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ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 2. Rotinas de documentos 2.1. Documentos: Conceitos e Características • Documento é uma fonte de informação como, por exemplo, um manuscrito, um jornal, uma revista ou livro. • Fontes de informação são recursos que contestam necessidades informacionais dos clientes. ➢ As fontes de informação podem ser primárias, como os relatórios internos que ainda não foram contemplados ou publicados no site da empresa. ➢ As secundárias podem ser a reprodução de dados de anos anteriores, servindo de parâmetros para expectativas ou projeções, que são informações que já foram consultadas e que voltam à tona para novas projeções. ➢ Já as fontes terciárias são conteúdos reduzidos para as tomadas de decisões dentro das empresas, como um compêndio de dados que se gera para os gerentes, como parte de relatórios anteriores e balanços para justificar novos investimentos ou projeções. ➢ No aspecto dos documentos, que são bases para a fonte de informação, existem os documentos controlados, denominado de literatura branca, como os livros, as revistas e jornais que possuem uma empresa por trás ou uma numeração internacional que valida sua qualidade. Também existem os documentos não controlados, chamados de cinzento, no qual se enquadram os manuscritos, os relatórios internos, os catálogos, as notas fiscais, em geral documentos administrativos e de pouca circulação. 2.1.1. Classificação de documentos A) Quanto a procedência Documentos de Arquivos: são todos os que produzidos e/ou recebidos por uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada, no exercício de suas atividades e podem constituir elementos de prova ou de informação. Assim, a razão de sua origem ou a função pela qual são produzidos é que determina a sua condição de documento de arquivo, determinando as questões financeiras de uma instituição ou simplesmente sua história. Documentos Públicos: são todos os documentos de qualquer formato, produzidos ou recebidos por um órgão governamental na condução de suas atividades. São também documentos públicos aqueles produzidos ou recebidos por instituições de caráter público e por entidades privadas responsáveis pela execução de serviços públicos. B) Quanto ao valor Administrativo: valor de um documento para a administração que produziu o arquivo, na medida em que o usa para informar, fundamentar ou aprovar seus atos, sejam eles presentes ou atos futuros. Fiscal: valor de um documento ou arquivo na medida em que sirva para comprovar operações financeiras ou fiscais. Informativo: valor de um documento em relação às informações que nele estão contidas, independente de seu valor probatório. Legal: valor processual que um documento possui perante a lei, servindo para comprovar um fato ou mesmo constituir um direito. Permanente: valor tanto probatório como informativo justificando a guarda deste documento de forma permanente em um arquivo, o que também pode ser conhecido como valor histórico deste documento. Entretanto, todo documento tem prazos para estar guardado, tanto legal como histórico. Primário: valor do documento caracterizado pelo interesse que ele possui para quem controla o arquivo, quanto a sua utilidade para fins administrativos, legais e fiscais. Probatório: valor inerente de um documento de arquivo permitindo que esse documento sirva como prova legal. Secundário: valor de um documento relativo ao que ele possa interessar para quem gera o arquivo, como também para outros usuários, em relação a sua utilidade para os fins para os quais foram originalmente produzidos. C) Quanto à natureza do assunto Ostensivos: são documentos não restritos, já que sua natureza de assunto não prejudica a administração. Sigilosos: são aqueles documentos que, devido ao teor de seu conteúdo, devem ter o acesso restrito. No Brasil, por exemplo, há diferentes graus de sigilo em relação a documentos: reservado, confidencial, secreto e ultrassecreto. ➢ Reservados são os assuntos que não devem ser do conhecimento do público em geral. Recebem essa classificação parte de planos, programas e projetos e as suas respectivas ordens de execução. ➢ Confidencial é dado aos assuntos que, embora não requeiram alto grau de segurança, seu conhecimento por pessoas não autorizadas pode ser prejudicial a um indivíduo ou pode criar embaraços administrativos. São informações de pessoal, material, finanças e outros, cujo sigilo deve ser mantido por interesse das partes. ➢ Secretos são os assuntos que requeiram alto grau de segurança e cujo teor ou características podem ser do conhecimento de pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio, sejam autorizadas a deles tomar conhecimento, funcionalmente, como planos, informações financeiras econômicas, aperfeiçoamento em técnicas ou materiais já existentes, dados de elevado interesse sob aspectos físicos, políticos, econômicos e psicossociais. ➢ Ultrassecreto é dado aos assuntos que requeiram excepcional grau de segurança e cujo teor ou características só devam ser do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio, como negociações, patentes e inovações de valor excepcional. (BRASIL, 1991). D) Quanto ao gênero • Textuais: documentos impressos e manuscritos. • Cartográficos: documentos com representações geográficas. • Iconográficos: documentos que contêm imagens estáticas (fotos). • Filmográficos: documento audiovisual. • Sonoros: documentos contendo registros fonográficos. • Micrográficos: microfilme e microficha. • Informáticos: HD, disquete, CD etc. 2.2. Principais documentos utilizados na empresa A) Documentos internos: Ata de Reunião: é um resumo ou registro escrito dos fatos e das decisões, ocorrências ou resoluções de uma assembleia, sessão ou reunião. Visa retratar fielmente o ocorrido nessa reunião, detalhando as falas e intervenções para que seja utilizada futuramente para averiguar os ocorridos e as ações tomadas. Circular: é destinada aos funcionários da empresa ou de um setor e é remetida pela direção da empresa, ou chefia do setor ou departamento. A circular tem como objetivo a transmissão de normas, ordens, avisos e comunicados. Como seu próprio nome indica, sua função é a de divulgar as informações entre todos os destinatários. Memorando: é um documento utilizado entre os setores ou departamentos de uma empresa, de forma escrita e formal, que traz eficiência na transmissão de informações e tem como característica principal a agilidade por meio de uma tramitação rápida e simples. O memorando tem características semelhantes ao da circular, como timbre, data, vocativo ou invocação com o pronome de tratamento adequado, texto explicado e claro, despedida breve e assinatura. Relatório: é um documento utilizado para reportar informações parciais ou totais sobre um decreto, uma decisão, um projeto, uma atividade, uma pesquisa ou outro evento. Usualmente, é elaborado em uma formatação padronizada, podendo ser flexível. Requerimento: é um documento utilizado pela empresa para solicitar informações ou fazer pedidos a um órgão público, uma instituição ou uma autoridade: utilizado em especial por escolas, faculdades, prefeituras etc. Deve constar no requerimento: identificação do órgão a que se dirige, introdução com o destinatário, a mensagem com os aspectos a serem atendidos, data e assinatura do requerente. Este documento serve para abrir contatos, mantê-los e finalizá-los. Também serve para o provimento de pagos (cobranças) ajustes que a instituição solicita, reclamações ou soluções, pois a mesma pode ser feita com as supostas adequações, e, ainda, serve para mencionar os resultados conquistados, mesmo que sejam parciais. B) Documentos Externos: Protocolo: o termo protocolo tem um significado bastante amplo, porém, quando relacionado à comunicação empresarial, é um livro em que a empresa registra a entregade correspondências, pode ter também de uso interno, no registro da troca de documentos entre departamentos. Serve também para mapear o trajeto que o documento faz na instituição, determinando com exatidão onde se encontra o documento na hora da sua consulta. Nas instituições modernas, esse processo já se encontra em formato digital, conseguindo fazer uma triagem em tempo real de onde e com quem o documento está no momento de sua busca/ consulta. Procuração: é um documento utilizado pela empresa para atribuir a outra pessoa (sócio, gerente, advogado) o direito de representação legal, podendo, com isso, tomar decisões em seu nome. A procuração se constitui basicamente por duas partes: identificação do representado e do representante e objeto e âmbito da procuração. A procuração pode ter representação ampla ou limitada, dependendo do âmbito da causa. Por esse motivo, a instituição ou a pessoa deve especificar quais são os limites das ações que a procuração terá poder de representação. Mas atenção: na procuração particular, a assinatura do outorgante deverá ter a sua firma reconhecida em cartório. 3. Triagem e Distribuição de Documentos A gestão de documentos tem seu início no protocolo, em que é feito o controle da tramitação de documentos da instituição e tem como atividades, segundo o Conarq (2013): a) Recebimento e classificação: responsável pelas rotinas de recebimento e separação da correspondência oficial da instituição; distribuição da correspondência particular; separação da correspondência oficial de caráter ostensivo de caráter sigiloso; encaminhamento da correspondência oficial sigilosa; abertura da correspondência ostensiva; conhecimento da correspondência ostensiva verificando a existência de antecedentes; requisição ao arquivo dos antecedentes pela série ou subsérie documental; interpretação e classificação da correspondência; aplicação do carimbo de protocolo no documento; anotação do número e da data da primeira distribuição do documento, bem como o código de assunto; elaboração do resumo do assunto a ser lançado na ficha de protocolo e encaminhamento dos papéis ao Setor de Registro e Controle da Movimentação. b) Registro e controle: é o centro de distribuição e redistribuição de documentos que tem como atribuições preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anotando o número de protocolo, data de entrada, procedência, espécie, número e data do documento, código e resumo do assunto. É recomendado anexar a segunda via da ficha ao documento, encaminhando-o ao seu destino, juntamente com os antecedentes. O passo seguinte, após o registro e as anotações pertinentes nas respectivas fichas, é inscrever os dados constantes da ficha de protocolo nas fichas de procedência e assunto, arquivando-as, em seguida, em ordem numérica. Na questão de receber dos vários setores os documentos a serem redistribuídos, é recomendado anotar nas respectivas fichas (numéricas) o novo destino e encaminhar os documentos aos respectivos destinos, de acordo com despacho de autoridade competente. c) Expedição: a expedição tem como função verificar se não faltam folhas ou anexos nas correspondências, numerando e datando as correspondências tanto no original como nas cópias, separando as cópias do original. Feito isso, expede o original com seus anexos, encaminhando as cópias, acompanhadas dos antecedentes que lhes deram origem, ao arquivo. Para um planejamento eficiente dos documentos da organização, é necessário que algumas questões importantes sejam levantadas, tais como: 1. Onde os documentos serão guardados? 2. Qual a forma de acondicioná-los? 3. Como eles serão identificados? 4. Quem será o responsável e por qual documento? 5. Qual a periodicidade da revisão e quem será o responsável por ela? E o que será feito com a versão anterior? 6. Qual a necessidade de criação de um certo documento? 7. Existem documentos em circulação que não são mais utilizados? Para responder e resolver todas essas questões, é preciso padronizar os documentos, já que informações importantes podem ser extraídas de documentos padronizados como número de sua versão e data da última atualização. Aprenda agora como fazer essa padronização. O primeiro passo é você padronizar o cabeçalho dos documentos da empresa. O cabeçalho deve conter informações sucintas e necessárias para a identificação do documento. Deve constar no cabeçalho do documento: a marca da empresa, o nome do documento que o identifique, identificação onde pode ser inserido um código para o documento, ex. DC001 (DC = Departamento Comercial). Deve-se identificar a revisão do documento, ex. 2ª e número da página, ex. 1/15 (página 1 do total de 15 páginas). 3.2 Controle de documentos Uma forma eficiente e fácil que você pode utilizar é elaborar uma planilha no Excel, nomeando-a de Planilha de Controle de Documentos. Veja algumas informações que podem constar nessa planilha: • Identificação do documento • Responsável pelo documento • Setores envolvidos • Versão • Número de páginas 4. Classificação de Arquivo • Arquivos Públicos: possuem características de atendimento à sociedade como um todo, com alguns documentos sigilosos ou reservados. Sua função básica é a de conservação e restauração de bens sociais e culturais, voltada ao acesso à informação. Classifica-se por ser federal, estadual e municipal. • Arquivos institucionais: também podem ser considerados como privados, porém, este é um campo muito amplo, devido à grande variedade de arquivos que podem ser incluídos neste âmbito. Todos os arquivos institucionais têm em comum a sua origem em organismos não ligada à administração pública. O interesse desses conjuntos de documentos visa explicar a sua inclusão como parte do patrimônio documental institucional em que está localizada. Os tipos são contemplados como os arquivos de sociedades, igrejas, clubes, associações e escolas. • Arquivos comerciais: são de características administrativas e visam atender e suportar as necessidades comerciais da instituição, servindo como garantia fiscal, funcional, econômica e social. Como exemplo tem-se os arquivos de empresas e companhias. • Arquivos pessoais: geralmente são constituídos com documentação de figuras significativas na sociedade, seja no âmbito político, cultural ou artístico. Em muitos casos, esses arquivos são integrados com outras coleções, como os museus. Suas tipologias mais comuns são cartas e fotos. SEGUNDO A NATUREZA DOS DOCUMENTOS • Arquivo especial: que processa e serve documentos cujo suporte não é em papel. É o arquivo que tem sob sua guarda documentos de diversos suportes e formas físicas, tais como discos, fitas, fotografias, slides etc., merecendo, por isso, tratamento especial tanto no armazenamento, como também em relação ao registro, forma de acondicionamento, sistema de controle e conservação. • Arquivo especializado: tem dois significados. O primeiro está focado em um único tipo documental, como os arquivos de escrituras, os de registros e os históricos; o segundo está focado na característica de um tipo de instituição, como eclesiástico, sindical, universitário, militar etc. Também é conhecido como arquivo técnico, em que o arquivo tem sob seus cuidados documentos resultantes da experiência humana em algum campo específico. Esse tipo de arquivo reúne vários tipos de documentos em uma única temática ou campo do conhecimento. Seu propósito está muito além da forma física em que se apresenta o documento, como por exemplo, arquivos de imprensa, arquivos médicos ou hospitalares etc. SEGUNDO OS ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO • Arquivos correntes: são os chamados arquivos de primeira idade. São constituídos de documentos de uso frequente, sendo conservados nas repartições ou setores da empresa ou órgão que os receberam e/ou produziram, ou em lugares próximos com fácil acesso. No Brasil, são conhecidoscomo correntes os arquivos de gestão e o administrativo, em que, em países como França e Espanha, determinam o tempo de guarda dos documentos. Arquivos de gestão são os de fase de tramitação e trabalham com o tempo de um a cinco anos. Já os arquivos administrativos são os organizados em grandes volumes e estão contemplados com o tempo de cinco a 15 anos. Diferentemente destes países europeus, o Brasil concentra os dois tipos em um só, desvinculando a parte estrita de gestão e de administração, em que o foco e o material ainda estão em circulação. E a idade de guarda não é frisada, mesmo por o relevante de todo o processo é a usabilidade do documento. • Arquivos intermediários: são os chamados de segunda idade. São constituídos por documentos que deixaram de ter uso ou consulta frequente, porém, os órgãos, setores ou departamentos que os receberam ou produziram podem esporadicamente solicitá-los. O foco deste arquivo está voltado a sua valorização, seleção e expurgo, com a finalidade de sua conservação. Existem experiências de guardar os documentos nesta segunda idade entre 15 e 30 anos, porém vai depender da finalidade e função dos documentos nele incorporado. • Arquivos permanentes: são os chamados arquivos de terceira idade. São constituídos de documentos que perderam seu valor administrativa ou juridicamente, porém, são mantidos pelo seu valor histórico e comprobatório. A partir desse momento a documentação passa a ter um valor informativo, histórico e cultural, isso se a documentação for mantida em perpetuidade, em condições que garantam a sua integridade e transmissão às gerações futuras, porque constitui parte da herança histórica de instituições. Sua guarda pode variar dependendo do foco do arquivo, porém, em alguns casos, a documentação acondicionada nessa idade é acima de 30 anos. SEGUNDO A EXTENÇÃO DE ATUAÇÃO • Arquivos gerais ou centrais: centralizam as atividades de um arquivo corrente ou de primeira idade. É também a unidade que gerencia, guarda e preserva documentos em qualquer formato, com valor legal e administrativo, permanente e histórico, que são transferidos pelos vários departamentos/ setores, de acordo com o laudo de avaliação emitido pela instituição, a fim de prestar serviço aos seus usuários. Tem como objetivo assegurar a guarda, a preservação, a classificação, o arranjo, a descrição e o gerenciamento da documentação que foi produzida ou custodiada. • Arquivos setoriais: descentralizam as atividades do arquivo corrente, porém a gestão permanente destes documentos será no arquivo central. O arquivo setorial administra os fundos documentais produzidos pela instituição dentro dos setores que dizem respeito as suas documentações. 4.1 Sistemas ou tipos de classificação de arquivos Em geral, os arquivos podem ser classificados como orgânicos, por funções ou por assuntos/temáticos. Dessa forma, o sistema orgânico visa ao uso da estrutura organizacional da instituição para classificar documentos, já o sistema por funções trata da classificação de documentos de acordo com as funções e atividades da instituição, enquanto que o sistema por assuntos/temáticas consiste na classificação de documentos com base nos assuntos e nas questões a que o documento se refere. Porém, em um âmbito controlado, existem outros tipos de sistemas de classificação, como: a) Classificação alfabética: é o mais conhecido sistema de classificação, o mais utilizado e também o mais antigo de todos. Quando a documentação a ser classificada é pouco numerosa e se refere a pessoas físicas, são poucos os problemas que surgem, porém, se for grande o volume da documentação, surge o problema dos homônimos. Neste sistema de classificação, os grupos principais são ordenados pelas letras do alfabeto e, dentro de cada grupo, os documentos a serem classificados também seguem a ordem alfabética da palavra-chave, o que permite intercalar, continuadamente, os novos documentos em seus lugares correspondentes. Essa classificação é considerada como um sistema aberto. Algumas instituições adotam esse sistema por focar nas suas séries documentais (como o departamento de compras) e suas subséries (notas fiscais ou cotações), que podem também ser representados em esferas públicas, como a universidade, pela série da reitoria e as subséries das pró-reitoria. Nesse mesmo aspecto também são contatos as peças documentais, que podem ser, dentro da pró-reitoria de extensão, as suas bolsas de extensão e seus projetos. b) Classificação numérica: este tipo de classificação utiliza, para ordenamento, a sequência natural dos números inteiros de um conjunto de documentos, e é utilizada normalmente com o sistema alfabético para que se possam arquivar os documentos. Pode ser utilizado com ficheiros remissivos, ordenados alfabeticamente, ou utilizando os meios informáticos que permitirão localizar os documentos mais rapidamente. Sua maior vantagem está em permitir a classificação dos documentos de um modo indefinido e sem interrupções, possibilitando a identificação de forma rápida da falta de um documento, pela ausência do número sequencial correspondente. Esse sistema tem uma vantagem sobre os demais por poder arquivar e ordenar a informação ilimitadamente, já que dispõe de infinitas opções de ordenação numérica. Porém, sempre terá que existir um controle, em forma de manual, referindo aos assuntos (séries, subséries e peças documentais) que tratam determinada sequência de números. c) Classificação alfanumérica: esta classificação é o resultado da combinação dos sistemas de classificação alfabética e numérica. Tem como base a atribuição de um número a uma determinada classe alfabética para posterior arquivamento. A classificação alfanumérica possibilita reduzir o risco de erro no arquivamento dos documentos, visto que esses documentos são localizados pelo número atribuído à classe, procurando-se, a seguir, na sequência alfabética. Esse sistema pode ser representado com o número 1ª classe que corresponde de Aa até Az; o número 2 de Ba a Ci e assim sucessivamente, conforme as suas classes predeterminadas. d) Classificação cronológica: esta classificação se baseia na possibilidade de agrupar determinado número de documentos, de acordo com as divisões de tempo: anos, meses, semanas, dias e horas. É um sistema muito semelhante ao sistema numérico simples e é utilizado, na maioria das vezes, combinado com outros sistemas classificativos, preferencialmente o alfabético, porém, para localizar um documento dentro desse sistema, faz-se necessário conhecer exatamente a data (dia, mês ou ano) desse documento, sem o que não será possível encontrá-lo. Como apoio, é imprescindível a utilização de listas com assuntos e datas dos documentos. Mediante esse sistema, pode-se classificar os documentos em função da data (emissão, expedição), guardando em ordem cronológica. Também podem ser incorporados para notas fiscais e pedidos de fornecedores ou de clientes. O grande problema desse sistema é que sem a data do documento não existe um sistema. e) Classificação geográfica: este sistema opera com um método similar ao cronológico, o que o diferencia é que nele os documentos são classificados e armazenados tendo como base as divisões geográficas, em que a massa documental se encontra: país, região, estado, cidade, vila, aldeia, bairro, rua ou qualquer outro critério geográfico de localização. Este sistema também é utilizado em combinação com outros sistemas classificativos, como por exemplo o alfabético e o numérico. Este sistema é recorrido para as coleções ou séries filatélicas ou etnográficas. f) Classificação ideológica: também conhecida como classificação ideográfica, metódica ou analítica, sua base está na divisão de assuntos, ideias, conceitos, sendo que os documentos referentes a um mesmo assunto ou conhecimento são ordenados segundo um conceito ou ideia de agrupamento, que posteriormenteserão ordenados de forma alfabética. Os assuntos são divididos em grupos e subgrupos dentro de um critério preestabelecido. Sua principal vantagem está em concentrar, em um mesmo espaço, documentos que apresentam uma visão global sobre um mesmo tema. Sua divisão é por assunto e pode ser contemplada como assuntos específicos ou grupos (como famílias, capítulos de documentações, divisões particulares de pacientes, prontuários etc.). g) Classificação decimal: é um sistema resultante da combinação entre a classificação numérica com a ideológica. Consiste na divisão dos assuntos em dez grupos de primeira ordem ou categoria (zero a nove) que, por sua vez, podem se subdividir em grupos de segunda ordem e assim sucessivamente. Ao grupo de primeira categoria ou categoria principal é atribuída a seguinte numeração:0 1 2 3 4 5 6 7 8 9, sendo as divisões de segunda categoria e derivadas do grupo 1 as seguintes combinações: 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19, permitindo ainda subdividir o grupo de segunda categoria 11 em outro de terceira categoria: 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119. Como você pode observar, a grande vantagem desse sistema de classificação é que as combinações são ilimitadas. 4.2 Catalogação de documentos A catalogação é um dos processos de descrição do documento que passa também pela descrição física do mesmo. A catalogação vai contar com a representação descritiva de documentos e conjuntos documentais, enfocando os elementos e as áreas de descrição e suas normas. A catalogação visa definir a coleção, que é o conjunto de documentos acumulados sobre a base de alguma característica comum. A catalogação também é conhecida como descrição arquivística, e é dividida em nove áreas específicas para poder entender a natureza e o gênero do documento ou da massa documental. Acompanhe! 1. Localização - É a área que contém informação sobre aspectos de localização de documentos. Serve para informar sobre as condições de acesso ao documento. Sua função é a de poder identificar a existência de um documento, sua disponibilidade, número de cópias e inclusive a eliminação dos originais. 2. Identificação - É a área que contém a informação de unicidade do documento. A tipologia documental encontrada é representada por documentos textuais impressos, documentos textuais manuscritos, documentos sonoros não musicais, documentos sonoros musicais editados ou não editados, documentos fotográficos, documentos gráficos, documentos audiovisuais e documentos volumétricos. 3. Descrição física - Informa sobre o conjunto da obra, visando ao acesso ao documento, que se caracteriza por descrever o volume, a extensão, a paginação, as dimensões e o formato do documento. 4. Acesso e utilização - Informa sobre as condições do direito de autor ou regulamentação institucional que limita o acesso ao documento original ou suas reproduções. Em geral, se baseia muito na questão do copyright em forma de outorgar ou não o acesso a determinados conteúdos. Regra, esta, muito utilizada para documentos de gravações sonoras e audiovisuais, que implica muitos direitos, como do intérprete, os morais exclusivos dos autores para os textos, de filiação discográfica etc. Também vai trabalhar com o foco do meio de produção ou o recurso de utilização para isso, a própria condição de reprodução, detalhamento específico do material, informação descritiva, língua ou idioma, qualificação do estado de conservação e ligação da imagem (fotográfica dialógica ou digital). 5. Conteúdo e estrutura - Contém informação relativa ao objeto, ao fato ou ao tema principal do documento, em que se visa proporcionar ao usuário a informação necessária para identificar o valor potencial do documento. Algumas de suas características são: o resumo detém um alcance do conteúdo, descritor temático, descrição do nome próprio e descrição de nome geográfico. 6. Edição - É exclusivo para os documentos que não são editados, e o objetivo é cobrir a descrição informacional sobre publicação, produção, distribuição e emissão documental. Esta área poderá conter editorial, cidade da editora, país da editora, data de publicação e edição. 7. Contexto - Contém informação relativa às circunstâncias da origem do documento, em que se visa identificar os produtores do documento, passando por produção, acumulação, conservação, composição, tradução e autoridade do conteúdo. 8. Notas - Contém informações especiais que não foram incluídas nas outras áreas. Visa dar informação de caráter complementar. 9. Controle - Contém informação a respeito de quem elaborou a descrição, vital para poder acionar falhas e poder solucionar de forma mais efetiva sem ter que deduzir que é o catalogador do processo. 4.3 Estrutura básica do arquivo Para atender de forma satisfatória as suas atribuições, o arquivo precisa de uma estrutura básica contendo os seguintes elementos (AAB, 2007, p. 8): a) Recursos humanos: que será o responsável pela execução das operações do arquivo, executando as seguintes operações. Nesse aspecto, é fundamental que se tenha conta do tamanho da unidade de informação, porém a mesma deve conter profissionais da área (arquivista, documentalista), profissionais administrativos, técnicos em geral (para higienização dos documentos), estagiários das áreas de informação (Arquivologia, de preferência, porém podem ser também de Biblioteconomia) profissionais de informática para a geração de recursos informacionais eletrônicos e processo de digitalização, e gente de serviços gerais para a manutenção da edificação (limpeza e manutenções simples). b) Instalações: os arquivos devem atender a alguns critérios mínimos de segurança documental, que passam por controlar a temperatura entre 22º C, iluminação em 50 lux e 75 µw/l de radiação UV (de preferência trocar as lâmpadas pela de LED que agridem menos os documentos) e umidade relativa de 55%. A composição da edificação é outro ponto que deve ter o sistema antifogo e portas corta-fogo a base de pó. Como estrutura de disposição das estantes, deve contar com a possibilidade de ter estantes deslizantes (em locais praianos deve-se deixar aberto o arquivo em pelo menos duas horas por dia para ventilar e diminuir a possível umidade nos documentos), e estrutura física da edificação deve ter proteção mínima com alarmes e sistema infravermelho. Além de todas essas características da instalação, o arquivo deve atender aos seguintes requisitos: • localização: acessível e com capacidade para expansão; • iluminação: ampla, sem incidência direta do sol; • arejada: com ventilação natural, sempre constante e que permita regulagem; • higienização: limpo e bem cuidado e que se garanta uma dedetização periódica; • disposição: arranjo físico adequado propiciando livre trânsito, fácil consulta e facilidade para conservação do acervo; • segurança: seja protegido contra roubo, incêndio e infiltrações. 4.4 Recursos materiais necessários Acompanhe a seguir quais são os recursos materiais necessários para armazenamento e conservação dos arquivos: a) Mobiliário: deve ser adequado para os formatos dos documentos produzidos e armazenados, que possibilite a economia de espaço, que permita arrumar de forma racional os documentos e possibilite a expansão. A aquisição de estantes deslizantes é uma saída interessante para ocupação de espaço, o uso de mobiliário adequado para cada tipologia documental também, entretanto, os arquivos são conhecidos por adequar novas estruturas de armazenamento documental, como recentemente a iniciativa de substituir as mapotecas em arquivos de plantas e mapas por tubos de PVC, frisando o ponto de espaço físico e a gestão de custos b) Acessórios: pastas suspensas, pastas intercaladoras e pastas A/Z. Porém, os arquivos institucionais de grande massa documental utilizam as caixas de arquivo, que são específicas para as estantes, podendo ser acondicionadas em médiaseis caixas por fileira. FIQUE ALERTA: Em relação a caixas, devem ser de material resistente e específicas para cada tipo de arquivo. Se o arquivo tiver uma limitação de gastos, recomenda-se utilizar as caixas de papelão (um custo bem acessível), entretanto, para equilibrar a acidez do papelão é recomendado que os documentos sejam armazenados em papel neutro dentro das caixas, para neutralizar uma possível reação nos documentos. Caso a instituição tenha como adquirir caixa de polionda para a preservação do material, não é necessária a incorporação de papel neutro para envolver os documentos. A caixa de polionda também se sobressai em caso de goteiras e ações pequenas de degradação das edificações. 4.5 Organização de arquivos LEVANTAMENTO DE DADOS: Você deve começar o levantamento de dados examinando os estatutos, os regulamentos, as normas, e demais documentos da instituição mantenedora do arquivo. Esse levantamento deve ser complementado por meio da coleta de informações sobre as documentações utilizadas por esta empresa. É fundamental que você analise todos os tipos e gêneros de documentos (escritos, cartográficos, audiovisuais, iconográficos etc.), entretanto, as tipologias mais utilizadas em uma empresa são as cartas, as faturas, os relatórios etc. Faz-se necessário também o exame dos modelos de formulários em uso, o volume e o estado de conservação do acervo da organização, a classificação dos documentos e os métodos de arquivamento adotados, os registros e protocolos, o sistema de controle de empréstimo de documentos, saber quais os métodos utilizados para a conservação e reprodução de documentos e se existem normas de arquivamento, manuais e códigos de classificação. ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS: Nesta fase, é possível verificar se a estrutura, as atividades e também se a documentação de uma organização corresponde à realidade de operação. Com os dados em mãos, você poderá analisar com objetividade a real situação dos serviços de arquivo da organização e realizar um diagnóstico para propor alterações e medidas a serem adotadas, se necessário. Esse diagnóstico pode constatar pontos divergentes ou eventuais falhas existentes que podem impedir o funcionamento eficiente do arquivo. PLANEJAMENTO: Para que um arquivo possa cumprir seus objetivos, seja ele corrente, intermediário ou permanente, é fundamental a formulação de um plano que contenha as disposições legais e as necessidades da organização. Esse plano deve estar contido aos elementos (LIMA, 2013, p. 16) como: posição do arquivo na estrutura da instituição, centralização ou descentralização e coordenação dos serviços de arquivo, escolha de métodos de arquivamento adequados, estabelecimento de normas de funcionamento, recursos humanos, escolha das instalações e do equipamento, constituição de arquivos intermediários e permanentes, recursos financeiros. 5. Organogramas, fluxogramas e cronogramas 5.1 Organograma É uma representação em forma gráfica da estrutura hierárquica formal de uma organização. Pode ter diversas formas, desde a mais comum, conhecida como organograma clássico, até em forma radial. Os organogramas mostram a disposição das unidades funcionais (órgãos, departamentos) com funções definidas, a hierarquia da organização e como estas unidades se comunicam. O organograma volta para os arquivos que fundamentam duas posições, uma para justificar o arquivo dentro da estrutura da instituição e suas ligações com os departamentos aos quais o arquivo reporta (servindo como base para as suas funções e ações estratégicas na instituição), bem como para justificar a existência do arquivo, pois existem instituições que contemplam arquivos físicos e não são contemplados na sua estrutura institucional. Tem como objetivo: 1. destacar a relação entre superior e subordinado e a forma de delegação de autoridade e responsabilidade; 2. evidenciar o trabalho desenvolvido em cada unidade, detalhando o tipo de trabalho desenvolvido, os cargos da organização, os nomes dos ocupantes dos cargos, a quantidade de colaboradores de cada unidade, a relação funcional e hierárquica; 3. facilitar a análise organizacional; 4. traçar planejamentos e ações práticas dos departamentos, setores; 5. servir de base para novas incorporações, ajustes e alterações na estrutura funcional da instituição, departamento ou setor. Organograma clássico: 5.2 Fluxograma Objetivo: a) padronizar a representação dos métodos e os procedimentos administrativos; b) maior rapidez na descrição dos métodos administrativos; c) facilitar a leitura e o entendimento; d) facilitar a localização e a identificação dos aspectos mais importantes; e) maior flexibilidade; f) melhor grau de análise. (CRUZ, 2002, p. 47) No mundo dos negócios, processo é um conjunto de tarefas relacionadas de forma lógica, levadas em conta para obter um resultado de negócio definido. Cada processo de negócio tem as suas entradas, funções e saídas. (LAUDON; LAUDON, 2009). O fluxograma é a forma gráfica de representarmos este processo por meio de figuras, para isso utilizamos uma simbologia padrão. Existem diversos padrões de símbolos para desenhar o fluxograma, vamos apresentar aqui um modelo simples, com poucas figuras, mas que são suficientes para demonstrar um proces 5.3 Cronograma Cronograma é uma representação em forma gráfica do tempo a ser despendido em uma tarefa ou projeto. É uma ferramenta de gestão que auxilia no controle e na visualização do progresso do trabalho, contemplando geralmente, em uma tabela, o tempo de realização das atividades. O cronograma relaciona duas variáveis geralmente dispostas em tabela: tempo e atividades, em que as linhas cheias representam o que foi planejado e as pontilhadas representam o que foi realizado, o que permite comparações de maneira fácil e rápida do que foi planejado e o que está sendo executado. 6.1 Protocolo, fluxo e expedição dos documentos Protocolo é a denominação tanto dos setores encarregados de recebimento, registro, distribuição e movimentação e expedição de documentos, como ao número de registro dado a um documento. Sua função cabe ao recebimento, conferência de páginas e montagem dos processos. No protocolo, existem as rotinas de recebimento e classificação documental, as rotinas de registro e movimentação percorridos pelo documento e rotinas de expedição. ROTINAS DE RECEBIMENTO E CLASSIFICAÇÃO: Cada organização deve criar suas próprias rotinas de trabalho, sempre considerando suas particularidades. Veja, a seguir, algumas das rotinas mais usuais: • recebimento das correspondências que chegam à empresa, recebidas por meio dos Correios, pelo malote ou entregue em mãos; • separação pelo responsável de recebimento, da correspondência oficial da correspondência particular; • distribuição da correspondência classificada como particular; • classificação da correspondência oficial, separando as de caráter ostensivo com as de caráter sigiloso; • encaminhamento da correspondência sigilosa aos destinatários; • abertura e leitura da correspondência ostensiva para conhecimento do assunto, verificando a existência de antecedentes; • requisição dos antecedentes ao arquivo ou setor para o agrupamento de dois ou mais documentos, ou processos; • interpretação e classificação da correspondência de acordo com o código adotado pela empresa; • carimbo do documento, utilizando um carimbo numerador datador do protocolo e anotação do destino do documento bem como do código atribuído a ele; • elaboração de um resumo do assunto tratado no documento; • encaminhamento do documento ao setor responsável pelo registro e movimentação. VOCÊ SABIA? O Documento ostensivo é o documento cuja divulgação não prejudica a administração. Os documentos sigilosos, por sua natureza, devem ser de conhecimento restrito e, por isso, requerem medidasespeciais de guarda para sua custódia e divulgação e são divididos em ultrassecreto, secretos, confidenciais e reservados. ROTINAS DE REGISTRO E MOVIMENTAÇÃO: É neste setor que os documentos chegam e são encaminhados aos departamentos, podendo, em alguns casos, ser devolvidos ou reencaminhados ao arquivo da empresa. Como nas rotinas de recebimento, pode existir variação nas rotinas de registro, mas em geral seguem os procedimentos que você conhecerá a seguir: • preparar a ficha de protocolo, geralmente em duas vias; • acrescentar a segunda via da ficha de protocolo ao documento já carimbado e encaminhar documento ao destino e, caso haja antecedentes, anexá-los ao documento; • registrar os dados constantes da ficha de protocolo nas fichas de procedência para posterior rearquivo; • arquivar as fichas de protocolo, sempre obedecendo à ordem numérica; • receber os documentos a serem distribuídos, provenientes dos diversos departamentos ou setores da empresa anotando o novo destino nas suas respectivas fichas; • encaminhar os documentos aos seus destinos. ROTINAS DE EXPEDIÇÃO: Conheça quais são as rotinas usualmente utilizadas no setor de expedição de documentos em uma empresa: • recebimento da correspondência a ser expedida; • os setores que desejarem manter cópias em suas unidades devem prepará-las para posterior devolução ao setor de origem; • verificação se as correspondências a serem expedidas estão completas, analisando se nenhuma folha e anexo estão faltando; • numeração e data tanto no original como nas cópias; • separação do original das cópias; • expedição do original e seus anexos, pelos Correios, malotes ou em mãos; • encaminhamento das cópias ao setor de arquivamento, acompanhadas dos antecedentes que lhes deram origem. 6.2 Prazos de guarda Tendo como base a legislação específica ou a demanda da organização para cada tipo de documento, deverá ser definido um prazo de guarda. a) Guarda na Unidade Produtora: deve ser definido o total de anos em que um documento deve permanecer no arquivo corrente, sempre de acordo com a finalidade para a qual este documento foi produzido, lembrando que documentos correntes são aqueles que são consultados frequentemente e que permanecem vigentes. Recomenda-se que este intervalo de tempo deverá ser definido em anos e quando o intervalo for menor que um ano, a recomendação é que seja usada a palavra VIGÊNCIA, e no campo “Observações” deve vir informado o término da VIGÊNCIA. b) Guarda no Setor de Arquivo: como na Unidade Produtora, também é necessário indicar o número de anos em que o documento deverá permanecer no setor de arquivo, para que sejam cumpridos os prazos legais ou de utilização dos documentos intermediários, considerados assim o uso pouco frequente, e devem atender as seguintes definições: I. Prazo de prescrição: intervalo de tempo durante o qual o documento tem validade legal para fazer direitos violados. Esse tempo poderá ser ampliado se necessário, desde que esteja prescrita dentro da legislação institucional e contemplada na tabela de temporalidade. II. Prazo de precaução: é o intervalo de tempo durante o qual deve-se guardar o documento por precaução antes do seu encaminhamento para a guarda permanente ou eliminação do documento. 6.3 Documentos comerciais ➢ Ordem de pagamento: uma terceira pessoa é obrigada a pagar. Nessa categoria, além dos cheques, existem também as letras de câmbio, usadas, geralmente, para o financiamento a prazo de empreendimentos e negócios comerciais. Toda ordem de pagamento tem um sacador, que cria a ordem, um sacador que paga a ordem, e um tomador, que recebe o valor da ordem. ➢ Cheques: é uma ordem de pagamento à vista emitida por alguém em nome de outrem e garantido por um banco. ➢ Nota promissória: é o documento assinado por uma pessoa que promete pagar um determinado valor a outra pessoa em data e local determinados. Os CPFs dos envolvidos, o local e a data da assinatura, bem como o nome “Nota Promissória” devem constar no documento para ele ter validade completa. ➢ Fatura / Duplicata: Fatura é o documento que descreve todos os bens e serviços envolvidos em uma transição comercial pré-acordada.
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