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ANATOMIA E HISTOLOGIA Fígado, Pâncreas e vesícula biliar

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Patrícia Miranda- MEDICINA 
 
 
Fígado 
 
 
ANATOMIA 
O fígado é a maior glândula do corpo e, depois 
da pele, o maior órgão. Pesa cerca de 1.500g e 
representa aproximadamente 2,5% do peso 
corporal do adulto. No feto maduro – no qual 
também atua como órgão hematopoiético – é 
proporcionalmente duas vezes maior (5% do 
peso corporal). 
Com exceção da gordura, todos os nutrientes 
absorvidos pelo sistema digestório são levados 
primeiro ao fígado pelo sistema nervoso porta. 
Além de suas muitas atividades metabólicas, o 
fígado armazena glicogênio e secreta bile, um 
liquido amarelo-acastanhado ou verde que 
ajuda na emulsificação das gorduras. 
A bile sai do fígado pelos ductos biliares- ductos 
hepáticos direito e esquerdo- que se unem para 
formar o ducto hepático comum, que se une ao 
ducto cístico para formar o ducto colédoco. A 
produção hepática de bile é contínua; no 
entanto, entre as refeições ela se acumula e é 
armazenada na vesícula biliar, que também 
concentra a bile por meio da absorção de água e 
sais. Quando o alimento chega ao duodeno, a 
vesícula biliar envia a bile concentrada pelas vias 
biliares até o duodeno. 
 
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE 
 
- O fígado está situado principalmente no 
quadrante superior direito do abdome, onde é 
protegido pela caixa torácica e pelo Diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O fígado normal situa-se profundamente às 
costelas VII a XI no lado direito e cruza a linha 
mediana em direção à papila mamária esquerda 
 
- O fígado normal situa-se profundamente às 
costelas VII a XI no lado direito e cruza a linha 
mediana em direção à papila mamária esquerda 
 
- O fígado ocupa a maior parte do hipocôndrio 
direito e do epigástrio superior e estendesse até 
o hipocôndrio esquerdo. 
 
- O fígado move-se com as excursões do 
diafragma e na postura ereta sua posição é mais 
baixa devido à gravidade. Essa mobilidade 
facilita a palpação. 
 
- O fígado tem uma face diafragmática convexa 
(anterior, superior e algo posterior). Essa face é 
lisa e tem forma de cúpula, onde se relaciona 
com a concavidade da face inferior do 
diafragma, que a separa das pleuras, pulmões, 
pericárdio e coração. A face diafragmática do 
fígado é coberta por peritônio visceral, exceto 
posteriormente na área nua do fígado onde está 
em contato direto com o diafragma 
 
- E uma face visceral relativamente plana, ou 
mesmo côncava (posteroinferior. A face visceral 
do fígado também é coberta por peritônio 
exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do 
fígado — uma fissura transversal por onde 
entram e saem os vasos (veia porta, artéria 
hepática e vasos linfáticos), o plexo nervoso 
hepático e os ductos hepáticos que suprem e 
drenam o fígado. 
Ao contrário da face diafragmática lisa, a face 
visceral tem muitas fissuras e impressões 
resultantes do contato com outros órgãos. 
 
FÍGADO, PÂNCREAS E VIAS BILIARES 
Anatomia e histologia 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
 
- Duas fissuras sagitais, unidas centralmente 
pela porta do fígado transversal, formam a letra 
H na face visceral. A fissura sagital direita é o 
sulco contínuo formado anteriormente pela 
fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo 
sulco da veia cava. A fissura umbilical (sagital 
esquerda) é o sulco contínuo formado 
anteriormente pela fissura do ligamento 
redondo e posteriormente pela fissura do 
ligamento venoso. O ligamento redondo do 
fígado é o remanescente fibroso da veia 
umbilical, que levava o sangue oxigenado e rico 
em nutrientes da placenta para o feto. 
- Além das fissuras, as impressões na face 
visceral refletem a relação do fígado com:Lado 
direito da face anterior do estômago (áreas 
gástrica e pilórica) ; Parte superior do duodeno 
(área duodenal); Omento menor (estende-se 
até a fissura do ligamento venoso); Vesícula 
biliar (fossa da vesícula biliar); Flexura direita do 
colo e colo transverso direito (área cólica); Rim 
e glândula suprarrenal direitos (áreas renal e 
suprarrenal). 
 
- Externamente, o fígado é dividido em dois 
lobos anatômicos e dois lobos acessórios pelas 
reflexões do peritônio a partir de sua superfície, 
as fissuras formadas em relação a essas 
reflexões e os vasos que servem ao fígado e à 
vesícula biliar. 
- Esses “lobos” 
superficiais não são lobos verdadeiros como o 
termo geralmente é usado em relação às 
glândulas e têm apenas relação 
secundária com a arquitetura interna do fígado. 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
-O plano essencialmente mediano definido pela 
fixação do ligamento falciforme 
e a fissura sagital esquerda separa um lobo 
hepático direito grande de um lobo hepático 
esquerdo muito menor. 
- Na face visceral inclinada, as fissuras sagitais 
direita e esquerda passam de cada lado dos — e 
a porta 
do fígado transversal separa — dois lobos 
acessórios (partes do lobo hepático direito 
anatômico): o lobo quadrado anterior e 
inferiormente, e o lobo caudado posterior e 
superiormente 
 
 
 
 
 
 
• Suprimento sanguíneo 
O fígado, como os pulmões, tem irrigação dupla 
(vasos aferentes): uma venosa dominante e uma 
arterial menor. 
- A veia porta, curta e larga, é formada pela 
união das veias mesentérica superior e 
esplênica, posteriormente ao colo do pâncreas. 
Ascende anteriormente à VCI como parte da 
tríade portal no ligamento hepatoduodenal. A 
artéria hepática, um ramo do tronco celíaco, 
pode ser dividida em artéria hepática comum, 
do tronco celíaco até a origem da artéria 
gastroduodenal, e artéria hepática própria, da 
origem da artéria gastroduodenal até a 
bifurcação da artéria hepática. Na porta do 
fígado, ou perto dela, a artéria hepática e a veia 
porta terminam dividindo-se em ramos direito e 
esquerdo; esses ramos primários suprem as 
partes direita e esquerda do fígado, 
respectivamente. Nas partes direita e esquerda 
do fígado, as ramificações secundárias 
simultâneas da veia porta e da artéria hepática 
suprem as divisões medial e lateral das partes 
direita e esquerda do fígado, com três dos 
quatro ramos secundários sofrendo 
ramificações adicionais (terciárias) para 
suprirem independentemente sete dos oito 
segmentos hepáticos. 
 
 
 
Histologia 
 
O componente estrutural básico do fígado é a 
célula hepática, ou hepatócito. Essas células 
epiteliais estão agrupadas em placas 
interconeetadas. 
 
Em cortes histológicos, unidades estruturais 
denominadas lóbulos hepáticos podem ser 
observadas. O lóbulo hepático é formado por 
uma massa poligonal de tecido cujo tamanho 
oscila em tomo de 0,7 x 2 mm (Figuras 16.9 e 
16.10). 
 
- Em humanos os lobos estão em contato ao 
longo de grande parte de seu comprimento, 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
tornando difícil o estabelecimento de limites 
exatos entre o lóbulos diferentes. 
- Em algumas regiões da periferia dos lóbulos 
existe tecido conjuntivo contendo duetos 
biliares, vasos linfáticos, nervos e vasos 
sanguíneos. Essas regiões, os espaços porta, são 
encontradas nos cantos dos lóbulos. 
 
- O fígado humano contém de 3 a 6 espaços 
porta por lóbulo, cada um contendo um ramo da 
veia porta, um ramo da artéria hepática, um 
dueto (parte do sistema de duetos biliares) e 
vasos linfáticos. 
 
A veia porta contém sangue proveniente do 
trato digestivo, pâncreas e baço. A artéria 
hepática contém sangue proveniente do tronco 
celíaco da aorta abdominal. O dueto, revestido 
por epitélio cúbico, transporta bile sintetizada 
pelos hepatócitos, a qual desemboca no dueto 
hepático. Um ou mais linfáticos transportam 
linfa, a qual eventualmente entra na circulação 
sanguínea. Todas essas estruturas estão 
envolvidas em uma bainha de tecido conjuntivo 
 
- Os hepatócitos estão radialmente dispostos no 
lóbulo hepático, arranjados como os tijolos de 
uma parede. Essas placas celulares estão 
direcionadas da periferia do lóbulo para o seu 
centro e anastomosam-se livremente, formando 
um labirinto semelhante a uma esponja. Os 
espaços entre essas placascontêm capilares, os 
sinusoides hepáticos. 
 
- As células endoteliais são separadas 
dos hepatócitos adjacentes por uma 
lâmina basal descontínua 
(dependendo da espécie) e um 
espaço subendotelial conhecido 
como espaço de Disse, que contém 
microvilos dos hepatócitos 
 
- Além das células endoteliais, os 
sinusoides contêm macrófagos 
conhecidos como células de Kupffer 
(suas principais funções são: 
metabolizar hemácias velhas, digerir 
hemoglobina, secretar proteínas 
relacionadas com processos 
imunológicos e destruir bactérias que 
eventualmente penetrem o sangue 
portal a partir do intestino grosso). 
 
 
Hepatócitos 
- Hepatócitos são células poliédricas, com seis 
ou mais superfícies, com diâmetro de 20 a 30 
mm. A superfície de cada hepatócito está em 
contato com a parede do capilar sinusoide, 
através do espaço de Disse, e com a superfície 
de outros hepatócitos. Sempre que dois 
hepatócitos se encontram, eles delimitam um 
espaço tubular entre si conhecido como 
canalículo biliar. 
 
Os canalículos, que constituem a primeira 
porção do sistema de duetos biliares, são 
espaços tubulares com cerca de 1 a 2 μm de 
diâmetro. Eles são delimitados apenas pela 
membrana plasmática de dois hepatócitos e 
contêm poucos microvilos em seu interior 
Estrutura de um hepatócito 
 
 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
Os canalículos biliares formam uma rede 
complexa que se anastomosa progressivamente 
ao longo das placas do lóbulo hepático, 
terminando na região do espaço porta 
 
- Sendo assim, a bile flui progressivamente na 
direção contrária do sangue, do centro do lóbulo 
para a sua periferia. Na periferia, a bile adentra 
os dúctulos biliares (canais de Hering) 
constituídos por células cuboidais. 
Após uma curta distância, esses canais 
terminam nos duetos biliares localizados no 
espaço porta. 
 
 - Duetos biliares são formados por epitélio 
cuboide ou colunar e contêm uma bainha 
distinta de tecido conjuntivo. 
Esses duetos gradualmente aumentam e se 
fundem, formando o dueto hepático, que 
subsequentemente deixa o figado. 
 
- O hepatócito é, provavelmente, a célula mais 
versátil do organismo. Uma célula com funções 
endócrinas e exócrinas, que também acumula, 
detoxifica e transporta diversas substâncias. 
Além de sintetizar proteínas para a sua própria 
manutenção, o hepatócito produz várias 
proteínas plasmáticas para exportação - dentre 
elas albumina, protrombina, fibrinogênio e 
lipoproteínas. 
 
- A secreção de bile é uma função exócrina, já 
que os hepatócitos captam do sangue, 
transformam e excretam vários componentes 
para o interior dos canalículos biliares. 
Além de água e eletrólitos, a bile tem diversos 
outros componentes essenciais: ácidos biliares, 
fosfolipídios, colesterol e bilirrubina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
Pâncreas 
 
Anatomia 
 
- O pâncreas é uma glândula acessória da 
digestão, alongada, retroperitoneal, situada 
sobrejacente e transversalmente aos corpos das 
vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) 
na parede posterior do abdome. 
 
- Situa-se atrás do estômago, entre o duodeno à 
direita e o baço à esquerda. O mesocolo 
transverso está fixado à sua margem anterior. 
 
- O pâncreas produz: 
Secreção exócrina (suco pancreático produzido 
pelas células acinares) que é liberada no 
duodeno através dos ductos pancreáticos 
principal e acessório 
 
Secreções endócrinas (glucagon e insulina, 
produzidos pelas ilhotas pancreáticas [de 
Langerhans]) que passam para o Sangue 
 
- Ele é dividido em quatro partes: cabeça, colo, 
corpo e cauda. 
- A cabeça do pâncreas é a parte expandida da 
glândula que é circundada pela curvatura em 
forma de C do duodeno à direita dos vasos 
mesentéricos superiores logo abaixo do plano 
transpilórico. Está firmemente fixada à face 
medial das partes descendente e horizontal do 
duodeno. O processo uncinado, uma projeção 
da parte inferior da cabeça do pâncreas, 
estendesse medialmente para a esquerda, 
posteriormente à MAS. cabeça do pâncreas está 
apoiada posteriormente na VCI, artéria e veia 
renais direitas, e veia renal esquerda. Em seu 
trajeto para se abrir na parte descendente do 
duodeno, o ducto colédoco situa-se em um sulco 
na face posterossuperior da cabeça ou está 
inserido em sua substância 
 
- O colo do pâncreas é curto (1,5 a 2 cm) e está 
situado sobre os vasos mesentéricos superiores, 
que deixam um sulco em sua face posterior. A 
face anterior do colo, coberta por peritônio, está 
situada adjacente ao piloro do estômago. A VMS 
 
une-se à veia esplênica posterior ao colo para 
formar a veia porta 
 
- O corpo do pâncreas é o prosseguimento do 
colo e situa-se à esquerda dos vasos 
mesentéricos superiores, passando sobre a 
aorta e a vértebra L II, logo acima do plano 
transpilórico e posteriormente à bolsa omental. 
A face anterior do corpo do pâncreas é coberta 
por peritônio, está situada no assoalho da bolsa 
omental e forma parte do leito do estômago. A 
face posterior do corpo do pâncreas não tem 
peritônio e está em contato com a aorta, AMS, 
glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e 
vasos renais esquerdos. 
 
- A cauda do pâncreas situa-se anteriormente ao 
rim esquerdo, onde está intimamente 
relacionada ao hilo esplênico e à flexura 
esquerda do colo. A cauda é relativamente 
móvel e passa entre as camadas do ligamento 
esplenorrenal junto com os vasos esplênicos. 
 
- O ducto pancreático principal começa na 
cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da 
glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta 
inferiormente e tem íntima relação com o ducto 
colédoco. O ducto pancreático principal e o 
ducto colédoco geralmente se unem para 
formar a ampola hepatopancreática (de Vater) 
curta e dilatada, que se abre na parte 
descendente do duodeno, no cume da papila 
maior do duodeno 
 
- O músculo esfíncter do ducto pancreático (ao 
redor da parte terminal do ducto pancreático), o 
músculo esfíncter do ducto colédoco (ao redor 
da extremidade do ducto colédoco) e o músculo 
esfíncter da ampola hepatopancreática (de 
Oddi), ao redor da ampola hepatopancreática, 
são esfíncteres de músculo liso que controlam o 
fluxo de bile e de suco pancreático para a 
ampola e impedem o refluxo do conteúdo 
duodenal para a ampola hepatopancreática. 
 
- O ducto pancreático acessório abre-se no 
duodeno no cume da papila menor do duodeno 
Em geral, o ducto acessório comunica-se com o 
ducto pancreático principal. Em alguns casos, o 
ducto pancreático principal é menor do que o 
ducto pancreático acessório e pode não haver 
conexão entre os dois. Nesses casos, o ducto 
acessório conduz a maior parte do suco 
pancreático. 
- A irrigação arterial do pâncreas provém 
principalmente dos ramos da artéria esplênica, 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
que é muito tortuosa. Várias artérias 
pancreáticas formam diversos arcos com ramos 
pancreáticos das artérias gastroduodenal e 
mesentérica superior. Até 10 ramos da artéria 
esplênica irrigam o corpo e a cauda do pâncreas. 
As artérias pancreaticoduodenais superiores 
anterior e posterior, ramos da artéria 
gastroduodenal, e as artérias 
pancreaticoduodenais inferiores anterior e 
posterior, ramos da AMS, formam arcos 
anteriores e posteriores que irrigam a cabeça do 
pâncreas. 
 
- Drenagem venosa do pâncreas é feita por meio 
das veias pancreáticas correspondentes, 
tributárias das partes esplênica e mesentérica 
superior da veia porta; a maioria delas drena 
para a veia esplênica 
 
 
 
Histologia 
 
O pâncreas é uma glândula mista exócrina e 
endócrina, que produz enzimas digestivas e 
hormônios. As enzimas são armazenadas e 
secretadas por células da porção exócrina, 
arranjadas em ácinos. 
- Os hormônios são sintetizados em 
grupamentos de células epiteliais endócrinas 
conhecidos como ilhotas pancreáticas (ilhotas 
de Langerhans). 
 
- A porção exócrina do pâncreas é uma glândula 
acinosa composta, similar à glândulaparótida 
em estrutura. Em cortes histológicos, a distinção 
entre essas duas glândulas pode ser feita com 
base na ausência de duetos estriados e na 
existência das ilhotas pancreáticas (de 
Langerhans) no pâncreas 
 
- Outro detalhe característico do pâncreas é a 
penetração das porções iniciais dos duetos 
intercalares no lúmen dos ácinos. Núcleos 
circundados por citoplasma claro pertencem às 
células centroacinosas, que constituem a porção 
intra-acinosa dos duetos intercalares 
 
 
 
- Essas células são encontradas apenas nos 
ácinos pancreáticos. Duetos intercalares são 
tributários de duetos interlobulares maiores 
revestidos por epitélio colunar. O ácino 
pancreático exócrino é constituído por várias 
células serosas que circundam um lúmen. 
 
- Essas células são polarizadas, com um núcleo 
esférico, sendo típicas células secretoras de 
proteínas. O número de grânulos de secreção 
(grânulos de zimogênio) existentes em cada 
célula varia de acordo com a fase digestiva, 
sendo máximo em animais em jejum. 
 
- Uma cápsula delgada de tecido conjuntivo 
reveste o pâncreas e envia septos para o seu 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
interior, separando-o em lóbulos. Os ácinos são 
circundados por uma lâmina basal que é 
sustentada por uma bainha delicada de fibras 
reticulares. O pâncreas também tem uma rede 
capilar extensa, essencial para o processo de 
secreção. 
 
- Além de água e íons, o pâncreas exócrino 
humano secreta diversas proteinases 
(tripsinogênios 1, 2 e 3, quimiotripsinogênio, 
pré-elastases 1 e 2, proteinase E, 
calicreinogênio, pré-carboxipeptidases AI, A2, Bl 
e B2), amilase, lipases (lipase de trigliceridios, 
colipase e hidrolase carboxil-éster), fosfolipase 
A2 e nucleases (ribonuclease, 
desoxirribonudease). A maio ria das enzimas é 
armazenada na forma inativa (pré-enzimas) nos 
grânulos de secreção das células acinosas, sendo 
ativadas no lúmen do intestino delgado após a 
secreção. Este fato é muito importante para a 
proteção do pâncreas contra a atividade dessas 
enzimas. 
 
- A secreção pancreática exócrina é controlada 
principal mente por meio de dois hormônios - 
secretina e colecistoquinina 
 
- Que são produzidos por células 
enteroendócrinas da mucosa intestina l 
(duodeno e jejuno). O estímulo do nervo vago 
(parassimpático) também aumenta a secreção 
pancreática. Na verdade, hormônios e sistema 
nervoso agem conjuntamente no controle da 
secreção pancreática. 
 
- A existência de ácido (pH < 4,5) no lúmen 
intestinal é um forte estímulo para a secreção de 
secretina. Esse hormônio promove uma 
secreção fluida abundante, pobre em atividade 
enzimática e rica em bicarbonato. Esta secreção 
alcalina é produzida pelas células dos duetos 
intercalares e serve para neutralizar a acidez do 
quimo (alimento parcialmente digerido), para 
que as enzimas pancreáticas possam funcionar 
em sua faixa ótima de pH (neutro). A liberação 
de colecistoquinina é estimulada por ácidos 
graxos de cadeia longa, ácido gástrico e alguns 
aminoácidos essenciais no lúmen intestinal. A 
colecistoquinina promove uma secreção pouco 
abundante e rica em enzimas. 
 
-A ação integrada da secretina e 
colecistoquinina provê a secreção abundante de 
suco pancreático alcalino, rico em enzimas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
Ductos Biliares e Vesícula 
Biliar 
 
Anatomia 
 
- Os ductos biliares conduzem bile do fígado 
para o duodeno. A bile é produzida 
continuamente pelo fígado, armazenada e 
concentrada na vesícula biliar, que a libera de 
modo intermitente quando a gordura entra no 
duodeno. A bile emulsifica a gordura para que 
possa ser absorvida na parte distal do intestino. 
 
- Os hepatócitos secretam bile para os 
canalículos biliares formados entre eles. Os 
canalículos drenam para os pequenos ductos 
biliares interlobulares e depois para os grandes 
ductos biliares coletores da tríade portal intra-
hepática, que se fundem para formar os ductos 
hepáticos direito e esquerdo. 
 
-Os ductos hepáticos direito e esquerdo 
drenam as partes direita e esquerda do fígado, 
respectivamente. Logo depois de deixar a porta 
do fígado, esses ductos hepáticos unem-se para 
formar o ducto hepático comum, que recebe no 
lado direito o ducto cístico para formar o ducto 
colédoco (parte da tríade portal extra-hepática 
do omento menor), que conduz a bile para o 
duodeno. 
 
DUCTO COLÉDOCO 
- O ducto colédoco (antes chamado de ducto 
biliar comum) forma-se na margem livre do 
omento menor pela união dos ductos cístico e 
hepático comum. O comprimento do ducto 
colédoco varia de 5 a 15 cm, dependendo do 
local onde o ducto cístico se une ao ducto 
hepático comum. 
 
- O ducto colédoco desce posteriormente à 
parte superior do duodeno e situa-se em um 
sulco na face posterior da cabeça do pâncreas. 
No lado esquerdo da parte descendente do 
duodeno, o ducto colédoco entra em contato 
com o ducto pancreático. 
Esses ductos seguem obliquamente através da 
parede dessa parte do duodeno, onde se unem 
para formar uma dilatação, a ampola 
hepatopancreática. 
- A extremidade distal da ampola abre-se no 
duodeno através da papila maior do Duodeno. O 
músculo circular ao redor da extremidade distal 
do ducto colédoco é mais espesso para formar o 
músculo esfíncter do ducto colédoco. 
- Quando o esfíncter contrai, a bile não consegue 
entrar na ampola e no duodeno; portanto, reflui 
e segue pelo ducto cístico até a vesícula biliar, 
onde é concentrada e armazenada. 
 
- A irrigação arterial do ducto colédoco provém 
de: 
Artéria cística: que irriga a parte proximal do 
ducto; Artéria hepática direita: que irriga a parte 
média do ducto; Artéria pancreaticoduodenal 
superior posterior e artéria gastroduodenal: que 
irrigam a parte retroduodenal do ducto. 
 
Não entendeu? Segue a aula 
https://www.youtube.com/watch?v=GX3HZ1EI
Nbk 
 
VESÍCULA BILIAR 
- A vesícula biliar (7 a 10 cm de comprimento) 
situa-se na fossa da vesícula biliar na face 
visceral do fígado. Essa fossa rasa está situada na 
junção das partes direita e esquerda do fígado 
- A relação entre vesícula biliar e duodeno é tão 
intima que a parte superior do duodeno no 
cadáver geralmente é tingida de Bile. Como o 
fígado e a vesícula biliar devem ser rebatidos 
para cima para expor a vesícula biliar em um 
acesso cirúrgico anterior (e os atlas costumam 
representá-la nessa posição), é fácil esquecer 
que em sua posição natural o corpo da vesícula 
biliar situa-se anterior à parte superior do 
duodeno, e seu colo e o ducto cístico situam-se 
imediatamente superiores ao duodeno 
- A vesícula biliar piriforme consegue armazenar 
até 50 ml de bile. O peritônio circunda 
completamente o fundo da vesícula biliar e une 
seu corpo e colo ao fígado. A face hepática da 
vesícula biliar fixa-se ao fígado por tecido 
conjuntivo da cápsula fibrosa do fígado. 
 
- A vesícula biliar tem três partes: 
Fundo: extremidade larga e arredondada do 
órgão que geralmente se projeta a partir da 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
margem inferior do fígado na extremidade da 9a 
cartilagem costal direita na LMC 
 
Corpo: parte principal, que toca a face visceral 
do fígado, o colo transverso e a parte superior 
do duodeno 
Colo: extremidade estreita e afilada, oposta ao 
fundo e voltada para a porta do fígado; 
normalmente faz uma curva em forma de S e se 
une ao ducto cístico 
 
- A drenagem venosa do colo da vesícula biliar e 
do ducto cístico flui pelas veias císticas. Essas 
veias pequenas, em geral múltiplas, entram 
diretamente no fígado ou drenam através da 
veia porta para o fígado, depois de se unirem às 
veias que drenam os ductos hepáticos e a parte 
proximal do ducto colédoco. 
 
- As veias do fundo e do corpo da vesícula biliar 
seguem diretamente até a face visceral do 
fígado e drenam para os sinusoides hepáticos. 
Como essa drenagem se faz de um leito capilar 
(sinusoidal) para outro, constitui um sistema 
porta adicional (paralelo). 
 
Histologia 
 
A bile produzidapelos hepatócitos flui através 
dos canaIículos biliares, dúctulos biliares (canais 
de Hering) e duetos biliares. Essas estruturas se 
fundem gradualmente, formando uma rede que 
converge para formar os duetos hepáticos 
direito e esquerdo, os quais se fundem para 
formar o dueto hepático que, após receber o 
dueto cístico proveniente da vesícular biliar, 
continua até o duodeno como dueto colédoco 
ou dueto biliar comum 
 
- Os duetos hepático, cístico e biliar comum são 
revestidos por uma camada mucosa com 
epitélio colunar simples. 
A lâmina própria é delgada e circundada por 
uma camada de músculo liso discreta. Esta 
camada muscular torna-se mais espessa 
próximo ao duodeno, e finalmente, na porção 
intramural, forma um esfíncter que regula o 
fluxo de bile (esfíncter de Oddi). 
 
Vesícula biliar. 
- A vesícula biliar é um órgão oco, com formato 
de pera, aderido à superfície inferior do fígado. 
Pode armazenar de 30 a 50 m.€ de bile. A parede 
da vesícula consiste em uma camada mucosa 
composta de epitélio colunar simples e lâmina 
própria, uma camada de músculo liso, uma 
camada de tecido conjuntivo perimuscular e 
uma membrana serosa 
 
- A camada mucosa contém pregas abundantes 
que são particularmente evidentes quando a 
vesícula está vazia. As células epiteliais são ricas 
em mitocôndrias e têm núcleo localizado no 
terço basal. Todas essas células são capazes de 
secretar pequenas quantidades de muco. 
Glândulas mucosas tubuloacinosas situam-se 
próximo ao dueto cístico, sendo responsáveis 
pela secreção da maior parte do muco existente 
na bile. 
 
- A principal função da vesícula biliar é 
armazenar bile, concentrá-la por meio da 
absorção de água e secretá-la no trato digestivo 
quando necessário. Este processo depende de 
um mecanismo de transporte ativo de sódio no 
epitélio de revestimento da vesícula. A 
contração da musculatura lisa da vesícula é 
induzida pela colecistoquinina, hormônio 
produzido por células enteroendócrinas do 
intestino delgado (células I). A secreção de 
colecistoquinina, por sua vez, é estimulada por 
nutrientes no intestino delgado, 
particularmente por ácidos graxos da dieta. 
 
 
Patrícia Miranda- MEDICINA 
Aqui podemos observar um corte de vesícula 
biliar com seu epitélio cilíndrico e reentrâncias 
epiteliais repousando sobre tecido conjuntivo. 
Este epitélio tem um sistema transportador de 
cloreto de sódio na direção do tecido conjuntivo, 
que cria uma diferença osmótica, responsável 
pela concentração da bile 
 
 
Referência 
 
JUNQUEIRA.L.C. et al. Histologia Básica. 
12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2013 
MOORE.K.L.et al. Anatomia Orientada 
para clínica. 7ed. Rio de Janeiro: Koogan, 
2014

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