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Práticas de Construção Civil

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Indaial – 2019
Práticas de
construção civil
Prof.a Madeleing Taborda Barraza
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.a Madeleing Taborda Barraza
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
B269p
 Barraza, Madeleing Taborda
 Práticas de construção civil. / Madeleing Taborda Barraza. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2019.
 210 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0360-7
 1. Construção civil. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 620
III
aPresentação
O desenvolvimento de um empreendimento na construção civil 
é definido por uma série de atividades que permitem dar forma nele, 
conceitualmente e fisicamente, até cumprir sua finalidade. O engenheiro, ou 
empresa de engenharia, deve ser consciente de todos estes procedimentos que 
permitirão satisfazer as necessidades do cliente, e deve ter competência para 
assumir as responsabilidades de indicar, quantificar, escolher e/ou executar os 
materiais, as equipes e/ou as técnicas que darão forma ao empreendimento. 
Estas atividades iniciam com a concepção mental do empreendimento, 
a tramitação da legalização do projeto frente as autoridades respetivas, 
a definição das áreas de uso e outras atividades, que também incluem o 
comprometimento do engenheiro para certificar o correto funcionamento dos 
componentes depois da sua fabricação e entrega ao dono do empreendimento, 
claro, sob as condições adequadas de uso no tempo de vida útil. 
Mediante este Livro Didático, serão abordadas a maioria das 
práticas e procedimentos que são realizadas durante o desenvolvimento 
do empreendimento, esperando que dita informação seja proveitosa para a 
formação dos futuros engenheiros. Já que eles são vistos como líderes que 
dão continuidade na cadeira operativa e produtiva do empreendimento, e 
que inclusive, podem motivar no aperfeiçoamento das práticas durante sua 
aplicação, estendendo soluções às equipes onde são parte. 
Estas práticas são abordadas da seguinte forma: práticas de concepção, 
práticas de execução e práticas após funcionamento do projeto. 
Durante a primeira unidade, o aluno terá uma melhor noção dos 
procedimentos administrativos, ou de escritório, para que o empreendimento 
seja aceito pelas autoridades superiores e satisfaça as expectativas do cliente. 
Além, de registrar um planejamento do canteiro de obras. 
Consecutivamente, durante a segunda unidade, serão indicados 
os procedimentos que, de modo operativo, permitem enxergar o corpo do 
empreendimento. Considerando o uso de diferentes técnicas que obedecem 
a regras e instruções tecnicamente aceitáveis para atingir as especificações de 
desempenho final e de arquitetura. Além do uso racional dos materiais e a 
forma em que estes devem ser tratados e ou aplicados.
Finalmente, a última unidade registra atividades de finalização 
do empreendimento para aceitação de sua entrega. Incluindo atividades 
de responsabilidade do engenheiro frente a possíveis eventos após 
funcionamento da obra.
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
A necessidade de entregar empreendimentos cada vez mais eficientes 
nos obriga a estarmos informados sobre as tradicionais e inovadoras 
tecnológicas, o que se manifesta pelas constantes pesquisas realizadas entorno 
dos materiais fabricados, técnicas construtivas lançadas e as modelagens 
prévias ao desenvolvimento do projeto da construção civil. Portanto, as boas 
práticas incluem, além da compreensão de conceitos teóricos, a atualização e 
a transmissão desses conhecimentos. Este documento pretende realizar este 
objetivo, considerando que a finalidade de guiar as práticas na construção 
civil sempre será indicar que a engenharia que oferece diversas soluções para 
as necessidades e problemas de uma sociedade em crescimento. 
Prof.ª Madeleing Taborda Barraza
V
VI
VII
UNIDADE 1 – PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS
 DE CONSTRUÇÃO CIVIL ..........................................................................................1
TÓPICO 1 – ATIVIDADES DE CONCEPÇÃO DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO CIVIL .........3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 PRÁTICA N°1: CONCEPÇÃO DE UM PROJETO DE CONSTRUÇÃO .....................................3
3 PRÁTICA N°2: VISITA AO LUGAR DO PROJETO – CURVAS DE NÍVEL ..............................6
4 PRÁTICA N°3: ELABORAÇÃO DE ANTEPROJETO .................................................................. 12
5 PRÁTICA N°4: DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA AO PROJETO ESCOLHIDO 
 PREVIAMENTE .................................................................................................................................... 13
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 15
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 16
TÓPICO 2 – ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA ..................... 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 PRÁTICA N° 5: LOCAÇÃO DA OBRA............................................................................................ 17
3 PRÁTICA N° 6: ESCAVAÇÃO DE FUNDAÇÕES ......................................................................... 21
5 PRÁTICA N° 7: ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DO SOLO IN SITU ............................... 26
6 PRÁTICA N° 8: ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DO SOLO NO LABORATÓRIO ....... 27
6.1 LIMITES DE ATTERBERG (LIMITES DE CONSISTÊNCIA) .......................................31
7 PRÁTICA N° 9: ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE OBRAS ................................................ 36
7.1 ESTIMATIVA DE QUANTIDADES DE FORMAS ...................................................................... 36
7.2 ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE MATERIAL ESCAVADO ............................................. 38
7.3 ESTIMATIVA DE QUANTIDADE E PESO DE AÇO E CONCRETO ...................................... 41
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................45
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 46
TÓPICO 3 – ATIVIDADES DE PREPARAÇÃO DE MATERIAIS DE OBRA ............................. 47
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 47
2 PRÁTICA N° 10: CANTEIRO DE OBRA E ARMAZENAMENTO DOS MATERIAIS .......... 47
2.1 CONTROLE SOBRE A PRESENÇA DE IMPUREZAS ORGÂNICAS NOS AGREGADOS .......49
3 PRÁTICA N°11: CONSTRUÇÃO DE FORMAS E MONTAGEM DE SISTEMAS 
 CONSTRUTIVOS ................................................................................................................................. 51
3.1 ESCORAMENTO DE MADEIRA .................................................................................................. 54
3.2 ESCORAMENTO METÁLICO ...................................................................................................... 55
4 PRÁTICA N°12: ARMAÇÃO DO AÇO ............................................................................................ 57
5 PRÁTICA N°13: EXECUÇÃO DE TRAÇO DE CONCRETO ....................................................... 60
5.1 ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO .......................................................................... 65
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 66
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 70
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 71
sumário
VIII
UNIDADE 2 – PRÁTICAS DURANTE A EXECUÇÃO DOS PROJETOS DE
 CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................................ 73
TÓPICO 1 – ATIVIDADES DE EXECUÇÃO DE MEMBROS ESTRUTURAIS .......................... 75
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 75
2 PRÁTICA N°1: EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES ............................................................................. 76
3 PRÁTICA N° 2: TRANSPORTE, COLOCAÇÃO, ADENSAMENTO E CURA
 DE CONCRETO .................................................................................................................................... 80
4 PRÁTICA N°3: CONEXÃO VIGA-PILAR ...................................................................................... 87
5 PRÁTICA N°4: LAJES E SUAS CONEXÕES ................................................................................... 91
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 96
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 97
TÓPICO 2 – ATIVIDADES DE SEPARAÇÃO DE ESPAÇOS INTERNOS DA ESTRUTURA ......99
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 99
2 PRÁTICA N°5: PREPARAÇÃO ARGAMASSAS ........................................................................... 99
3 PRÁTICA N°6: IDENTIFICAÇÃO DE TIPOS DE TIJOLOS ....................................................102
4 PRÁTICA N°7: LEVANTAMENTO DE PAREDES DE ALVENARIA ESTRUTURAL
 E NÃO ESTRUTURAL .......................................................................................................................105
5 PRÁTICA N°8: CHAPISCO, REBOCO E OUTRAS CAMADAS ..............................................109
6 PRÁTICA N°9: ENSAIO DE ADERÊNCIA ..................................................................................112
7 PRÁTICA N°10: LEVANTAMENTO DE PAREDES MODULARES .......................................113
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................115
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................116
TÓPICO 3 – ATIVIDADES DE PREPARAÇÃO PARA APLICAR REVESTIMENTO ............117
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................117
2 PRÁTICA N°11: EXECUÇÃO DE CONTRAPISO .......................................................................117
3 PRÁTICA N°12: REVESTIMENTO CERÂMICO .........................................................................120
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................122
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................123
TÓPICO 4 – ATIVIDADES DE MONTAGEM DE COBERTURA ...............................................125
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................125
2 PRÁTICA N°13: ESTRUTURA DO TELHADO EM MADEIRA ...............................................125
4 PRÁTICA N°14: MONTAGEM DE TELHA DE CIMENTO E CERÂMICA ..........................128
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................132
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................138
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................139
UNIDADE 3 – PRÁTICAS APÓS EXECUÇÃO/FUNCIONAMENTO DOS PROJETOS
 DE CONSTRUÇÃO CIVIL .......................................................................................141
TÓPICO 1 – ATIVIDADES DE FINALIZAÇÃO PARA ENTREGA DO PROJETO ................143
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................143
2 PRÁTICA N°1: PINTURA DE PAREDES ......................................................................................144
3 PRÁTICA N°2: INSTALAÇÃO DE FORRO ..................................................................................146
4 PRÁTICA N°3: INSTALAÇÃO DE REDES HIDRÁULICAS ....................................................148
5 PRÁTICA N°4: INSTALAÇÃO DE REDE ELÉTRICA ...............................................................151
6 PRÁTICA N°5: INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO ......154
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................157
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................158
IX
TÓPICO 2 – ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE DIAGNÓSTICO EM OBRA .....................159
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................159
2 PRÁTICA N°6: INSPEÇÃO PERIÓDICA – LAUDO TÉCNICO ...............................................159
3 PRÁTICA N°7: USO DE ENSAIOS DESTRUTIVOS E NÃO DESTRUTIVOS .....................161
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................167
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................168
TÓPICO 3 – ATIVIDADES DE REPARAÇÃO DE ALGUMAS PATOLOGIAS .......................169
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................169
2 PRÁTICA N°9: TRATAMENTO DE FISSURAS ..........................................................................169
3 PRÁTICA N°10: REFORÇO DE MEMBROS ESTRUTURAIS ..................................................172
4 PRÁTICA N°11: TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO DE REVESTIMENTO CERÂMICO .......... 177
5 PRÁTICA N°12: ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO .................................................................179
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................182
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................192
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................193
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................195
X
1
UNIDADE 1
PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE 
CONTROLE EM PROJETOS DE 
CONSTRUÇÃO CIVIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• orientar os acadêmicos a compreender as exigências do cliente, da 
normatividade e das autoridades durante o esboço de um projeto de 
construção;
• descrever atividades comuns durante a concepção de um empreendimento 
de construção civil;
• relacionar os acadêmicos com as técnicas, materiais e procedimentos 
durante a concepção de um empreendimento de construção civil;
• fazer uso de exemplos de plantas para estimar quantidade de materiais 
de obra, assim como os ensaios técnicos.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ATIVIDADES DE CONCEPÇÃO DO PROJETO DE 
 CONSTRUÇÃO CIVIL
TÓPICO 2 – ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO
 DE OBRA
TÓPICO 3 – ATIVIDADES DE PREPARAÇÃO DE MATERIAIS DE OBRA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
ATIVIDADES DE CONCEPÇÃO DO PROJETO
DE CONSTRUÇÃO CIVIL
1 INTRODUÇÃO
Segundo Fabrício, Baía e Melhado (1998), mediante o Programa de Gestão 
da Qualidade no Desenvolvimento de Projeto na Construção Civil, liderado pelo 
Centro de Tecnologia de Edificações – CTE, foi discutido, em 1997, o fluxo de 
atividades que permitiriam a compreensão de projetos de construção civil. Foi 
indicado que, das 7 possíveis etapas para o desenvolvimento deste tipo de projeto, 
existe uma segunda etapa de concepção, após o planejamento estratégico, cujo 
objetivo é caracterizar os ambientes, processos construtivos, formas e geometrias, 
ter certeza da sua viabilidade. O que, basicamente, significa que a concepção de 
projetos de construção é, em essência, parte fundamental da engenharia civil.
A compreensão de um projeto de construção civil começa desde seu início, 
as solicitações que devem cumprir e os investimentos que possam ser feitos sobre 
ele, desta forma, com as seguintes atividades, poderá ser estruturado o projeto de 
construção civil correspondente à satisfação de uma necessidade de um cliente. 
• Prática nº 1: concepção de um projeto de construção civil.
• Prática nº 2: visita ao lugar do projeto.
• Prática nº 3: elaboração do anteprojeto.
• Prática nº 4: entrega de documentação associada ao projeto.
2 PRÁTICA N°1: CONCEPÇÃO DE UM PROJETO DE 
CONSTRUÇÃO
Nenhum projeto de construção civil é feito sem preparação, ou seja, todos 
foram planejados conforme as especificações de um cliente. É ele quem define os 
componentes principais da ordem não técnica, como área disponível, recursos, 
distribuições ou subdivisões e, por último, uma estimativa de tempo de entrega.
Atividade
Os alunos serão divididos em dois grupos: um grupo será a empresa 
de engenharia e o outro será o cliente, sendo que devem existir vários grupos 
do mesmo tipo. O cliente indicará informações para a projeção inicial de um 
empreendimento de construção. Para fazê-lo mais dirigido, o grupo cliente deverá 
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
4
indicar diferentes funcionalidades, isto significa que deverão existir clientes que 
desejam realizar um projeto do tipo: residencial, comercial, institucional e/ou 
industrial, com um mínimo de dois andares e uma área mínima de 500 m2. 
Objetivo da atividade: que o acadêmico possa coordenar as exigências do 
cliente e da norma de desempenho NBR 15575/2013 e manifestá-las mediante o 
esboço de plantas arquitetônicas. 
Para o cumprimento deste objetivo indica-se o preenchimento do seguinte 
formulário (Figura 1) e realização de um esboço para as duas plantas, que depois 
serão discutidas grupalmente.
FIGURA 1 - FORMULARIO PARA PRÁTICA 1
FONTE: Adaptado de Borges (1975)
Informação Geral
Nome do cliente
Categoria do 
projeto
( ) Residencial ( ) Comercial ( ) Institucional ( ) Industrial ( ) Mista
Area disponivél No. De andares Altura total
Especificações
Bairro Endereço
Vizihança
Lugar de esquina? ( ) Sim ( ) Não Proximidade de Rua
Utilidades publicas ( ) Residencial ( ) Comercial ( ) Institucional
Estado do terreno ( ) virgem Possui inclinações ( ) Laterais Restrições ( ) De altura
( ) Contrução 
presente ( ) Nos fundos ( ) Laterais
( ) Na entrada ( ) De Profundidade
Preferenciais
Tipo de piso-Laje
Revestimento
Observações 
adicionais
 (m)
( ) Industrial
Formulario 01 Cadastro de projetos
No. De quartos/lojas
Realize no espaço a seguir ou em folha A4 sua proposta de esboço
TÓPICO 1 | ATIVIDADES DE CONCEPÇÃO DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
5
FIGURA 2 - ESBOÇO DE PLANTA 1-2 PARA O CLIENTE
FONTE: A autora
Também são indicadas as seguintes recomendações:
Para projetos residenciais se recomenda:
• A projeção de áreas úmidas nos andares seguintes.
• O afastamento dos quartos das paredes que fecham áreas úmidas.
• Verificar o tipo de clima da região. 
• A concepção de vigas de apoio para chegada de escadas.
Para projetos comerciais se recomenda:
• A criação de salas do mesmo tamanho e distribuição.
• As portas e janelas geralmente serão maiores e abrem em sentido paralelo à 
parede (automáticas).
• Que exista uma grande área destinada para circulação do público.
• Que condições de isolamento e iluminação sejam predominantes.
• Que existam áreas de depósitos acessíveis para circulação veicular.
• Implementação de sistemas contrafogo e segurança.
Para projetos institucionais se recomenda:
• Dependendo o tipo de instituição, a área, por pessoa, tem que ser maior que a 
realizada em projetos comerciais.
• Que exista uma grande área destinada para circulação do público.
• Ter em conta as condições de isolamento e revestimento.
UTILIZE ESTE ESPAÇO OU UMA FOLHA A4 PARA REALIZAR ESTE ESBOÇO
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
6
Para projetos industriais se recomenda:
• Pensar em dimensionamento mais robustos nas lajes, devido às cargas 
acidentais associadas a este tipo de projeto.
• Utilizar perfis de aço como solução a áreas que obedecem a inexistência de pilares.
Sendo você o dono do empreendimento, em um terreno afastado do centro da 
cidade e com pouco desenvolvimento urbano, que tipo de projeto gostaria de 
empreender? Indique as condições e os motivos da sua escolha.
AUTOATIVIDADE
Uma vez que uma planta congruente com a distribuição espacial 
recomendada pela normatividade e com a satisfação do cliente é feita, pode ser 
realizada uma visita ao lugar do futuro empreendimento, de modo que sejam 
contemplados os possíveis ajustes de nível ou acondicionamento do solo, que o 
dono do projeto possa não ter indicado durante a criação das plantas. Com isso, 
passaremos à seguinte prática. 
3 PRÁTICA N°2: VISITA AO LUGAR DO PROJETO – CURVASDE NÍVEL
Antes da concepção final do projeto, é necessário verificar, em campo, as 
medidas associadas à projeção da construção. Observações do tipo de solo e das 
possíveis inclinações do terreno.
FIGURA 3 - POSSÍVEIS IRREGULARIDADES EM UM TERRENO
FONTE: Adaptado de Flaks (2017)
TÓPICO 1 | ATIVIDADES DE CONCEPÇÃO DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
7
Atividade
Serão feitas medições de uma área parcialmente plana e parcialmente 
inclinada com ajuda de métodos simples e/ou equipamentos topográficos (medidas 
planialtimétricas). Com frequência podem ser registrados lotes de forma irregular 
no fundo, mas que devem ser indicados por uma linha de referência principal. 
Objetivo da atividade: realizar o desenho das curvas de nível por 
quadriculação para adquirir agilidade mental e visual do terreno da obra.
Materiais e equipamentos:
• Trena.
• Nível ótico com respetivo tripé.
• Caderneta.
• Mira.
• Piquetes.
Procedimento:
1- É realizado o reconhecimento do lugar e identificado um ponto de apoio 
topográfico para dar suporte e orientação a todas as leituras.
2- É criada uma quadricula imaginaria sobre a área do terreno, que é demarcada 
por pontos de contorno e de interseção, como pode ser visto na Figura 4, 
podendo ser ajustadas as dimensões segundo a realidade. 
3- Feito isso, o nível é estacionado e fixado com auxílio do nível de bolha, tripé 
e parafuso, em um local fora da quadricula que permita visualizar todos os 
pontos sem precisar de fazer uma nova estação. 
4- Indica-se fazer uma leitura com nível e mira no ponto mais distante, tomado 
como A5, como se mostra na Figura 4, para ser usada como leitura de ré, e as 
outras serão usadas como leitura de vante.
5- As leituras são realizadas do fundo até a frente, ou seja, dos pontos mais 
afastados até os pontos mais próximos do nível: A5 até A1 e continuando com 
B1 até B5, C5-C1, D1-D5, assim continuamente até chegar em E1.
6- As leituras são guardadas em caderneta e no nível para posterior cálculo da 
altura dos pontos. 
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
8
FIGURA 4 - EXEMPLO DE QUADRÍCULA PARA MEDIDA DE PONTO NO TERRENO
FONTE: Adaptado de Silva (2009)
Continuando o trabalho, em escritório são feitos os cálculos de altura de 
cada ponto.
A altura do instrumento, em nivelamento geométrico, é a distância vertical 
compreendida entre a linha de visada do nível de luneta e a superfície de nível 
de referência. Assim:
• Altura do instrumento = cota inicial + leitura de ré da estação I. 
A cota inicial na estação I = 10000 mm (cota arbitraria) e leitura de Ré, 
dada em A5 = 1285mm. Então: altura do instrumento = 10000+1285, ou seja, altura 
do instrumento = 11285mm.
Após o cálculo da altura do instrumento, calculam-se todas as outras cotas 
dos pontos posteriores. Sabe-se que, quando a superfície de nível de comparação 
é arbitrária, as alturas dos pontos são denominadas de cotas.
• Cota = altura do instrumento na estação – leitura de vante de cada ponto. 
Na estação I a altura do instrumento é 11285 mm e as leituras de vante são: 
em A4 = 1730 mm; em A3 = 2235; em A2 = 2550 etc. Então: 
• Cota A4 = 11285 – 1730 = 9555 mm. 
• Cota A3 = 11285 – 2235 = 9050 mm. 
• Cota A2 = 11285 – 2550 = 8735 mm.
A forma de apresentação de dados é registrada na Tabela 1.
TÓPICO 1 | ATIVIDADES DE CONCEPÇÃO DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
9
TABELA 1 - APRESENTAÇÃO DE LEITURAS E COTAS PARA OS PONTOS DA QUADRÍCULA
FONTE: Silva (2009, p. 10)
Ré Vante
I A5 1285 11285 10000
A4 1730 9555
A3 2235 9050
A2 2550 8735
A1 2970 8315
B1 2789 8496
B2 2390 8895
B3 1894 9391
B4 1480 9805
B5 1025 10260
C5 785 10500
C4 1330 9955
C3 1660 9625
C2 2230 9055
C1 2680 8605
D1 2570 8715
D2 2015 9270
D3 1570 9715
D4 1130 10155
D5 625 10660
E5 480 10805
E4 1025 10260
E3 1435 9850
E2 1800 9485
E1 2325 8960
Cotas
leiturasPonto 
visado
Estação
Altura do 
instrumento
Estas cotas são registradas na quadrícula (Figura 4), dando origem à 
Figura 5. Identificando o maior e o menor valor: 10,805 e 8,315. As curvas de nível 
são determinadas pelo método de equidistância, utilizando uma equidistância de 
400mm, por ter feito uma quadrícula de 20m x 20m = 400m2, não obstante, pode 
ser escolhido um outro valor que vai determinar o número de curvas. Tomando 
outros valores, um deles pouco abaixo da cota maior e o outro um pouco acima 
da cota menor (10,750 e 8,350mm) — sem ser outro valor de cota — fazemos os 
cálculos de curva usando o valor de equidistância adotado, teremos 7 curvas:
• 10750mm;
• 10750 – 400 = 10350mm; 
• 10350 – 400 = 9950mm; 
• 9950 – 400 = 9550mm; 
• 9550 – 400 = 9150mm; 
• 9150 – 400 = 8750mm; 
• 8750 – 400 = 8350mm.
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
10
FIGURA 5 - MARCAÇÃO DE COTAS EM PONTOS DA QUADRÍCULA
FONTE: Silva (2009, p. 11)
Continuando, serão determinados os pontos (entre linhas de quadrícula) por 
onde passa a curva. A primeira curva de valor 10750mm se faz da seguinte forma:
a) Observa-se em que quadrícula e qual vértice da área a curva tem início: E5.
b) Subtrai-se a maior cota do vértice da menor cota do vértice.
A curva 10750 inicia-se no segmento E5-D5. Então, 10805-10660 = 145mm.
c) Calcula-se a distância gráfica do segmento E5-D5.
Na realidade, Distancia: E5-D5 = 5m, porém, em escala 1:100, a distância 
gráfica é de 50mm. 
d) Divide-se a diferença de cotas pela distância gráfica: 145/50 = 2,9 mm. 
Isso significa que cada mm deste segmento, no papel, equivale a 2,9mm 
da diferença entre cotas.
e) Posteriormente, subtrai-se do maior valor da cota do vértice o valor da curva, 
que será representada assim: 10805 – 10750 = 55mm.
f) Este valor é dividido pelo valor que equivale a cada mm do segmento: 
55/2,9 = 18,9 mm. 
O que traduzimos em: a curva de nível de valor 10750 passa a 18,9mm de 
distância da cota 10805mm. Deve-se sempre iniciar a contagem a partir da maior 
cota, que, neste caso, foi 10805. Observa-se quais outros segmentos da quadrícula 
incluem esta curva e procede-se de forma similar. Por exemplo, a curva 10750 
passa pelo segmento E5-E4, que tem por distancia: 10805-10260= 545mm.
545/50 = 10,9 mm → 10805-10750 = 55 → 55/10,9 = 5 mm.
TÓPICO 1 | ATIVIDADES DE CONCEPÇÃO DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
11
O mesmo procedimento será feito para todas as outras curvas de nível.
Para curva de 10350, as posições seriam:
• E5-E4: 41,74mm.
• D5-D4: 30,69mm. 
• C5-C4: 13,76mm. 
• C5-B5: 31,25mm.
A posição das curvas, nos segmentos da quadrícula, está representada 
por pontos vermelhos na Figura 6, que são unidas com linhas que representam a 
posição mais provável da curva. 
FIGURA 6 - REPRESENTAÇÃO DAS CURVAS DE NIVEL NA QUADRÍCULA
Fonte: Adaptado de Silva (2009)
O levantamento planialtimétrico é um conjunto de informações obtidos 
mediante curvas de nível e um perfil topográfico longitudinal. Pesquise qual a 
forma de obtenção deste perfil longitudinal.
AUTOATIVIDADE
Ao final da prática, deve ser entregue o traçado de curvas de nível do 
terreno visitado. Com o conhecimento de níveis no terreno é possível estimar 
o volume de material para escavação ou o aterramento no terreno. A seguinte 
prática fará uso destas informações para determinação de nível de fundações.
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
12
4 PRÁTICA N°3: ELABORAÇÃO DE ANTEPROJETO 
Visando à satisfação do cliente, é necessário o conhecimento do total de 
investimento previsto para a realização do projeto. Desta forma, o projeto terá 
mais possibilidade de ser executado à totalidade. 
Atividade
Criação de planta arquitetônica – planta estrutural sem dimensionamento 
exato. Desenhando a posição dos membros estruturais do projeto previamente 
escolhido, de tal forma que, com base em normatividade sejam estimadas 
dimensões de membros estruturais em concreto armado ou estrutura metálica 
(ABNT, 2014; 2008). Assim, como uma associação geral de investimentos nos 
aspectos estruturais/técnicos,arquitetônicos ou de acabamento, adequação do 
terreno e estudos do projeto em geral. Considerando as seguintes porcentagens:
TABELA 2 - PORCENTAGENS ESTIMADAS PARA AS ETAPAS DO INVESTIMENTO 
FONTE: Adaptado de Gerolla (2016)
Item %
Documentação 3-5
Preliminares 3
Fundações 3-7
Estrutura 12-20
Fechamentos 10-19
Cobertura 3-5
Instalações elétricas 8
Instalações hidráulicas 9-12
Acabamentos internos-externos 20-38
Limpeza e arremates 1-2
Objetivo da atividade: aplicar os conceitos aprendidos sobre 
dimensionamento de estruturas e discutir os investimentos de cada uma das 
etapas da obra. 
A Figura 7 registra uma planta arquitetônica e certas projeções de pilares 
e vigas para a laje de entrepiso.
TÓPICO 1 | ATIVIDADES DE CONCEPÇÃO DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
13
FIGURA 7 - ARQUITETÔNICO COM PROJEÇÃO DE VIGAS
FONTE: Adaptado de Namaya (2016)
Ao final da prática deve ser discutida a localização de vigas e pilares, laje e 
tipos de fundações, e o dimensionamento estimado, inicialmente, para eles, além 
dos investimentos gerais feitos para cada aspecto. Seja para obter uma construção 
rápida e econômica ou complexa e de alto padrão. 
5 PRÁTICA N°4: DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA AO PROJETO 
ESCOLHIDO PREVIAMENTE
A execução do projeto de construção necessita de permissão por parte das 
autoridades municipais, mesmo que seja óbvio para certo tipo de projeto como 
hospitais ou escolas, tudo deve ficar devidamente registrado para dar constância 
de um planejamento. Contar com licenças ambientais, se for necessário, e prover 
segurança à população.
Atividade
Fazer a simulação de entrega e preenchimento de documentação para 
permissão do empreendimento à prefeitura, considerando o projeto concebido 
na prática anterior. Os estudantes atuarão em grupo, como pessoas jurídicas 
ou naturais, querendo desenvolver o projeto de construção. No caso de pessoas 
jurídicas é necessária a apresentação da documentação administrativa e cumprir 
certos requisitos quando se tratar de projetos de caráter público.
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
14
Objetivo da atividade: relacionar os alunos com os processos administrativos 
próprios legais, que envolvam a execução de um projeto de construção civil com 
permissão das autoridades. De acordo com o projeto escolhido será entregue a 
seguinte documentação, apoiado nas sugestões de Salgado (2014):
• Projeto arquitetônico.
• Projeto estrutural. 
• Memorial descritivo.
• Estudo ambiental (para projeto industrial).
• Requerimento. 
• Título de propriedade do terreno ou processo de compra-venda. 
• Proposta econômica (para projeto institucional).
• Habilitação da empresa (para projeto industrial e institucional).
Esta documentação deve ser estruturada conforme à normatividade 
municipal, e entregue de forma que pareça participar da contratação dos serviços.
Certamente a documentação associada ao processo licitatório não pode, de 
forma alguma, ser falsificada, pois a empresa pode receber penalização ou multas e ser 
afastada do processo licitatório. Não obstante, o vencimento da documentação também 
é motivo suficiente para afastá-la. A documentação é a identidade da empresa, e a 
manifestação de sua experiência na área, por isso, quem quer participar no processo quer 
assegurar que tudo esteja em ordem. Inclusive, são promovidos cursos para formação de 
pessoas nessa área, tal como pode ser visto no seguinte site: https://www.educamundo.
com.br/blog/curso-online-licitacao.
ATENCAO
15
Neste tópico, você aprendeu que: 
• A concepção de um projeto de construção civil obedece ao plano de necessidades 
particulares, e que deve ter uma aprovação particular e institucional.
• É necessário conhecer a realidade espacial do projeto de construção, desta 
forma podem ser consideradas outras perspectivas no desenvolvimento do 
mesmo em campo.
• Ser contratado pelo Governo para a realização de algum projeto de 
construção, é preciso demostrar sua experiência administrativa e técnica 
para a execução dos projetos. 
• Para projetos de obra mais simples a contratação pode ser feita sobre as ART 
do engenheiro associado ou simples preferência. 
• Uma vez que a documentação é entregue às autoridades correspondentes e é 
emitido um parecer favorável à locação de obra, pode dar-se o início dela. 
RESUMO DO TÓPICO 1
16
1 As posições de pilares, em projetos residenciais, podem ser facilmente 
indicadas, pois elas podem ser orientadas pelo cruzamento de muros ou 
paredes. Agora, quando se trata de áreas maiores, como auditórios ou praças 
de alimentação, é desejável que estejam afastadas o máximo possível, o que 
poderia modificar a espessura ou altura das vigas. Como lidar com isso?
2 Quando se trata de um processo licitatório, este: 
I- Só pode ser aplicado para a contratação com o Governo, seja este da União, 
estadual ou municipal.
II- É um processo sigiloso entre as partes envolvidas.
III- É difícil ter influência sobre a indicação de um ganhador do processo.
Em respeito a isso, pode ser dito que:
a) ( ) A premissa I não é verdadeira.
b) ( ) A premissa I e a II não são verdadeiras.
c) ( ) A premissa II é falsa.
d) ( ) A premissa III é verdadeira.
AUTOATIVIDADE
17
TÓPICO 2
ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Fazer o levantamento e adequação de obra significa reconhecer em quais 
condições se encontra o solo, sua natureza e o grau de intervenção para instalação 
das fundações. Por maior que seja a intervenção para adequar a solo, maior será 
o custo associado à estabilidade da fundação. 
Uma vez obtido este conhecimento, pode ser feita a marcação da posição 
dos diferentes membros estruturais no terreno, sua escavação e recebimento de 
materiais para dar forma a ele com concreto armado. E mesmo que seja utilizado 
outro tipo de material para a estrutura, como madeira ou aço, ou sua fundação ser 
escavada ou cravada, elas têm o mesmo objetivo: garantir a resistência à aplicação 
de cargas de desenho. E sua marcação continua sendo fundamental.
Este tópico contempla a realização das seguintes atividades:
• Prática nº 5: locação de obra.
• Prática nº 6: escavação de fundações.
• Prática nº 7: ensaios de caracterização de solo in situ.
• Prática nº 8: ensaios de caracterização de solo em laboratório.
• Prática nº 9: estimativa de quantidades de obras.
2 PRÁTICA N° 5: LOCAÇÃO DA OBRA
Com um anteprojeto aprovado pelas autoridades, é possível traçar seu 
levantamento no terreno. A locação é uma das etapas mais importantes de uma 
obra, merecendo atenção especial quando da sua realização. 
Fazer a locação da obra significa demarcar no terreno a posição dos elementos 
da construção, como fundação, pilares, paredes e outros detalhes estruturais, 
segundo Borges (1975), sempre seguindo as orientações do projeto. Para o início da 
locação é necessário que todos os serviços preliminares de movimentação de terra, 
contenção e drenagem do terreno tenham sido concluídos. Para não ter problemas 
é necessário que o terreno esteja limpo: sem entulhos, materiais de construção ou 
vegetação. Se por ventura, as medidas ficarem afastadas das indicadas nas plantas 
será necessário um ajuste nas quantidades de materiais e mais trabalho para os 
operadores, o que se traduz em custos extras (YAZIGI, 2011).
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
18
Atividade
O grupo escolherá um terreno aberto e terraplanado, e com as cotas 
de nível definidas para a execução das fundações, no qual será feita a locação 
de obra correspondente à Figura 7. Fazendo uso de gabaritos que envolvam o 
perímetro da obra.
Objetivo da atividade: levar aos alunos a experimentar a coordenação 
total de uma locação de obra no terreno. 
Materiais e equipamentos:
• Trena metálica ou de fibra.
• Escala.
• Mangueira de nível.
• Esquadro de alumínio.
• Prumo de centro.
• Linha de pedreiro de 0,8 mmx100 m.
• Martelo.
• Marreta.
• Facão.
• Barbante.
• Piquetes ou estacasde madeira.
• Pregos.
• Plantas.
• Cimento CPII.
• Água limpa.
• Tinta de cor: branca, vermelha e/ou preta.
Para obras mais complexas, recomenda-se o uso de equipamentos eletrônicos, 
como estação total e nível a laser, apoiando-se no advento da topografia.
ATENCAO
De modo específico, será explicado o passo a passo de uma locação feita 
com gabarito contínuo, como indica ConstrufacilRJ (2014): 
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
19
Procedimento:
1- Marcar estacas iniciais ao redor do terreno, para que haja uma referência do 
lote e sejam conhecidos os alinhamentos. 
2- Estabelecer a união das estacas e barbantes. Assim será criada uma linha fixa, 
o que permitirá o levantamento de outras linhas. 
3- O segundo alinhamento, perpendicular ao alinhamento fixo, é marcado 
mediante esquadro. Medindo 60cm no alinhamento principal e amarrando um 
barbante nesta medida até se encontrar com o alinhamento móvel, em uma 
distância de 80cm na linha dele, conforme apresentado na Figura 8. 
4- Estica-se uma trena com o zero, partindo do ponto onde está o barbante 
do alinhamento fixo até o comprimento de um metro (100 centímetros) e 
movimenta-se o ponto do alinhamento móvel até coincidir com a medida 
de um metro da trena.
5- Crava-se uma estaca e estabelece-se, assim, o segundo alinhamento 
(segundo lado do terreno). Os demais lados, ou seja, os outros dois restantes 
são obtidos da mesma forma, sendo que o alinhamento móvel anterior passa a 
ser o alinhamento fixo.
6- Depois de marcados todos os lados do terreno, devem-se medir os lados 
opostos do terreno e compará-los. Se as medidas não forem iguais existe erro 
de esquadro em algum alinhamento.
FIGURA 8 - MARCAÇÃO DE ESTACAS E DEFINIÇÃO DE ALINHAMENTOS
FONTE: Adaptado de ConstrufacilRJ (2014, s.p.)
Obtida a marcação dos alinhamentos do terreno, inicia-se a montagem 
do gabarito, que pode ser em tábua corrida (contínuo) ou em cavaletes. Em função 
da leitura da planta baixa, obtém-se as medidas dos recuos ou afastamentos dos 
limites do lote até as paredes externas. 
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
20
7- Marcam-se os pontos destes recuos nos alinhamentos do terreno, fixando, para 
isto, pedaços de barbantes.
8- Estendem-se linhas passando pelos pontos marcados e cravam-se 
estacas aprumadas afastadas 50cm dessas linhas. Estabelece-se, assim, o 
primeiro lado do gabarito. 
9- Fixa-se um ripão nas estacas do lado estabelecido, nivelando-o a, no 
mínimo, 20cm do ponto mais alto do terreno. Como pode ser visto na Figura 9.
As estacas intermediárias devem estar alinhadas com as das 
extremidades. Repete-se o mesmo procedimento para a armação dos outros 
lados fechando-se o gabarito.
10- Sobre os ripões do gabarito pronto, faz-se a marcação das faces das paredes: 
estendem-se as linhas de marcação dos recuos passando pelos seus pontos 
(linha de marcação de uma parede externa) marcados nos alinhamentos do 
terreno. Transporta-se para o ripão do gabarito (através do prumo de centro). 
Na Figura 9, é indicada a forma de marcação com auxílio de prumo de centro. 
11- O passo anterior é repetido para todas as possíveis paredes internas ou 
externas, indicando sempre suas faces, também podem ser indicados a 
posição dos eixos de pilares e sapatas, cravando estacas às devidas distâncias 
do gabarito, sem esquecer de ser aprumadas e identificadas com tinta. Se 
indicar por linha estendida, deve-se fazer uso de pregos firmes e as linhas 
devem estar com perfeita perpendicularidade ao gabarito e paralelas entre si. 
FIGURA 9 - MARCAÇÃO DE GABARITO COM ESPECIFICAÇÃO DE RECUO E AFASTAMENTO
FONTE: Adaptado de ConstrufacilRJ (2014, s.p.)
Ao finalizar esta pratica serão identificadas as posições das fundações 
- as primeiras a serem executadas. Com base na seguinte prática, pode ser 
compreendido o procedimento de delimitação delas. 
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
21
3 PRÁTICA N° 6: ESCAVAÇÃO DE FUNDAÇÕES
Nenhum projeto consegue ser suportado sobre o solo in natura, pois a sua 
suscetibilidade à mudanças, frente a fenômenos climáticos, é muito alta, assim, 
sempre será necessário prepará-lo para a recepção de cargas estruturais, seja com 
uma extração de volume de solo ou perfuração até a camada mais forte. 
Seguindo as diretrizes de posição das sapatas, indicadas no plano, 
é feita a escavação do solo, que se estende 20cm a mais de cada lado para 
garantir espaço para executar as formas e mobilidade dos operários. Esta 
escavação pode ser feita manualmente ou com auxílio de equipamentos. Mas 
que, de forma geral, os sistemas possíveis e comercialmente conhecidos ficam 
registrados na norma NBR 6122/1996. 
Atividade
Será feita a escavação de uma sapata de tamanho pequeno, e as indicações 
do tratamento no solo para assegurar a estabilidade da mesma.
Objetivo da pratica: que os alunos consigam compreender o porquê de 
cada atividade durante a execução da escavação e adequação da fundação.
Materiais e equipamentos:
• Água limpa.
• Colher de pedreiro.
• Linha de náilon.
• Lápis.
• Desempenadeira de madeira.
• Trena metálica.
• Esquadro metálico.
• Nível de mangueira ou aparelho de nível a laser.
• Martelo.
• Serrote.
• Pá.
• Enxada.
• Carrinho de mão com uma roda.
• Guincho.
• Armadura de aço.
• Concreto pré-misturado. 
• Estacas de madeira.
• Pregos 18x27.
• Espaçadores de plástico em “+”.
• Sarrafos de madeira. 
• Tabuas de madeira.
• Pontaletes de madeira.
• Maço de 30kg, Soquete de 5kg, ou compactador mecânico. 
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
22
É indicado por Yazigi (2011), que a escolha do tipo de material para 
preenchimento da sapata obedece às questões técnicas, tal como se indica no Quadro 1. 
QUADRO 1 - INDICAÇÕES DE TIPO DE SAPATA A SER USADA EM FUNÇÃO DE CONDIÇÕES
Sapata corrida de alvenaria
de tijolos
Sapata isolada de
concreto armado
Quando usar?
• Cargas pequenas e solo 
regularmente resistente.
• Profundidade de assentamento 
entre 50cm e 1m.
• Cargas moderadas.
• Profundidade de assentamento 
maiores a 1,20 m.
FONTE: Adaptado de Yazigi (2011)
A seleção do tipo de sapata, superficial ou vigas baldrames, obedece à 
caracterização do tipo de solo do terreno. Se indica que, mesmo que esta prática seja 
explicada antes que a caracterização do solo (próxima prática), não pode ser dimensionada 
uma sapata sem conhecimento da resistência admissível do solo e sua natureza.
ATENCAO
Procedimento em fundações superficiais:
1- Escavação do solo na região próxima à localização da fundação. Deixando a 
geometria mais reta o possível (paredes e fundo).
2- Compactação do fundo do solo com um maço, soquete ou compactador 
mecânico tipo sapo, assegurando o nivelamento do fundo da vala. 
Antes do lançamento do concreto magro, o fundo das valas precisa ser 
molhado, o que permite identificar lugares de percolação de água, assim serão 
evitadas situações indesejáveis sobre o concreto magro.
3- Preparação do concreto magro.
4- Extensão da camada de concreto magro, de aproximadamente 5cm de 
espessura, por todo o fundo da escavação.
Esta camada servirá de proteção das armaduras, para não terem contato 
direto com o solo. Os 5cm são abaixo da cota de apoio, ou da profundidade 
necessária na fundação. Ocasionalmente, brita compactada pode ser utilizada 
no lugar de concreto magro, mas é indicado ela esteja limpa, para garantir a 
aderência da sapata à rocha. Considerando o uso dos espaçadores entre a brita e 
a armadura para evitar a oxidação da mesma. 
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
23
FIGURA 10 - ESCAVAÇÃO DE SAPATA, ADEQUAÇÃO DO FUNDO
E COLOCAÇÃO DA ARMADURA
FONTE: <https://i.pinimg.com/736x/e5/37/08/e53708b9fa1e9a313eabf8778315ac64--columns-
pool.jpg> Acesso em: 13 jun. 2019.
5- Instalação das formas que fecham os limites da sapata, assegurando a 
perpendicularidade entre esquinas, alinhamento e travação. Estas formas são 
executadas comsarrafos e tabuas de madeira, escoradas com estacas cravadas 
externamente, no fundo e nas laterais da cava.
6- Colocação da armadura, que por sua vez deve ser amarrada com a armadura 
dos pilares. 
É alinhada a armadura e demarcados os cobrimentos especificados pela 
normatividade.
7- Colocação do concreto dentro da forma e em forma de camadas.
São indicadas as seguintes recomendações durante a concretagem:
• Durante a concretagem o concreto deve ser bem vibrado, a fim de impedir a 
formação de brocas. 
• O concreto deverá ser lançado a pequena altura, de forma a evitar a segregação 
de material. 
• É de extrema importância a concretagem da base do pilar, pois é no encontro 
dele com a sapata que acontecem a maiores tensões. 
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
24
Não pode ser esquecida a impermeabilização das fundações, que pode ser 
feita com a implementação de emulsão asfáltica, ou com a incorporação de aditivos na 
mescla de concreto.
IMPORTANT
E
Todo este procedimento é valido para execução de vigas baldrame.
8- O último passo é realização do reaterro do solo que foi escavado. O reaterro 
deverá ser compactado em camadas de 20 centímetros, com auxílio de maço de 
30kg ou equipamento mecânico.
9- E a preparação do piso, com solo de brita.
Recomenda-se aguardar 28 dias para começar a fazer o levantamento das 
paredes.
Procedimento em fundações profundas:
Inicialmente, para a realização das escavações deste tipo de fundação, deve 
estar indicada a posição do eixo do pilar no terreno, mediante estacas locadas 
com piquetes, recomenda-se também que o solo esteja nivelado ou em patamares. 
Adicionalmente, deve ter sido definido o tipo de sistema para instalação das estacas. 
É possível ter estacas de madeira, metálicas ou concreto (pré-moldado ou in loco).
Baud (1995) indica que, quando se trata de estacas batidas a base de 
madeira, deve ser assegurado que fiquem submersas em toda sua altura, do 
contrário, podem apodrecer devido às alterações de umidade e ar fora do solo. 
Este tipo de estaca pode ter comprimento de até 5m.
Quando se trata de estacas feitas de concreto armado pré-fabricado, que 
podem medir até 30m, também serão necessárias técnicas de percussão para sua 
instalação no solo. 
Quando corresponde a concreto in loco, pode aplicar diferentes sistemas, 
como, novamente, indica Baud (1995), dois exemplares destes sistemas são:
• Sistema Zeissl: é um sistema em que as estacas são preenchidas com concreto 
vibrado, moldado no solo. Faz uso de uma tubulação prévia que permite 
abrir um espaço no solo que vai receber o concreto, e, posteriormente, ajuda 
no confinamento durante o enchimento da escavação. Pode ser introduzida a 
armadura e após a tubulação é retirada. 
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
25
• Em um sistema Hochstrasser-weisse são contempladas as seguintes operações: 
a instalação de um tubo guia pelo método tradicional de escavação e depois 
calçamento, de modo que possa ser garantida a verticalidade. Posteriormente, 
um dispositivo antiatrito, por rotação alternada, faz a tubulação descer ao solo. 
E a perfuração vai sendo feita por meio de uma caçamba escavadeira de uma 
bomba de pedregulho, conforme a consistência do terreno. É introduzida a 
armação quando a perfuração atingiu a profundidade exigida. Finalmente é 
feita a concretagem, que na medida que vai subindo de nível, com ajuda de ar 
comprido, vai sendo adensado e a tubulação guia vai sendo retirada. 
A norma NBR 6122/1996 especifica diferentes tipos de fundações profundas, e 
os equipamentos usados para sua conformação. Qualquer ideia ou método diferente para 
definir fundações profundas pode ter confiabilidade nos resultados.
ATENCAO
Na Figura 11 é mostrada uma sequência de operações para a realização 
de estacas.
FIGURA 11 - SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ESTACAS
FONTE: <http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/146/
artigo299192-3.aspx> Acesso em: 20 abr. 2019.
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
26
5 PRÁTICA N° 7: ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DO SOLO 
IN SITU
Como afirmam Tabalipa e Fiori (2012), existem uma ampla variedade 
de parâmetros que influenciam sobre o estado do solo, tais como: porosidade, 
índice de vazios, mineralogia, granulometria, plasticidade, permeabilidade e 
compressibilidade. Com base nisso, existem diferentes ensaios de caracterização 
do solo in situ que permitem assignar números a alguns desses parâmetros, ou 
indicar sua capacidade admissível com base a comparações.
Mesmo que estas atividades não possam ser executadas pelos alunos, 
é necessária uma familiarização com as investigações feitas em campo, e a 
interpretação dos resultados obtidos nos ensaios, que permitirão o reconhecimento 
geotécnico ou geológico do solo da obra. Tais como:
• Sondagens de amostras indeformadas.
• Ensaios de penetração, estáticos ou dinâmicos.
• Ensaios de resistência e deformação.
• Ensaios de permeabilidade ou determinação de perda de água.
• Medições de nível de água e de pressão neutra.
• Realização de prova de cargas.
• Processos geofísicos de reconhecimento.
Atividade
Será realizado um ensaio de permeabilidade no solo, que permite dar uma 
noção de problemas de ordem hidráulica que poderiam estar associados com o 
solo, mas que devem ser comparados com a seguinte pratica de caracterização 
para inferir medidas de tratamento ou adequação do solo. 
Objetivo da atividade: expressar a permeabilidade de uma amostra de 
solo in situ.
O ensaio de permeabilidade do solo consiste na medida da vazão, 
representada pelo volume d'água absorvido ou retirado durante um intervalo de 
tempo, em função da aplicação de diferenciais de pressão induzida por colunas 
d'água, resultante da injeção ou da retirada de água do furo.
Materiais e equipamentos:
• Água.
• Trena.
• Pá.
• Paquímetro.
• Cronometro.
• Proveta graduada. 
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
27
Procedimento:
1- Realizar uma pequena escavação no solo.
2- Tomar as medidas exatas do furo e indicar a presença ou não de nível freático.
3- Esvaziar a água no furo e marcar seu nível inicial.
4- Fazer as leituras de profundidade da água a cada minuto, durante 20 minutos. 
Preenchendo a Tabela 3. 
TABELA 3 - REGISTRO DE NIVEL DE ÁGUA NO TEMPO
FONTE: O autor
Nível (cm) Tempo (min),
Fazendo uso da equação Dr*600I
t
= 
Onde: 
I = Velocidade de infiltração, mm/h.
T = Tempo.
Dr = Diferença de níveis.
5- Pode-se calcular a comparar a velocidade de infiltração. Tomando de apoio a 
informação da prática seguinte e emitir algum conceito ao respeito.
6 PRÁTICA N° 8: ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DO SOLO 
NO LABORATÓRIO
Retirar amostras de solo para caracterizar no laboratório é uma prática 
comum e necessária, pois permite que, alterando as condições normais do solo 
possam ser estimados cenários de umidade e previsão de comportamento plástico. 
Conhecer a distribuição de grãos nele presentes e traduzir em uniformidade ou 
não do solo para preenchimento de vazios.
Da mesma forma que são caracterizados os agregados, também se faz 
necessário identificar o tipo de solo com uma bateria de ensaios, tais como 
granulometria, limites de plasticidade e umidade. Todos eles com a finalidade de 
ter maior precisão na indicação de suas propriedades. 
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
28
Atividade
Realização de ensaios para familiarização com os procedimentos de 
caracterização de solo em laboratório com uma amostra de solo representativa 
do terreno.
Objetivo da atividade: julgar a consistência do solo em questão durante 
a realização dos ensaios.
Materiais e equipamentos:
• Amostra de solo representativa.
• Serie de peneiras.
• Tambor vibratório. 
• Balança.
• Estufa. 
• Aparelho Casagrande e acessórios.
• 5 recipientes.
Determinação de umidade natural:
Procedimento
1- Pesar uma quantidadede, mais ou menos, 500g de material em seu estado 
natural.
2- Colocar o material na estufa para secar, temperatura de 100 ±5 °C.
3- Pesar, novamente, o material e aplicar a seguinte equação:
• Umidade Natural:
1 2 100
2
−
= ×
P PWn
P
%=Wn
• Onde:
 ◦ P1 = massa do solo úmido, em gramas.
 ◦ P2 = massa do solo seco, em gramas.
 ◦ Wn = umidade natural, em %.
Conhecendo as distribuições de tamanhos das partículas do solo, também 
é possível saber se é necessário fazer ajustes nele, de modo de possam ser 
asseguradas sua função de material de suporte. Por isso, é comum caracterizá-los 
mediante ensaios de granulometria, porcentagem de finos e umidade.
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
29
FIGURA 12 - SÉRIE DE PENEIRAS
FONTE: <http://www.bertel.com.br/agitador.html>. Acesso em: 25 abr. 2019.
Procedimento:
1- O material deve se encontrar em estado seco, recomenda-se colocá-lo na estufa 
durante 24 horas.
2- Registrar a massa inicial da amostra a ser caracterizada.
3- Adicionar o material no jogo de peneiras e agitá-lo na sua totalidade, com 
ajuda de um tambor vibratório, durante 15 minutos. 
4- Na sequência, retirar cada peneira da série e pesar o material retido nela até 
fi nalizar toda a série.
5- Preencher o seguinte formulário (Tabela 4) para controle das quantidades.
6- Realizar os cálculos de módulo de fi nura e de diâmetro máximo nominal. 
TABELA 4 - FORMULÁRIO PARA ESTRUTURAR A GRANULOMETRIA DO SOLO
FONTE: A autora
3/4" 19
1/2" 12,7
3/8" 9,5
No,4 4,75
No.8 2,4
No.16 1,2
No.30 0,6
No.50 0,3
No. 100 0,15
No. 200 0,075
Fundos -
Total
Dmáx(mm)
Peneira (No.)
Granulometria agregado míudo 
Módulo de Finura
Peneira (mm)
Material 
Retido (g) (1)
Percentual 
Retido (%) (2)
Percentual 
Retido 
Acumulado (%) 
Percentual 
Passante 
Acumulado (%) (4)
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
30
• A coluna (1) corresponde à massa do material retido na peneira especifi cada.
• A coluna (2) corresponde ao coefi ciente da coluna (1) e a somatória total da 
massa de material, que teoricamente corresponde a 1 kg. 
• A coluna (3) corresponde ao acumulado do percentual retido (coluna 2) na 
ordem de cima para baixo.
• A coluna (4) corresponde à diferença entre 100% da amostra e a coluna (3). 
• Até fi nalizar, esta coluna deve zerar na linha do total.
Indica-se que o Módulo de fi nura (MF) é a soma das porcentagens 
acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida 
por 100. Tendo a possibilidade de indicar a homogeneidade do agregado nas 
seguintes categorias:
FIGURA 13 – POSSIVEIS VALORES DO MODULO DE FINURA 
FONTE: <http://adm.online.unip.br/img_ead_dp/66302.pdf>. Acesso em: 1 jul. 2019.
Para o caso da Dimensão máxima (Dm) ou diâmetro máximo nominal, pode 
ser defi nido como a abertura de malha quadrada, em mm, à qual corresponde a uma 
porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.
Com o formulário devidamente preenchido, pode ser construído o 
gráfi co da granulometria, como se vê no Gráfi co 1 que, segundo sua forma, pode 
representar uma distribuição de grãos do seguinte tipo:
• contínua: quando a curva tem forma de s suave e alongado na horizontal;
• descontínua: quando registra algum patamar na horizontal; ou 
• uniforme: quando apresenta um s alongado na vertical. 
GRÁFICO 1 - CURVA GRANULOMETRICA DO SOLO
FONTE: A autora
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
31
6.1 LIMITES DE ATTERBERG (LIMITES DE CONSISTÊNCIA)
Estes limites são valores de umidade que permitem avaliar a natureza 
dos solos durante diferentes estados de plasticidade. Esta variação pode ser 
representada no Gráfico 2.
GRÁFICO 2 - ESTADOS DE PLASTICIDADE
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/45/LimitesDeAtterberg.JPG>. 
Acesso em: 16 abr. 2019.
Limite de Liquidez (LL) é o valor de umidade no qual o solo passa do 
estado líquido para o estado plástico. Este limite é determinado com auxílio do 
aparelho de Casagrande, um exemplar pode ser visto na Figura 14, no qual se 
determina o teor de umidade que, com 25 golpes, une os bordos inferiores de 
uma canelura (um centímetro de comprimento) aberta, na massa de solo, por um 
cinzel de dimensões padronizadas. 
FIGURA 14 - EXEMPLAR DE APARELHO DE CASAGRANDE COM ALGUNS ACESSÓRIOS 
FONTE: <http://www.torresgeotecnia.com.br/portfolio-view/entretenimento-02-2-2-2-3-2/>. 
Acesso em: 9 maio 2019.
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
32
Procedimento:
 
 A obtenção do limite de liquidez foi padronizada por Arthur Casagrande 
e é determinada da seguinte forma, apoiado nas normas NBR 6459/2016 e NBR 
7180/2016:
1- O material utilizado é o que passa na peneira nº 40 e entre 50 e 80 gramas.
2- Coloca-se uma quantidade do material numa concha de porcelana e, aos 
poucos, se adiciona água, mistura-se vigorosamente a fim de obter uma 
homogeneidade da umidade do solo. A umidade deve ser próxima do limite 
de plasticidade, que é estimada a partir da experiência do laboratorista.
3- Passa-se o material para a concha do aparelho de Casagrande, preenchendo-a 
até 2/3 de sua superfície.
4- Com uma espátula alisa-se o solo retirando o excesso até obter uma espessura 
de aproximadamente 1cm na parte central da concha (a espessura é confirmada 
pelo gabarito do cinzel).
5- Faz-se uma ranhura no solo com o cinzel no sentido longitudinal do aparelho.
6- Gira-se a manivela com velocidade constante de duas voltas por segundo, contando 
o número de golpes até o fechamento da ranhura numa extensão de 1cm.
7- Coleta-se uma quantidade de material do local onde ocorreu o fechamento 
(cerca de 20g) e coloca-se numa cápsula para não perder umidade para o 
ambiente e, posteriormente, determina-se sua umidade.
8- Volta-se o material para a concha de porcelana e adiciona-se mais água, 
repetindo todo o processo por mais quatro vezes.
O limite de liquidez é o teor de umidade no qual o solo fecha a ranhura com 
o impacto de 25 golpes. Como não se consegue esse limite com precisão através 
de tentativas, colocam-se os pontos obtidos num gráfico onde o eixo das abscissas 
corresponde ao log do número de golpes e a ordenada a umidade, ajusta-se uma 
reta com estes pontos e graficamente determina-se o limite de liquidez. O ideal 
é tentar obter uma umidade com o fechamento da ranhura próximo a 25 golpes, 
duas com número de golpes acima de 25 e duas abaixo.
Alguns autores admitem a utilização de, pelo menos, três pontos para 
o ajuste da reta. Para solos que já foram exaustivamente ensaiados, onde se 
pode estimar a inclinação da reta, é possível determinar apenas um ponto e 
com isso traçar a curva.
Os resultados são apresentados da seguinte forma:
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
33
TABELA 5 - REPRESENTAÇÃO DE DADOS NO LIMITE DE LIQUIDEZ
FONTE: A autora
No. De recipente 1 2 3 4
No. Golpes 32 29 24 15
Peso Rec. + Solo Umido (gr) 35 35,3 35,6 36,2
Peso Rec. + Suelo Seco (gr) 30,6 30,2 30,7 31,2
Peso do Recipiente (gr) 17,2 15 16,5 17
Peso da água (gr) 4,4 5,1 4,9 5
Peso do Solo Seco (gr) 13,4 15,2 14,2 14,2
Teor de umidade 32,84% 33,55% 34,51% 35,21%
L.L.
L I M I T E D E L I Q U I D E Z
34,3
GRÁFICO 3 - COMPORTAMENTO DO LIMITE DE LIQUIDEZ
FONTE: A autora 
Limite de Plasticidade (LP) é o valor de umidade na qual o solo passa do 
estado plástico para o estado semissólido. É o limite no qual o solo começa a se 
quebrar em pequenas peças, quando enrolado em bastões de 3mm de diâmetro. 
Ou seja, é o menor teor de umidade em que o solo se comporta plasticamente.
Procedimento:
 Para a determinação do limite de plasticidade, segue-se o seguinte 
procedimento experimental:
1- Coloca-se parte do material que passa na peneira nº 40 na concha de porcelana, 
adiciona-se água, misturando até se obter homogeneidade da umidade. Em 
laboratório, utilizam-se cerca de 15g do material restante na concha do ensaio 
do limite de liquidez.
UNIDADE1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
34
2- Molda-se a amostra na mão até se obter uma forma elipsoidal e, em seguida, 
rola-se sobre uma superfície de vidro esmerilhado, com a palma da mão, até se 
obter um cilindro com comprimento aproximado de 8cm e diâmetro de 3mm.
3- Considerar-se-á que o solo estará no limite de plasticidade quando o cilindro romper 
em pedaços de aproximadamente 1cm de comprimento e 3mm de diâmetro. Se o 
solo fissurar antes, a umidade estará abaixo do limite de plasticidade, caso não 
fissure com as dimensões citadas, a umidade estará acima do limite.
4- Estando o solo abaixo do limite, deve-se remodelá-lo adicionando mais água. 
Em caso de a umidade estar acima, molda-se novamente o solo em forma de 
bola e repete-se o procedimento.
5- Realiza-se o procedimento por, no mínimo, 5 vezes, até que se tenha três valores 
que não se afastem da média em 5%.
Para solos muito plásticos deve-se deixar em cura por 24 horas, a fim de se 
ter uma equalização da umidade. 
Limite de Contração (LC) é o teor de umidade que ainda ocuparia os 
vazios de um solo colocado a secar em estufa até não contrair mais.
Procedimento:
1- Coloca-se parte do material que passa na peneira nº 40 na concha de porcelana, 
adiciona-se água, misturando até se obter homogeneidade da umidade. 
2- O material é colocado em um recipiente de volume conhecido, até ser 
preenchido. Pesado o recipiente e o conjunto.
3- A amostra é colocada na estufa por 24 horas.
4- É realizada a pesagem da amostra com e a medição do volume final. 
5- Realiza-se o procedimento por, no mínimo, 5 vezes, até que se tenha três valores 
que não se afastem da média em 5%.
O limite de contração é obtido mediante à seguinte equação:
( ) γ− ×−
= − ab
Vini VsecPini PsLC
Ps Ps
Onde:
• Pini = Peso inicial da amostra úmida.
• Os = Peso da amostra seca.
• Vini = Volume inicial da amostra.
• Vsec = Volume da amostra após seca em estufa.
Os ensaios de consistência usados com maior frequência são o LL e o LP, 
pois estes limites, quando interpretados junto com a análise granulométrica do 
material, permitem classificar a amostra de solo conforme metodologia HRB-
AASHTO – sistema de classificação bastante empregado no Brasil e o sistema de 
classificação mais conhecido mundialmente.
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
35
Mediante os limites definidos previamente, podem ser calculados os 
chamados índices de consistência, o índice de plasticidade (IP) e o índice de 
consistência (IC):
O índice de plasticidade é calculado da seguinte forma:
IP = LL – LP
O índice de plasticidade procura medir a plasticidade do solo e, fisicamente, 
representa a quantidade de água necessária a acrescentar ao solo para que este 
passe do estado plástico para o líquido. São conhecidos intervalos do IP para a 
classificação do solo quanto a plasticidade.
• IP = 0
• 1 < IP < 7
• 7 < IP < 15
• IP > 15
→ Não plástico.
→ Pouco plástico.
→ Plasticidade média.
→ Muito plástico.
• IC = 0
• 0 < IC < 0,5
• 0,5 < IC < 0,75
• 0,75 < IC < 1,0
• IC > 1,0
→ Muito moles.
→ Moles.
→ Médias.
→ Rijas.
→ Duras.
O índice de consistência é calculado da seguinte forma:
−
=
LL WnIC
IP
Segundo o IC as argilas são classificadas em:
O valor associado com o IC pode não acompanhar com fidelidade as variações 
de consistência de um solo e por isso tem caído em desuso.
ATENCAO
Finalmente, fazendo uso da carta de plasticidade é interceptado o valor 
do LL com o LP, como pode ser visto na Gráfico 4. 
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
36
GRÁFICO 4 - CARTA DE PLASTICIDADE PARA CLASSIFICAÇÃO ASSHTO DO SOLO
FONTE: Adaptado de Braja (2007)
7 PRÁTICA N° 9: ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE OBRAS
A quantifi cação de recursos necessários para a materialização do projeto é 
um fator importante, desta forma podem ser conhecidas as ferramentas e técnicas 
associadas ao processo de construção. Quando se trata de estruturas a base de 
concreto armado, que são realizadas com maior frequência, três componentes são 
fundamentais para a formação dos membros estruturais: as formas, o concreto e o aço. 
As quantidades exatas desses materiais permitem um custo real do empreendimento, 
desta forma se evita a perda de materiais e recursos que não serão usados. 
Atividade
Nesta prática, o aluno deve determinar as quantidades associadas ao 
projeto indicado. Serão mostradas várias plantas que permitiram quantifi car os 
três componentes. Em cada uma delas será necessário discriminar os membros 
estruturais. Sabe-se que com frequência são utilizados softwares para simplifi car 
este trabalho, não obstante o engenheiro deve ter a capacidade de realizar este 
tipo de contas quando a situação precise.
Objetivo da atividade: revisar as quantidades de materiais associados ao 
projeto indicado para estimar próximas quantidades. 
7.1 ESTIMATIVA DE QUANTIDADES DE FORMAS
Nas Figuras 15, 16 e 17 foram defi nidas as formas para pilares, vigas e 
lajes, como o molde para defi nir as quantidades. O aluno deverá pesquisar sobre 
os espaçamentos usados entre elementos gravatas, travessas, tamanho de painéis, 
quantidade agulhas e escoras, área de suporte de treliças e outros elementos 
necessários para o dimensionamento dos membros defi nidos na Figura 18. Para 
fi nalmente indicar o m2 das formas necessárias e o número equivalentes de peças. 
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
37
FIGURA 15 - FORMAS E ACESSÓRIOS PARA CONCRETAGEM DE VIGAS
FONTE: <https://www.meiacolher.com/2016/06/aprenda-como-fazer-formas-de-pilar-viga.html>. 
Acesso em: 19 abr. 2019.
FIGURA 16 - FORMAS E ACESSÓRIOS PARA CONCRETAGEM DE PILARES
FONTE: <http://www.idealformas.com.br/pilares.html>. Acesso em: 9 maio 2019.
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
38
FIGURA 17 - FORMAS E ACESSÓRIOS PARA LAJES
FONTE: Adaptado de Andrade (2009)
7.2 ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE MATERIAL ESCAVADO
Com base na Figura 18 deve ser indicado o volume de material escavado 
por causa das vigas baldrames e as sapatas de fundação. 
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
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UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
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TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
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7.3 ESTIMATIVA DE QUANTIDADE E PESO DE AÇO E 
CONCRETO
Com base nas plantas anteriores, também é possível determinar o volume 
de concreto para pilares e vigas, assim como a quantidade (peso e número) de 
vergalhões associados. Tendo como apoio as seguintes plantas.
FIGURA 20 - INDICAÇÕES DE AÇO PARA PILARES E SAPATAS
FONTE: Adaptado de Namaya (2016)
As Figuras 21 e 22 registram o detalhamento do aço nas vigas de 
dimensionamento comum de 19x35 e 19x30 e na laje de entrepiso. 
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
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TÓPICO 2 | ATIVIDADES DE LEVANTAMENTO E ADEQUAÇÃO DE OBRA
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UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
44
Ao final da prática, o aluno deve apresentar uma tabela da seguinte forma:
TABELA 6 - QUANTIDADES DE MATÉRIAS ASSOCIADOS AO PROJETO
FONTE: A autora
Tipo de 
membro
Área de 
formas(m2)
Volume de 
concreto Parcial 
(m3)
Peso de 
aço (Kg)
Volume 
Parcial 
(m3)
Volume 
Total (m3)
Viga
Laje
Pilar
Previamente a esta, se detalha para cada membro a quantidade de 
acessórios como gravatas, agulhas, vergalhões ou outros. 
45
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Deve-se calcular o volume de material retirado do solo para uma fundação 
superficial. Assim como de concreto e aço associados a ela. 
• Cada acessório tem sua função, durante a criação das formas para pilares e vigas.
• É necessário contar com plantas estruturais, pois elas indicam posição e número de 
vergalhões a serem comprados e, assim, evitar a perda ou o mal-uso dos recursos.
46
1 Você pode tentar recriar o esforço associado ao cravamento de uma estaca e a 
criação de estaca escavada, ambas com o mesmo comprimento. Que parâmetros 
e equipamentos estão associados à instalação eficiente de cada uma delas?
2 Frequentemente são usados ensaios de penetração estáticos e dinâmicos 
para extração de amostras do solo e determinação de sua capacidade de 
carga, os mais conhecidos são o SPT e o CPT, qual é a diferença entre eles?
3 Em um mesmo terreno, podem ser registrados diferentes limites de 
consistência, como pode ser justificado este comportamento? Qual seria 
a melhor profundidade para retirar amostras representativas? Consulte a 
respeito e argumente.
AUTOATIVIDADE
47
TÓPICO 3
ATIVIDADES DE PREPARAÇÃO DE MATERIAIS DE OBRA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Após os materiais da obra serem quantificados e comprados, devem ser 
armazenados, pois a presença de agentes externos, como a chuva, a umidade, 
animais e até mesmo o sol pode comprometer sua durabilidade. Por isso é uma 
prática comum investir no armazenamento dos materiais, assim como em práticas 
de controle de qualidade sobre o estado de agregados e cimento. 
Assim como a preparação do terreno para receber todos os materiais e 
equipamentos que permitirão dar forma à estrutura, considerando que, por 
normas de segurança é melhor a prevenção de acidentes fazendo planejamento 
de canteiros de obras e implementando as normas de segurança associadas a 
atividades e operações insalubres.
• Prática nº 10: canteiro de obra e armazenamento dos materiais.
• Prática nº 11: construção de formas.
• Prática nº 12: armação do aço. 
• Prática nº 13: execução do traço de concreto.
2 PRÁTICA N° 10: CANTEIRO DE OBRA E ARMAZENAMENTO 
DOS MATERIAIS
A indústria da construção é propensa ao registro de acidentes e, com a intenção 
de implementar melhorias para redução destes acidentes foi adotada a Norma 
Regulamentar nº 18 — NR 18 —, procurando garantir a segurança dos trabalhadores, 
mediante medidas de proteção e definição de responsabilidades. Deste modo são 
indicadas as condições para estabelecimento de elevadores, transporte de materiais, 
andaimes, distribuição de áreas para materiais e pessoas, entre outras. 
Como Cardão (1976) indica, com o início dos trabalhos de construção 
também é necessário preparar o terreno para regularizar a área para fazer os 
levantamentos dos galpões provisórios, depósito de materiais, escritório e casa de 
vigia, se for necessário. A vedação do local de construção é feita por meio de um 
cercado chamado tapume, que em obras de maior volume pode ser independente. 
48
UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
O planejamento do canteiro de obra pode obedecer ao cumprimento de 
requisitos de segurança e do fluxo de desenvolvimento de uma obra, pelo anterior, sua 
implementação conduzirá à eficiência no fluxo de trabalho e a redução de acidentes.
IMPORTANT
E
O canteiro deve registrar:
• Controle de ingresso de pessoas.
• Ter espaços que possam receber cargas e descargas.
• Apresentar acesso fácil a veículos.
• Ter abastecimento de água potável. 
• Apresentar áreas para galpões destinados a proteger: amassadouro; a ferraria; 
os dobradores de ferro; máquinas; volume de materiais.
• Contar com energia elétrica. 
Da organização administrativa pode se ter o conhecimento da quantidade 
de materiais disponíveis em estoque, assim como elementos auxiliares.
Em relação aos materiais se indica que:
• Cimento: não se deve empilhar além de 2,0m, colocados sobre plataformas 30 
cm acima do solo, na forma horizontal.
• Agregados: reservar uma área de 2,00m² para cada 1m³ de areia ou brita, 
recomenda-se por sobre esteira plástica ou em bombonas de plástico de 
grande capacidade.
• Madeira: se pressupõe uma área de comprimento mínimo de 6m e uma base 
de 1m² para cada m3 de madeira arrumada até dois metros. Longe de corpos de 
água e sobre mantos plásticos.
• Aço: área com comprimento mínimo de 15m e base de meio metro quadrado 
para uma tonelada de vergalhões, inclusive a banca de montagem. Separados 
por diâmetro. 
• Tijolos: empilhados ao longo de alicerces com 0,50m de largura e altura de 
2,0m, isto é 500 por metro.
Atividade
1- Criação de um layout do canteiro de obra para o projeto que foi definido pelo 
cliente do Tópico 1, prática nº 1. 
2- Realização do ensaio de presença de matéria orgânica no agregado miúdo, 
especificado no Subtópico 2.2. A modo de controle de qualidade sobre ele. 
TÓPICO 3 | ATIVIDADES DE PREPARAÇÃO DE MATERIAIS DE OBRA
49
Objetivo das atividades: que o aluno consiga reunir os requerimentos de 
um canteiro de obra e identificar visualmente a presença de impurezas orgânicas 
em agregados miúdos. 
Procedimento para a atividade 1:
1- Indique em uma planta a área associada a todo o projeto de construção e 
indique a posição da construção.
2- Marque a posição de entrada e de saída de veículos, analisando áreas de 
descarregamento.
3- Projete uma área para armazenamento de materiais, lembrando que não deve 
existir muita distância entre esta área e o lugar de descarregamento.
4- Indique a posição do barracão, área de desperdícios e outras instalações físicas 
e consulte alternativas de distribuição espacial segundo as diretrizes da NR 18.
Quando não se tem controle sobre a distribuição espacial de materiais e 
trabalhadores no projeto se tem mais risco de acidentes dentro dele, adicionalmente com 
base no avanço da obra pode ser modificada a distribuição espacial do canteiro de obra. 
IMPORTANT
E
Para um maior detalhamento das especificações da NR 18, acesse: http://www.
guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr18.htm.
DICAS
2.1 CONTROLE SOBRE A PRESENÇA DE IMPUREZAS 
ORGÂNICAS NOS AGREGADOS
Fazer uso dos agregados sem analisar seu estado, ou origem, pode trazer 
problemas futuros, por isso se faz necessário reduzir os agentes adicionais que 
podem atrapalhar o desenvolvimento da resistência do concreto projetado com 
tal agregado. Esta prática tem como objetivo avaliar a qualidade de uma amostra 
de areia em relação à contaminação com impurezas orgânicas.
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UNIDADE 1 | PRÁTICAS DE CONCEPÇÃO E DE CONTROLE EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Materiais e equipamentos para a atividade 2:
• Água destilada ou deionizada. 
• Hidróxido de sódio com 90-955 de pureza.
• Ácido tânico.
• Álcool a 95%.
• Balança. 
• Proveta graduada.
• Erlenmeyer.
• Funil.
• Béquer 1 L.
• Papel qualitativo.
• Tubos de ensaio.
Procedimento:
Etapa 1 (preparação das soluções):
1- A solução 1: consiste numa mistura de água (970ml) e 30g de hidróxido de 
sódio (concentração do 3%).
2- A solução 2: consiste na mistura de água (90ml), álcool (10ml) e ácido tânico 
(2g) (concentração final de 2%).
Estas soluções são preparadas com antecedência e armazenadas em 
frascos escuros e protegidos da luz.
3- Separar 200g de areia, de uma amostra representativa, conforme os 
procedimentos especificados na NBR NM 27/2001, conservando seu estado 
úmido para evitar a perda de finos. Colocados em um recipiente onde possam 
ser secados pelo ar. 
Etapa 2:
1- Colocar o material previamente separado em um recipiente e acrescentar 100 
ml da solução 1. Agite. 
2- Realizar uma mistura, paralela, de 97ml da solução 1 e 3ml da solução 2. 
3- As duas amostras serão deixadas

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