambiente no passado e também a sua importância seja ela econômica, social para a região. Dessa forma a aula teve o objetivo de verificar as rochas que compõem a nossa região, e a partir disso entender como ela era no passado. Este relatório tem o objetivo de apresentar de forma mais detalhada as características dessas rochas encontradas no percurso.
METODOLOGIA
Ao longo do percurso foram retiradas fotos sobre as formações rochosas, e também houve uma coleta de dados e informações sobre as mesmas, sendo estas informações feitas pelo professor.
DESENVOLVIMENTO
A primeira parada aconteceu logo após sairmos de Mossoró na parte sedimentar do estado. O que caracteriza esse local é a presença de rochas jovens, com cerca de 130 milhões de anos, o que para a geologia é considerada uma coisa recente. Ao sairmos de Mossoró passamos pelo Rio Mossoró e Angicos, que são regiões bem recentes, assim como os manguezais. A primeira rocha observada foi o calcário -jandaíra. Foi visto que as rochas podem muito bem contar a história da região. Ela seria uma prova que o local já foi mar. Os sais que existiam no ambiente marinho como carbonato de cálcio, magnésio, sódio iam se depositando juntamente com carapaças de organismos e com o tempo foram se precipitando formando bancos e mais bancos de calcário. Os minerais carbonáticos como carbonato de cálcio, magnésio, e também a calcita são exemplos de minerais encontrados no calcário. Uma técnica para identificar a pedra é colocar uma solução de ácido clorídrico, pois a mesma entrando em contato com os minerais carbonáticos provoca uma reação química. Em termos de importância, temos primeiramente que é no calcário-jandaíra que está confinado um dos maiores aquíferos da região, o aquífero jandaíra, que leva o mesmo nome da rocha. Justamente porque a mesma em contato com a água é facilmente intemperizada. A água é como se fosse um ácido fraco, vai dissolvendo os sais e vai criando condutos, galerias, e são nesses locais que vão ficando as águas subterrâneas. Há seis mil anos, onde o clima nessa região era diferente, chovia muito, esse intemperismo era mais forte, e dessa forma criou-se as cavernas. As mesmas servem justamente para confinar a água, por isso a presença de cavernas e água subterrânea. Se encontram a mais ou menos 60 -100 metros de profundidade. A água é bastante utilizada na agricultura, principalmente nas plantações de melão. É uma água salgada, devido os sais dissolvidos. Para ter uma ideia a água que bebemos tem em torno de 0,5 decicímetros de condutividade elétrica ou concentração de sais, a do aquífero em determinados períodos do ano pode chegar até 5 decicímetros. Utilizada no consumo animal, muitas vezes é misturada com a do aquífero arenito-assu, que é um pouco mais profundo e doce. Também nessas rochas podem ser encontrados fósseis. A região está repleta deles. Devido a sua abundância e facilidade de encontrar, o calcário apresenta importância extrema na construção civil, tornando a área um polo de matéria prima devido a sua presença. Segundo estudos da UFRN, o calcário dessa região é um dos melhores do mundo para a construção civil, por causa da sua mineralogia, ou seja, os sais que compõem a rocha. Empregado para fabricação de cimento, cal, porcelanato, também pode ser utilizado para tinta, na agricultura pode ser utilizado para a correção do “ph” do solo. Vale ressaltar que o local em que estávamos recebe o nome de Depressão Periférica da Chapada do Apodi e é de extrema importância para a recarga dos aquíferos (o local recebe o nome de depressão periférica da Chapada do Apodi. 
Figura 1: Teste para verificar se Figura 2: Calcário-jandaíra aflorando 
é um calcário na superfície
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
Na segunda parada encontramos outras duas rochas sedimentares, primeiro o arenito assu e segundo o folhelho. Ambas também contam um pouco da história. O arenito está embaixo do calcário e antes da região ser mar foi um grande deserto onde havia muita areia, e o que comprova isso é o arenito, por isso a rocha recebe esse nome. Essas rochas ficaram mais embaixo, sofreram pressão das outras que estavam acima, como o calcário e foram se compactando ao longo do tempo. Os grãos de areia foram ficando cada vez mais unidos, e essa união que é justamente o processo de diagênese se litificou dando origem a rocha. Nesse caso temos um aquífero primário, porque foram grãos de areia que ficaram unidos, deixando espaço entre eles, e justamente nesse espaço que se criaram os poros, por isso quando jogamos água é como se o arenito sugasse, fosse esponjoso e a água vai ocupando os espaços vazios da rocha. Em Mossoró a cerca de 800 -1000 metros encontramos essa água confinada, por isso que é tão quente. A água já é própria para o consumo porque a rocha funciona como filtro. Devido a isso o aquífero recebe o nome da rocha, arenito assu. Quando pensamos em aquífero, devemos pensar rocha e água como um corpo só, porque eles estão unidos. Além de confinar água também confina petróleo em seus poros. A outra rocha, folhelho, também é sedimentar constituída basicamente de argila, os filosilicatos, minerais bastante finos. Recebe esse nome por apresentar um aspecto de folhas. As argilas têm uma capacidade muito grande de se contrair e expandir, por isso quando estão secas ficam fragmentadas e quando molhadas se tornam plásticas. Elas são uma prova que o mar que existia era raso e calmo, por ser mais leve elas se depositavam depois, chegando a revestir o arenito em alguns pontos, mostrando um certo aspecto de proteção. Devido a isso as pessoas de engenharia de petróleo chamam também o folhelho de rocha selante. Foi também observado a ação deixada pelo homem, que devido a declividade dos taludes favorece a erosão no terreno, mostrando fissuras que acontecem no solo chegando a atingir metros de profundidade, prejudicando também a BR.
Figura 3: Rocha sedimentar Figura 4: Rocha sedimentar folhelho
arenito-assu 
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
Na terceira parada estávamos em uma região aluvial, onde nos deparamos com outra rocha sedimentar, o conglomerado. Toda essa região teve influência do rio Piranhas-Assu, que vem da Paraíba, corta o estado do Rio Grande do Norte e desagua no litoral, e também do Rio Mossoró. O rio Piranhas a milhões de anos vem trazendo uma série de materiais e depositando na região, uma prova disso é a rocha conglomerado, que também pode ser chamada de formação moura, recebendo esse nome devido um geólogo que a identificou. Ela é constituída por um material grosso, sendo bem maior que silte, argila e areia. Foi a água que trouxe justamente esse material, porque no passado chovia muito e a ação da água vinha trazendo ele e depositando. As pessoas chamam também de seixo rolado, pois o material é constituído basicamente de minerais de quartzo que rolando de um lado para o outro, adquiriram um certo polimento e formato arredondado. Então quando a água vinha arrastando as pedras, à medida que perdia força, as mais pesadas iam se depositando, em seguida vinham as areias que preenchiam os espaços, depois as argilas, óxidos de ferro. Esses últimos elementos formavam o material mais fino, chamado de material cimetante, que é uma espécie de lama. E todo esse processo de preenchimento de espaços, secagem desse material e compactaçãorecebe o nome de diagênese, que são os processos que os sedimentos sofrem para se transformar em uma rocha, e após se solidificar é a litificação. O conglomerado é muito utilizado na construção civil para fazer as fundações, em estradas, aterros. É um material jovem, recente, e juntamente com ele as cheias do rio trouxeram outro mineral que faz do local um polo na produção de cerâmicas, as argilas, empregada na produção de telhas e tijolos. 
 
Figura 5: Formação conglomerado Figura 6: Pedras seixo rolado 
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
Na quarta parada começamos a entrar na parte cristalina do estado, justamente porque há o afloramento das rochas cristalinas e dentre elas observamos primeiramente uma rocha metamórfica chamada gnaisse. Elas foram formadas em virtude dos dois fenômenos mais importantes para o metamorfismo, condições de temperatura e pressão. Ela pode ter vindo provavelmente de um granito. Uma das características observadas nas rochas metamórficas é o paralelismo entre os minerais, muito em virtude dos fenômenos citados acima, havendo um rearranjo, chamado de recristalização dentro da rocha. Por isso nos gnaisses observamos faixas com tonalidades diferentes, e os minerais presentes em sua maioria são o quartzo, mica e feldspato, que também são chamados de minerais primários, formados no interior da Terra em condições elevadas de temperatura e pressão. As faixas tendendo ao alaranjado são as que contêm minerais félsicos, de tonalidade mais clara, justamente composta pelo feldspato. Mais de 50% da crosta terrestre é composta por esse mineral, e por outros também como os mais brancos que são os quartzos, as micas que demonstram um certo brilho, e os mais escuros, os máficos, que são os anfibólios, piroxênios. Juntos todos eles compõem 97% da crosta terrestre, e são justamente os silicatos. Os outros três por cento são compostos pelos carbonáticos e fosfatos. Devido à presença dos minerais primários a rocha apresenta uma boa resistência. E esses minerais sujeitos a condições diferentes na superfície, como o desgaste podem dar origem a minerais secundários. Por exemplo, o feldspato pode originar uma argila e assim por diante. Com relação a idade do solo, podemos dizer que o de Mossoró é considerado velho devido a presença de muitos minerais secundários, já o dessa região do estado é composto em sua maior parte por minerais primários, sendo assim jovem, e à medida que a rocha vai aflorando vai liberando esses minerais para o solo. Tanto essa região como a do Seridó é composta por solos jovens, férteis e rasos. É amplamente utilizada na construção como brita, blocos de pedra, fundações para talude, proteção de barragens e também na ornamentação. Outro fator observado também nas rochas nessa parada é que muitas estavam quebradas, a explicação é devido ao alívio de pressão que elas sofreram. Quando a superfície acima foi retirada, na que haviam os gnaisses acabou sofrendo expansão e rachando. Estávamos em uma região pertencente a Itajá. Nessa região também era possível encontrar aquíferos, do tipo confinados. Com a separação dos continentes, o interior da terra foi submetido a uma enorme pressão deixando várias rochas fraturadas, também surgiram falhas geológicas, onde uma das mais conhecidas é a de Carnaubal. Dessa forma a água penetrou nessas fraturas, falhas, ficando confinadas, protegidas por uma camada impermeável. Poderíamos classificar o aquífero como terciário e a maioria deles não é renovável. Pudemos ver também nesse local as deformações, as rochas quebradas, a ação das raízes intemperizando, quebrando a sua estrutura, dando a sensação que a rocha está apodrecendo. No momento em que passa a haver o desgaste da rocha, é quando começa a formação do solo, chamado de saprólito, a rocha começa a se fragmentar formando os solos, sendo evidenciado pela presença de plantas, o qual também chamamos de regolito. Assim temos um solo residual, raso, jovem e fértil, onde a rocha deu origem a ele.
Figura 7: Conjunto de rochas gnaisse Figura 8: Rochas quebradas por alívio 
 de pressão 
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
Na quinta parada nos deparamos com mais uma rocha cristalina, só que nesse caso tínhamos uma rocha ígnea plutônica conhecida como pegmatito. Seu nome significa minerais grandes, tendo maior destaque o feldspato, mas há também outros minerais como a mica e o quartzo. Ela se formou há vários quilômetros de profundidade, sofrendo um resfriamento lento, por isso que os minerais são maiores, bem formados, e mais resistentes. O magma nessa região era justamente enriquecido por silicatos ricos em feldspato. Esse mineral quando sofre intemperismo gera solos muito férteis, principalmente em potássio, que assim como o fósforo e nitrogênio, é um dos nutrientes mais utilizados pelas plantas. Nesses ambientes de rochas como o pegmatito também é possível encontrar pedras preciosas e semipreciosas, porque em locais que se formam cristais grandes, pode-se achar topázio, turmalina, esmeralda e até mesmo diamante. Essas rochas são muito empregadas, pela sua resistência na indústria cerâmica (louças de casas de banho), azulejaria, vidro, ou metais leves essenciais para os ships de telemóveis, baterias de computadores (lítio) e alta tecnologia em geral. Foi observado também que no local aconteceu um fenômeno chamado de encaixantes, pudemos ver que havia rochas de pegmatito e nas laterais delas gnaisses. O pegmatito é mais jovem que o gnaisse, porque provavelmente existiu alguma fratura que houve no interior da Terra, o magma subiu nessa fenda e resfriou nesse ambiente, surgindo assim o fenômeno, o magma encaixou no local que estava a fratura. Nesse ambiente também foi de fácil visualização a presença de fraturas, entre os motivos estão os citados acima e também podem ter sido causadas devido a explosões na construção da BR. Foi chamada também uma atenção para as micas, que são muito utilizadas como isolante térmico, nos equipamentos eletrônicos, mineral que também pode ser encontrado em folhas grandes e finas. 
Figura 9: Rocha pegmatito Figura 10: Rocha fraturada
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
A sexta parada ocorreu numa região conhecida como Sertão Central Cabugi, parte central do Rio Grande do Norte, onde a mesma é uma das mais secas do país, com uma média de chuva em torno de 400-450 mm. Solo bastante raso, rochas aflorando em todo local. Fazendo uma análise com a série da Serra de Santana com um nível de 600-800 metros, que é classificada como plano 2, a região onde estávamos é considerada plano 1, que para a pedologia seria chamado de pé de planação. O desgaste acabou expondo as rochas, no caso o granito. Uma das características desse terreno é a possibilidade de construir reservatórios devido o embasamento cristalino, pois o mesmo dá suporte para as construções. Estávamos diante de uma das rochas ígneas mais famosas, o granito. Rocha mais abundante no continente, justamente porque ele é a base do continente no planeta. Também é uma rocha plutônica como o pegmatito, mas a diferença entre elas é que o granito resfriou mais próximo da superfície, e recebe esse nome devido a fácil visibilidade dos grãos, em virtude do tamanho dos mesmos. Na composição também é possível detectar feldspatos, quartzo, anfibólios, piroxênios e também micas. Nessa região um dos tipos de intemperismo que a gente observou foi o esferoidal, porque a rocha se quebra, e tem um formato arredondado, também poder ter o nome de intemperismo em forma de casca de cebola, por ir descascando a rocha. Devido a temperatura quente durante o dia, a rocha se dilata e a noite resfria, e ela vai quebrando nesse formato com a ajuda da água da chuva, e com isso vão formando os solos. Por suaresistência, no estado bruto pode ser utilizado para calçamento de ruas, ou qualquer outro espaço de tráfego intenso ou de serviços pesados. Admite ser polido, lustrado, apicoado, levigado ou flamado, próprio nestes casos para revestimento de pisos e paredes, interno ou externo. Na Cidade Fernando Pedrosa, localizada na região, um dos pontos turísticos é a Pedra Sapo. Foi observado em uma das rochas alguns veios, que podem ser locais de depósitos de metais preciosos como o ouro, em virtude disso, são em locais assim que se intensifica a busca por essas pedras, pois é o caminho que o magma percorre, e quando ele se movimenta tende a arrastar muitos elementos que estão dispostos os confinando em um local específico. Dessa forma o homem segue esses veios, realizando explosões e no final chega a encontrar tanto ouro como outros metais preciosos.
Figura 11: Rocha granito com um veio Figura 12: Rocha granítica Pedra Sapo
 
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria 
A última parada aconteceu bem próximo ao Pico do Cabugi, não pudemos subir por medidas de segurança. Pico do Cabugi (tupi-guarani cabugi, ‘peito de moça’; conhecido também como “Serra do Cabugi” ou “Serrote da Itaretama”, que significa “região de muitas pedras” em tupi), é, segundo fontes não cientificas, o único vulcão extinto do Brasil que, até hoje, apresenta sua forma original, possuindo uma de suas saídas, mesmo não sendo a principal. O Pico possui 590 metros de altura e fica no Parque Ecológico Estadual do Cabugi no município de Angicos. O mesmo é constituído por uma das rochas ígneas mais jovens do país, que é o basalto tendo apenas 20 milhões de anos. Ela é uma rocha ígnea vulcânica, pois o magma resfriou na superfície de forma rápida. Sobre o surgimento do Pico foi a cerca de 20 milhões de anos, onde ocorreu o chamado neotectonismo, a placa tectônica sul-americana se rompeu e o magma subiu, mas nesse local especificamente ele acendeu com uma pressão muito forte dando origem ao vulcão, em outros locais onde a pressão foi menor, ele apenas preencheu a faixa onde a placa se rompeu, que é justamente uma faixa que corta o estado do Rio Grande do Norte e vai até a Paraíba. Essa é a mesma rocha que constitui a base do planeta na parte oceânica, sendo bastante escura onde não dá para visualizar os minerais, em virtude de como se deu o resfriamento. Constituída principalmente por minerais máficos como anfibólios e piroxênios, e também xenólitos ultramáficos originados do manto. O basalto não possui muita resistência mas pode gerar solos bastante férteis, pois liberam magnésio, ferro e potássio por exemplo. Foi citado que em cima do Pico há uns blocos de rochas quebradas, principalmente devido ao calor que dilata a rocha e a noite com o decaimento da temperatura acontece a contração levando a rachadura do basalto. Devido a esses blocos soltos corre o risco dessas rochas rolarem e machucar alguém. Só por motivo de curiosidade alguns historiadores como Lenine Pinto citam que o Brasil foi descoberto em Touros e que os portugueses não avistaram o Monte Pascoal, mas sim o Pico do Cabugi.
 
Figura 13: Rocha Basalto do Pico Figura 14: Visão mais aberta do Pico
do Cabugi 
 
Fonte: Página da cidade de Lajes Fonte: Autoria própria
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A aula de campo acabou sendo bastante proveitosa, pois pudemos ver na prática o que havíamos estudado em sala, e com isso tiradas algumas dúvidas que pudessem ainda existir. Uma das coisas mais ressaltadas durante a aula foi sempre a questão de você fazer um estudo do ambiente, e poder ver as consequências de ações desenfreadas do homem, que já pode ser vista com relação aos aquíferos em colapso, rios poluídos, e extração abusiva. As paradas foram feitas de forma premeditada, para que assim observássemos os diferentes aspectos geológicos com relação as rochas e mudanças de relevo também ao longo da BR-304. Através da aula também vimos como várias coisas que existem hoje são explicadas através da geologia, como as salinas, os tipos de solo ou rocha presente em cada região e como era ambiente a milhões de anos atrás.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GeologiaDC, Gnaisse. Disponível em: <http://geologiadc.blogspot.com.br/2008/04/gnaisse.html>. Acesso em 20 de setembro de 2015.
Rochas Brasil, O que é granito, aplicações e manutenção. Disponível em: <https://rochasbrasil.wordpress.com/2009/04/23/o-que-e-granito-aplicacoes-e-manutencao/>. Acesso em 24 de setembro de 2015.
Lajes, Pico Cabugi. Disponível em: <http://lajes.rn.gov.br/pico-cabugi/>. Acesso em 24 de outubro de 2015.
MARTINS, Fernando. Palestra sobre pegmatitos em Moncorvo. Disponível em: <http://geopedrados.blogspot.com.br/2009/03/palestra-sobre-pegmatitos-em-moncorvo.html>. Acesso em 22 de setembro de 2015.
Coronel Ezequiel Notícias, Pico Do Cabugi, Único Vulcão Extinto No Brasil Fica no RN. Disponível em: <http://coronelezequielnoticias.blogspot.com.br/2013/04/pico-do-cabugi-unico-vulcao-extinto-no.html>. Acesso em 24 de setembro de 2015.
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