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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS UNILAVRAS Objetivos específicos Cap VI e VII – Anatomia Humana básica – Dangelo Mônica E. Franco Capítulo VI 1- Conceituar sistema nervoso autônomo, tendo em vista suas funções e sua relação com a vida vegetativa; R: Sistema nervoso visceral ou da vida vegetativa, relaciona-se com a inervação das estruturas viscerais e é muito importante para a integração da atividade das vísceras no sentido de manutenção da constância do meio interno (homeostase). Relacionada ao controle das funções como respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão. É também o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às modificações do ambiente, por exemplo, quando o corpo sente frio e automaticamente há arrepio. 2- Citar as características gerais do sistema nervoso visceral aferente; R: Conduz impulsos nervosos originados em receptores das vísceras (visceroceptores) a áreas específicas do sistema nervoso central. É responsável por conduzir aos centros nervosos, originados em receptores periféricos, informando a estes centros sobre o que se passa no meio ambiente. Os impulsos nervosos aferentes viscerais, antes de penetrarem no SN central, passam por gânglios sensitivos. No caso dos impulsos que penetram pelos nervos espinhais, estes gânglios são os espinhais, não havendo outros diferentes para as fibras viscerais e somáticas. 3- Citas as diferenças entre sistema nervoso eferente somático e visceral; R: A parte eferente do sistema nervoso somático leva aos músculos esqueléticos o comando dos centros nervosos, resultando movimentos que levam a um maior relacionamento ou integração com meio externo. Já no SN visceral, o componente eferente traz impulsos de certos centros nervosos até as estruturas viscerais terminando nas glândulas, músculo liso ou músculo cardíaco. Os impulsos nervosos que seguem pelo SN somático eferente terminam em musculo estriado esquelético enquanto os que seguem pelo SN visceral eferente, terminam em musculo estriado cardíaco, musculo liso ou glândula. Logo, o SN eferente somático é voluntário e o visceral eferente, involuntário. 4- Descrever a organização geral do sistema nervoso autônomo; R: Neurônios pré e pós-ganglionares são os elementos fundamentais da organização da parte periférica do SN autônomo. Os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula e no tronco encefálico. No tronco encefálico eles se agrupam formando os núcleos de origem de alguns nervos cranianos como o nervo vago. Na porção torácico-lombar, os neurônios pré- ganglionares se agrupam formando a coluna vertebral. Convém lembrar que existem áreas no telencéfalo e no diencéfalo que regulam as funções viscerais, sendo as mais importantes o hipotálamo e o sistema límbico. A existência destas conexões entre áreas cerebrais relacionadas com o comportamento emocional e os neurônios pre-ganglionares do SN autônomo, ajuda a entender as alterações do funcionamento visceral que frequentemente acompanham os graves distúrbios emocionais. 5- Citar as diferenças entre o sistema nervoso simpático e o parassimpático, dos pontos de vista anatômico, fisiológico e farmacológico; R: Diferenças fisiológicas: De um modo geral o sistema simpático tem ação antagônica à do parassimpático em determinado órgão. Porém colaboram e trabalham harmonicamente na coordenação da atividade visceral, adequando o funcionamento de cada órgão as diversas situações a que é submetido o organismo. A ação de cada um no órgão depende do modo de terminação das fibras pós-ganglionares de cada uma destas divisões do SNA dentro do órgão. Outra diferença é que no simpático, as ações podem ser também localizadas, porem tendem a ser difusas, atingindo vários órgãos, enquanto que no parassimpático, as ações são sempre localizadas a um órgão ou setor do organismo. Nos órgãos genitais o parassimpático é responsável pela ereção e o simpático pela ejaculação. 6- Definir Síndrome de emergência de Cannon; R: Reação do Alarma que ocorre em certas manifestações emocionais e situações de emergência (síndrome de emergência de Cannon) em que o indivíduo deve estar preparado para lutar ou fugir, segundo o cientista. A síndrome é conhecida também como resposta simpática ao estresse ou reação de alarme, uma resposta simpática máxima após um estímulo de ameaça ao organismo. 7- Citar as manifestações que ocorrem na síndrome de Cannon; R: Quando grandes porções do sistema nervoso simpático são estimuladas e descarregam ao mesmo tempo, ou seja, ocorre uma descarga em massa, há um aumento da capacidade do corpo para desempenhar uma atividade muscular intensa. Isso pode ocorrer de várias maneiras, como por exemplo, midríase, vasoconstrição periférica, vasodilatação muscular, diminuição da circulação sanguínea, taquicardia, taquipnéia, etc. 8- Citar as ações do sistema nervoso simpático e o parassimpático sobre íris, glândula lacrimal, glândulas sudoríparas, glândulas salivares, coração, brônquios, tubo digestivo, bexiga, genitais masculinos, glândula suprarrenal, vasos sanguíneos do tronco e das extremidades. ÓRGÃOS SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Íris Dilatação da pupila (midríase) Constrição da pupila (miose) Glândula Lacrimal Vasoconstrição: pouco efeito sobre secreção Secreção abundante Glândulas Salivares Vasoconstrição: secreção viscosa e pouco abundante Vasodilatação: secreção fluida e abundante Glândulas Sudoríparas Secreção copiosa (fibras colinérgicas) Inervação ausente Coração Aceleração do ritmo cardíaco (taquicardia) e dilatação das coronárias Diminuição do ritmo cardíaco (bradicardia) e dilatação das coronárias Brônquios Dilatação Constrição Tubo Digestivo Diminuição do peristaltismo e fechamento dos esfíncteres Aumento do peristaltismo e abertura dos esfíncteres Bexiga Pouca ou nenhuma ação Contração da parede Genitais Masculinos Vasoconstrição: ejaculação Vasodilatador: Ereção Glândula Supra-renal Secreção de adrenalina (através de fibras pré- ganglionares) Nenhuma ação Vasos sanguíneos do tronco e das extremidades Vasoconstrição Nenhuma ação: inervação possivelmente ausente Capítulo VII 1. Citar as principais formações anatômicas do sistema nervoso simpático e a localização topográfica das mesmas; R: O Tronco simpático é a principal formação anatômica, que por sua vez é formada por uma cadeia de gânglios unidos através de ramos interganglionares. Tronco simpático: a principal estrutura anatômica do sistema simpático é o chamado tronco simpático, que consiste em uma cadeia de gânglios unidos através de ramos interganglionares. Cada tronco simpático estende-se, de cada lado, da base do crânio até o cóccix, onde termina unindo-se com o do lado oposto (constituindo o gânglio ímpar). Os gânglios do tronco simpático dispõem-se de cada lado da coluna vertebral em toda sua extensão e são os chamados gânglios paravertebrais. Na porção cervical do tronco simpático, temos classicamente três gânglios: cervical superior, cervical médio e cervical inferior. Usualmente, o gânglio cervical inferior está fundido com o primeiro torácico, formando o gânglio cérvico-torácico (ou estrelado). O número de gânglios da porção torácica do tronco simpático é usualmente menor (10 a 12) que o dos nervos espinhais torácicos, pois pode haver fusão de gânglios vizinhos. Na porção lombar, temos de três a cinco gânglios, na sacral de quatro a cinco e na coccígea apenas um gânglio, o gânglio ímpar, para o qual convergem e no qual terminam os dois troncos simpáticos de cada lado. Nervos esplâncnicos e gânglios: da porção torácica do tronco simpático, originam-se a partir de T5 os chamados nervos esplâncnicos maior, menor e imo, os quais têm trajeto descendente, atravessam o diafragma e penetram na cavidade abdominal, onde terminam nos chamados gânglios pré-vertebrais.Estes localizam-se anteriormente à coluna vertebral e à aorta abdominal, em geral, próximo à origem dos ramos abdominais desta artéria, dos quais recebem o nome. Assim, existem: dois gânglios celíacos, direito e esquerdo, situados na origem do tronco celíaco; dois gânglios aórtico-renais, na origem das artérias renais; um gânglio mesentérico superior e outro mesentérico inferior, próximo à origem das artérias de mesmo nome. Os nervos esplâncnicos maior e menor terminam, respectivamente, nos gânglios celíaco e aórtico- renal. Veremos mais adiante que os nervos esplâncnicos funcionam como fibras pré- ganglionares (ou como veremos, longos ramos comunicantes brancos), levando axônios de neurônios que fazem sinapse com outros neurônios localizados nos respectivos gânglios. Ramos comunicantes: unindo o tronco simpático aos nervos espinhais, existem filetes nervosos denominados ramos comunicantes, que são de dois tipos: ramos comunicantes brancos (mais laterais) e ramos comunicantes cinzentos (mais mediais). Os ramos comunicantes brancos na realidade ligam a medula ao tronco simpático, sendo, pois, constituídos de fibras pré-ganglionares, além de fibras viscerais aferentes. Já os ramos comunicantes cinzentos são constituídos de fibras pós-ganglionares, que, sendo amielínicas, dão ao ramo uma coloração ligeiramente mais escura. Como os neurônios pré- ganglionares só existem nos segmentos medulares de T1 a L2, as fibras pré-ganglionares emergem somente destes níveis, o que explica a existência de ramos comunicantes brancos apenas nas regiões torácica e lombar alta. 2. Citar a localização dos neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso simpático; R: No sistema simpático, o corpo do neurônio pré-ganglionar está localizado na coluna lateral da medula de T1 a L2. Daí saem fibras pré-ganglionares pelas raízes ventrais, ganham o tronco do nervo espinhal e seu ramo ventral, de onde passam ao tronco simpático pelos ramos comunicantes brancos. Estas fibras terminam fazendo sinapse com os neurônios pós- ganglionares: Em um gânglio paravertebral situado no mesmo nível, de onde a fibra saiu pelo ramo comunicante branco; Em um gânglio paravertebral situado acima ou abaixo deste nível e neste caso as fibras pré- ganglionares chegam ao gânglio pelos ramos interganglionares, que são formados por um grande número de tais fibras. Em um gânglio pré-vertebral, onde as fibras pré-ganglionares chegam pelos nervos esplâncnicos que, assim poderiam ser considerados como verdadeiros “ramos comunicantes brancos” gigantes. 3. Descrever o trajeto e citar o destino das fibras pré-ganglionares do sistema nervoso simpático; R: Por intermédio de uma artéria: as fibras pós-ganglionares acoplam-se à artéria e acompanham em seu território de vascularização. Assim, as fibras pós-ganglionares que se originam nos gânglios pré-vertebrais inervam as vísceras do abdome, seguindo na parede dos vasos que irrigam estas vísceras. 4. Citar a localização dos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático; Citar a localização dos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático; R: Os neurônios pós-ganglionares estão nos gânglios para e pré-vertebrais, dos quais saem as fibras pós-ganglionares, cujo destino é sempre uma glândula, músculo liso ou cardíaco. Por intermédio de um nervo espinhal: nesse caso, as fibras voltam ao nervo espinhal pelo ramo comunicante cinzento e se distribuem no território de inervação deste nervo. Por intermédio de um nervo independente: nesse caso, o nervo liga diretamente o gânglio à víscera. Por intermédio de uma artéria: as fibras pós-ganglionares acoplam-se à artéria e acompanham em seu território de vascularização. Assim, as fibras pós-ganglionares que se originam nos gânglios pré-vertebrais inervam as vísceras do abdome, seguindo na parede dos vasos que irrigam estas vísceras 5. Citar os nervos cranianos que possuem fibras eferentes parassimpáticas e as estruturas que inervam; R: A parte craniana do SNA parassimpático é constituída por alguns núcleos eferentes viscerais gerais do tronco encefálico, gânglios e fibras nervosas em relação com alguns nervos cranianos. Nos núcleos, localizam-se os corpos dos neurônios pré-ganglionares, cujas fibras pré- ganglionares atingem os seus respectivos gânglios através dos nervos oculomotor (III par), intermédio (VII par), glossofaríngeo (IX par) e vago (X par). Dos gânglios, saem as fibras pós- ganglionares, que transitam por uma variedade de pequenos ramos nervosos dentro da cabeça (grande parte destes ramos, inclusive, é oriunda dos componentes do nervo trigêmeo – vide OBS 2 ) até atingirem as glândulas, músculo liso e músculo cardíaco, seja da cabeça ou do restante do corpo (como no caso do nervo vago, por exemplo). 6. Citar os gânglios associados à porção craniana do sistema nervoso parassimpático; R: Os gânglios parassimpáticos cranianos são: • Gânglio ciliar: está situado na cavidade orbitária, lateralmente ao nervo óptico, relacionando-se ainda com o ramo oftálmico do N. trigêmeo. Recebe fibras pré-ganglionares do III par e envia, através dos nervos ciliares curtos, fibras pós-ganglionares que ganham o bulbo ocular e inervam os músculos ciliares e esfíncter da pupila. Através deste gânglio e dos nervos ciliares curtos, passam também as fibras simpáticas que inervam a pupila, mas sem fazer sinapse. • Gânglio pterigopalatino: está situado na fossa pterigopalatina, ligado ao ramo maxilar do trigêmeo. Recebe fibras pré- ganglionares do VII par (intermédio) e envia fibras pós- ganglionares, que cursam por diversos ramos nervosos do trigêmeo até alcançar a glândula lacrimal através do nervo lacrimal. • Gânglio ótico: está situado junto ao ramo mandibular do trigêmeo, logo abaixo do forame oval. Recebe fibras pré- ganglionares do IX par e envia fibras pós-ganglionares para a glândula parótida através do nervo aurículo-temporal (ramo do N. maxilar do trigêmeo). • Gânglio submandibular: situado junto ao nervo lingual, no ponto em que este se aproxima da glândula submandibular. Recebe fibras pré-ganglionares do VII par (intermédio) e manda fibras pós-ganglionares para as glândulas submandibular e sublingual. Posição do neurônio pré- ganglionar Nervo (fibra pré- ganglionar) Posição do neurônio pós-ganglionar Órgão inervado Núcleo de Edinger-Westphal III par Gânglio ciliar (Nn. ciliares curtos) M. esfíncter da pupila e M. ciliar Núcleo salivatório superior VII par (N. intermédio) Gânglio submandibular (N. lingual) Gls. Submandibular e sublingual Núcleo salivatório inferior IX par Gânglio ótico (N. aurículo-temporal) Glândula parótida Núcleo lacrimal (ver OBS 1 ) VII par (N. intermédio) Gânglio pterigopalatino (N. lacrimal) Glândula lacrimal Núcleo dorsal do vago X par Gânglios nas vísceras torácicas e abdominais (Troncos vagais) Vísceras torácicas e abdominais OBS1 : O núcleo lacrimal é omitido por muitos autores, principalmente em atlas neuroanatômicos. Nestes ele costuma ser incluído no mesmo complexo do núcleo salivatório superior. OBS2 : O nervo trigêmeo não apresenta origem em nenhum núcleo da coluna eferente visceral geral e, por essa razão, ao emergir do crânio, não apresenta fibras parassimpáticas; entretanto, ao longo de seu trajeto e ramificações, passa a receber fibras autonômicas através de anastomoses com os nervos VII e IX, partindo para inervar, através de seus ramos, a glândula submandibular (através do N. lingual, ramo de V3), a glândula parótida (através do Naurículo- temporal, ramo de V3) e a glândula lacrimal (N. lacrimal, ramo de V1). Dessa forma, as fibras parassimpáticas dos nervos VII e IX pegam uma “carona” nos ramos do N. Trigêmeo, como mostra a figura abaixo, até atingirem seus órgãos- alvo. 7. Citar a localização dos neurônios pré-ganglionares da parte craniana do sistema nervoso parassimpático; R: Os neurônios pré-ganglionares originam-sedos segmentos toracolombares (T1-L2) da medula espinhal; os gânglios simpáticos formam: (a) os troncos simpáticos (Figura 3), em cada lado dos corpos vertebrais; (b) os gânglios pré-aórticos, ventralmente à aorta; (c) plexos simpáticos dos órgãos, localizados perto dos órgãos. 8. Relacionar a localização dos neurônios pré-ganglionares da parte craniana do sistema nervoso parassimpático com o nervo craniano, gânglio parassimpático e órgão inervado; R: No sistema parassimpático, uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um número relativamente pequeno de fibras pós-ganglionares. Já no que diz respeito ao sistema nervoso simpático, os gânglios estão longe das vísceras e uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um grande número de fibras pós-ganglionares que se distribuem em territórios consideravelmente maiores. 9. Citar a localização dos neurônios pré-ganglionares da parte sacral do sistema nervoso parassimpático; R: Do ponto de vista anatômico, os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso parassimpático estão situados no tronco encefálico (mais especificamente na coluna eferente visceral geral dos nervos cranianos) e na medula sacral. Isso permite dividir este sistema em duas partes: uma craniana e outra sacral. 10. Citar as formações anatômicas da parte do sistema nervoso parassimpático; R: No sistema nervoso parassimpático os corpos celulares das fibras pré-ganglionares estão localizados no tronco encefálico, em núcleos dos nervos craniais (III, VII, IX, X) e nos segmentos sacrais da medula espinhal, entre S1 a S3, conhecido como sistema crânio sacral. 11. Conceituar plexos viscerais; R: Os plexos viscerais são emaranhados de filetes nervosos e gânglios localizados na cavidade torácica, abdominal e pélvica. As fibras que os constituem não são somente simpáticas ou parassimpáticas, mas contem fibras de ambos e fibras viscerais aferentes. Além disso, quanto mais próximo das vísceras, mais difícil é de se separar as fibras do simpático e parassimpático, por se tratar de um grande emaranhado de fibras. Os elementos que compõem os plexos viscerais são: fibras simpáticas pré-ganglionares (mais raramente), fibras simpáticas pós ganglionares, fibras parassimpáticas pré-ganglionares, fibras parassimpáticas pós-ganglionares, fibras viscerais aferentes, gânglios parassimpáticos e gânglios simpáticos. 12. Citar os plexos viscerais da cavidade torácica; R: Cardíaco, pulmonar e esofágico. 13. Descrever a inervação autônoma do coração; R: O coração é inervado por fibras simpáticas e parassimpáticas do ramo autonômico do sistema nervoso periférico. A rede de nervos que irriga o coração recebe contribuições dos nervos vago direito e esquerdo, além de contribuições do tronco simpático. Estes são responsáveis por influenciar a frequência cardíaca, o débito cardíaco e as forças de contração do coração. 14. Citar os plexos viscerais da cavidade abdominal e sua localização; R: A partir da quinta vértebra torácica originam-se os nervos esplâncnicos maior, menor e imo. Estes, por seu trajeto descendente, atravessam o diafragma e adentram na cavidade abdominal, a mesma região em que terminam os gânglios pré-vertebrais. Estes gânglios são localizados anteriormente à coluna vertebral e à aorta abdominal, geralmente próximo à origem dos ramos abdominais desta artéria. São chamados, portanto, de gânglio celíaco esquerdo e direto localizados na origem do tronco celíaco, gânglio aórtico-renal na origem das artérias renais, gânglio mesentérico superior e mesentérico inferior, juntos à origem das artérias de mesmo nome. 15. Citar os plexos viscerais secundários; R: Os plexos secundários pares são: suprarrenal, testicular (ou uterovárico) e renal; e os plexos secundários impares são: hepático, gástrico, mesentérico superior, pancreático, lienal, mesentérico inferior e aórtico-abdominal. Obs.: as fibras parassimpáticas do vago sem realizar sinapse pelos gânglios simpáticos pré- vertebrais, fazendo sinapse somente com gânglios e células ganglionares das vísceras. 16. Citar os plexos viscerais da cavidade pélvica; R: As vísceras pélvicas são inervadas pelo plexo hipogástrico, no qual se distinguem em uma porção superior, o plexo hipogástrico superior, e uma porção inferior, o plexo hipogástrico inferior ou plexo pélvico. 17. Descrever a inervação da bexiga; R: A bexiga pode ter suas fibras viscerais aferentes ligadas ao sistema simpático ou do parassimpático. Em relação ao sistema simpático, elas sobem os nervos hipogástricos e o plexo hipogástrico superior levando impulsos nervosos aos segmentos torácicos e lombares na parte baixa da medula, ou seja, da vértebra T1 à L2. As fibras que seguem com o parassimpático são conduzidas pelos nervos esplâncnicos pélvicos e terminam na medula sacral pelas raízes dorsais dos nervos S2, S3 e S4. Na medula, as fibras aferentes viscerais advindas da bexiga se ligam as vias ascendentes e terminam no cérebro. Isso garante que haja a condução de impulsos que são manifestados como plenitude vesical. Na região sacral, as fibras aferentes que a ganham relacionam-se com o reflexo da micção. Sua parte eferente, por sua vez é de responsabilidade parassimpática da bexiga, esta que tem início nos neurônios pré-ganglionares da medula sacral. Do plexo pélvico, na parede da bexiga, saem fibras pós-ganglionares que inervam a musculatura lisa da parede da bexiga, músculo detrusor, e o músculo esfíncter da bexiga. Os impulsos parassimpáticos que conduzidos por esta via causam o relaxamento do esfíncter e a contração do músculo detrusor. A associação dos eventos permite o esvaziamento vesical. 18. Identificar, em peças separadas tronco simpático, nervos esplâncnicos e gânglios pré- vertebrais; tronco parassimpático nervos esplâncnicos gânglio pré-vertebral 19. Identificar em peças preparadas o n. vago e as vísceras por ele inervadas 20. Identificar em hemicabeças os gânglios ciliares, ptérigopalatino, ótico e submandibular; 21. Identificar em hemicabeças as glândulas lacrimal, submandibular, sublingual e parótida e sua inervação; 22. Identificar em peças preparadas os nervos esplâncnicos pélvicos, os plexos viscerais e os nervos cardíacos cervicais.
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