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O Processo de Pesquisa como uma das Ferramentas de Produção do Conhecimento
A pesquisa deve ser orientada por um processo que a organiza e racionaliza – o método científico. Portanto, o método é muito valorizado principalmente nos meios acadêmicos. 
Pedro Demo (1992) é um autor que enfatiza a importância e a necessidade da associação entre ensino e pesquisa. Para ele, a dicotomia entre ensino e pesquisa acaba evoluindo para a cisão entre teoria e prática. Isso reflete em práticas e abordagens equivocadas, uma vez que definem caber somente ao pesquisador exclusivo o papel de pensar, descobrir, sistematizar e produzir conhecimentos, quando a defesa deve ser justamente a de instrumentalizar o aluno, futuro profissional na área escolhida, para o estudo sistemático das situações que se revelam na realidade objetiva, por meio do método científico para que se aproprie e transforme conhecimentos. Outro aspecto é o de que a pesquisa seja assumida como princípio para resolver problemas que ocorram no dia a dia da profissão. Uma questão fundamental e que perpassa pelo processo de pesquisa é a de que mesmo uma pesquisa que pretenda tratar de questões práticas, não poderá fazê-lo sem utilizar-se da teoria.
Existem várias classificações para as pesquisas, conforme estudos e propostas de diferentes autores da Metodologia Científica. Portanto, podemos encontrar autores que defendem uma classificação mais moderada, como é o caso de Ruiz (1996), que classifica as pesquisas em exploratória, teórica e aplicada. Chaves (2012) classifica as pesquisas quanto aos fins e aos meios, agregando em cada uma das classificações um conjunto de tipologias. Cervo e Bervian (1996) classificam as pesquisas em bibliográfica, descritiva e experimental. Para fins de melhor esclarecimento quanto às características de cada uma, adotaremos a elaborada por Gil (2002), que classifica as pesquisas com base em seus objetivos e nos procedimentos técnicos utilizados.
Classificação das pesquisas: quanto aos objetivos
Pesquisa exploratória: são pesquisas que visam aprimorar ideias sobre algum assunto, objetivando criar maior familiaridade com o problema. Na maioria das vezes, assumem a forma de pesquisa bibliográfica ou estudo de caso.
Pesquisa descritiva: são pesquisas que visam descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou descobrir a existência de associação entre variáveis.
Pesquisa explicativa: são pesquisas que visam aprofundar o entendimento da realidade, explicando a razão das coisas. Nem sempre é possível aplicar esse tipo de pesquisa em ciências sociais por valer-se quase que exclusivamente do método experimental.
Classificação das pesquisas: quanto aos procedimentos técnicos utilizados
Pesquisa bibliográfica: são pesquisas desenvolvidas com base em material já elaborado, sistematizado, tais como livros, artigos científicos, pesquisas já elaboradas e publicadas. Todos os estudos exigem esse tipo de trabalho, porém existem pesquisas que são realizadas somente a partir de fontes bibliográficas. Ela é bastante comum em estudos exploratórios.
Pesquisa documental: são pesquisas que utilizam fontes documentais para a construção do entendimento sobre o objeto de estudos. Vale-se normalmente de material que ainda não recebeu tratamento analítico, ou outras fontes documentais tais como publicações em Diário Oficial, registros oficiais de uma organização.
Pesquisa experimental: são pesquisas que a partir de um determinado objeto de estudo, selecionam as variáveis capazes de influenciá-lo, definindo formas de controle e de observação dos efeitos que as variáveis provocam. Os teóricos das ciências sociais e humanas afirmam que os fenômenos sociais não são passíveis a esse tipo de condição.
Pesquisa ex post facto: são pesquisas que, à semelhança do que ocorre na pesquisa experimental, buscam estabelecer as relações entre as variáveis e suas consequências sobre o objeto de estudo. Nessa pesquisa, como o fenômeno já ocorreu, o pesquisador irá identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar como se estivessem submetidas a controle.
Estudo de coorte: são pesquisas muito utilizadas na área da saúde. Referem-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma amostra a ser acompanhada por certo período de tempo, para se observar e analisar o que acontece com elas.
Levantamento: são pesquisas cuja característica principal é a obtenção das informações consideradas relevantes pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se pretende conhecer. São muito úteis para o estudo de opiniões e atitudes, mas pouco indicados no estudo de problemas sociais complexos.
Estudo de campo: são pesquisas que focam em uma comunidade, sendo desenvolvidas por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e realização de entrevistas com informantes.
Estudo de caso: são pesquisas que visam analisar exaustivamente uma situação, dentro do seu contexto real. O objetivo desse tipo de pesquisa é o detalhamento de um ou poucos objetos que tenham as mesmas características, com vistas a serem considerados como um caso. Nem sempre esses estudos são conclusivos. Uma das principais críticas em relação ao estudo de caso é a de que os resultados obtidos têm validade apenas para “o caso” e não podem ser generalizados.
Pesquisa-ação: são pesquisas que exigem o envolvimento do pesquisador e do grupo envolvido no problema investigado, com vistas à resolução de um problema coletivo. Esse tipo de pesquisa é objeto de muitas críticas, uma vez que afirma não ser possível a objetividade requerida aos estudos científicos, por causa do envolvimento do pesquisador como partícipe do processo.
Pesquisa participante: são pesquisas muito parecidas com a pesquisa-ação, tanto é que alguns autores utilizam os dois tipos com um único significado. Aqueles que estabelecem diferenças, o fazem baseado principalmente na afirmação de que a pesquisa participante tem um cunho transformador, envolvendo a distinção entre ciência popular e ciência dominante.
O tema é o assunto central sobre o qual pairam muitas dúvidas, mas que, por sua generalidade, ainda não permite uma investigação precisa. É necessário também fazer uma busca criteriosa em artigos, livros, revistas científicas, bancos de teses e dissertações, comunicações feitas em encontros para melhor apropriar-se do conhecimento sobre o assunto.
Então, o tema é o assunto central, mas para que ele se torne passível de tratamento científico, precisa ser delimitado. Delimitar, como o próprio nome revela, significa colocar dentro de um limite que torne possível a pesquisa.

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