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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA JULIANA SANTOS DE SOUZA - RA 1600855 PROJETO DE DRENAGEM DO RIO BOA ESPERANÇA (SP) Jundiaí -SP 1º Semestre de 2020 Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 2. MEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................................... 4 3. MEMORIAL TÉCNICO ............................................................................................ 8 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 18 5. ANEXOS .................................................................................................................... 21 1. INTRODUÇÃO De acordo com o art. 20 da Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei n o 7.663/1991), o gerenciamento de recursos hídricos no Estado de São Paulo é executado através de Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs), como unidade de planejamento e gerenciamento ambiental. Atualmente, o Estado de São Paulo possui 22 Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (anexo 1). O presente projeto tratará sobre o corpo d’água presente na Bacia Hidrográfica do Rio Tietê-Jacaré (UGRHI 13), localizada no centro do Estado, entre as coordenadas 21º37' e 22º51' de latitude sul e 49º32' e 47º30' de longitude oeste. Faz fronteira com as UGHRI 5 (Piracicaba/Capivari/Jundiaí), UGRHI 9 (Mogi-Guaçu), UGRHI 10 (Tietê/Sorocaba), UGRHI 16 (Tietê-Batalha) e UGRHI 17 (Médio Paranapanema). A criação do seu comitê (CBH-TJ) aconteceu em 10/11/1995. A Bacia Hidrográfica do Rio Tietê-Jacaré possui uma área de 11.803,87 km², contendo 34 municípios, sendo que 16 deles estão completamente inseridos em sua área e 18 têm uma parcela de seu território em UGRHIs vizinhas: Agudos, Araraquara, Arealva, Areiópolis, Bariri, Barra Bonita, Bauru, Boa Esperança do Sul, Bocaina, Boracéia, Borebi, Brotas, Dois Córregos, Dourado, Gavião Peixoto, Iacanga, Ibaté, Ibitinga, Igaraçu do Tietê, Itaju, Itapuí, Itirapina, Jaú, Lençóis Paulistas, Macatuba, Mineiros do Tietê, Nova Europa, Pederneiras, Ribeirão Bonito, São Carlos, São Manuel, Tabatinga, Torrinha e Trabiju. O Rio Boa Esperança (anexo 2), cuja montante se localiza em Ribeirão Bonito (latitude 22º05'14" sul e longitude 48º11'55" oeste) e sua jusante está em Gavião Peixoto (latitude 21º51'43" sul e longitude 46º30'40" oeste), numa extensão de 45 km e área de drenagem de 187 km 2 , é o principal objeto de estudo em questão para a realização de cálculos de vazão de cheia, chuva de projeto e entre outros, sendo levada em conta uma seção trapezoidal para a determinação da cota de inundação. 2. MEMORIAL DESCRITIVO Características físicas da bacia hidrográfica A Bacia Hidrográfica do Rio Tietê-Jacaré (UGRHI 13), com uma área de drenagem de 11.749 km 2 , está dividida em seis sub-bacias: a Sub-Bacia do Rio Jacaré- Guaçu e afluentes do Rio Tietê; a Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira e afluentes diretos do Rio Tietê; a Sub-Bacia do Rio Jaú, Ribeirão da Ave Maria, Ribeirão do Sapé e afluentes diretos do Rio Tietê; a Sub-Bacia do Rio Lençóis, Ribeirão dos Patos e afluentes diretos do Rio Tietê; a Sub-Bacia do Rio Bauru, Ribeirão Grande, Ribeirão Pederneiras e afluentes diretos do Rio Tietê; e a Sub-Bacia do Rio Claro, Ribeirão Bonito, Ribeirão do Veado, Ribeirão da Água Limpa e afluentes diretos do Rio Tietê. Esta subdivisão foi realizada conforme a área de drenagem dos principais rios, além dos reservatórios de Bariri, Ibitinga e Carlos Botelho (Lobo/Broa): o rio Tietê (150 km de extensão), o rio Jacaré-Guaçu (155 km de comprimento) e o rio Jacaré Pepira (174 km de extensão). O rio Boa Esperança (anexo 2), ou ribeirão Boa Esperança, como também é conhecido, objeto de estudo, que percorre pelo município de Boa Esperança do Sul (coordenadas 21° 59' 28'' (latitude) e 48° 23' 23'' (longitude)), está inserido, especificamente, na Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçu e afluentes do Rio Tietê (anexo 3), possuindo um posto fluviométrico com o código DAEE 5C-027. A área de drenagem é de 187 km 2 e o comprimento é de 45 km, sendo que o posto fluviométrico localiza-se a 23,67 km da nascente. O desnível até a nascente tem valor de 250 m e a declividade média do rio no trecho do posto fluviométrico é de 10,56 m/km. O perímetro é de 67 km, sendo o coeficiente de compacidade (Kc) igual a 1,36 e o índice de circularidade (Ic), 0,53. Geologia, geomorfologia e pedologia A região da Bacia Hidrográfica do Tietê-Jacaré, localizada na Província Geomorfológica do Planalto Ocidental Paulista e das cuestas Basálticas, é distribuída em nove unidades geológicas, sendo elas: depósitos aluvionáres, depósitos colúvio- eluvionares, formação Botucatu, formação Corumbataí, formação Itaqueri, formação Marília, formação Piramboia, formação Serra Geral e formação Vale do Rio Peixe. Estas unidades geológicas estão relacionadas aos sedimentos clásticos predominantemente arenosos, às rochas basálticas do Grupo São Bento (formações Piramboia, Botucatu e Serra Geral), aos sedimentos referentes à formação Itaqueri, às rochas sedimentares do Grupo Bauru (formações Vale do Rio Peixe - Adamantina e Marília), aos depósitos aluviares e aos depósitos das Serras de São Carlos e Santana. O relevo da bacia hidrográfica é bem diversificado, apresentando planícies fluviais (planícies de inundação com declividade média de 2%), colinas amplas e suaves (baixa densidade de drenagem com a presença de lagoas), morros baixos (baixa densidade de drenagem, sendo relacionados às formações Piramboia, Botucatu, Serra Geral e Itaqueri), escarpas serranas (drenagem de média densidade e estão associadas às formações Itaqueri e Botucatu), baixos platôs (densidade de drenagem mediana e estão correlacionados à formação Piramboia) e degraus estruturais (média densidade de drenagem, cuja nascente está no rio Jacaré-Guaçu, em São Carlos). Os tipos de solos presentes no território da UGRHI 13 são: latossolo vermelho escuro e vermelho, podzólico vermelho amarelo, latossolo roxo e terra roxa estruturada, areias quartzosas, litólicos e cambissolos e planossolos. Os recursos hídricos subterrâneos, que são aplicados para o abastecimento público, são compostos por quatro aquíferos: Cenozoico, Guarani, Serra Geral e Bauru. Climatologia A distribuição pluviométrica paulista está associada ao domínio das massas tropicais continentais, das massas polares e marítimas, com correntes de sul e leste, da proximidade ou não do mar e da disposição do relevo, sendo que as chuvas possuem índices anuais entre 1.100 a 2.000mm. Na Bacia Hidrográfica do Tietê - Jacaré, o período mais chuvoso acontece entre outubro a março, sendo o trimestre mais chuvoso de dezembro a fevereiro. A época mais seca ocorre de abril a setembro, com o trimestre mais seco entre junho e agosto. Segundo a classificação de Köppen, a região da UGRHI 13 enquadra-se na categoria Cwa (clima com umidade e temperaturas mais altas durante o verão e invernos secos). As temperaturas médias ao longo do mês mais quente excedem 22°C e, no mês mais frio, são inferiores a 18°C. O mês mais seco possui precipitação total inferior a 30mm. O índice de chuvas médias anuais varia entre 1.500 a 2.000mm. Uso e ocupação do solo O termo “uso e ocupação do solo” se refere aos aspectos relativos ao planejamento e ocupação do solo da área urbana e rural, abrangendo as atividades que ali decorrem e seus impactos positivos ou negativos nos recursos hídricos. As principais atividadeseconômicas dos 34 municípios que estão presentes na bacia hidrográfica, totalizando aproximadamente 1.200.000 habitantes, estão relacionadas ao agronegócio (atividade sucroalcooleira, mineração, curtumes e fundições). Na zona rural, há prevalência das culturas de laranja, cana-de-açúcar, pastagens e áreas de reflorestamento com Eucaliptus sp e Pinus sp em diversos municípios, como Araraquara, Boa Esperança do Sul, Ribeirão Bonito, Bauru, Lençóis Paulista e entre outros. Somente 11,31% das áreas de vegetação na bacia hidrográfica são de origem nativa, caracterizando-se em cerrados e florestas ripárias. Em municípios com maior quantidade populacional (Bauru, Araraquara, São Carlos e Jaú), os setores industriais de papel, bebidas, calçados e metal-mecânica ganham destaque, contabilizando 4.693 estabelecimentos industriais. É também uma região com elevada taxa de urbanização (96%) e o setor de comércio e prestação de serviços apresenta-se bem desenvolvido. Como não foi realizado um planejamento adequado de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Tietê – Jacaré, diversos problemas ambientais surgiram: erosões do solo (especialmente em zonas rurais), desmatamento, concentração de águas pluviais, exploração descontrolada dos aquíferos, assoreamento e contaminação dos corpos d´água com efluentes, resíduos sólidos dispostos de incorretamente e etc. A baixa cobertura vegetal nativa e as atividades rurais são os fatores que mais impactam negativamente os corpos d’água. Portanto, certas alterações nos corpos hídricos podem ser decorrentes ao regime natural, porém na maior parte dos casos, são ocasionadas das ações antrópicas como aterramento nas áreas rurais ou da criação de canais nas áreas urbanas. Hipsometria As classes hipsométricas da bacia hidrográfica variam entre 360 metros a 1060 metros, em uma área de 11.803,87 km². As cotas mais baixas estão situadas ao noroeste da UGRHI 13, entre a região dos rios Jacaré-Guaçu e Jacaré Pepira e da Represa do Ibitinga. As cotas mais altas localizam-se no perímetro urbano do município de São Carlos, alcançando o valor de 1.060m, sendo que a região é pouco suscetível a ocorrência de enchentes e possui baixa velocidade de escoamento. Declividade A topografia do terreno, principalmente a declividade, em muitos casos, é a condicionante básica de atividades desenvolvidas, sobretudo no tocante à agricultura e ao adensamento populacional. A grande parcela do relevo da bacia hidrográfica (89%) apresenta condições para a prática de agricultura intensiva por meio de maquinário, pois são áreas de relevo plano ou com suaves ondulações. Em torno de 29% da área da bacia hidrográfica encontra-se nas classes de 0 a 2º, 35% nas classes de 2 a 5º, 20% nas de 5 a 20º e 10% nas de 20 a 30º, totalizando 89%, o que caracteriza a baixa declividade existente em grande porcentagem da área do da bacia hidrográfica. As áreas com maior declividade somam 6% da declividade total, isto é, 4% nas classes de 30 a 45º e 2% nas classes que possuem valores maiores de 45º. 3. MEMORIAL TÉCNICO O presente trabalho foi realizado por meio da utilização de dois métodos matemáticos para o cálculo da vazão e em dois tempos de retorno distintos (TR = 100 anos e TR = 200 anos) para a área urbana, conforme define a Instrução DPO n o 002/2007 da DAEE: I-Pai-Wu e Distribuição Estatística de Gumbel. Método I-Pai-Wu Sendo um dos métodos sintéticos encontrados para o cálculo de vazões máximas, o método I-Pai-Wu é recomendado para bacias hidrográficas com áreas de drenagem entre 2 a 200 km². O objeto de estudo (rio Boa Esperança) possui uma área de drenagem de 187 km², encaixando-se nos requisitos mínimos para a aplicação do método em questão. A seguir, as equações que foram utilizadas para o cálculo de vazão: Tempo de concentração: refere-se ao tempo de percurso da água desde o ponto mais distante da bacia até a seção de interesse. A fórmula para o cálculo do tempo de concentração (Kirpich II) é: 𝐭𝐜 = 𝟓𝟕 𝐋𝟐 𝐒 𝟎,𝟑𝟖𝟓 Onde: tc → tempo de concentração (min); L → comprimento do talvegue do rio (km)*; S → declividade média de fundo equivalente (m/km)* * obs.: o rio Boa Esperança possui 45 km de comprimento. Nas bibliografias pesquisadas, a declividade média do rio no trecho do posto fluviométrico é de 10,56 m/km. Partindo dessa informação, foi assumido o valor de 10 m/km ou 0,01 m/m para considerar a declividade média de fundo equivalente. Fator de forma: é o fator que relaciona a forma da bacia com um círculo de possua a mesma área, medindo a taxa de alongamento da bacia. 𝐅 = 𝐋 𝟐 𝐀 𝛑 𝟏/𝟐 Onde: F → fator de forma; L → comprimento do talvegue do rio (km); A → área da bacia de contribuição (km²)* * obs.: o rio Boa Esperança possui área de contribuição de 187 km², conforme as bibliografias pesquisadas. Coeficiente de forma (C1): por meio do coeficiente C1, o efeito da forma da bacia pode ser considerado. 𝐂𝟏 = 𝟒 𝟐 + 𝐅 Onde: C1 → coeficiente de forma; F → fator de forma Coeficiente volumétrico de escoamento (C2): valor obtido pela ponderação dos coeficientes das áreas parciais ou sub-bacias, classificados pelo grau de impermeabilidade. 𝐂𝟐 = 𝐂𝟐𝟏 .𝐀𝟏 + 𝐂𝟐𝟐 .𝐀𝟐 + …+ 𝐂𝟐𝐧 .𝐀𝐧 𝐀𝟏 Onde: C2 → coeficiente volumétrico de escoamento; A → área da bacia de contribuição (km²) * * obs.: como o coeficiente de escoamento está diretamente relacionado ao grau de impermeabilidade (anexo 4), a área da bacia hidrográfica onde se insere o rio Boa Esperança (187 km 2 ) foi considerada da seguinte forma: área altamente impermeável (60%), devido à alta taxa de urbanização na região da nascente; área medianamente impermeável (30%), por causa das atividades agrícolas desenvolvidas que se destacam durante a região do percurso do rio; e área baixamente impermeável (10%), relacionada às partes nativas e reflorestadas. Coeficiente de distribuição espacial da chuva (K): é aplicado em consideração a desigualdade distribuição das chuvas na bacia hidrográfica. Esse coeficiente é determinado através da relação entre função da área de drenagem (km 2 ) e do tempo de concentração (horas) por meio do gráfico (anexo 5). Coeficiente de escoamento superficial (C) 𝐂 = 𝟐 𝟏 + 𝐅 . 𝐂𝟐 𝐂𝟏 Onde: C → coeficiente de escoamento superficial; F → fator de forma; C2 → coeficiente volumétrico de escoamento; C1 → coeficiente de forma Equação de chuva de projeto: é uma equação IDF (Intensidade, Duração e Frequência) referente às chuvas. São dados pluviométricos de interesse para a criação de projetos de drenagem. Cada localidade ou região irá possuir sua equação de chuva, de acordo com a quantidade e a qualidade de informações analisadas e disponíveis (SIGRH/DAEE). O período de amostragem deve ser extenso o suficiente para gerar mais confiabilidade sobre a estatística analisada, geralmente, sendo aceitáveis os dados fluviométricos de vazão ter, no mínimo, 25 anos. Como a montante do rio Boa Esperança se localiza no município de Ribeirão Bonito, que está na região de São Carlos, logo, a equação de chuva aplicada foi referente a São Carlos. O período de amostragem encontrado nas séries históricas para o rio objeto de estudo foi de 36 anos. 𝐢𝐭,𝐓 = 𝐭 + 𝟏𝟔 −𝟎,𝟗𝟑𝟓.𝟐𝟓,𝟑𝟑𝐓𝟎,𝟐𝟑𝟔 Onde: i → intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de retorno T (mm/min); t → duração da chuva (min); T → período de retorno (anos); a,b,c,d,e,f,g,h → parâmetros a serem determinados para cada localidade Nível de precipitação (P) 𝐏 = 𝐢 . 𝐭 Onde: i → intensidade da chuva (mm/min); t → duração da chuva (min) Volume do hidrograma (V) 𝐕 = 𝟎,𝟐𝟕𝟖 .𝐂𝟐 . 𝐢 . 𝐭𝐜 .𝟑𝟔𝟎𝟎 .𝐀 𝟎,𝟗.𝐊 .𝟏,𝟓 Onde:V → volume total do hidrograma (m 3 ); C2 → coeficiente volumétrico de escoamento; i → intensidade da chuva (mm/h); tc → tempo de concentração (h); A → área da bacia de contribuição (km²); K → coeficiente de distribuição espacial da chuva Expressão de I-Pai-Wu 𝐐 = 𝟎,𝟐𝟕𝟖 .𝐂 . 𝐢 .𝐀𝟎,𝟗 .𝐊 Onde: Q → vazão de cheia (m 3 /s); C→ coeficiente de escoamento superficial; i → intensidade da chuva (mm/h); A → área da bacia de contribuição (km²); K → coeficiente de distribuição espacial da chuva Vazão máxima de projeto (Qp): refere-se à vazão de pico, no qual se acrescenta uma vazão de base (Qb), da ordem de 10% da vazão de cheia. As planilhas de I-Pai-Wu estão presentes no anexo 6. 𝐐𝐛 = 𝟎,𝟏𝟎 .𝐐 𝐐𝐩 = 𝐐𝐛 + 𝐐 Onde: Qb → vazão de base (m 3 /s); Q → vazão de cheia (m 3 /s); Qp → vazão máxima de projeto (m 3 /s) Distribuição Estatística de Gumbel A distribuição de Gumbel é uma das funções matemáticas de distribuição de probabilidade mais utilizadas quando se trata da análise de séries históricas dos corpos d’água para se definir vazões de projeto em determinados períodos de retorno (TR). É uma classificação de eventos extremos em que as precipitações superiores anuais são escolhidas e ordenadas no sentido decrescente. Também é conhecida como distribuição tipo I de Fisher-Tipett ou distribuição de valores extremos do tipo I. Gumbel, em 1945, descobriu que a distribuição de amostras de valores extremos seria mais adequada para a análise de frequência de cheias com as séries anuais, ou seja, que a cada vazão da série de valores extremos fosse a maior vazão de uma amostra de 365 possibilidades ao longo de um determinado ano. Dessa forma, as informações sobre a série histórica do corpo d’água selecionado (rio Boa Esperança) foram encontradas tanto no Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) quanto na Agência Nacional de Águas (ANA). Entretanto, para este trabalho, em específico, os dados hidrológicos da ANA foram utilizados por serem de mais fácil acesso, visto que o endereço eletrônico da DAEE, por vezes, encontra-se instável. O período de amostragem encontrado na série histórica para o respectivo corpo hídrico foi de 36 anos (1981-2017), contendo algumas falhas nas vazões máximas, mas as correções foram possíveis, uma vez que possui uma boa base de dados. O código da estação é 62776900. Realizando uma melhor observação nos valores de vazões máximas anuais e diárias, principalmente, nota-se que são bem baixas. Isso é explicado pela climatologia da bacia hidrográfica na qual o rio está presente. O período mais chuvoso ocorre entre outubro a março e a época mais seca acontece de abril a setembro. O clima é identificado, de acordo a classificação de Köppen, na categoria Cwa (alta umidade e elevadas temperaturas no verão e invernos secos). As temperaturas médias mais quentes ultrapassam 22°C e, no período mais frio, são menores que 18°C. O índice de chuvas médias anuais varia entre 1.500 a 2.000mm. Outro fator que também interfere nos baixos valores de vazões é em relação ao uso e ocupação do solo. A urbanização, quando realizada sem planejamento, provoca grandes complicações para o meio ambiente. Especificamente, a impermeabilização do solo, que envolve obras de alvenaria, acessos públicos para pedestres e pavimentação de asfalto em vias de circulação de veículos, gera dois graves problemas: a obstrução da infiltração e o aumento do escoamento superficial. A diminuição do nível de infiltração ocasiona uma recarga deficiente dos reservatórios subsuperficiais, interferindo também no abastecimento doméstico e de demandas industriais, urbanas e agrícolas. Não somente a impermeabilização dificulta a infiltração, mas também a compactação do solo e a remoção da cobertura vegetal natural. A redução das taxas de infiltração provoca a diminuição no nível freático e da quantidade de água armazenada no solo, sendo que toda a água é escoada superficialmente, promovendo o decréscimo da quantia de água armazenada no solo e, consequentemente, impactando na vazão dos rios urbanos ao longo dos períodos de estiagem. E um terceiro motivo que também influencia na baixa vazão é referente à própria estrutura do corpo d’água. Embora seja chamado de rio Boa Esperança por diversas bibliográficas, é também conhecido como ribeirão Boa Esperança. Desse modo, “ribeirão” se refere a um curso d’água ou corrente de água, de menor porte, que flui ou desemboca no lago, num oceano ou em outro corpo d’água. Já a terminologia “rio” condiz o seguinte: “corrente líquida resultante da concentração do lençol de água num vale. Um curso de água pode, em toda sua extensão, ser dividido em três partes: 1– curso superior; 2– curso médio; e 3– curso inferior”, sendo o rio de maior proporção. Após a aplicação das devidas correções, foi inserida a equação da probabilidade da ocorrência de um evento, que é a seguinte: 𝐗 = 𝐗 – 𝐒 𝟎,𝟒𝟓 + 𝟎,𝟕𝟕𝟗𝟕 𝐥𝐧 𝐥𝐧 𝐓𝐑 𝐓𝐑 − 𝟏 Onde: X → vazão de retorno (m 3 /s); X → vazão média relacionada à aos máximos valores anuais de vazão do corpo hídrico (m 3 /s); S→ desvio padrão dos maiores valores anuais de vazão do corpo hídrico (m 3 /s); TR→ tempo de recorrência (100 e 200 anos) Assim, com o uso da fórmula para a distribuição de Gumbel, as vazões de retorno (Q100 e Q200) foram obtidas de acordo com a análise da série histórica. A planilha de Gumbel está presente no anexo 7. Seção de Interesse A seção de interesse em questão possui forma trapezoidal (anexo 8). Para os cálculos referentes a seção, foram consideradas as margens direita e esquerda, bem como o canal em si para a determinação da cota de inundação, que é o nível mínimo que o terreno deverá ter para a implantação de um empreendimento. A definição da cota de inundação é aplicada como ferramenta de gestão por certos órgãos ambientais e financeiros, como em empreendimentos na fase de licenciamento ambiental ou até mesmo aqueles que solicitam financiamentos para sua execução. Praticamente, todo empreendimento, em fase de projeto, que está inserido próximo a um corpo hídrico, um estudo para a definição da cota de inundação deve ser realizado, pois os corpos d’água, sendo naturais ou artificiais, com frequência, escoam em condições de inundação, com profundidade acima da margem ou crista. Um dos métodos mais empregados para estimar a cota de inundação é o cálculo de remanso, que consiste na consideração do escoamento sobre as planícies, visto que há superestimação do nível de água, ultrapassando os limites e escoando sobre o leito secundário. A seção de escoamento será limitada pela seção transversal do corpo d’água. O escoamento da seção de interesse foi avaliado como Movimento Permanente Uniforme (MPU), isto é, velocidade média constante em distintas seções de escoamento ao longo da corrente. Como base, foi considerada a Equação de Manning e a Equação da Continuidade: Equação de Manning 𝐐 = 𝐀 . 𝟏 𝐧 .𝐑𝐡 𝟐/𝟑 . 𝐈𝐨 𝐕 = 𝟏 𝐧 .𝐑𝐡 𝟐/𝟑 . 𝐈𝐨 Equação da Continuidade 𝐕 = 𝐐 𝐀 Onde: Q→ vazão (m³/s); A → área (m 2 ); n → coeficiente de rugosidade da fórmula de Manning; Rh → raio hidráulico (m); Io → declividade (m/m); V → velocidade (m/s) Para a referida seção transversal (anexo 8), mais precisamente no revestimento do canal, foi adotado o revestimento de concreto em boas condições (nc = 0,014), que é um valor aconselhado para obras de engenharia. Considerando o fator de segurança em 15% por conta da deterioração do material, isto é relacionado a sua vida útil, resultando em nc = 0,016, de acordo com a equação aplicada: 𝐧′ = 𝐧 .𝟏,𝟏𝟓 Onde: n’→ coeficiente de rugosidade de Manning com fator de segurança (adotado); n → coeficiente de rugosidade de Manning da literatura Considerando a existênciade viário, para a margem esquerda e direita, respectivamente, foram relevados os seguintes valores de coeficientes de rugosidade: ne = 0,040 e nd = 0,035, referentes a rugosidade natural do terreno. Como já citado anteriormente, foi considerado o valor da declividade média de fundo equivalente (Io = 0,01), isto é, 1%, porque as referências bibliográficas mencionaram a declividade média do rio no trecho do posto fluviométrico com o valor de 10,56 m/km. Logo, a declividade média de fundo equivalente em questão é suposta dentro do intervalo permitido (0,5% e 2,0%). Alguns fatores devem ser levados em conta: como não há raio hidráulico (Rh) nas margens, foi estabelecida uma relação entre a declividade de fundo equivalente e coeficiente de rugosidade, surgindo a seguinte fórmula: 𝐈𝐨 𝐧𝐞,𝐜,𝐝 Onde: Io → declividade (m/m); ne,c,d → coeficiente de rugosidade da fórmula de Manning para a margem esquerda (ne), canal (nc) e margem direita (nd) Com os valores da relação entre a declividade de fundo equivalente e coeficiente de rugosidade já obtidos, o próximo passo foi realizar os cálculos de área (m²), perímetro (m), raio hidráulico (m), raio hidráulico elevado a dois terços (Rh 2/3 - m) e vazão (m³/s), iniciando-se pelo canal e depois, pelas margens (leito secundário) também. As fórmulas básicas aplicadas foram estas: Área (triângulo, retângulo e trapézio, nessa ordem) 𝐀𝐭 = 𝐛.𝐡 𝟐 𝐀𝐫 = 𝐛.𝐡 𝐀𝐭𝐫𝐚𝐩 = 𝐁 + 𝐛 .𝐡 𝟐 Onde: At, r, trap → área do triângulo, retângulo e trapézio, respectivamente (m 2 )*; b → base ou base menor (trapézio) (m); h → altura (m); B → base maior (trapézio) (m) * obs.: as áreas são cumulativas a cada cota, tanto para as margens direita e esquerda, quanto para o canal. Perímetro * 𝐚𝟐 = 𝐛𝟐 + 𝒄𝟐 Onde: a → hipotenusa (m); b → cateto adjacente (m); c → cateto oposto (m) * obs.: para facilitar os cálculos do perímetro, foi aplicada a seguinte adequação da fórmula anterior: P = 𝑏2 + 𝑐2. Foi considerado o Teorema de Pitágoras. Raio Hidráulico * 𝐑𝐡 = 𝐀𝐦 𝐏𝐦 Onde: Rh→ raio hidráulico (m); D → diâmetro da tubulação (m) * obs.: para obter o resultado do raio hidráulico elevado a dois terços, foi necessário somente isso: Rh 2/3 (m). Vazão 𝐐 = 𝐀 .𝐑𝐡 𝟐/𝟑. 𝐈𝐨 𝐧𝐞,𝐜,𝐝 Onde: Q→ vazão (m³/s); A → área (m 2 ); Rh→ raio hidráulico (m); Io → declividade (m/m); ne,c,d → coeficiente de rugosidade da fórmula de Manning para a margem esquerda (ne), canal (nc) e margem direita (nd) Após o cálculo de toda a seção trapezoidal, foi possível obter a cota de inundação, tendo como parâmetros as vazões determinadas na Distribuição Estatística de Gumbel e no Método I-Pai-Wu, nos tempos de retorno solicitados (TR = 100 anos e TR = 200 anos). A planilha da seção está no anexo 9. Discussão e Conclusão: Distribuição Estatística de Gumbel e Método I-Pai-Wu (determinação de cotas de inundação) Como já mencionado, os dois métodos aplicados para ajudar na determinação da cota de inundação na seção de interesse em diferentes tempos de retorno (100 anos e 200 anos) foram: Distribuição Estatística de Gumbel e Método I- Pai-Wu. Ambos servem para a determinação de vazão e de cotas em divergentes períodos de retorno, porém, utilizam meios diferentes para isso. Os dados sobre o corpo hídrico encontrados em diversas bibliografias auxiliaram nos cálculos de vazão, tais como área (km 2 ), comprimento (m) e entre outros. Com essas bases, foi possível determinar as vazões de pico para os tempos de retorno: Q100 = 236,9 m³/s e Q200 = 279 m³/s. As cotas de inundação (89,44 m e 89,57 m, respectivamente) foram determinadas dentro das cotas estabelecidas na seção de interesse, gerando os gráficos presentes nos anexos 10 e 11. No caso, as cotas de inundação determinadas indicam que a água extravasaria para o leito secundário. Entretanto, no método de Gumbel, apesar dos gráficos resultantes da determinação de vazões e cotas (anexos 12 e 13) possuírem aparência bem semelhante as da outra metodologia, as informações fornecidas pela Agência Nacional de Águas (ANA), mesmo contendo falhas nas medições, apresentam vazões medidas e registradas praticamente todos os dias dos meses de cada ano, demonstrando ser um método mais confiável pela maior quantidade de informações propriamente ditas sobre o corpo d’água. As vazões para os tempos de retorno e suas respectivas cotas de inundação foram: Q100 = 30,52 m³/s (88,85 m) e Q200 = 33,29 m³/s (88,85 m). Ou seja, a água, nesses tempos de retorno, não atingiria a cota 89 m por causa da baixa vazão. As sobreposições dos gráficos de I-Pai-Wu e Gumbel, para os dois períodos de retorno aplicados também se mostraram semelhantes (anexos 14 e 15), até mesmo porque as cotas utilizadas são referentes à mesma seção de interesse. Portanto, os gráficos gerados para ambos os métodos e para os tempos de retorno solicitados não demonstraram muita distinção entre si, mas os dados que as compõem apontam que a Distribuição Estatística de Gumbel se mostrou mais adequada por conta das informações diretamente associadas ao corpo d’água, enquanto o método de I-Pai-Wu levou em consideração fatores genéricos, como área, comprimento e etc. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS – ANA. Mapa. 2020. Disponível em: http://www.snirh.gov.br/hidroweb/mapa. Acesso em: 31 maio 2020. ________. Regiões Hidrográficas - Agência Nacional de Águas. 2014. Disponível em: http://datageo.ambiente.sp.gov.br/geoportal/catalog/search/resource/details.page?uuid=%7BDF A36A93-D2BC-4C18-A150-8F32D436BCEF%7D. Acesso em: 03 jun. 2020. ________. Séries Históricas de Estações. 2018. Disponível em: http://www.snirh.gov.br/hidroweb/serieshistoricas. Acesso em: 29 maio 2020. BOLDRIN, A. J. 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(2018) Anexo 4 – Relação entre Impermeabilidade da Superfície e Coeficiente Volumétrico de Escoamento Fonte: DAEE (1994) Anexo 5 – Gráfico da Área de Drenagem (km 2 ) x Tempo de concentração (horas) x Coeficiente de Distribuição Espacial da Chuva (K) Fonte: DAEE (1994) Anexo 6 – Planilhas de Cálculo (Método I-Pai-Wu) Fonte: autoria própria Anexo 7 – Planilha de Cálculo (Distribuição Estatística de Gumbel) Fonte: autoria própria Chuva de projeto Equação de precipitações intensas para São Carlos Fator de forma F C1 C2 C K (gráfico) tc (min) tc (h) t (min) T (anos) I (mm/min) I (mm/h) P (mm) 0,76 1,45 0,66 0,52 0,918 440,4 7,3 440,4 100 0,24 14,7 107,9 440,4 200 0,29 17,3 127,1 Informações Gerais sobre o Rio Boa Esperança Seção trapezoidal Volume do hidrograma (m³) I-Pai-Wu (m³/s) Vazão de pico (m³/s) L (km) Io (m/m) A (km²) TR (anos) 100 10876196,98 215,3 236,9 45 0,01 187 200 12809145,05 253,6 279,0 10 m/km Distribuição Estatística de Gumbel - Rio Boa Esperança (SP) X ̅ (m³/s) s (m³/s) Tempo de Retorno (TR) - anos Vazão - Período de Retorno (m³/s) Valor Máximo das Máximas Vazões Anuais (m³/s) 100 30,52 14,51 5,10 200 33,29 29 Anexo 8 – Seção de Interesse Fonte: autoria própria Anexo 9 – Planilha da Seção de Interesse Fonte: autoria própria 86,00 87,00 88,00 89,00 90,00 91,00 92,00 93,00 94,00 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 Perfil Transversal - Seção de Interesse Anexo 10 – Gráfico Cota x Vazão no Método I-Pai-Wu (TR=100 anos) Fonte: autoria própria Anexo 11 – Gráfico Cota x Vazão no Método I-Pai-Wu (TR=200 anos) Fonte: autoria própria 86 87 88 89 90 91 92 93 94 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 C o ta ( m ) Vazão (m³/s) Cota x Vazão (I-Pai-Wu) TR=100 anos 86 87 88 89 90 91 92 93 94 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 C o ta ( m ) Vazão (m³/s) Cota x Vazão (I-Pai-Wu) TR=200 anos Anexo 12 – Gráfico Cota x Vazão no Método de Gumbel (TR=100 anos) Fonte: autoria própria Anexo 13 – Gráfico Cota x Vazão no Método de Gumbel (TR=200 anos) Fonte: autoria própria 86 87 88 89 90 91 92 93 94 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 C o ta ( m ) Vazão (m³/s) Cota x Vazão (Gumbel) TR=100 anos 86 87 88 89 90 91 92 93 94 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 C o ta ( m ) Vazão (m³/s) Cota x Vazão (Gumbel) TR=200 anos Anexo 14 – Gráfico de Sobreposição Cota x Vazão (TR=100 anos) Fonte: autoria própria Anexo 15 – Gráfico de Sobreposição Cota x Vazão (TR=200 anos) Fonte: autoria própria 86 87 88 89 90 91 92 93 94 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 C o ta ( m ) Vazão (m³/s) Cota x Vazão (TR = 100 anos) I-Pai-Wu Gumbel 86 87 88 89 90 91 92 93 94 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 C o ta ( m ) Vazão (m³/s) Cota x Vazão (TR = 200 anos) I-Pai-Wu Gumbel
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