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2021.1 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA Bloco II Rita de Cássia de V. Pedrosa rita.pedrosa@unifg.edu.br rita.economia@gmail.com Economista pela UFCG MSc em Engenharia De Produção pela UFPE Avaliadora de Projetos pelo Itaú Social Consultora Financeira e de Operações Nossa disciplina... Nossa EMENTA Enfoca os fundamentos da teoria econômica, envolvendo a micro e a macroeconomia. Discute os principais problemas econômicos que afetam a sociedade e as organizações, além de tratar das intervenções governamentais que levam ao crescimento e desenvolvimento econômico. Competências que vamos DESENVOLVER Usar raciocínio lógico-matemático na resolução de problemas; Analisar os fenômenos socioeconômicos a partir dos fundamentos da teoria econômica e instrumental quantitativo a fim de resolver problemas econômicos global. Sistema de Avaliações DISCIPLINAS TEÓRICAS e TEÓRICO-PRÁTICAS N1 PESO 4 N2 PESO 6 A2 – AVALIAÇÃO(ÕES) A SER(EM) DEFINIDA(S) DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (9,0 pontos) + APS (1,0 ponto) Ou SUB – AVALIAÇÃO SUBSTITUTIVA (APENAS se o aluno não realizar a A2 ou não alcançar a média 6,0 na disciplina. Substitui a nota da A2 quando a nota da SUB for superior) 0 10 CÁLCULO MÉDIA FINAL (MF) (N1*0,4) + (N2*0,6) MODALIDADE PRESENCIAL A1 – AVALIAÇÃO(ÕES) A SER(EM) DEFINIDA(S) DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 0 10 Nosso cronograma... PROGRAMA, PROJETOS E AÇÕES Fique Ligado PROGRAM DE NIVELAMENTO ACADÊMICA ENADE Fique Ligado São alunos da própria turma, disciplina ou semestre, cujo papel é aproximar a comunicação entre os discentes e a direção, coordenação, docentes e suporte acadêmico. Os cursos extracurriculares estão disponíveis aos estudantes na aba Comunidades do Blackboard. Ele possui foco na formação complementar e desenvolvimento de habilidades além da formação em sala de aula. unifg.edu.br/qualidade-academica/cpa É a Comissão Própria de Avaliação responsável pelo processo de autoavaliação institucional. Com o objetivo de promover uma reflexão sobre a prática, compromissos com a sociedade e desenvolvimento das diferentes atividades na busca permanente e sistemática do aperfeiçoamento da IES. Acesso: Comunidade dos cursos no Blackboard Procure a coordenação do curso para ter mais informações. Fique Ligado CAA Central de Atendimento ao Aluno Online Disciplinas nead@unifg.edu.br. https://unifg.edu.br/nac/ ATIVIDADES COMPLEMENTARES https://servicos.unifg.edu.br/ carreiras@unifg.edu.br caa@unifg.edu.br 81. 98105.6971 APS As estratégias METACOGNITIVAS integram o desenvolvimento de competências que implicam não somente a assimilação de novos conteúdos, mas principalmente a TOMADA DE CONSCIÊNCIA, da AUTOANÁLISE e do AUTOJULGAMENTO DOS PROCESSOS COGNITIVOS, por meio dos quais o estudante pode decidir como melhor realizar atividades ou alicerçar novas aprendizagens. APS AUTOAVALIAÇÃO APS AUTOAVALIAÇÃO SEMANA DE AULA SEMANA DE AULA Atenção!!! Todos os critérios possuem uma valoração. Analise os critérios antes de realizar sua autoavaliação. Nossas avaliações... Nossas AVALIAÇÕES Descrição Valor Data N1 A1 Prova Teórica 10,0 24 à 28/05 N2 APS Atividade Prática Supervisionada 1,0 28/05 A2 Prova Teórica 9,0 16 à 22/06 - Agenda para as avaliações: Bloco 2! 29/06 as provas substitutivas O teste de Sondagem é a primeira etapa do nosso PROGRAMA DE REVISÕES. A partir do preenchimento do formulário pelos estudantes, iremos definir quais conteúdos deverão ser trabalhados por seus docentes nas aulas de revisão. Teste de SONDAGEM Administração – Bacharelado https://bit.ly/3tTw1NB Ciências Contábeis – Bacharelado https://bit.ly/2LEKJqn Gestão Comercial – CST https://bit.ly/371Xv9Q Marketing – CST https://bit.ly/373D6RP Processos Gerenciais – CST https://bit.ly/2Om4unr “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.” Paulo Freire Bom semestre! A CIÊNCIA ECONÔMICA E SEUS CONCEITOS INICIAIS Porque estudar economia? Entender o mundo e o país que vive: Por que o preço dos produtos agrícolas aumentou em 2020 no Brasil e o setor bateu recorde na safra? Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação? - Porque os salários são tão baixos em cidades do país? - Porque alguns países tem taxa de inflação elevada e outros preços estáveis? Como aplicar seu rendimento? Por que a alta de preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar? Como o déficit do governo afeta a economia? Questionamentos: Por que com o cenário do COVID-19 os preços de álcool e dos produtos importados aumentaram? Os recursos naturais de nosso planeta são infinitos? A escassez de recursos na pauta as decisões de produção? Como pode uma desvalorização cambial conduzir a uma melhoria na balança comercial e uma redução do salário real? Por que a renda dos agricultores se eleva quando ocorre uma diminuição da produção? UNIDADE 1- A CIÊNCIA ECONÔMICA E SEUS CONCEITOS INICIAIS Acesso o link abaixo: https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2019/11/escassez-alimentar-ehidrica-deve-gerar-colapso-da-natureza-nos-proximos-30 Exemplo: cenário da crise de 2020 até os dias atuais UNIDADE 1- FUNDAMENTOS DA ECONOMIA ECONOMIA MICROECONOMIA MACROECONOMIA ECONOMIA INTERNACIONAL Economia é uma ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. TEORIA ECONÔMICA E OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS - A ciência que estuda a escassez. - A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos. O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. Economia é uma ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. : “Administração do lar”. hipótese Ceteris Paribus PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS Necessidades Humanas > Ilimitadas ou Infinitas. Recursos Produtivos (Fatores de Produção) > Finito e Limitado Recursos naturais, Mão de Obra, Capital, Insumos: Terra, matéria-prima, etc. Escassez :Administrar os recursos da sociedade é importante porque esses são escassos ESCOLHAS Fatores de Produção e Agentes Econômicos Fatores de Produção e Agentes Econômicos -Racionais, -Irracionais, - Ou isso não é tão relevante? QUE TIPO DE AGENTES SOMOS? TOMADA DE DECISÃO O QUE e QUANTO produzir ? PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto ? COMO produzir ? Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de- obra intensiva. PARA QUEM produzir ? Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica. Quais os setores beneficiados. PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS ESCASSEZ E O PROBLEMA DA ESCOLHA SALÁRIO CONSUMO CONSUMIDORES LIMITADO ILIMITADO PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS ESCASSEZ E O PROBLEMA DA ESCOLHA CAPITAL BENS/ PRODUTOS PRODUZIDOS EMPRESAS O QUE e QUANTO produzir ? COMO produzir ? PARA QUEM produzir ? LIMITADO PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS ESCASSEZ E O PROBLEMA DA ESCOLHA ORÇAMENTO POLÍTICAS PÚBLICAS GOVERNO LIMITADO ILIMITADO QUESTIONAMENTO Caros estudantes, citem e explique 4 problemas da Economia atual. SISTEMA ECONÔMICO É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas. Os elementos básicos de um sistema econômico são: • Estoques de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui estão os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia. • Complexo de unidade de produção: constituído pelas empresas. • Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são a base da organização da sociedade. Principais formas: SISTEMA ECONÔMICO Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) Economia Planificada (ou centralizada,tipo socialista) Economia de Mercado Sistema de concorrência pura (sem interferências do governo) Sistema de concorrência mista (com interferência governamental) Laissez-faire Economia de Mercado Sistema em que a economia é controlada por agentes econômicos de iniciativa privada. Além de a maior parte das empresas ser privada, são elas próprias que definem o seu funcionamento e a sua estratégia financeira. Características Objetivo: maximização do lucro e não somente o atendimento das necessidade sociais de um país. A economia de mercado obedece à lei da oferta e da procura. Essa consiste na fixação de preços mediante a demanda de determinado produto ou serviço. lei da oferta e da procura livre concorrência incentivo à dinamização e inovação das empresas pouca intervenção do Estado 39 Empresas Famílias Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores de Produção Demanda de bens e serviços Sistema de concorrência pura Oferta de bens e serviços O que e quanto produzir Para quem produzir Como produzir Oferta de serviços dos fatores de produção Demanda de serviços dos fatores de produção. (mão-de-obra, terra, capital) 40 Sistema de concorrência pura Críticas: Grande simplificação da realidade; Os preços podem variar não devido ao mercado mas, em função de: força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial); 41 Sistema de concorrência pura Críticas: o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou consumo de um determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais externalidades); além disso, existem bens públicos, disponibilizados pelo Governo. o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas. 42 Sistema de concorrência pura Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados. Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro. 43 Sistema de mercado misto O papel econômico do governo Séc. XVIII - XIX Predominância: Sistema de mercado, próximo ao da concorrência pura. Início do Séc. XX O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. Necessitando de maior atuação do Setor Público na economia. De que forma ? 44 Sistema de mercado misto Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas: sobre a formação de preços, (via impostos, etc.); complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.); fornecimento de serviços públicos; fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado) Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.); compra de bens e serviços do setor privado. 45 Economia Centralizada Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. Meios de produção Estado Matéria-prima, imóveis capital. Meios de sobrevivência Indivíduos Carros, roupas, televisores, etc. 46 Economia Centralizada Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas (não há desembolso monetário); Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo; Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido entre os administradores e os trabalhadores. 47 Sistemas Econômicos Propriedade Privada Problemas econômicos fundamentais resolvidos pelo mercado pelo orgão central Mercado Centralizada Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva X Propriedade Pública 48 MICROECONOMIA- PARTE 1 Elasticidade-preço da oferta Teoria de Produção de Custos 50 Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção 51 A CPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma coisa, está sujeita a abrir mão de outra. “ Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção SITUAÇÃO EM QUE 2 BENS ESTÃO UTILIZANDO EM CONJUNTO TODOS OS FATORES DE PRODUÇÃO 52 Lei dos custos de oportunidade crescentes: Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe. Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção 53 Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y. A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens. B e C: Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. Combinações de produto; (Nível de produto Eficiente /Pleno Emprego). D: Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato. Depende de fatores como inovação tecnológica. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção 54 Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y. Deslocamentos positivos: decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis (Crescimento Econômico). Inovações tecnológicas: com a mesma quantidade de insumos obtém-se maior quantidade de produtos Deslocamentos negativos: decorrem da redução, sucateamento ou progressiva desqualificação do fatores de produção disponíveis. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção 55 É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção: Custo de Oportunidade / Custo alternativo / Custo implícito Trade off B C + Produto x - Produto y Custo de Oportunidade C B custo de oportunidade de 200 unidades de y é 50 de x. 56 Aspecto Econômico Realidade Aspecto Material do Objeto Aspecto Social Aspecto Político Aspecto Histórico Aspecto Geográfico Aspecto Demográfico ECONOMIA E SUAS ÁREAS DE CORRELAÇÃO 56 Cada ciência observa e analisa a realidade do aspecto material do seu objeto, segundo sua própria lógica formal. ATIVIDADE PARA SER DESENVOLVIDA EM GRUPO ENVIO ATÉ O DIA 17/05/2021 Preleção: A crise de 2020 fez muitas empresas fecharem as portas, apesar do ministro da Economia ter dito que as empresas receberiam diretamente dinheiro nas veias( Guedes, 2020), isso não foi suficiente para a permeância de muitas empresas no mercado. Consultar o “Inspire-se”. Plano de Ensino Situação verificadora: Como a falta de planejamento e escassez de recursos compromete a tomada de decisão estratégicas das organizações? Verificação prática da aprendizagem: Assim como empresas, as pessoas precisam organizarem seus recursos financeiros, sendo assim, faça um questionário online com as pessoas e/ou empresas do seu meio social( forms, google etc), para coletar informações referentes a: - As limitações dos recursosfinanceiros O planejamento dos recursos financeiros As alocações eficientes de recursos O objetivo é entender como o comportamento dos agentes econômicos impactam de forma direta na economia em cenário de crises. Enviar o link do questionário para: rita.pedrosa@unifg.edu.br Obs: Pode fazer em grupo. Colocar o nome do grupo na descrição do formumário. Caros estudamos, a partir de agora, vocês já podem começar a responder a lista de exercício que consta no Blackbord para práticar os assuntos estudos! Bons Estudos AVISO Como as empresas se organizam em uma Economia de Mercado? ESTRUTURA DE MERCADO 1.Quais mercados a empresa irá entrar? 2. Quão diferenciados serão os produtos da empresa? 3. Qual o mix de insumos a empresa deveria usar na sua produção? 4. Quem são os seus concorrentes e como eles responderão às ofertas de sua empresa? ESTRUTURA Nº DE EMPRESAS DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO CONDIÇÕES DE ENTRADA E SAÍDA INFLUÊNCIA SOBRE O PREÇO EXEMPLOS Concorrência Perfeita Muitas Produto homogêneo Fácil Nenhuma( tomadores de preços Produtos agrícolas, produtos têxteis/ fácil acesso Monopólio Uma ou a maior no mercado Produto único/ sem substituo próximo Difícil Forte Petrobrás/ Celpe*( a nível Estadual) Oligopólio Poucas Homogêneo ou diferenciado Difícil Considerável Homogêneo( alumínio) Diferenciado( setor de automóveis) Concorrência Monopolista Muitas Produto diferenciado Fácil Leve Comércio varejista/ Restaurantes/ Fest food DIFERENÇAS ENTRE AS ESTRUTURAS DE MERCADO Fonte: Adaptado por Rita Pedrosa (2021) de PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: Pearson 2012 Analise o trecho abaixo e responda: (...) a empresa [Coca-Cola+ teria tentado fechar o mercado aos seus concorrentes “por meio de fixação de cláusulas de exclusividade no fornecimento de insumos para a fabricação de refrigerantes (...)” (...) Outras acusações contra a Coca-Cola, como prática de preços predatórios, divulgação de mensagem pela internet com informações inverídicas sobre a Dolly e patrocínio de fiscalizações públicas, que resultariam em benefícios fiscais para a multinacional (...) a) Qual seria a intenção da Coca-Cola ao adotar as práticas descritas pela reportagem? 2. Analise o trecho abaixo e responda: “Os slogans de rima fácil colam na parede da memória com muita facilidade, independentemente da qualidade do produto”. “A propaganda é uma expressão (...) das tendências estratégicas da marca”. Nada impede, porém, (...), que um slogan seja mais forte que o produto. (...) a) Com base na descrição feita pelo texto acima, defina concorrência monopolística e explique qual é a característica marcante dessa estrutura de mercado? ANÁLISE ANÁLISE DA OFERTA E DEMANDA DE MERCADO Como são determinados os preços em uma Economia de Mercado? LEI DA DEMANDA: Quanto maior o preço, menor a quantidade demandada do bem no mercado Demanda Quantidade que os consumidores estão dispostos a consumir a um determinado preços e tempo no mercado. LEI DA OFERTA: Quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada do bem no mercado Como são determinados os preços em uma Economia de Mercado? Oferta Quantidade que os ofertantes estão dispostos a colocar no mercado a um determinado preços e tempo. Análise da Demanda O início da evolução do estudo da teoria microeconômica foi com a análise da demanda de bens e serviços. Utilidade: grau de satisfação do consumidor com os bens e serviços que podem ser adquiridos no mercado. Teoria do valor-utilidade: contrapõe-se à teoria do valor-trabalho, pressupondo que o valor de um bem se forma por sua demanda, sendo portanto subjetiva e leva em conta que o valor nasce da relação do homem com os objetos. 73 Paradoxo da Água e do Diamante Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata, e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado ? Ex: Utilidade Marginal Água Grande Utilidade Total Baixa Utilidade Marginal (encontrada em abundância) Diamante Grande Utilidade Marginal (escasso) Análise da Demanda de Mercado Conceito: quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. A Lei geral da demanda Lei geral da demanda: relação inversamente proporcional entre quantidade procurada e o preço do bem, que pode ser expressa pela curva ou escala de procura, revelando as preferências dos consumidores. Qd=f(P) Qd= quantidade procurada de determinado bem ou serviço, num dado período de tempo P= preço do bem ou serviço. ( Variável) TEORIA DA DEMANDA 74 74 BENS INFERIORES: O consumo do bem diminui com o aumento do renda do consumidor. Exemplo: margarina, óleo, salsichas, refeições enlatadas. EFEITO SUBSTITUIÇÃO: Alteração na demanda de um bem em função do seu preço, pode haver substituição do bem por outro similar no mercado. EFEITO RENDA: Alteração na demanda de um bem em função das variações na renda do consumidor EFEITOS QUE CAUSAM A QUEDA DA QUANTIDADE DEMANDADA BENS SUPERIORES: consideram-se os bens para as quais um aumento da renda determina um aumento mais do que proporcional do consumo do bem/serviço. Ex: Se um consumidor consume por mês 1 kg de filé, com o aumento da sua renda, ele pode consumir para filé. EFEITO RENDA VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA DE UM BEM Renda dos consumidores: bem normal, bens inferiores, bens superiores e bens de consumo saciado. Preços de outros bens e serviços: bens substitutos ou concorrentes e bens complementares. Hábitos e preferências dos consumidores. Outros fatores específicos: efeitos sazonais, localização, condições de crédito, etc. Demanda do bem X = f (preço X, preços dos bens substitutos do bem X, preço dos bens complementares do bem X, renda dos consumidores, preferências dos consumidores) Análise da Demanda Renda dos consumidores: Um aumento na renda do consumidor faz o consumo de bens e serviços aumentar. Expectativas futuras: A expectativa otimista para o comportamento da economia faz os produtores aumentarem a produção. Análise da Demanda Preços dos bens substitutos: Entre peixe e frango, o aumento do preço do frango faz o consumo do peixe aumentar. Preços dos bens complementares: Entre peixe e arroz, o aumento do preço do arroz faz o consumo do peixe diminuir. R$ 12,00 R$ 29,90 R$ 17,90 R$ 10,0 R$ 4,50 + R$ 5,00 + R$ 12,00 Análise da Demanda FATORES DESLOCADORES DA DEMANDA Preços de produtos substitutos; Preços de produtos complementares; Renda dos consumidores; Expectativas futuras quanto aos preços futuros, abastecimento; Condições climáticas como temperatura, precipitações ; Mudança nas preferências dos consumidores; Tradições, aspectos culturais e religiosos; Número de compradores potenciais ou população; Outros. ANÁLISE DA DEMANDA NO MERCADO P Qd/T Curva da demanda D 10 P: Preço do Bem (Qd):Quantidade Demandada é a quantidade demandada do bem, ao preço que satisfaz aos interesses dos consumidores. T: Tempo Demanda: A demanda é negativamente inclinada, observe que quando o preço aumenta, as quantidades demandadas caem. 15 5 20 30 10 Gráfico 1 da Demanda no mercado Demanda: escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades. Quantidade demandada: ponto específico da curva relacionando um preço a uma quantidade. ANÁLISE DA DEMANDA NO MERCADO Representação Tabular: Mercado de açúcar Quantidade (kg) Preço ($) 5 5,00 10 4,00 15 3,50 20 3,00 25 2,50 30 2,00 35 1,50 40 1,00 Curva da demanda Um aumento no preço do produto levará à redução na sua quantidade demandada, enquanto que uma queda no preço do bem causará um aumento na quantidade demandada, vice-versa. Isto ocorre por que à medida que as pessoas consomem mais de um bem, tendem a valorizar menos cada unidade adicional do produto (Princípio da Utilidade Marginal Decrescente). ANÁLISE DA DEMANDA NO MERCADO P Q Lei da Demanda P Q P0 P1 Q1 Q0 A B DEMANDA Demanda Demanda ≠ Quantidade Demandada$ Q 2 3 150 175 A B DEMANDA Quantidade Demandada Demanda: refere-se a curva toda; Quantidade demandada: refere-se a um ponto sobre a curva de demanda ANÁLISE DA DEMANDA NO MERCADO Mudança na Demanda: Deslocamento da curva como um todo determinado por mudança nos fatores deslocadores da demanda. P Q D0 D1 Q1 Q0 P* A B Exemplo: Aumento na renda do consumidor; Aumento no número de consumidores. AUMENTO DA DEMANDA ANÁLISE DA DEMANDA NO MERCADO Mudança na Quantidade Demandada: Deslocamento sobre a curva de demanda determinado por mudança no preço do próprio produto. P Q D0 Q1 Q0 P* A B Exemplo: Diminuição do preço de P* para P’ P’ TEORIA DA OFERTA Conceito: Representa o desejo dos produtores em produzir e colocar um produto no mercado por unidade de tempo. Expressa uma relação entre as quantidades vendidas de um determinado bem ou serviço e os preços alternativos de mercado por unidade de tempo, ceteris paribus. A Oferta é positivamente inclinada, porque quanto maior o preço do produto no mercado, mais quantidades os produtores estarão dispostos a colocar seus produtos no bem. O lado da Oferta, é o lado que quem produz um bem/serviço na sociedade Função de Oferta: Q = f (Preço, Custo de P, Tecnologia , Clima, Preços Substituto, Expectativa) ANÁLISE DA OFERTA FATORES DESLOCADORES DA OFERTA: Custo de produção através de mudanças no nível de preços dos fatores de produção; Mudança no nível tecnológico pela aplicação de uma melhor forma de combinar os fatores de produção; Condições climáticas que afetem os níveis de produção (escassez de precipitações, geadas, altas ou baixas temperaturas); Os preços de produtos que concorrem pelos mesmos fatores de produção na fazenda; As expectativas futuras sobre as condições de mercado (oferta e demanda, preços de bens complementares e substitutos) . ANÁLISE DA OFERTA Custo de produção; Quanto maior o custo de produção menor será a oferta do produto; Nível tecnológico; Quanto mais avançado o nível tecnológico, maior será a oferta do produto. ANÁLISE DA OFERTA Condições climáticas : Quanto mais favoráveis as condições climáticas maior será a oferta do produto; Os preços de produtos concorrentes: Quanto maior for a competição pelos fatores de produção menor será a oferta de uma produto particular. ANÁLISE DA OFERTA As expectativas futuras : Quanto mais prováveis forem as expectativas futuras dos produtores quanto à elevação dos preços, maior será a oferta do produto. ANÁLISE DA OFERTA Representação tabular: Oferta de Peixe Preços/kg (R$) Quantidade (kg) 8,00 12 7,00 10 6,00 8 5,00 6 4,00 4 3,00 2 2,00 0 Q: quantidade por unidade de tempo; P: preço do bem ANÁLISE DA OFERTA Quantidade / tempo Preço OFERTA 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 2 4 6 8 10 12 Curva de Oferta: Representa a relação entre os preços alternativos e quantidades ofertadas do bem por unidade de tempo, ceteris paribus. LEI DA OFERTA: Aumento no preço do produto aumenta a quantidade ofertada enquanto que, uma diminuição no preço leva à redução na quantidade ofertada, ceteris paribus. Curva da demanda P Q ANÁLISE DA OFERTA Quantidade / tempo Preço OFERTA 4,00 6,00 4 8 A B Curva de Oferta: Positivamente inclinanda. Maiores preços, maiores quantidade ofertada. ANÁLISE DA OFERTA Oferta ≠ Quantidade Ofertada $ Q/t 4,00 6,00 4 8 A B OFERTA Quantidade Ofertada Oferta: refere-se a curva toda; S: Oferta Quantidade ofertada: refere-se a um ponto sobre a curva de oferta. ANÁLISE DA OFERTA Mudança na Oferta: Deslocamento da curva como um todo determinado por mudança nos fatores deslocadores da oferta. P Q S0 S1 Q1 Q0 P* A B Exemplo: Diminui dos custos de produção; Condições climáticas favoráveis à produção. AUMENTO DA OFERTA S: Oferta S0: Oferta Inicial S1: Oferta Posterior ANÁLISE DA OFERTA Mudança na Quantidade Ofertada: Deslocamento sobre a curva de oferta determinado por mudança no preço do próprio produto. P Q S0 Q1 Q0 P* A B Exemplo: Aumento no preço de P* para P’ P’ Equilíbrio de mercado Quantidade (peixe) D S As curvas se cruzam no ponto de equilíbrio. Ao preço P0 , a quantidade ofertada é igual à quantidade demandada, Q0 . P0 Q0 Preço $ Oferta e demanda 12 Equilíbrio de mercado Características do preço de equilíbrio QD = QS Não há escassez de oferta Não há excesso de oferta Não há pressão para que o preço seja alterado 13 Equilíbrio de mercado Questão para análise do Equilíbrio de Mercado Num dado mercado, a oferta por tablets devido a pandemia do Covid-19( março à outubro 2020) é dada pela equações: Qs = 48 + 10P e a demanda por tablets nesse mesmo período é dada pela Qd = 300 – 8P onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preço do produto. Qual é a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será: Qs = 48 + 10P Qd = 300 – 8P Equações de Demanda Qd e Oferta Qs 48+10P=300-8P 10P+8P= 300-48 18P= 252 P=252/18= 14 Substitui nas duas equações de Demanda Qd e Oferta Qs, nota que as quantidade demandas são as mesmas. Qd= 48 + 10(14) = 188 Qs= 300 – 8(14) = 188 ELASTICIDADE ELASTICIDADE E OS PREÇOS NO MERCADO CONCEITO: É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. Elasticidades Exemplo Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus. Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. 104 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda: É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd = -1,5 ). 105 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Exemplo: Calcule a Elasticidade-preço da demanda em um ponto específico. P0 = preço inicial = R$ 20,00 P1 = preço final = R$ 16,00 Q0 = quantidade demandada, ao preço p0 = 30 Q1 = quantidade demandada, ao preço p1 = 39 0 15 30 39 50 Preço do Bem (R$) 30 20 16 8 Quantidade demandada D p1 p0 106 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Solução: Variação Percentual (%) Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris paribus. QUESTÃO SOBRE ELASTICIDADE P P0 P Q = quantidade do bem P = preço do bem Δ = uma pequena mudança Apresente o conceito de elasticidade-preço da demanda e explique por que em um mercado de concorrência perfeita entender o conceito de elasticidade é importante para a competitividade das empresas. Analise os dados abaixo e calcule a Elasticidade da demanda Respostas: Demanda do bem x Epd= 60-100/100= -0,4= -2= 2 A demanda do bem elástica 12-10/10 0,2 Respostas: Demanda do bem y Epd= 76-80/80= 0,25do bem inelástico 24-20/20 108 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Classificação: demanda elástica, inelástica e de elasticidade unitária. Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: |Epd |=1,5 Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário,em 15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. 109 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário, porém muito pequana. Por exemplo: |Epd|=0,4 Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido contrário) coeteris paribus. 110 Elasticidades Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste caso uma variação percentual no preço, implica na mesma varição percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: |Epd|=0,4 Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, coeteris paribus. Elasticidade-preço da demanda 111 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Fatores que afetam: Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse bem; Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus; Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda. Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta. RESUMO Demanda Elástica: Demanda Unitária: Demanda Inelástica: < Ed < 0 Ed < - 1 ou |Ed| > 1 ΔQ% > Δ P% Ed = -1 ou |Ed| = 1 ΔQ% = ΔP% Ed > -1 ou |Ed| < 1 ΔQ% < ΔP% Estudo de Caso : Museu Você é gerente de um museu de arte importante. O diretor financeiro informa que os recursos do museu estão se tornando insuficientes e que seria oportuno considerar a hipótese de alterar o preço do ingresso para aumentar a receita total. O que você responderia? Você aumentaria o preço do ingresso ou o reduziria? MACROECONOMIA- PARTE 2 Os setores da Economia A economia de um país pode ser dividida em setores (PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO E TERCIÁRIO) de acordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Estes setores econômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO X CRESCIMENTO ECONÔMICO PRODUTO INTERNO BRUTO- PIB O PIB é o valor total da produção atual de produtos e serviços finais obtido dentro do território nacional, em um determinado período de tempo. O Valor do PIB representa a produção atual de bens finais, de acordo com o preço de mercado. Observe-se no entanto que o total das compras, menos as compras de outras empresas é igual à demanda final. Isto é: Demanda Final = valor agregado= salário + renda de capital Cuidado com a Análise Superficial do PIB O PNB E O PIB Existe uma distinção entre o PNB e o PIB. O PIB é o valor dos bens finais produzidos no país. O PNB é o valor total da renda que todos os residentes recebem em um determinado período de tempo. Isto é, o PIB mede a renda dos fatores de produção dentre das fronteiras nacionais, não importando quem recebeu a renda. O PNB mede a renda dos residentes da economia, não importa se a renda é obtida na produção doméstica ou em produção externa. PIB- PRODUTO INTERNO BRUTO A maneira tradicional de calcular o PIB de um país é por meio da seguinte (e extremamente simples) equação: PIB = C + I + G + X - M C representa os gastos do setor privado, I representa o total de investimentos realizados na economia, G representa os gastos do governo, X é o total de exportações e M, o de importações. Há três conceitos amplamente falaciosos embutidos nessa "mensuração" do PIB: (1) bens intermediários (por exemplo, aço) são eliminados dos cálculos para evitar a "contagem dupla"; (2) gastos governamentais são considerados atividades econômicas viáveis; e (3) importações são consideradas negativas, e são subtraídas das exportações, que são consideradas positivas. PIB NOMINAL: Este tipo de PIB é mensurado em termos monetários, ou seja, ele leva em conta o preço dos bens produzidos em cada período estudado. VM= P2018 x Q2018 Se realizarmos o cálculo acima, teremos o valor de mercado dos produtos produzidos em 2018. variação do valor do PIB de um ano para o outro, mas devemos observar que os preços de um ano para o outro variam devido à inflação… Então pode ser que a conta fique assim: PIB NOMINAL: Valor de mercado Valor de mercado VM 2017= 10,00 x 500 unidades VM 2017= 5.000,00 VM 2018= 13,00 x 400 unidades VM 2018= 5.200,00 PIB REAL: Avaliado em termos reais e também é conhecido comumente como PIB a preços constantes. Neste método mantêm-se os preços utilizados no cálculo do ano base para todos os outros anos, para termos com maior precisão o quanto o PIB de fato evoluiu. PIB REAL: Ano Base: 2017 VM 2017= 10,00 x 500 unidades VM 2017= 5.000,00 VM 2018= 10,00 x 400 unidades VM 2018= 4.000,00 (-20%) Qual a importância do PIB Real? a utilização do PIB real para avaliações mais consistentes da variação do PIB, uma vez que este leva em conta apenas as variações nas quantidades produzidas dos bens, e não nas alterações de seus preços de mercado. A análise da variação do PIB exige o uso de um deflator, ou seja, um índice de preços utilizado para descontar o aumento dos preços, isolando o crescimento real das riquezas produzidas. Deflator do PIB É um indicador que mede a variação média dos preços de um período em relação aos preços do ano anterior. Ainda que menos citado em relação aos outros índices de preços disponíveis na economia - O deflator do PIB é calculada pela divisão do PIB nominal pelo PIB real multiplicados por cem. - A importância do deflator do PIB é refletir as mudanças que ocorrem nos preços do mercado e, portanto, é usado para controlar o nível médio de preços em dada economia. O cálculo da taxa de inflação de um determinado ano leva em consideração, geralmente, o deflator do PIB deste ano em relação à mesma estatística referente ao ano anterior. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Ano Preço-Leite ($) Qntde-Leite (litro) Preço-Mel ($) Qntde-Mel (litro) 2016 1 100 2 50 2017 1 200 2 100 2018 2 200 4 100 1. Calcule o PIB nominal, o PIB real e o deflator do PIB para cada ano, usando 2016 como ano-base. POLÍTICAS: MONETÁRIA, FISCAL,CAMBIAL E DE RENDAS O QUE É POLÍTICA MONETÁRIA? Política Monetária pode ser definida como o controle da oferta da moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da política econômica global do governo. A Política Monetária Restritiva, engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos Já a Política Monetária Expansionista, é formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros). O QUE É POLÍTICA FISCAL? É a política de receitas e despesas do Governo. Envolve a definicão e aplicacão da carga tributária exercida sobre os agentes econômicos, bem como os gastos do governo, que tem como base os tributos captados. O QUE É POLÍTICA FISCAL? A arrecadação de impostos afeta o nível da demanda ao influir na renda disponível que os indivíduos poderão destinar para o consumo e poupança. Dado um nível de renda, quanto maiores os impostos, menor será a renda disponível e, portanto o consumo. Os gastos são diretamente um elementos da demanda; dessa forma, quanto maior o gasto público, maior a demanda e maior o produto. Assim, se a economia apresenta tendência para a queda no nível de atividade, o governo pode estimulá-la, cortando impostos e/ou elevando gastos. Pode ocorrer o inverso,caso o objeto seja diminuir o nível de atividade. O QUE É POLÍTICA CAMBIAL? Chama-se política cambial o conjunto de ações do Governo que influem no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio. A política cambial é constituída pela administração das taxas (ou taxas múltiplas) de câmbio, pelo controle das operações cambiais, tendo como objetivo central o mercado externo, no sentido de manter equalizado o poder de compra do país em relação aos outros com os quais este mantenha relações de troca. O QUE É POLÍTICA DE RENDAS? Conjunto de medidas visando a redistribuição de renda e justiça social. É um dos instrumentos da Política econômica governamental, juntamente com a Política Fiscal, e a Política Monetária. SETOR PRODUTIVO X FINANCEIRO O capital financeiro e produtivo e os paradigmas do século 21 Externalidades: falha de mercado Eficiência e Falhas de Mercado Lembre que a “mão invisível” do mercado de Adam Smith leva consumidores e produtores, mesmo agindo de forma egoísta, a maximizar o total de benefícios que a sociedade pode obter desse mercado Mas falhas de mercado podem ainda acontecer!! ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO A assimetria de informação é uma situação em que a distribuição desigual de informações entre ofertante e demandante e pode causar imperfeição nas alocações e favorecendo comportamentos indesejáveis. Valor da informação; “mão invisível” Riscos de mercado- Informações privilegiadas Exemplo de assimetria de informação Vendas de carros usados com problemas sem o conhecimento do comprador. O vendedor tinha conhecimento de algo que o comprador não tinha e conseguiu vender o carro por um valor maior do que ele vale. Seleção Adversa Situação em Seleção Adversa: Existe a possibilidade de serem lesados, os compradores tendem a jogar o valor de um bem para mais baixo do que é de fato. Consequência da Seleção Adversa: vendedores que tenham carros bons, sem defeitos e bem conservados, sofrerão com o preço dos carros deles caindo, simplesmente pela possibilidade de terem defeitos. Falhas de Mercado: Externalidades Quando um mercado impacta consumidores e/ou produtores que não estejam participando desse mercado, efeitos colaterias são criados chamados externalidades Externalidades podem causar ineficiência dos mercados, e assim não ser possível maximizar o excedente total Externalidades Uma externalidade acontece quando uma pessoa influencia o bem-estar de uma outra pessoa, e essa outra pessoa não paga ou não recebe nenhum tipo de compensação por essa influência Falhas de Mercado: Externalidades Quando o impacto é adverso a externalidade é negativa Quando o impacto é benéfico a externalidade é positiva Externalidade Negativa Fumo do cigarro Dióxido de carbono dos automóveis Cães latindo Som alto Externalidade Positiva Vacinas Prédios históricos restaurados Pesquisa de novas tecnologias BENS PÚBLICOS Bens públicos são situações no qual a oferta de alguns tipos de bens e serviços só fazem sentido se eles forem disponibilizados pelo governo, e o consumo adicional de uma unidade por uma pessoa não afeta o consumo de terceiros. Os bens públicos se enquadram como falhas de mercado justamente porque não há como mensurar a quantidade do bem que está sendo consumida pelos indivíduos, de maneira que não há possibilidade de fazer com que cada indivíduo retribua conforme a fração consumida. O governo é quem repartirá o ônus do bem público a toda a sociedade por meio da tributação BENS PÚBLICOS O problema é que nem todos acabam pagando por esse bem e gerando o chamado problema de carona na economia. Os Bens Públicos pode gerar distorções em uma economia. Exemplo de Bem Público DEFESA NACIONAL Não é possível excluir, mas ao mesmo tempo o consumo de um não afeta o consumo de outro. • Note que qualquer cidadã pode consumir o serviço ligado a Defesa Nacional, está disponível para todos, independente de alguém consumir ou não. Como não é possível excluir o consumo, não dá para cobrar um preço, e não há lucro. Privado não se interessa em fazer. Produção simplesmente não ocorre. ECONOMIA INTERNACIONAL PAÍSES DE 1º Mundo= Países Centrais: Desenvolvidos PAÍSES DE 2º Mundo= ? PAÍSES DE 3º Mundo= Países Periféricos: Em desenvolvimento COMÉRCIO EXTERNO Teoria das Vantagens Comparativas: Cada Economia deve se especializar no que é bom em fazer de forma mais eficiente BALANÇO DE PAGAMENTOS Balanço de Pagamentos como registro de todas as transações econômicas entre Brasil e o resto do mundo, em determinado período, e como consequente ferramenta de avaliação da situação econômica do Brasil em relação à economia mundial. BALANÇO DE PAGAMENTOS Pessoas/entidades Característica Exemplos Físicas, nacionais ou não, cujo centro de interesse é o país Cooperam, de alguma forma, com a formação (no consumo) do PIB e/ou estão fora do país de forma não permanente. Turismo, viagens de negócios, estudos, oficiais de chancelaria, diplomatas e adidos militares além de estrangeiros que trabalham no país. Jurídicas de direito público sediadas no país Todos os órgãos e as instituições de todos os Poderes dos níveis federal, estadual e municipal. Banco Central do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério da Saúde, Prefeitura de São Paulo, Governo do Estado do Rio de Janeiro. Jurídicas de direito privado sediadas no país Empresas nacionais ou multinacionais, instaladas no país. Sucursais ou filiais de empresas estrangeiras no Brasil e instituições norte-americanas de ensino instaladas no país. Embaixadas do país no exterior Representação de um país no território de outra nação por meio de um embaixador. Embaixada brasileira em Paris, embaixada brasileira em Washington etc. Fonte: adaptado de Góes e Gadelha (2019) e Sampaio (2018). Mudanças do BPM5 para BMP6 (2015): ver: https://www.bcb.gov.br/ftp/infecon/faqbpm6p.pdf ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTO ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTO I - Balança Comercial Exportações (FOB) e Importações (FOB) II – Balanço de Serviços Viagens internacionais, transportes, seguros, – Serviços governamentais, serviços diversos (comunicações, construção, computação e informações, royalties, licenças, corretagens, aluguéis de equipamentos, pessoais, filmes, propaganda, serviços de recreação etc) III – Balanço de Rendas (primárias) Salários – Lucros e dividendos (reinvestidos) – Juros IV - Transferências Unilaterais Correntes (rendas secundárias- Doações) V- Saldo das Transações Correntes ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTO VI -Conta capital e financeira Conta capital: transferências unilaterais relacionadas com patrimônio de imigrantes e aquisição ou alienação de bens não financeiros não produzidos (cessão patentes e marcas) Conta financeira: – Investimentos diretos – Investimentos em carteira (ações, títulos de renda fixa) – Derivativos e – Outros investimentos VII- Erros e omissões Registram-se nesta conta as discrepâncias entre fluxos de entrada e saída de recursos e as variações nos estoques de reservas cambiais do país. VII- Saldo Total do Balanço de Pagamento( soma do V+VI+VII) Muito cuidado para os países não ficar com baixa credibilidade OBRIGADA REFERÊNCIAS PRINCIPAIS - MANKIW, Nicholas Gregory. Introdução a Economia. Tradução da 8ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning, 2019. Cap.6 PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 5ª Edição. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2012. - VASCONCELLOS, Marco Antonio; GARCIA, Manuel. Fundamentos de Economia. 4ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2018. Cap.1, p.9-11. Quantidade Produzida (bem ) y Quantidade Produzida (bem ) x 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 510152025303540 Quantidade em lbs / Tempo Preço ($) 10 10 0 % % d i ddd ioiii pd d i ii i qqq qqqpq E ppp pqp pp -D DD ==== -D DD 10 0 10 0 1620 0,220% 20 3930 0,330% 30 0,3 1,51,5 0,2 pdpd pp p pp qq q qq EE - D- ===-=- - D- ==== ==-®= - ¥ - .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#5B9BD5; }.MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#5B9BD5; }
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