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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS ATIVIDADE 01 - GESTÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE São Paulo - SP 2021 “Argentina, Brasil e México são federações populosas e economicamente relevantes, que em 2014 compreendiam 60,8% da população e 69,1% do PIB da América Latina. Entre 1930 e 1980, vivenciaram processos desenvolvimentistas que envolveram industrialização, legislação trabalhista, criação de instituições de previdência e atenção médica aos trabalhadores formais e implantação de programas de saúde pública para controle de doenças específicas. Nas últimas décadas, as reformas de seus sistemas de saúde apresentaram diferenças, influenciadas por distintos legados institucionais, agendas políticas e orientações governamentais”. MACHADO, C. V. Políticas de Saúde na Argentina, Brasil e México: diferentes caminhos, muitos desafios. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 2197-2212, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v23n7/1413-8123-csc-23-07-2197.pdf. Acesso em: 15 de maio de 2020. Considerando essas informações e os conteúdos estudados, escolha um sistema de saúde e faça comparações entre ele e sistema de saúde brasileiro (público e privado), quanto a pontos fortes e fracos de ambos os sistemas. A Saúde Pública no Brasil veio no decorrer da história passando por variações de reorganização administrativa e edições de normas. O marco para a Saúde Pública no Brasil foi a 8ª Conferência Nacional da Saúde em 1986, e foi um dos momento mais importante para a definição do Sistema Único de Saúde (SUS) e debateu três temas principais: ‘A saúde como dever do Estado e direito do cidadão’, ‘A reformulação do Sistema Nacional de Saúde’ e ‘O financiamento setorial’. O Sistema Único de Saúde, criado pela Constituição de 1988 e regulamentado dois anos depois, pelas leis 8.080 e 8.142, tendo como base a descentralização e o fortalecimento do poder municipal, e a participação da sociedade organizada na administração do setor de saúde e o controle social por meio dos Conselhos e Conferências Municipais de Saúde. Destaca-se como pontos fortes na Saúde no Brasil, a começar são os princípios do SUS: Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais. Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. A “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde” ela reúne os seis princípios básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado. ● Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde. ● Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema. ● Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação. ● Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos. ● Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada. ● Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos. O SUS conta com o setor privado complementar, e uma parte da população faz uso de convênio ou particular, e mesmo assim a demanda é grande, o que faz aumentar a fila de espera pelo atendimento em especialidades específicas. Muitas vezes o estado de saúde do usuário tem agravamento, isso faz que o mesmo venha a procurar o serviço de saúde, dando entrada no SUS já pela atenção terciária, e cada vez mais sobrecarregue o sistema. O Canadá tem um sistema de saúde bem parecido com o Brasil. Porém o diferencial do Canadá é o número da população, são 33 milhões de habitantes, com acesso a uma cobertura universal abrangente de serviços médico-hospitalares e clínicos. O sistema de saúde pública no Canadá é chamado de Medicare. A primeira província a estabelecer um plano público para atendimento hospitalar, foi a de Saskatchewan, em 1947, e nove anos depois o governo federal aprovou a lei que divide os gastos desse tipo de serviço com províncias e territórios - meta atingida em 1961. Em 1984 foi criada a lei Canada Health Act, é a legislação federal do Canadá para seguro de saúde com financiamento público. A lei define os princípios do sistema de saúde canadense, baseado nos vales de equidade e solidariedade, como primeiro objetivo do sistema: Proteger, promover e restaurar o bem-estar físico e mental dos residentes do Canadá e facilitar o acesso razoável aos serviços de saúde sem barreiras financeiras ou de outro tipo. Primeiro princípio é o de administração pública, pelo qual o plano de saúde de uma província deve ser administrado e operado numa base não lucrativa, por órgãos público ligado ao governo província Segundo, de abrangência, estabelece que o plano deve incluir todos os serviços clinicamente necessários - internação, medicação, suprimentos e exames, entre outros. A assistência aos casos crônicos também está prevista, mas pode ser exigido pagamento extra para cobrir custos de alojamento. A universalidade é o terceiro princípio do sistema: o plano deve conferir o direito a toda a população residente a um pacote de serviços. O quarto, acessibilidade, determina que se deve dispensar, sem entraves, um justo acesso aos serviços médico-hospitalares. Assim como no Brasil, no Canadá são comuns as filas, é a grande queixa de descontentamento relatado por usuários do sistemas de saúde, com o isso o governo estabeleceu limites máximos de espera, em cinco áreas prioritárias: câncer, coração, diagnóstico por imagem, prótese de articulação e reabilitação visual.
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