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TUDO SOBRE PAMPAS COLETÂNEA DE INFORMAÇÕES SOBRE UM DOS BIOMAS MAIS IMPORTANTES DO BRASIL – SEMINÁRIO PAMPAS @GABRIELAMOREIRAL DISCIPLINA: CIÊNCIAS DO AMBIENTE Foto: Toniflap / Shutterstock.com O significado da palavra pampa é região plana. A origem da expressão é quéchua, um idioma sul-americano de origem indígena que também era utilizado no império dos incas. Abrangendo cerca de 700 mil km², os pampas brasileiros ocupam aproximadamente 2,4% da vegetação do País. Além disso, estão presentes na República Oriental do Uruguai, Corrientes, Entrerríos, Santa Fé, La Pampa, províncias de Buenos Aires e no Rio Grande do Sul. Sua localização fica entre o 30º e o 34º na latitude sul e 63º e 57º na latitude oeste. Também conhecido pelos nomes de Campanha Gaúcha, Campos Sulinos e Campos do Sul, o pampa foi o território onde ocorreram as batalhas da Guerra do Paraguai entre os anos de 1865 e 1870, conflito que teve participação do Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai. Apesar de ser uma área de campos, o pampa também apresenta outras formações geográficas como grutas e cavernas, encontradas em regiões como Caçapava do Sul e Pedra do Segredo. Além disso, possui sítios arqueológicos como o de Mata, cidade do Rio Grande do Sul, onde são encontradas árvores petrificadas. No que se refere à vegetação, o pampa tem o predomínio da herbácea, que possui entre 10 e 50 cm de altura, gramíneas, alguns arbustos e árvores (perto de cursos d’água); e plantas rasteiras. O relevo aplanado possui entre 500 metros e 800 metros de altitude. Ao ser observado ao longe, o pampa tem a aparência de um tapete verde por possuir paisagem plana e homogênea. Em comparação a savanas e florestas, o pampa é considerado fundamental na atenuação do efeito estufa, controle da erosão do solo e preservação da biodiversidade. Na parte do pampa que pertence o Brasil, são encontrados mais de 3 mil tipos de plantas vasculares. Entre elas, destacam-se as gramíneas como o capim-mimoso, que compõe a dieta de equinos, bovinos e grandes herbívoros silvestres. A pampa conta com mais de 350 espécies de aves como caturritas, anus-pretos e pica-paus, além de 90 tipos de mamíferos como tatus, veados e guaraxains. Com temperatura amena e chuvas que não variam muito durante o ano, o clima do pampa é considerado subtropical. Com solo fértil, é uma área importante para a agropecuária. Na região do pampa, encontram-se diversos animais ameaçados de extinção. Entre eles estão: tamanduá, caxinguelê, preguiça-de-coleira, espécies de saguis, mico-leão-dourado, guariba, macaco-prego, jaguatirica, onça pintada, entre outros. As aves em risco de extinção são: gaturamos, saíras, tucanos, beija-flores, sanhaço, araponga, tié-sangue, jacutinga, macuco e o jacu. Principais Biomas Brasileiros Os principais biomas brasileiros são: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas, Caatinga e Pantanal. O território brasileiro, com cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, possui uma grande variedade de características naturais (solo, relevo, vegetação e fauna), que interagem entre si formando uma composição natural única. Entre as principais características naturais que mais apresentam variação, estão os biomas, conjuntos de ecossistemas com características semelhantes dispostos em uma mesma região e que historicamente foram influenciados pelos mesmos processos de formação. De acordo com o IBGE, o país possui seis grandes biomas, que, juntos, possuem uma das maiores biodiversidades do planeta. São eles: Amazônia: A Floresta Equatorial brasileira ocupa cerca da metade do território do Brasil e está concentrada nas regiões Norte e em parte da região Centro-Oeste. Esse bioma é muito influenciado pelo clima equatorial, que se caracteriza pela baixa amplitude térmica e grande umidade, proveniente da evapotranspiração dos rios e das árvores. A sua flora é constituída por uma vegetação florestal muito rica e densa e apresenta espécies de diferentes tamanhos – algumas podem alcançar até 50 metros de altura – com folhas largas e grandes, que não caem no outono. A fauna também é muito diversificada, composta por insetos, que estão presentes em todos os estratos da floresta, uma infinidade de espécies de aves, macacos, jabutis, antas, pacas, onças e outros. Cerrado: O Cerrado, ou a Savana brasileira, estende-se por grande parte da região Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste do país. É um bioma característico do clima tropical continental, que, em razão da ocorrência de duas estações bem definidas – uma úmida (verão) e outra seca (inverno) –, possui uma vegetação com árvores e arbustos de pequeno porte, troncos retorcidos, casca grossa e, geralmente, caducifólia (as folhas caem no outono). A fauna da região é bastante rica, constituída por capivaras, lobos-guarás, tamanduás, antas, seriemas etc. Mata Atlântica: O exemplar de Floresta Tropical do Brasil praticamente já desapareceu, pois, como estava localizada na faixa litorânea do país, grande parte de sua vegetação original foi devastada para ceder lugar à intensa ocupação do litoral. Originalmente, a vegetação desse bioma encontrava-se localizada em uma extensa área do litoral brasileiro, que se estendia do Piauí ao Rio Grande do Sul, e era constituída por uma vegetação florestal densa, com praticamente as mesmas características da Floresta Amazônica: com diversos tamanhos, latifoliada (folhas largas e grandes) e perene (folhas que não caem). A fauna dessa região já foi praticamente extinta e era constituída por micos-leões, lontra, onça-pintada, tatu- canastra, arara-azul e outros. Caatinga: estende-se por todo o sertão brasileiro, ocupando cerca de 11% do território nacional. Trata-se da região mais seca do país, localizando-se na zona de clima tropical semiárido. A vegetação dessa região é composta, principalmente, por plantas xerófilas (acostumadas com a aridez, como as cactáceas) e caducifólias (que perdem a folha durante o período mais seco), além de algumas árvores com raízes bem grandes que conseguem captar a água do lençol freático em grandes profundidades e que, por isso, não perdem as suas folhas, como o juazeiro. A fauna desse bioma é composta por uma grande variedade de répteis, sapo cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatupeba etc. Pampas: Localizado no extremo sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, esse bioma é bastante influenciado pelo clima subtropical e pela formação do relevo, que é constituído principalmente por planícies. Em virtude do clima frio e seco, a vegetação não consegue desenvolver-se, sendo constituída principalmente por gramíneas, como capim-barba-de-bode, capim-gordura, capim-mimoso etc. São exemplos de animais que vivem nesse bioma o veado, garça, lontras, capivaras e outros. Pantanal: Trata-se da maior planície inundável do país e está localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do sul. Esse bioma é muito influenciado pelos regimes dos rios presentes nesses lugares, pois, durante o período chuvoso (outubro a abril), a água do pantanal alaga grande parte da planície da região. Quando o período chuvoso acaba, os rios diminuem o seu volume d'água e retornam para os seus leitos. Por essa razão, a vegetação e os animais precisam adequar-se a essa movimentação das águas. Todos esses fatores tornam a vegetação do pantanal muito diversificada, havendo exemplares higrófilos (adaptados à umidade), plantas típicas do Cerrado e da Amazônia e, nas áreas mais secas, espécies xerófilas. A fauna é constituída por várias espécies de aves, peixes, mamíferos, répteis etc. Vale citar, entretanto, a presença de um sétimo bioma: Campos: Os campos possuem uma vegetação rasteira que está localizada em diversas áreas do Brasil. A paisagem é marcada pelos banhados (ecossistemas alagados). Há predomínio da vegetação de juncos, gravatas e aguapés que propiciam um habitat ideal para as várias espécies de animais (garças, marrecos, veados, onças-pintadas, lontras e capivaras).De todos os banhados, o banhado do Taim, considerado ótimo para a pastagem rural, é o mais importante devido a riqueza do seu solo. Atualmente, como resultado da expansão das atividades agropecuárias e da urbanização no país, todo os biomas brasileiros correm risco de extinção caso sejam mantidos os mesmos padrões de exploração. Dois desses biomas, o Cerrado e a Mata Atlântica, já se encontram na lista mundial de Hotsposts, isto é, áreas com grande diversidade que se encontram ameaçadas de extinção. Além deles, estima-se que a Amazônia brasileira desaparecerá em 40 anos caso sejam mantidos os índices de desmatamento atuais. O Pantanal e os Pampas são ameaçados pelas atividades agropecuárias que comprometem o sistema de cheias dos rios no Pantanal e contribuem para o processo de desertificação do solo nos Pampas. Asim, o Brasil, embora possua uma grande biodiversidade, corre o risco de perdê-la caso as leis ambientais de proteção desses biomas não sejam colocadas em prática. Pampa O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo predomínio dos campos nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de encosta, matas de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos, etc. Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies (campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode, cabelos de-porco, dentre outras). Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí. A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema (Rhea americana), o perdigão (Rynchotus rufescens), a perdiz (Nothura maculosa), o quer-quero (Vanellus chilensis), o caminheiro-de-espora (Anthus correndera), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o sabiá-do-campo (Mimus saturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres). Também ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex gymnocercus), o zorrilho (Conepatus chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o preá (Cavia aperea) e várias espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa abriga um ecossistema muito rico, com muitas espécies endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-barba-azul (Heliomaster furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus) e algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus bezoarticus), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-barriga-verde (Sporophila hypoxantha) e o picapauzinho-chorão (Picoides mixtus) (Brasil, 2003). Trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de importância nacional e global. Também é no Pampa que fica a maior parte do aquífero Guarani. Desde a colonização ibérica, a pecuária extensiva sobre os campos nativos tem sido a principal atividade econômica da região. Além de proporcionar resultados econômicos importantes, tem permitido a conservação dos campos e ensejado o desenvolvimento de uma cultura mestiça singular, de caráter transnacional representada pela figura do gaúcho. A progressiva introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do Pampa. Estimativas de perda de hábitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32% e em 2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa (CSR/IBAMA, 2010). A perda de biodiversidade compromete o potencial de desenvolvimento sustentável da região, seja perda de espécies de valor forrageiro, alimentar, ornamental e medicinal, seja pelo comprometimento dos serviços ambientais proporcionados pela vegetação campestre, como o controle da erosão do solo e o sequestro de carbono que atenua as mudanças climáticas, por exemplo. Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil é signatário, em suas metas para 2020, prevê a proteção de pelo menos 17% de áreas terrestres representativas da heterogeneidade de cada bioma. As “Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira”, atualizadas em 2007, resultaram na identificação de 105 áreas do bioma Pampa, destas, 41 (um total de 34.292 km2) foram consideradas de importância biológica extremamente alta. Estes números contrastam com apenas 3,3% de proteção em unidades de conservação (2,4% de uso sustentável e 0,9% de proteção integral), com grande lacuna de representação das principais fisionomias de vegetação nativa e de espécies ameaçadas de extinção da fauna e da flora. A criação de unidades de conservação, a recuperação de áreas degradadas e a criação de mosaicos e corredores ecológicos foram identificadas como as ações prioritárias para a conservação, juntamente com a fiscalização e educação ambiental. O fomento às atividades econômicas de uso sustentável é outro elemento essencial para assegurar a conservação do Pampa. A diversificação da produção rural a valorização da pecuária com manejo do campo nativo, juntamente com o planejamento regional, o zoneamento ecológico-econômico e o respeito aos limites ecossistêmicos são o caminho para assegurar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico e social. O Pampa é uma das áreas de campos temperados mais importantes do planeta. Cerca de 25% da superfície terrestre abrange regiões cuja fisionomia se caracteriza pela cobertura vegetal como predomínio dos campos – no entanto, estes ecossistemas estão entre os menos protegidos em todo o planeta. Na América do Sul, os campos e pampas se estendem por uma área de aproximadamente 750 mil km2, compartilhada por Brasil, Uruguai e Argentina. No Brasil, o bioma Pampa está restrito ao Rio Grande do Sul, onde ocupa 178.243 km2 – o que corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território nacional. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. Em sua paisagem predominam os campos, entremeados por capões de mata, matas ciliares e banhados. A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da biodiversidade e dos serviços ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante contribuição no sequestro de carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de variabilidade genética para diversas espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar. Pampa O Pampa, também denominado Pampas, Campanha Gaúcha, Campos Sulinos ou Campos do Sul é o único bioma brasileiro presente somente numa unidade federativa. Ou seja, ocupa mais da metade do território do Rio Grandedo Sul e parte dos países: Uruguai e Argentina. Características dos Pampas O clima do Pampa é subtropical com as quatro estações do ano bem definidas e sua vegetação é marcada pela presença de gramíneas, plantas rasteiras, arbustos e árvores de pequeno porte. Vegetação do Pampa Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a vegetação do Bioma Pampa pode ser dividida em: Estepe Savana Estépica Floresta Estacional Semidecídua Floresta Estacional Decidual Formações Pioneiras Floresta Estacional Relevo do Pampa Além disso, o Bioma Pampa é formado por quatro conjuntos que caracterizam seu relevo: Planalto da Campanha Depressão Central Planalto Sul-Rio-Grandense Planície Costeira. Em sua maior parte, destaca-se o relevo de planícies, constituído de grandes áreas de pastagens que se desenvolvem grandes rebanhos. Assim, a principal atividade econômica do local é a pecuária extensiva com destaque para a criação de bois e ovelhas. Já as principais produções agrícolas da região são: soja , arroz, milho, trigo e uva. Fauna e Flora do Pampa A fauna do bioma Pampa é muito rica e diversa, caracterizada por uma grande variedade de aves, mamíferos, artrópodes, répteis e anfíbios. Exemplos: onça-pintada, jaguatirica, mono-carvoeiro, macaco-prego, guariba, mico-leão- dourado, sagui, preguiça-de-coleira, caxinguelê, tamanduá, jacu, macuco, jacutinga, ema, perdigão, perdiz, quero-quero, tiê-sangue, araponga, sanhaço, caminheiro-de-espora, joão-de- barro, sabiá-do-campo, pica-pau do campo, beija-flor-de-barba-azul, veado-campeiro, graxaim, zorrilho, furão, tatu-mulita, preá, tuco-tucos, sapinho-de-barriga-vermelha, tucanos, saíras, gaturamos, cervo-do-pantanal, caboclinho-de-barriga-verde, picapauzinho-chorão. Ademais, pesquisas indicam que a flora do Pampa apresenta aproximadamente 3000 espécies de plantas, algumas delas: louro-pardo, cedro, cabreúva, canjerana, guajuvira, guatambu, grápia, campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, canafístula, brabas-de-bode, pau-de-leite, unha-de-gato, bracatinga, cabelos de-porco, angico-vermelho, caroba, babosa-do-campo, amendoim-nativo, trevo-nativo, cactáceas, timbaúva, araucárias, algarrobo, nhandavaí, palmeira anã. Desmatamento do Pampa As atividades econômicas desenvolvidas na região do Pampa, ou seja, a agricultura e pecuária, marcadas pela expansão das pastagens e dos campos de cultivo, são os principais responsáveis pelo desmatamento e degradação desse bioma. O resultado é o desaparecimento de espécies nativas, aumento do processo de arenização do solo, bem como a invasão de espécies que levam ao desiquilíbrio do ecossistema. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o IBAMA (2010), no ano de 2002 restavam 41,32% e em 2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa. Além disso, muitos animais estão em risco de extinção como por exemplo: veado campeiro, cervo-do-pantanal, caboclinho-de-barriga-verde, picapauzinho-chorão, a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, macaco-prego, guariba, mico-leão-dourado, saguis, preguiça-de- coleira, caxinguelê, tamanduá, gato dos pampas. Curiosidade O termo pampa é de origem indígena e significa "região plana". Significado do Pampa O que é o Pampa: O pampa é um bioma que está localizado no Brasil (no estado do Rio Grande do Sul), no Uruguai e em algumas províncias da Argentina (como Buenos Aires, Santa Fé, etc.) Regiões do Brasil, do Uruguai e da Argentina onde o pampa está presente. Juntamente com a amazônia, o cerrado, a caatinga, a mata atlântica e o pantanal, o pampa faz parte do conjunto de seis biomas terrestres existentes no Brasil. A palavra pampa é um termo de origem indígena que significa "região plana". Características do pampa O pampa é uma planície típica da América do sul, que tem como principal característica a sua vegetação majoritariamente rasteira. A palavra "pampa" é um termo de origem indígena que significa "região plana". Assim como todos os outros biomas, ele apresenta algumas especificidades no que diz respeito ao clima, à fauna e à flora. Confira abaixo algumas das principais características do pampa. Clima do pampa O clima do pampa é temperado, tendendo a ser subtropical ao norte e semiárido na parte oeste. As temperaturas registradas ao longo do verão não costumam variar tanto quanto as registradas no inverno. Em média, ficam entre os 28°C e os 33 °C. Já o inverno apresenta médias de temperatura bem diferentes. Os termômetros costumam registrar entre 12 °C e 19 °C durante o dia e entre 1 °C e 6 °C durante a noite. Na parte sul e na parte oeste dos pampas, a temperatura pode cair até perto dos -10 °C ou ser ainda inferior. A primavera e o outono costumam ser mais quentes. No entanto, assim como ocorre durante o inverno, na primavera a temperatura tende a ser bastante variável. Regra geral, o clima é mais quente em praticamente todas as regiões, mas é significativamente mais frio ao longo do Atlântico, podendo até mesmo chegar a ter geadas, algo bastante característico dos pampas. Apesar de ocorrer por toda a região, a geada acontece com mais regularidade na parte sudoeste. Vegetação com sinais de geada O índice de precipitação varia entre 600 e 1,200 mm, que costumam ser distribuídos ao longo do ano e, com isso, o solo se mantém sempre fértil para a agricultura. Fauna do pampa A fauna do pampa apresenta uma biodiversidade riquíssima, com uma grande quantidade de espécies (dentre elas aves, mamíferos, artrópodes, répteis e anfíbios). Pequenos animais e insetos, como a vespa da madeira e o bicho-da-maçã também podem ser encontrados na região. Vespa da madeira Esse tipo de animal serve de alimento para os pássaros, e com isso, o pampa é um dos locais do planeta onde a população de pássaros está mais preservada. Alguns exemplos da vida animal dos pampas: tiê-sangue, anum-preto, jacu, saíra, macuco, corruíra-do-campo, papa-mosca-do-campo, jararaca-do-banhado, caboclinho-de-barriga- verde, quero-quero, joão-de-barro, sabiá-do-campo, jacutinga, pica-pau do campo, beija-flor- de-barba-azul, cobra-cipó, perdigão, onça-pintada, perdiz, gavião-chimango, pica-pau-chorão, caminheiro-de-espora, furão, lontra, gaturamo-verdadeiro, tuco-tuco, coruja-buraqueira, araponga, sanhaço, ema, garça, marreco, capivara, tatu-mulita, veado campeiro, guaxinim, lobo guará, graxaim, ratão-do-banhado, zorrilho, preá, preguiça-de-coleira, sapinho-de- barriga-vermelha, etc. Gaturamo-verdadeiro e cobra-cipó à esquerda; anuns-pretos e macuco à direita Cerca de 40% dos animais dos pampas são endêmicos, ou seja, são de espécies que não são encontradas em mais nenhum lugar do mundo que não nos pampas. A extinção dos animais dos pampas Infelizmente, parte da fauna local está ameaçada de extinção. Um dos principais motivos é o desmatamento, que faz com os animais tenham que migrar para outro local e muitas vezes essa mudança de habitat faz com que eles tenham dificuldade de encontrar alimentação e até mesmo de se reproduzir. Outro motivo que contribui para o risco de desaparecimento de certas espécies é o tráfico ilegal de animais silvestres. Por vezes, a própria população local faz da venda desses animais uma fonte de renda. Alguns dos animais que podem deixar de existir com o passar dos anos são: Onça-pintada A onça-pintada é um dos principais animais sob risco de extinção Sauim-de-coleira Mico-leão-dourado Gato-dos-pampas Tamanduá A população de tamanduás diminui consideravelmente a cada ano Macaco-prego Jacutinga Jaguatirica Sapinho-de-barriga-vermelha Flora do pampa A vegetação do pampa é majoritariamente composta por gramíneas e plantas rasteiras. Árvores e pequenos arbustos também podem ser encontrados na região, mas em minoria. Vegetação majoritariamente rasteira do pampa Estima-se que a flora dos pampas abranja cerca de 3.000espécies de plantas entre campos nativos, matas e afloramentos rochosos. Alguns exemplos de plantas que fazem parte dos pampas são: nhandavaí, louro-pardo, pau-de-leite, cedro, canjerana, guajuvira, babosa-do-campo, guatambu, grápia, palmeira anã, capim-forquilha, grama-tapete, cabelos-de-porco, flechilhas, brabas-de-bode, unha- de-gato, bracatinga, cabreúva, angico-vermelho, caroba, amendoim-nativo, trevo-nativo, cactáceas, timbaúva, araucárias, canafístula, algarrobo, etc. O pampa no Brasil No território brasileiro, o pampa também é designado de Pampas, Campanha Gaúcha, Campos Sulinos ou Campos do Sul e está totalmente concentrado no estado do Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Essa área representa 63% do território do estado e 2,07% do território brasileiro. De acordo com estimativas do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em 2002 só 41,32% da vegetação nativa dos pampas ainda existia. Em 2008, essa porcentagem baixou para 36,03%. Estima-se que o crescente hábito de monocultura e de pastagem tem contribuído para a degradação da paisagem natural do pampa. Curiosidade sobre o pampa brasileiro Considerado um patrimônio cultural, genético e natural, o pampa gaúcho concentra a maior parte do aquífero Guarani, o segundo maior aquífero do mundo. Esse aquífero tem quantidade de água suficiente para abastecer a população brasileira por cerca de 2.500 anos. Território ocupado pelo Aquífero Guarani: Uruguai (58 500 km²), Argentina (255 mil km²), Paraguai (58 500 km²) e Brasil (1.200.000 Km²) https://www.todamateria.com.br/animais-do-pampa/ Animais do Pampa O Pampa (Pampas, Campanha Gaúcha, Campos Sulinos ou Campos do Sul), um dos biomas do Brasil, corresponde a um dos ecossistemas mais ricos em relação à biodiversidade desde a fauna e a flora. De origem quéchua (língua indígena da América do Sul), o termo “pampa” significa região plana e, no território brasileiro, está presente no estado do Rio Grande do Sul; já no exterior, pertence a uma parte do Uruguai e da Argentina. Fauna Jacu A fauna do Pampa é extensa, com espécies raras de animais do qual possui uma grande variedade de aves, mamíferos, artrópodes, répteis e anfíbios. São aproximadamente 400 aves e 100 mamíferos que fazem parte do bioma. Nos pampas há grande variedade de insetos e de pequenos animais, o que favorece o crescimento dos pássaros, sendo assim considerada uma das regiões do planeta onde a fauna de pássaros está mais conservada. Dentre os animais que vivem no Pampa, estão: jacu, saíra, macuco, jacutinga, corruíra-do- campo, papa-mosca-do-campo, quero-quero, joão-de-barro, sabiá-do-campo, pica-pau do campo, pica-pau-chorão, beija-flor-de-barba-azul, caboclinho-de-barriga-verde, perdigão, perdiz, gavião-chimango, caminheiro-de-espora, gaturamo-verdadeiro, tiê-sangue, araponga, sanhaço, ema, ratão-do-banhado, capivara, tatu-mulita, veado campeiro, lobo guará, graxaim, zorrilho, furão, preá, tuco-tuco, sapinho-de-barriga-vermelha, dentre outros. Animais Endêmicos Desses animais, muitas espécies são endêmicas, ou seja, espécies nativas que se desenvolvem somente naquela região e por isso, só existem naquele local do planeta. De acordo com pesquisas, cerca de 40% dos animais são endêmicos da região dos pampas, desde mamíferos, aves, répteis, anfíbios e artrópodes. Animais em Extinção Muitas espécies de animais e plantas fazem parte do bioma pampa sendo que algumas delas estão ameaçadas de extinção: Jaguatirica Gato dos pampas (Leopardus pajeros): conhecido pelo nome de gato-palheiro, essa espécie de felino está ameaçada por causa da destruição de seu habitat, tráfico de animais e a caça para o comércio de peles. Onça-pintada (Panthera onca): maior felino do continente americano e o terceiro maior do mundo, está em risco de extinção pela destruição de seu habitat e decorrente da caça para venda de peles. Jaguatirica (Leopardus pardalis): o gato-do-mato ou maracajá, como é conhecido, está espalhado em todo continente americano e em alguns locais a espécie já está extinta, Nos pampas, corre risco de extinção devido à caça para a venda de peles e, ademais, pelo desmatamento e consequentemente a perda de seu habitat natural. Caxinguelê (Sciurus aestuans): roedor de pequeno porte, chamado popularmente de serelepe, é um animal endêmico da América do Sul, sendo a única espécie de esquilo dos pampas. Sofre risco de extinção uma vez que seu habitat está sendo destruído pela ação humana. Tamanduá (Myrmecophagidae): conhecidos popularmente pelo nome “papa- formigas” há duas espécies desse mamífero ameaçadas de extinção na região dos pampas: tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla). Além deles, outros animais sofrem risco de extinção na região dos pampas donde muitas espécies nativas estão desaparecendo com o desenvolvimento da agricultura e pecuária. Assim, as maiores ameaças para o desequilíbrio do bioma pampa é a expansão descontrolada da fronteira agrícola, a caça e a extração dos recursos naturais, sobretudo, da madeira (lenha). Flora O bioma Pampa conserva cerca de 40% de sua cobertura vegetal nativa e, da mesma maneira que a fauna, a flora da pampa é bem extensa constituída de espécies endêmicas (somente se desenvolvem ali), raras e algumas em extinção. No total, cerca de 3000 espécies de plantas compõem o bioma pampa, com 70 tipos de cactos, 100 tipos de árvores, 450 tipos de gramíneas e mais de 150 tipos são leguminosas, algumas delas: bromélia, orquídea, louro-pardo, cedro, cabreúva, canjerana, guajuvira, guatambu, grápia, campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, canafístula, brabas-de- bode, pau-de-leite, unha-de-gato, bracatinga, cabelos de-porco, angico-vermelho, caroba, babosa-do-campo, amendoim-nativo, trevo-nativo, cactáceas, timbaúva, araucárias, algarrobo, nhandavaí, palmeira anã. Fontes http://pt.wikipedia.org/wiki/Pampa http://www.semapirs.com.br/semapi2005/site/livro/cd%20rom/arquivos/06.pdf https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/biomas-brasileiros.htm https://www.infoescola.com/geografia/geografia-do-brasil-relevo-clima-hidrografia-e- vegetacao/ https://www-todamateria-com- br.cdn.ampproject.org/v/s/www.todamateria.com.br/pampa/amp/?amp_js_v=a2&_gsa=1 &usqp=mq331AQCCAE%3D#referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&_tf=Fonte%3A %20%251%24s&share=https%3A%2F%2Fwww.todamateria.com.br%2Fpampa%2F http://www.mma.gov.br/biomas/pampa https://www.significados.com.br/pampa/ http://www.tosabendomais.com.br/portal/assuntos- quentes.php?secao=&idAssunto=359&idArea=2&acao=VerCompleto https://www-infoescola- com.cdn.ampproject.org/v/s/www.infoescola.com/geografia/pampa/amp/?amp_js_v=a2&am p_gsa=1&usqp=mq331AQCCAE%3D#referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&_tf=Fo nte%3A%20%251%24s&share=https%3A%2F%2Fwww.infoescola.com%2Fgeografia%2Fpa mpa%2F
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