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2º CASO PRÁTICO

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2º CASO PRÁTICO 
PRÁTICA SIMULADA IV – PENAL E PROCESSO PENAL
2021-1
9º PERÍODO
Endereçamento:
Excelentíssimo Juiz de Direito do XX Juizado Especial Criminal da XX
“Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência.” (Lei nº 11.313, de 2006)
“Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.” 
Bernardino, nascido em 17/05/1948, pai de Luciane, jovem de 19 anos, estava na sacada de seu apartamento em São Luis, em 01/03/2019, Estado do Maranhão, quando vê o namorado de sua filha, Johnny Bravo, violentando-a, em razão de pequena quantia que ela não queria emprestar para que ele comprasse maconha.	
Verificando o risco que sua filha corria com a agressão, Bernardino vociferou com Johnny, que não parou de espancá-la. Bernardino não tinha outra alternativa diante das circunstâncias, já que havia passado por uma cirurgia no menisco em seu membro inferior esquerdo e ainda estava se recuperando. 
Observando, então, que sua filha estava ensanguentada, pegou sua arma de fogo no rack da sala, de uso permitido, e que tinha o devido registro, do que se deduz a autorização para uso. Com conduta finalística de produzir lesão corporal que gerasse debilidade permanente na perna esquerda de Bravo, assim o fez apertando o gatilho. Porém, em virtude de circunstâncias alheias à vontade de Bernardino, a arma não se mostrou eficaz, muito embora tenha ocorrido o estampido que trouxe forte temor a Bravo, que fugiu do local e foi até a uma autoridade policial para fazer relato em detrimento de Bernardino. 
Tendo sido meses de investigação, em que os envolvidos foram ouvidos, bem como as testemunhas que presenciaram o ocorrido, quais sejam, Juliana, Pedrina e Catolé, estes dois últimos sendo visitantes do Condomínio que conversavam no estacionamento perto da sacada do apartamento em comento, o inquérito foi concluído, e o Ministério Público ofereceu denúncia, perante o juízo competente, em face de Bernardino como incurso nas sanções penais do Art. 129, § 1o, inciso III, c/c. o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. Juntamente com a denúncia, vieram as principais peças que constavam do inquérito, inclusive a Folha de Antecedentes Criminais, na qual constava outra anotação por ação penal em curso pela suposta prática do crime do Art. 168-A do Código Penal, bem como o laudo de exame pericial na arma de Bernardino apreendida, o qual concluiu pela total incapacidade de efetuar disparos. 
Como desdobramento inerente ao trâmite processual, em busca do cumprimento do mandado de citação, o oficial de justiça comparece ao Condomínio Residencial Águas Claras onde mora Bernardino, mas recebeu a notícia pelo porteiro que os mesmo não estava. Apenas em razão desse único comparecimento no dia 26/02/2020, certifica que o réu estava se ocultando para não ser citado e realiza, no dia seguinte, citação por hora certa, juntando o resultado do mandado de citação e intimação para defesa aos autos no mesmo dia. O, porteiro, Sr. João observando a conduta do oficial de justiça, sendo amigo do advogado de Bernardino liga para o causídico, relatando o que ocorreu e explicou que ele estava agora na Marinha Mercante e que ficaria embarcado por 20 dias. O advogado entra em contato com Bernardino por whatsapp e este apenas consegue encaminhar uma procuração para adoção das medidas cabíveis, fazendo um pequeno resumo do ocorrido por escrito, tendo enviando, em seguida, também por e-mail. 
Observando o que foi narrado, como advogado de Bernardino, apresenta a solução jurídica pertinente, que não seja habeas corpus, tranzendo todas as teses jurídicas de direito material e processual cabíveis. Apresenta a peça no último dia de prazo como é requerido.

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