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GNE156_Aula_12_2013_II_Poluicao_do_ar_II

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GNE 156 - INTRODUÇÃO 
AO CONTROLE 
AMBIENTAL 
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
Aula 2 
Prof. Ronaldo Fia 
1 
Definições principais 
Poluição atmosférica 
refere-se a mudanças da atmosfera susceptíveis de causar impacto 
a nível ambiental ou de saúde humana, através da contaminação por 
gases, partículas sólidas ou liquidas em suspensão, material biológico 
ou energia. 
2 
Poluente atmosférico 
é qualquer substância no ar que pode causar danos aos seres 
humanos ou ao meio ambiente. Os poluentes podem ser naturais 
(tropogênicos) ou provocados pelo homem (antropogênicos) e podem 
assumir a forma de partículas sólidas, de gotículas de líquidos ou gases 
(EPA, 2011). 
Poluição atmosférica: causas 
naturais 
antropogênicas 
 
Quando foi intensificada? 
assentamentos urbanos de alta densidade demográfica 
revolução industrial (carvão  fonte de energia) 
século XX  Uso derivados de petróleo 
3 
Fontes de poluição 
- emissões de gases provocadas por erupções vulcânicas; 
- emissões de geysers; 
- decomposição de vegetais e animais; 
- suspensão de poeira do solo pelos ventos; 
- formação de gás metano em pântanos; 
- aerossóis marinhos; 
- formação de ozônio devido a descargas elétricas na atmosfera; 
- incêndios naturais em florestas; 
- polens de plantas. 
Fontes Naturais: 
4 
Fontes de poluição 
Fontes Antrópicas: 
- A queima de resíduos urbanos, industriais e agrícolas; 
 
-Veículos automotores; 
 
 
 
- Queimada florestal; 
O Brasil é o quarto emissor de gás carbônico do mundo (1 bilhão ton/ano); e 75 
a 60% das emissões vem das queimadas, o que representa cerca de 3% das 
emissões mundiais. 
 
 
- Queima de resíduos de explosivos, resinas, tintas, plásticos, pneus; 
 
- O uso de fertilizantes e a concentração agropecuária; 
 
- As indústrias petroquímicas, a siderurgia e a mineração. 
 
5 
Tipos de poluentes 
1. Óxidos de carbono 
 
- O CO é considerado como sendo o principal poluente atmosférico dessa 
família. 
- O CO2 é um constituinte natural da atmosfera, além de ser considerado um gás 
relativamente não tóxico. Entretanto, ele é reconhecido por seu grande potencial 
em “aprisionar” calor na atmosfera contribuindo assim para a alteração climática 
global. 
8000
6000
4000
2000
0
Emisiones de CO2
(miles ton/año)
1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980
6 
Tipos de poluentes 
SO2 SO3 H2SO4 
2. Compostos de enxofre 
 
- O dióxido de enxofre (SO2) é reconhecido como o principal poluente 
atmosférico primário da família SOx. 
 
 
 
 
- Gás sulfídrico (H2S) – Mau cheiro e corrosão de estruturas. 
7 
Tipos de poluentes 
3. Composto de nitrogênio (NOx) 
- óxidos de nitrogênio (óxido nítrico (NO), o dióxido de nitrogênio (NO2) e o 
óxido nitroso (N2O)). 
Estão envolvidos na formação de névoas oxidantes e também no processo de 
formação da chuva ácida. 
 
- amônia (NH3) – Tóxica e irritante para as mucosas. 
4. Hidrocarbonetos (HC) 
- Podem se apresentar sob várias formas, tais como em cadeias simples ou 
ramificadas, cíclicas ou associadas a compostos cíclicos. 
-Exemplos de HC gasosos são o metano (CH4), butano (C4H10) e o propano 
(C3H8). 
- Na atmosfera, os hidrocarbonetos podem reagir com outras substâncias, 
formando aldeídos, ácidos, alcoóis, éteres, cetonas e ésteres. 
- Existem muitos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HAPs), os quais são 
formados pela combustão incompleta de material orgânico. São 
carcinogênicos. 8 
Tipos de poluentes 
5. Oxidantes fotoquímicos 
- Oxidantes fotoquímicos são formados na atmosfera como resultado de reações 
químicas envolvendo poluentes orgânicos, oxigênio e luz solar. 
- Este conjunto de fatores resulta em uma névoa oxidante denominada smog. 
- Oxidantes fotoquímicos são constituídos principalmente de ozônio (O3) e dióxido 
de nitrogênio, com menores quantidades de peroxiacilnitratos (PANs). 
Existem dois tipos de Smogs: 
-Tipo Los Angeles (surge por reação de ozônio de origem fotoquímica com 
hidrocarbonetos insaturados) 
 
- Tem caráter oxidante; 
- Para formação: 
 - irradiação solar intensa; 
 - ausência de ventos ou inversões térmicas ou pressões atmosféricas 
elevadas. 9 
Tipos de poluentes 
-Tipo Londres: 
 
- tem caráter redutor; 
- Para formação: 
 - Umidade; 
 - Contaminação por SO2 da queima de combustíveis fósseis. 
 
- Em dias frios massas de ar úmido formando "nevoeiros”; 
- Por ação da luz solar e presença de O2, o SO2 é convertido em SO4; 
- O nevoeiro converte-se num autêntico aerossol de ácido sulfúrico. 
10 
Tipos de poluentes 
Material particulado (MP) 
 
O material particulado é uma mistura de partículas líquidas e sólidas em 
suspensão no ar. 
O material particulado segundo o método de formação pode ser dividido em 
quatro classes: 
 
- Poeiras – partículas sólidas formadas geralmente por processos de 
desintegração mecânica. Tamanho na faixa de1 µm. 
EX: as poeiras de cimentos e amianto, partículas de solo em suspensão; 
11 
Tipos de poluentes 
Material particulado 
- Fumos – partículas sólidas formadas por condensação ou sublimação de 
substâncias gasosas originadas da vaporização/sublimação de sólidos. 
EX: Fumos metálicos (chumbo, zinco, alumínio) e fumos de cloreto de amônia. 
-Fumaça – partículas principalmente sólidas, formadas na queima de 
combustíveis fósseis, materiais asfálticos ou madeira. Contém fuligem (partículas 
líquidas) e no caso de madeira e carvão, uma fração mineral (cinzas). 
12 
Tipos de poluentes 
Material particulado 
- Névoas – partículas líquidas 
produzidas por condensação ou por 
dispersão de um líquido (atomização). 
EX: névoas de pulverização de 
pesticidas, névoas de tanques de 
tratamento superficial (galvanoplastia), 
névoas de pintura, névoas de ácido 
sulfúrico. 
13 
Poluente Fontes Processos Efeito 
Óxidos de Enxofre (SOx) 
Antropogênicas 
Combustão (refinarias, centrais 
térmicas, veículos diesel) 
Processos Industriais 
Afeta o sistema respiratório 
Chuvas ácidas 
Danos em materiais 
Naturais 
Vulcanismo 
Processos biológicos 
Óxidos de Nitrogênio 
(NOx) 
Antropogênicas Combustão (veículos e indústria) 
Afeta o sistema respiratório 
Chuvas ácidas 
Naturais Emissões da vegetação 
Compostos Orgânicos 
Voláteis (COV) 
Antropogênicas 
Refinarias 
Petroquímicas 
Veículos 
Evaporação de combustíveis e 
solventes 
Poluição fotoquímica 
Incluem compostos tóxicos e carcinogénicos 
Monóxido de Carbono 
(CO) 
Antropogênicas Combustão (veículos) 
Reduz a capacidade de transporte de oxigénio no 
sangue Naturais Emissões da vegetação 
Dióxido de Carbono 
(CO2) 
Antropogênicas Combustão 
Efeito de estufa 
Naturais Fogos flosrestais 
Chumbo (Pb) Antropogênicas 
Gasolina com chumbo 
Incineração de resíduos 
Tóxico acumulativo 
Anemia e destruição de tecido cerebral 
Partículas 
Antropogênicas 
Combustão 
Processos industriais 
Condensação de outros poluentes 
Extração de minerais 
Alergias respiratórias 
Vector de outros poluentes (metais pesados, 
compostosorgânicos carcinogénicos) 
Naturais 
Erosão eólica 
Vulcanismo 
CFC‘s Antropogênicas 
Aerossóis 
Sistemas de refrigeração 
Espumas, sistemas de combate a 
incêndios 
Destruição da camada de ozonio 
Contribuição para o efeito de estufa 14 
1. Impactos na saúde: humana 
 três vias de penetração dos agentes poluentes no organismo são: 
 respiratória 
 cutânea 
 digestiva. 
 vítimas da poluição do ar não morre em episódio crítico; 
 contraem doença respiratória/outro sintoma associado a 
 poluição do ar; 
 enfraquecimento gradual – morte; 
 doenças prováveis: alergias, pneumonia, coração, câncer, intoxicação 
(inalação, ingestão) e geram crianças com defeitos de nascença. 
15 
Impactos na saúde: humana 
 trato respiratório-afetado pela poluição do ar. 
16 
sistema respiratório humano 
- Londres (1952)- 4.000 mortes – SO2 e CO2; 
- Roza Rica no México (1955) – 22 mortes - H2S 
- Bhopal na Índia (1984) -16.000 mortos - isocianeto 
de metila 
Impactos na saúde: 
poluição do ar: aguda ou crônica; 
aguda - locais e épocas especificas, situação insuportável, causar até 
a morte; 
 Ex: Bauru, SP, agosto/1952 – emissão de pó de mamona, indústria de 
extração de óleos vegetais, duração de 1 semana – 150 casos de 
doenças respiratórias aguda e 9 óbitos 
crônica - menor impacto, porem é prejudicial 
poluição diária - não causa danos imediatos 
 EX: “smog”: doenças respiratórias, como a bronquite crônica. 
Efeitos da poluição 
17 
Impactos na saúde: 
Efeitos da poluição 
18 
Consumo 
Ar: 15 kg dia-1 
Água: 2 kg dia-1 
Alimento: 1,5 kg dia-1 
 
Tolerância de restrição de: 
Alimento: 5 semanas ou mais 
Água : 5 dias 
Ar: 5 minutos 
 
Impactos na saúde: 
normas brasileiras para controle da poluição atmosférica seguem as 
normas americanas (que se baseiam no índice padrão de poluentes – 
PSI); 
bem estar da população em geral e ao meio ambiente; 
normas seguem resoluções do CONAMA - buscam estabelecer 
padrões de qualidade o ar, limites máximos de emissão de poluentes 
do ar para processos de combustão externa. 
Efeitos da poluição 
19 
Efeitos sobre a vegetação 
prejudica o desenvolvimento da planta, duas formas: 
Direta – deposição seca de SO2, chuvas acidas e O3 
 – destruição do tecido da folha- redução fotossintética 
Indireta – acidificação do solo 
 – redução de nutrientes, menor produtividade e maior 
 suceptividade as pragas e doenças 
Efeitos sobre materiais 
Deposição de partículas (poeira e fumaça) 
Descoloração, corrosão, enfraquecimento e decomposição do 
material construído. Ex: Edificações, monumentos 
20 
Efeitos da poluição 
Impactos ambientais: “Smog” (Redução de visibilidade) 
 “smog” - “smoke” (fumaça) e “fog” (nevoeiro) 
Impacto - âmbito local; 
urbano-industriais; 
combinação entre fumaça e nevoeiro; 
formação ocorre pelos focos de 
 poluição; 
aumentam o número de núcleos de 
 condensação (poeiras ou partículas 
 diversas) na atmosfera saturada ou 
 quase saturada; 
“Smog” industrial e fotoquímico. 
Efeito "Smog" 
21 
Efeitos da poluição 
Impactos ambientais: Smog : industrial 
típico de regiões frias e úmidas - inverno; 
queima de carvão e óleo combustível; 
principais componentes - SO2 e material particulado 
característica - cor cinza; 
predomina - regiões industriais e/ou 
 regiões de intensa queima de óleo 
 para aquecimento doméstico e/ou 
 geração de energia elétrica; 
fenômenos meteorológico agravante 
 inversão térmica 
22 
Efeitos da poluição 
Impactos ambientais: “Smog”: fotoquímico 
centros urbanos de clima quente e seco; 
picos - dias quentes e ensolarados; 
emissão – hidrocarnonetos (HC), 
 NOx e CO e na presença de 
 luz solar originam outros 
 poluentes, como O3; 
característica principal - cor 
 avermelhada ou marrom. 
23 
Efeitos da poluição 
Impactos ambientais: chuva ácida 
âmbito regional; 
medição – concentração H+ (íons e hidrogênio) em unidade de pH; 
valor de pH abaixo de 5,5 unidades; 
dois principais ácidos: sulfúrico (H2SO4) e o nítrico (HNO3); 
 H2SO4 e HNO3 - combinação do SO2, NOx, oxigênio e o vapor de 
água contido nas nuvens; 
produtos da queima desses combustíveis fósseis - afetam também 
regiões distantes das fonte poluidoras de origem; 
Efeitos da poluição 
24 
Tabela 2. Gases responsáveis pela chuva ácida e suas origens 
25 
POLUENTE ORIGEM 
Dióxido de 
enxofre 
(SO2) 
- fabricação de fertilizantes; 
- aquecimento de minérios do grupo de sulfatos; 
- fabricação de celulose e ácido sulfúrico; 
- combustão do carvão e derivados de petróleo, em veículos, 
usinas termelétricas, indústrias, altos-fornos, etc.; 
Óxidos de 
nitrogênio 
(NOx) 
- combustão do carvão vegetal; 
- combustão dos derivados de petróleo (especialmente em 
veículos); 
- indústrias de ácido nítrico e ácido sulfúrico; 
- fumaça de cigarros; 
Ácido clorídrico - indústrias de fertilizantes; 
- indústrias eletroquímicas; 
- processos de esmaltação da porcelana; 
- combustão de materiais contendo cloro; 
Ácido fluorídrico - fundições de metais pesados e de alumínio; 
- indústrias de fertilizantes; 
- indústrias de vidro, esmalte e porcelana; 
26 
EFEITOS DA POLUIÇÃO 
 2. Chuva Ácida - Efeitos 
27 
28 
Camada de Ozônio. Esboço da distribuição do ozônio e da temperatura na 
atmosfera. FONTE: Adaptado de Colbeck e Farman (1990). 
Impactos ambientais: redução da camada de ozônio 
Efeitos da poluição 
Impactos ambientais: destruição da camada de ozônio 
em escala global; 
ozônio - poluente do ar -tóxico e perigoso, contribuindo para a 
formação da chuva ácida e “smog”; 
ozônio - concentra-se nas camadas mais elevadas da atmosfera e age 
como um “escudo protetor” para a vida na Terra; 
anos 70 - medido a redução da concentração de ozônio em locais 
específicos da atmosfera ("buracos do ozônio" nas regiões Antártica e 
Ártica; 
emissões globais de clorofluorcarbonetos (CFC's) e os Halons, podem 
deteriorar a camada de ozônio; 
29 
Efeitos da poluição 
EFEITOS DA POLUIÇÃO 
3. Redução da Camada de Ozônio 
30 
Impactos ambientais: redução da camada de ozônio 
constante destruição da camada de ozônio, conduz a um aumento de 
raios ultravioletas altamente energéticos que atingem a superfície do 
planeta; 
estes raios ao atingirem a Terra - graves riscos nocivos para saúde do 
homem e meio ambiente; 
Desde 1999 – uso em equipamentos de Hidrofluorcarbono (HFC) e 
Hidroclorofluorcarbono (HCFC) 
Atentos as problemáticas - mais de 100 países; 
proteção da camada de ozônio - Convenção de Viena; 
proteção da camada de ozônio - Protocolo de Montreal. 
Efeitos da poluição 
31 
Impactos ambientais: efeito estufa 
poluição em âmbito global; 
atmosfera – gases não transparentes à radiação térmica; 
gases do efeito estufa - vida na Terra; 
efeito estufa – problemático devido a interferência humana 
crescimento das atividades humanas - grande concentração de gases 
foi lançada na atmosfera acumulando-se de forma muito rápida. 
 
32 
Efeitos da poluição 
Impactos ambientais: efeito estufa 
 
33 
Efeitos da poluição 
Impactos ambientais: efeito estufa 
Atividades do mundo moderno causam a emissão dos gases do efeito 
estufa: 
meio rural - preparação do solo para plantio, libera óxido nitroso, 
pulverizações com pesticidas; 
criações intensivas de animais - produzem CH4; 
incêndios florestais - liberam CO2; 
combustíveis fósseis - industriais e veiculares - os derivados do 
petróleo, como o diesel, gasolina carvão, gás natural. 
34 
Efeitos da poluição 
Impactos ambientais: efeito estufa 
Contribuição dos principais gases do efeito estufa estimada da era pré-
industrial até o presente (Fonte: IPCC, 2007). 
CH4 - poder de 
aquecimento 
global vinte 
cinco vezes 
maior que CO2 
35 
Efeitos da poluição 
EFEITOS DA POLUIÇÃO 
4. Aquecimento Global e Mudanças Climáticas 
36 
EFEITOS DA POLUIÇÃO 
4. Aquecimento Global e Mudanças Climáticas 
Verde: Países que ratificaram o 
protocolo. 
Amarelo: Países que 
ratificaram, mas ainda não 
cumpriram o protocolo. 
Vermelho: Países que não 
ratificaram o protocolo. 
Cinzento: Países que não 
assumiram nenhuma posição 
no protocolo. 
Protocolo de Quioto (1997) 
37 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
Medidas preventivas: 
 
•estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente; 
•licenciamento das fontes poluidoras; 
•penalizações para as poluidores que não estiverem de acordo com a 
legislação; 
•incentivo à utilização de novas tecnologias (tecnologias limpas); 
•controle do processo de combustão; 
•investimentos nas fontes alternativas de energia e naelaboração de 
novos tipos de combustíveis. 
38 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
Tamanho dos principais poluentes atmosféricos e formas de controle 39 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
1. Filtros absolutos 
• Instalação – caixas terminais em sistema de ventilação e exaustão de ar. 
 
• Elemento filtrante – papel microfibra de vidro plissado. 
 
• atender diversos propósitos, como clarificação de bebidas e perfumes, a 
esterilização de fluidos sensíveis à menores temperaturas, para remoção de gostos 
e odores indesejados da água, para padronização de produtos, etc. 40 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
2. Precipitadores ou filtros eletrostáticos 
• Processo de funcionamento: o ar passa pelos condutores carregados com 
voltagens opostas e são ionizados; 
• Removem material particulado, óxidos metálicos e névoas ácidas. 
41 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
2. Precipitadores ou filtros eletrostáticos 
Vantagens: 
• tratar grandes vazões e altas temperaturas; 
• alta eficiência de coleta para partículas pequenas; 
• baixo custo operacional e manutenção. 
Desvantagens: 
• custo inicial elevado; 
• requer grande espaço físico. 
42 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
3. Filtros de manga 
• elemento filtrante: mangas de tecidos (sacos); 
• finalidade: separar as partículas existente em um fluxo de gás 
• removem material particulado. 
43 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
3. Filtros de manga 
Vantagens: 
• alta eficiência (até 99.9%) 
• perda de carga não excessiva; 
• resistência a corrosão 
Desvantagens: 
• grande espaço físico 
• alto custo 
• baixa resistência a altas 
temperaturas 
• possível entupimento 
44 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
4. Lavadores de gases 
Tipo Venturi 
- elemento filtrante: líquido pulverizado, água 
- são usados para capturar partículas finas ou aumentar o tamanho de aerossóis, 
facilitando sua separação. 
- vantagem: removem névoas ácidas e tem baixo custo inicial. 
- desvantagem: gerar águas residuárias, grande consumo de água e baixa 
eficiência para partículas < 1mm. 
45 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
4. Lavadores de gases 
Torre de spray ciclônica e torre de spray 
46 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
5. Ciclones 
- fumaça é forçada por um duto na forma de parafuso e a velocidade tangencial 
gerada permite a deposição do material que é recolhido na base do equipamento. 
- vantagens: baixo custo; resistência a corrosão e temperatura e manutenção simples 
- desvantagens: ineficientes na remoção de partículas médias e finas e possível 
entupimento pelas partículas menores 
47 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
6. Incinerador de gases 
• Processo: gás é aquecido e queimado, e os poluentes convertidos em formas menos 
tóxicas. 
• Controlador de gases e vapores orgânicos 
• Vantagens: operação simples e eficiente coletor 
• Desvantagens: alto custo; perigo de explosão e combustão incompleta 48 
Medidas de controle da poluição atmosférica 
7. Catalisadores 
• colméia metálica ou cerâmica 
• 1,5 g metais preciosos: paládio-ródio ( veículo gasolina); paládio-molibdênio (álcool) 
• instalado no cano de escape do automóvel 
• Transformam poluentes em compostos menos prejudiciais à saúde 
49 
Legislação aplicada à poluição atmosférica 
Os limites máximos de poluentes presentes no ar, estabelecidos pela a 
Resolução CONAMA nº 03 de 1990: 
 
 - Padrões Primários de Qualidade do Ar - são as concentrações de poluentes 
que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população mais sensível. 
 
 - Padrões Secundários de Qualidade do Ar - são as concentrações de poluentes 
abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da 
população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais e ao meio 
ambiente em geral. 
50 
Legislação aplicada à poluição atmosférica 
Poluente Tempo médio 
Padrões 
Primário 
(mg m-3) 
Secundário 
(mg m-3) 
Material particulado 
24 horas* 240 150 
MG anual 80 60 
SO2 
24 horas* 365 100 
MA anual 80 40 
CO 
1 hora* 40.000 40.000 
8 horas* 10.000 10.000 
O3 1 hora* 160 160 
Fumaça 
24 horas 150 100 
MA anual 60 40 
Partículas inaláveis (< 10 mm) 
24 horas 150 150 
MA anual 50 50 
NO2 
1 hora* 320 190 
MA anual 100 100 
Padrões de qualidade do ar no Brasil segundo a Resolução CONAMA nº 03 de 1990 
* não pode ser excedido mais que uma vez ao ano; MG = média geométrica; MA = média aritmética 
51 
Legislação aplicada à poluição atmosférica 
- RESOLUÇÃO CONAMA nº 18, de 6 de maio de 1986 - Dispõe sobre a 
criação do Programa de Controle de Poluição do Ar por veículos Automotores – 
PROCONVE. 
Art. 1º - Ficam estabelecidos os seguintes limites máximos de emissão de 
poluentes, provenientes do escapamento de veículos automotores leves de 
passageiros, de uso rodoviário, para a fase do PROCONVE L6: 
 
I - monóxido de carbono (CO): 1,30 g/km; 
II - hidrocarbonetos totais (THC), somente p/ veículos a gás natural: 0,30 g/km; 
III - hidrocarbonetos não metano (NMHC): 0,05 g/km; 
IV - óxidos de nitrogênio (NOx): 0,08 g/km; 
V - aldeídos (CHO) p/ ciclo Otto: 0,02 g/km; 
VI - material particulado (MP) p/ ciclo Diesel: 0,025 g/km; e 
VII - monóxido de carbono em marcha lenta p/ ciclo Otto: 0,2% em volume. 
RESOLUÇÃO Nº 415, DE 24 DE SETEMBRO DE 2009 
Resolução CONAMA Nº 342/2003 - "Estabelece novos limites para emissões 
de gases poluentes por ciclomotores, motociclos e veículos similares novos”. 
52 
Índice de Qualidade do Ar (IQAr) 
 
 - É obtido dividindo-se a concentração de um determinado poluente pelo seu 
padrão primário; 
 - O cálculo é feito separadamente para cada poluente, sendo apresentado o IQAr 
para o que apresentar o maior resultado. 
53 
54 
Amostrador de grandes volumes 
Monitoramento Ambiental 
• determinar a concentração de material particulado (MP); 
• fatores meteorológicos e possiveis influencias na carga do MP respirável suspenso 
no ar 
• caracterizar o MP 
• estudo estatístico das prováveis fontes de emissão 
55 
 Variação da concentração de poluentes atmosféricos ao longo do ano. 
1) Branco 
2) 16/10/97, C=24 mg m-3 
3) 06/11/97, C=27 mg m-3 
4) 11/11/97, C=15 mg m-3 
5) 12/02/98, C=18 mg m-3 
6) 10/03/98, C=35 mg m-3 
7) 30/06/98, C=51 mg m-3 
8) 23/07/98, C=63 mg m-3 
56

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