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Contabilidade Pública para TCU - Deusvaldo Carvalho

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CURSOS ON-LINE – AFO E CONTABILIDADE PÚBLICA 
PROFESSOR DEUSVALDO CARVALHO 
www.pontodosconcursos.com.br 1
APRESENTAÇÃO 
 
Caros colegas concursandos! 
 
Quanta satisfação e radiante alegria estou sentindo por fazer 
parte dessa competentíssima equipe de professores do ponto 
dos concursos! 
 
Sinto-me realizando mais um grande sonho e até mesmo 
ansioso, haja vista a tamanha responsabilidade que pesa 
sobre mim, tentar, da melhor forma possível, ajudá-los a 
conquistar objetivos e realizar sonhos e, finalmente vê-los 
desfrutar o doce sabor da vitória. 
Motiva-me estar aqui porque estou fazendo algo que gosto e 
que muito me fascina, a atividade de magistério. Tudo isso, 
aliado à minha experiência de ter sido e ainda ser 
concursando, além de ter mais de 22 anos de servidor público 
federal e por ter sido professor concursado de duas 
universidades federais e de diversos cursinhos preparatórios 
para concursos públicos. 
 
A minha “vida de concursando” foi regada de sacrifícios e 
dificuldades como a de tantos outros: muito estudo, 
persistência, dedicação e vontade obsessiva de vencer. 
Não foram poucas as derrotas, entretanto, jamais me dei por 
vencido, ao contrário, procurei saber onde errei para refletir e 
finalmente replanejar os estudos. 
 
Fui aprovado, entre outros concursos, 2º lugar para Analista 
Judiciário do TRE/AC, em 1995, em 1º lugar para Prof. efetivo 
da UFMS em 1996, 2º lugar para Analista judiciário do TRF da 
4ª região em 1999, em 1º lugar para Auditor do Estado de MT 
em 2001, 7º lugar para Controlador de Recursos Públicos e 
Auditor Substituto de Conselheiro do TCE/ES - 2001 etc. 
Desses cargos ocupei o de Prof. da UFMS, Controlador de 
Recursos Públicos do TCE/ES e ainda prof. da UFES, mesmo 
assim ainda não estava satisfeito e continuei estudando para 
o cargo de AFPS, objetivo a ser conquistado. Tendo sido 
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CURSOS ON-LINE – AFO E CONTABILIDADE PÚBLICA 
PROFESSOR DEUSVALDO CARVALHO 
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aprovado neste cargo em 2002, ocupei a função em 
Dourados/MS, paralelamente logrei êxito no concurso de 
Perito Criminal Federal, cargo que atualmente ocupo. 
 
Reconhecimento! 
Quando conheci as aulas do Vicente Paulo e Marcelo 
Alexandrino, anteriormente no vemconcursos e agora no 
pontodosconcursos, foi uma descoberta, vi algo diferente. 
Nessas aulas encontrei exatamente o que precisava para fins 
de concurso público: linguagem acessível, metodologia 
adequada e exercícios de acordo com a realidade das provas 
dos concursos da ESAF e do CESPE. Para mim, e acredito que 
para muitos outros candidatos essas aulas fizeram a diferença 
na hora das provas e certamente fará para aqueles que 
tentam obter sucesso nos concursos objetivados. 
Passei a ser um grande admirador desses obstinados 
“MESTRES” que perdem horas de lazer para, com satisfação, 
ajudar os concursandos pelo Brasil afora. 
 
Parabéns! Imagino quantas pessoas não gostariam de 
agradecê-los pessoalmente, oportunidade que tive em Campo 
Grande, ocasião da inauguração de mais uma “filial” do Curso 
Aprovação. 
O meu maior agradecimento é procurar ajudar aqueles que, 
assim como eu precisei, estão nesse momento procurando 
auxílio para passar em um concurso público. Espero não 
decepcioná-los. 
 
Uma dica aos concurseiros! 
Saiam da zona de conforto e comecem enfrentar os concursos 
públicos que lhes possam oferecer remuneração digna, 
segurança e atividade compatíveis com os seus perfis. 
No início será um pouco difícil, as derrotas serão inevitáveis, 
às vezes sentir-se-ão desmotivados, mas, para ser aprovado 
num bom concurso não é apenas se inscrever, comprar as 
apostilas ou livros, dar uma olhada ou “uma enrolada”, 
continuar levando o mesmo ritmo de vida e prestar as provas. 
 
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Muitos candidatos inexperientes agem dessa forma, às vezes, 
inconscientemente, isso é muito comum, mas... não é dessa 
forma que devemos agir. Existem princípios e regras: 
planejamento, persistência, dedicação, abdicar de algumas 
boas coisas que a vida nos oferece, etc. 
 
Ter uma boa formação acadêmica e freqüentar cursinho 
preparatório é apenas o referencial de um bom caminho, mas 
não é tudo, os ingredientes acima citados são imprescindíveis. 
 
Para enfrentar alguns “concursos para feras”, tais como: 
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, Perito Criminal 
Federal, Analista do TCU, CGU, AFC/STN, Analista de 
planejamento - MPOG, etc, são necessários alguns 
ingredientes básicos: muita vontade de vencer, coragem para 
enfrentar horas e mais horas de estudos, paciência, 
persistência e nunca desistir na primeira derrota. Esses 
concursos são dificílimos, sabemos que são os concursos mais 
difíceis do Brasil, pois podem fazê-los pessoas que possuem 
quaisquer curso superior e a remuneração é mais de R$ 
7.000,00 no início da carreira. 
 
Dá para imaginar a concorrência? As notas são quase todas 
iguais, às vezes existem mais de 20 candidatos com a mesma 
nota. 
 
Às vezes vejo e ouço muitas pessoas, nas rodas de amigos, 
que falam: “agora eu vou estudar pra valer”, “nesse concurso 
eu vou passar”, “agora será minha vez”. Entretanto, fazem 
igual “fogo em palha”, acende e apaga rapidamente, após a 
primeira ou segunda derrota, desistem. Geralmente esses 
candidatos estudam muito pouco, pegam alguns livros ou 
apostilas, dão uma olhada aqui, outra ali, fazem alguns 
exercícios fáceis, estudam deitados, televisão ligada, ouvindo 
música, etc. Esse tipo de procedimento é completamente 
inadequado para quem irá encontrar concorrentes 
verdadeiramente compromissados com os estudos e 
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“queimando” mais de seis horas por dia. Agindo dessa forma 
estarão jogando tempo e dinheiro fora. 
 
Vamos parar agora com essa atitude? Para passar num bom 
concurso público precisa ser decidido e não enganar a si 
mesmo. Pergunte a si mesmo(a): o atual emprego está bom? 
Estou sendo bem remunerado? Valorizado profissionalmente? 
Estou fazendo o que eu realmente gosto? Tudo isso são 
perguntas a serem feitas antes de se tomar uma decisão. 
O raciocínio é muito simples e fácil! Pense!! Vou “enfiar a 
cara” nos livros por uns 10/12 meses e depois, se for 
aprovado é só “tirar o atraso”, aí sim, com mais grana no 
bolso as coisas melhoram. 
 
 O que não se admite é estar exercendo cargo ou emprego 
insatisfeito, reclamando diariamente e nada fazendo para 
mudar essa situação. Passar 30 ou 35 anos reclamando! Até 
se aposentar? Assim não dá! 
 
Vamos lá? É hora de virar esse jogo, nada está perdido! 
 
Existe sempre um bom motivo para estudar: ser aprovado no 
concurso escolhido, então, estude com a melhor boa vontade 
possível, não desperdice a oportunidade de aprender. Só se 
executa bem uma atividade quando há interesse por ela. 
Conquistar um bom emprego ou cargo público com seus 
próprios méritos, concorrendo em igualdade de condições com 
os demais candidatos, respeitando a liberdade e o direito dos 
seus colegas de luta é o meio mais difícil, porém o mais 
democrático e empolgante de se conquistar uma “vitória”. 
 
O contato com outros colegas, candidatos de todos os lugares 
do Brasil, troca de experiências em cursos de formação 
profissional, viajar para outros estados, compartilhar alegrias, 
tristezas, estresse,tensão, tudo isso são valores que se 
agregam para o resto de nossas vidas. 
 
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A experiência pode ser fator decisivo na conquista de uma 
vaga. Fiz esse investimento e vejo que valeu a pena. 
 
É gratificante se empossar em um cargo público conquistado 
com os seus próprios méritos, nesse momento sublime e de 
glória percebe-se que o esforço foi recompensado, colhem-se 
frutos do que foi plantado, é o momento de se reconhecer e 
refletir o quanto valeu a pena aquele esforço. O melhor de 
tudo isso é assumir um cargo com a moral elevada, orgulhoso 
e com humildade, entrando pela “porta da frente”, com 
segurança para realizar seu trabalho com 
indepência/autonomia e não ser manipulado pela cúpula 
superior do órgão. 
 
Um alerta!! Não se empolge tanto! Apenas não seja arrogante 
com os humildes e nem humilde com os arrogantes. 
 
A minha modesta contribuição aqui no pontodosconcursos é 
tentar expor a matéria “orçamento e contabilidade pública” de 
forma objetiva, direta, concisa e procurando utilizar 
linguagem acessível, pois os concursos visados pela maioria 
dos visitantes desta página não exigem o bacharelado em 
Contabilidade. Assim, ministrarei aulas para aqueles que 
possuem pouco conhecimento ou dificuldades de 
entendimento de orçamento e contabilidade pública, em 
especial, para aqueles que pretendem prestar concurso para o 
TCU, CGU, AFC/STN, Analista/MPOG, Tribunais de Contas e 
Controladorias dos Estados. 
 
Ao final de cada assunto buscarei apresentar questões 
abordadas em concursos anteriores dos órgãos acima 
referenciados, inclusive comentando seus respectivos 
gabaritos, claro que somente os necessários. 
 
“Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que 
amam a Deus. Nossos planos nem sempre são os 
mesmos de Deus. O tempo sempre mostra que Deus 
tem os melhores planos para nós”. 
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Obra publicada: Livro de Orçamento e Contabilidade 
Pública, teoria, prática e mais de 500 exercícios. 
Incluindo Lei de Responsabilidade Fiscal, Licitações e 
Contratos, SIAFI, SIDOR e Convênios. 
Editora Campus Elsevier – Série Impetus Provas e 
Concursos. 
 
 
 
 
Prof. Deusvaldo Carvalho: 
 
• Pós-Graduado em Contabilidade Gerencial, pela 
UFMS. 
• Bacharel em Ciências Contábeis pela UFMS. 
• Perito Criminal Federal – Departamento de Polícia 
Federal. 
• Servidor Público Federal há 22 anos, tendo 
ocupado os seguintes cargos: 
• Auditor Fiscal da Previdência Social. 
• Professor efetivo da UFMS, nas disciplinas de 
Auditoria, Orçamento e Contabilidade Pública, 
Perícia Contábil, etc. 
• Professor da UFES na disciplina Contabilidade 
Avançada. 
• Controlador de Recursos Públicos do TCE/ES. 
• Coordenador de Curso de Ciências Contábeis/UFMS 
• Professor de cursos preparatórios para concursos 
públicos, entre os quais: 
• Néon – Campo Grande/MS 
• CPC – Vitória/ES. 
 
E-mail: carvalho.drc@terra.com.br 
 
 
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AULA ZERO: ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO NA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
 
 
Olá Colegas do Ponto dos Concursos! É com imensa satisfação 
e alegria que iniciaremos, hoje, os tópicos de Administração 
Financeira e Orçamentária e Contabilidade Pública referentes 
ao conteúdo do concurso para ACE do TCU. Espero, 
sinceramente, poder ajudá-los na conquista de seus objetivos 
e estarei sempre disposto a atender e assimilar críticas e 
sugestões. 
 
Análise do conteúdo programático: 
A disciplina Administração Financeira e Orçamentária, em 
tese, não apresenta dificuldades de aprendizado, ou seja, o 
assunto é de fácil assimilação, porém, um pouco complexa, 
principalmente quanto ao conteúdo da Lei de 
Responsabilidade Fiscal – LRF. 
 
Já a disciplina Contabilidade Pública requer um pouco mais de 
conhecimento básico de Contabilidade e de Direito Financeiro, 
em especial, da parte dos Balanços Públicos, assunto que 
exige bastante atenção do candidato. 
Entretanto, ao longo desse curso serão apresentados diversos 
MACETES e TÉCNICAS de aprendizado, tudo isso com o intuito 
de facilitar a assimilação por parte de candidatos não 
formados na área. 
 
Vamos ao assunto! 
 
Existe diferença entre orçamento e planejamento na 
administração pública? 
Legalmente não, haja vista que, de forma ampla, a Lei do 
Plano Plurianual – PPA, a Lei Orçamentária Anual – LOA e a 
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Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO, todos são instrumentos 
de planejamento da Administração Pública. 
Entretanto, para fins de concursos públicos, existe diferença, 
conforme comentado nos parágrafos seguintes. 
 
O PPA é o planejamento estratégico de médio prazo da 
administração pública brasileira, elaborado para viger por 4 
anos. Para fins de concurso público, quando se refere a 
PLANEJAMENTO, geralmente está-se referindo ao PPA e 
quando se fala em ORÇAMENTO está-se referindo à Lei 
Orçamentária Anual – LOA. 
 
O que são Instrumentos de Planejamento da 
Administração Pública? 
As Administrações Públicas Federal, Estadual e Municipal, 
para cumprir com suas finalidades básicas de prestar serviços 
à sociedade e realizar investimentos, necessitam de recursos, 
ou seja, receitas. Esses recursos são necessários para a 
realização dos gastos, as despesas públicas. 
Entretanto, a tarefa de arrecadar receitas e realizar gastos 
necessita ser efetivada de forma planejada. É semelhante a 
uma família ou uma pessoa, que, em princípio, não se pode 
gastar mais do que ganha. 
Dessa forma, tanto o poder público quanto as pessoas devem 
planejar como, quando e em que gastar o que ganham ou 
recebem a título de receitas. 
Para realizar tal tarefa de forma planejada a Administração 
Pública utiliza-se do Plano Plurianual – PPA, da Lei 
Orçamentária Anual – LOA e da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias – LDO. Esses são os Instrumentos de 
Planejamento da Administração Pública previstos na 
Constituição da República. 
 
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Esses instrumentos de planejamento previstos na Constituição 
Federal-CF de 1988 estão regulamentados em diversas 
normas, principalmente na Lei nº 4.320/64 e na Lei 
Complementar nº 101/2000 – LRF, além de diversas portarias 
da Secretaria do Tesouro Nacional - STN e do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG. 
 
Uma observação importante! 
 
O PPA (art. 165, I) e a LDO (art. 165, II) são inovações da CF 
de 1988. Antes de 1988 havia instrumentos semelhantes, a 
exemplo do Plano Plurianual de Investimentos, Plano Nacional 
de Desenvolvimento, etc. 
 
Após a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal, que 
estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal, não há mais como estudar 
sobre planos, orçamentos e gestão pública responsável sem 
apoio em suas diretrizes, principalmente quando se trata de 
concursos públicos. 
 
Instrumentos de planejamento na CF: 
 
A Constituição Federal estabelece, acerca dos instrumentos de 
planejamento da administração pública, o seguinte: 
 
Art. 165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de 
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
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administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada.(grifei) 
 
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as 
metas e prioridades daadministração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. (grifei) 
 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus 
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital 
social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta 
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 
mantidos pelo Poder Público. 
Essas normas constitucionais referentes ao PPA, LDO e LOA 
são muito cobradas em concursos. Leiam esse assunto com 
bastante atenção, observem os detalhes! 
 
Instrumentos de planejamento na Lei 4.320/64: 
 
A Lei nº 4.320/64 – que Estatui Normas Gerais de Direito 
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e 
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
Federal estabelece que: 
 
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Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita 
e despesa de forma a evidenciar a política econômica 
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos 
os princípios de unidade universalidade e anualidade. 
 
Observem que a Lei nº 4.320/64 não versa acerca do PPA e 
LDO, posto que estes planos são inovações da CF/88. 
Já que estamos falando nessa lei, vamos adiantar! Ela foi 
votada como Lei Ordinária e foi recepcionada como Lei 
Complementar pela Constituição Federal de 1988 (art 165, § 
9º, da CF). 
 
Instrumentos de planejamento na LRF: 
 
A Lei Complementar nº 101/00 – LRF, que estabelece normas 
de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na 
gestão fiscal e dá outras providências, praticamente não se 
refere ao Plano Plurianual e deu total ênfase à Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e ainda a alguns procedimentos 
quanto à Lei Orçamentária Anual. 
 
Resumindo, os instrumentos de planejamento da 
administração pública são: 
 
�A Lei do Plano Plurianual – PPA; 
�A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; 
�A Lei Orçamentária Anual – LOA. 
 
O PPA, a LDO e LOA representam os pilares básicos do 
planejamento na administração pública brasileira dos entes da 
federação e seus respectivos poderes. 
 
Iniciativa dos projetos de lei: 
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Todos esses instrumentos de planejamento serão 
transformados em lei, portanto, os respectivos projetos de 
leis são de iniciativa privativa do Presidente da República 
para encaminhá-las ao Congresso Nacional para fins de 
apreciação (art. 84, Inciso XXIII, da CF). 
 
Alexandre de Moraes descreve que a iniciativa acima 
mencionada é exclusiva e obrigatória para Estados e 
Municípios e ainda argumenta que se trata de uma iniciativa 
legislativa vinculada, uma vez que deverá ser remetida ao 
Congresso Nacional no tempo estabelecido pela própria 
Constituição Federal (in Direito Constitucional, 16ª edição, p. 
594). 
A responsabilidade pela elaboração e execução dos 
instrumentos supracitados é de todos os órgãos e Poderes 
públicos, ou seja, é competência exclusiva do Poder Executivo 
para apresentar ao Congresso Nacional a proposta dos 
instrumentos de planejamento. 
Entretanto, todos os entes, seus órgãos e Poderes elaboram 
sua proposta e encaminham ao Executivo, que as consolida e 
envio ao Poder Legislativo. 
Pelas atuais regras esses instrumentos de planejamento 
devem estar plenamente integrados e coordenados entre si. 
 
Atenção! Muito importante! 
 
A Constituição Federal, veda a edição de Medida Provisória 
sobre: planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, 
orçamentos anuais e créditos adicionais suplementares(art. 
62, § 1º, I, d). Portanto, essas matérias não podem ser 
tratadas por meio de Medidas Provisórias, exceto a abertura 
de créditos extraordinários, para atender despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, 
comoção interna ou calamidade pública (CF, art. 167, § 3º). 
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Também, não se pode tratar desses planos através de Lei 
Delegada (CF, art. 68, III). 
 
O Presidente da República apresenta ao Poder Legislativo 
(Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos 
e Fiscalização) projetos de lei sobre o PPA, LDO e LOA, 
cabendo ao Congresso Nacional aprová-los ou rejeitá-los. É a 
chamada competência para dispor sobre orçamentos. 
Muito Importante pessoal! 
Não há possibilidade de o Congresso Nacional rejeitar o 
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, uma vez que a CF 
determina que a sessão legislativa não será interrompida sem 
a aprovação da LDO (art. 57, § 2º, da CF). 
São apenas esses os planejamentos da administração 
pública? 
Entendemos que não, tendo em vista que a Constituição 
Federal estabeleceu mais um instrumento de planejamento 
que ainda não se tem notícia de seu implemento. Esse 
parágrafo prevê planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais a serem elaborados em consonância com o plano 
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional (art. 165, § 
4º, da CF). 
A respeito desses planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais, foi cobrado no concurso para 
Técnico de Finanças e Controle da atual CGU: 
(ESAF – TFC/2000) A Constituição de 1988, em seu art. 165, 
determina que a lei orçamentária anual compreenderá: 
- O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus 
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
 
- O orçamento de investimento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital 
com direito a voto; 
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- O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculadas, da administração direta 
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 
mantidos pelo Poder Público. 
Além dos orçamentos anuais acima indicados, a nova 
constituição estabelece que leis de iniciativa do Poder 
Executivo estabelecerão: 
 
a) o plano plurianual, as diretrizes compensatórias e as 
atualizações fiduciárias 
b) o plano bianual, as diretrizes orçamentárias e as 
atualizações permanentes 
c) o plano plurianual, as diretrizes estratégicas e as 
atualizações permanentes 
d) o plano trianual, as diretrizes orçamentárias e as 
atualizações fiduciárias 
e) o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
planos e programas nacionais, regionais e setoriais 
 
Essa ficou fácil! 
Pelo exposto acima a opção correta só poderia ser a letra “E”. 
 
Falando especificamente sobre os instrumento de 
planejamento iremos discorrer sobre cada um, isoladamente, 
com o intuito de melhor assimilação do conteúdo. 
Plano Plurianual – PPA: 
 
O que é o Plano Plurianual – PPA? 
O Plano Plurianual é o planejamento de médio prazo da 
Administração Pública e tem por finalidade estabelecer de 
forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da 
administração pública federal para as despesas de capital e 
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outras delas decorrentes e para aquelas relativas aos 
programas de duração continuada. 
O PPA é doutrinariamente conhecido como o planejamento 
estratégico de médio prazo da administração pública 
brasileira.Quando e como se elabora o PPA? 
Ao assumir o mandato, já no 1º ano, o Chefe do Poder 
Executivo elabora o seu planejamento de gastos, ou seja, 
estabelece o que pretende executar, em termos de obras e 
serviços, reajuste dos servidores (isso na teoria!), novos 
concursos, etc. 
Esse planejamento é elaborado para 4 anos, entretanto, o 
Governo atual executa apenas 3, haja vista que 1 ano foi 
herdado do governo antecessor. 
Conforme visto acima, apesar de o PPA ser elaborado para 
um período de 4 anos, ele não coincide com o mandato 
presidencial. 
A proposta de Plano Plurianual poderá receber emendas dos 
parlamentares, apresentadas na Comissão Mista de Planos, 
Orçamentos Públicos e Fiscalização, onde receberão parecer, 
que depois de votado na Comissão, o projeto de lei será 
apreciado pelo Congresso Nacional na forma do Regimento 
Comum. 
 
Atenção! Muito cobrado em concurso! 
O Presidente da República poderá remeter mensagem ao 
Congresso Nacional, propondo modificações no Projeto de 
PPA, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista, da 
parte cuja alteração é proposta. 
Como o PPA é executado? 
O que foi planejado para 4 anos, através da Lei do PPA, 
deverá ser cumprido passo a passo, ano a ano, através da Lei 
Orçamentária Anual – LOA, ou seja, o PPA e a LOA devem 
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estar coordenados e integrados entre si, haja vista que a CF 
estabelece em seu art. 166, § 1º, que nenhum investimento 
cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei 
que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
Assim, conforme exposto, o que foi planejado para 4 anos 
(PPA) será colocado em prática anualmente através da LOA. 
 
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, 
através de sua Secretaria Federal de Orçamento, elaborou o 
Manual Técnico de Orçamento – MTO, que anualmente é 
atualizado. Esse manual estabelece as políticas, diretrizes, 
metodologia e procedimentos para a elaboração dos 
orçamentos na administração pública federal. 
 
Esse manual estabeleceu os princípios básicos que 
devem reger o PPA: 
 
�identificação clara dos objetivos e prioridades do Governo; 
�integração do planejamento e do orçamento; 
�promoção da gestão empreendedora; 
�garantia da transparência; 
�estímulo às parcerias; 
�gestão orientada para resultados; e 
�organização das ações de Governo em programas. 
 
Encaminhamento do PPA: 
O encaminhamento do PPA, pelo chefe do Poder Executivo ao 
Legislativo, será até quatro meses antes do encerramento do 
primeiro exercício financeiro do mandato presidencial, ou 
seja, deverá ser encaminhado até 31 de agosto. 
 
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Exemplificando: 
 
 
 
 
 
 
Devolução do PPA: 
O Poder Legislativo deverá devolvê-lo ao chefe do Executivo, 
para sanção ou veto, até o encerramento da sessão legislativa 
(art. 35, § 2º, inciso I, – Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias – ADCT, da CF). 
O quadro abaixo demonstra acerca da legislatura, sessão 
legislativa e o período legislativo: 
Legislatura Período de 4 anos (CF, art. 44, parágrafo 
único) 
Sessão 
Legislativa 
Será de 15 de fevereiro a 15 de dezembro 
(CF, art. 57). 
1º período: vai de 15 de fevereiro a 30 de 
junho (CF, art. 57). Período 
Legislativo 2º período: vai de 1º de agosto a 15 de 
dezembro (CF, art. 57). 
 
Macetes para fins de concurso! 
O encaminhamento ao Legislativo, pelo Poder Executivo, dos 
projetos de lei referentes ao PPA, LDO e LOA, tem sempre 
como referência até o término do exercício financeiro. 
Já a devolução dos projetos de lei, pelo Legislativo, os 
parâmetros são: 
PPA e LOA – até o encerramento da sessão legislativa (art. 
35, § 2º, incisos I e III, do ADCT – CF); 
1º ano de mandato: o 
Chefe do Executivo 
governa com a proposta –
PPA, de seu antecessor e 
elabora e encaminha o 
seu PPA para os próximos 
4 anos. 
2º ano de mandato: o 
Chefe do Executivo 
trabalha com seu PPA 
aprovado pelo Poder 
Legislativo. 1º ano de 
prática de seu 
planejamento.
3º ano de 
mandato. 
Idem ao 
2º ano de 
mandato. 
4º ano de 
mandato. 
Idem ao 
2º ano de 
mandato. 
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LDO – até o encerramento do primeiro período da sessão 
legislativa (art. 35, § 2º, inciso II, do ADCT – CF). 
 
A vigência do PPA coincide com a do mandato 
presidencial? 
O PPA inicia-se no segundo ano do mandato do chefe do 
Poder Executivo, terminando no primeiro ano do mandatário 
subseqüente. 
Portanto, sua vigência não coincide com o mandato do chefe 
do Poder Executivo, apesar de sua duração ser de quatro 
anos. 
Atenção! Foi cobrado em concurso! 
 (CESPE – ACE/TCU – 2004) Instituído pela Constituição 
Federal de 1988, o plano plurianual, de vigência coincidente 
com a do mandato do chefe do Poder Executivo, estabelece, 
de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
Assim fica fácil! Mas é assim mesmo que vem sendo cobrado 
em concurso! 
Conforme exposto acima, a vigência do PPA não coincide com 
o mandato presidencial. Ver o gráfico exemplificativo acima. 
Portanto, opção incorreta. 
 
Investimentos de duração superior a um ano: 
Todo tipo de investimento que ultrapasse um exercício 
financeiro, ou seja, mais de um ano, deverá estar incluído no 
Plano Plurinual ou em Lei especial que o autorize. O exercício 
financeiro no Brasil coincide com o ano civil, que vai de 1º de 
janeiro a 31 de dezembro, assim determina a Lei nº 
4.320/64. 
A Constituição Federal determina que nenhum investimento, 
cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser 
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iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei 
que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade (art. 167, § 1º). 
Resumindo: 
A Lei do Plano Plurianual deverá estabelecer, de forma 
regionalizada: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que são Diretrizes, Objetivos e Metas? 
 
Diretrizes são orientações ou princípios que nortearão a 
captação, gestão e gastos de recursos durante um 
determinado período, com vistas a alcançar os objetivos de 
Governo nos 4 anos de legislatura. 
 
Objetivos consistem na discriminação dos resultados que se 
pretende alcançar com a execução das ações governamentais 
que permitirão a superação das dificuldades diagnosticadas. 
 
Metas são a tradução quantitativa dos objetivos. 
 
Por que tanta ênfase? 
As Diretrizes Objetivos e Metas da administração pública 
 Para as despesas de capital e outras delas decorrentes; e 
 Para as relativas aos programas de duração continuada. 
Plano Plurianual - PPA 
Diretrizes Objetivos Metas 
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É importante enfatizar que a finalidade do PPA é estabelecer 
as Diretrizes, Objetivos e Metas, porque geralmente os 
elaboradores de provas de concursos tentam confundir os 
candidatos com as finalidades da LDO, que é estabelecer as 
Metas e Prioridades da Administração Pública. 
 
Resumindo: 
Plano 
Plurianual 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas 
aos programas de duração continuada. 
Lei de 
Diretrizes 
Orçamentárias 
Compreenderá as metas e prioridadesda 
administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro 
subseqüente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as 
alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
 
 
Princípios do processo de planejamento orçamentário: 
 
Atenção! Esses princípios são meramente doutrinários! 
 
�Racionalidade: tendo em vista que os recursos são 
escassos e as necessidades humanas ilimitadas, esse princípio 
propõe-se a tornar mais eficiente o número de alternativas 
apresentadas ao orçamento, com vistas a obter 
compatibilidade e racionalidade com os recursos disponíveis. 
�Previsão: estabelece a necessidade de diagnosticar e 
antever as ações num certo lapso de tempo, em função dos 
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objetivos a serem atingidos ou almejados, recursos 
disponíveis e o efetivo controle dos gastos. 
�Universalidade: engloba todas as fases, todos os órgãos, 
Poderes e entidades da administração direta e indireta no 
processo de planejamento, ou seja, estabelece o 
comprometimento com planejamento e responsabilidade na 
gestão fiscal. 
�Unidade: os planos, coordenados e integrados entre si, 
devem ser uno, ou seja, apenas um para cada ente da 
federação. 
�Continuidade: o planejamento deve ser contínuo racional 
e flexível. Em função da escassez de recursos, em 
determinado momento pode haver necessidade de minimizar 
ou maximizar as ações. 
�Aderência: visto que o planejamento deve estar ligado a 
todos os órgãos, Poderes e entidades da administração direta 
e indireta, esses órgãos devem estar comprometidos com os 
objetivos do serviço público e a missão da entidade, sempre 
direcionada a melhorar a qualidade na prestação dos serviços 
à sociedade. 
 
Atenção! Não confundir os princípios acima com os 
princípios da LOA! Sobre estes, mencionaremos 
posteriormente. 
 
Questões de concursos sobre o assunto PPA! 
 
1.(CESPE – Procurador TCDF/2002) O plano decenal, o plano 
plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual 
constituem etapas de planejamento orçamentário. 
 
2.(CESPE – MJ/Perito Criminal Federal/2004) De acordo com o 
calendário vigente, o presidente da República, no primeiro 
ano de seu mandato, governa o país com o plano plurianual, a 
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lei de diretrizes orçamentárias e a lei orçamentária anual 
aprovados pelo seu antecessor, embora não esteja impedido 
de propor alterações. 
 
3.(CESPE – ACE/TCU – 2004) Instituído pela Constituição 
Federal de 1988, o plano plurianual, de vigência coincidente 
com a do mandato do chefe do Poder Executivo, estabelece, 
de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas 
da administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
 
 
4.(CESPE – ACE/TCU – 2004) O Congresso Nacional reúne-se, 
anualmente, na Capital Federal, de 15 de fevereiro a 30 de 
junho e de 1.º de agosto a 15 de dezembro. Uma das 
situações que impede o início do recesso parlamentar em 1.º 
de julho é a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias até o encerramento do primeiro período da 
sessão legislativa. 
 
GABARITOS COMENTADOS: 
1. ERRADA. O plano decenal não faz parte dos Instrumentos 
de planejamento da administração pública. 
2. CERTA. Quando o Presidente da República assume seu 
mandato, em 1º de janeiro, ele irá cumprir um ano do PPA, 
aprovado pelo seu antecessor. A LDO e a LOA que ele irá 
cumprir no seu primeiro ano e mandato já foram aprovadas 
no ano anterior, para viger no ano subseqüente. O termo 
“aprovado pelo seu antecessor” está no sentido “lato”, haja 
vista que quem aprova, “estrito sensu”, os Instrumentos de 
planejamento em nosso País é o Congresso Nacional. É o 
Congresso Nacional quem tem competência para dispor sobre 
orçamento no Brasil. 
 
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3. ERRADA. Porque conforme mencionamos acima, o PPA não 
tem vigência coincidente com a do mandato do chefe do 
Poder Executivo, ou seja, quando o Chefe do Executivo 
assume o mandato em 1º de janeiro governará um ano de 
planejamento do seu antecessor. 
 
4. CERTO. Conforme mencionado acima a respeito do período 
de reunião do Congresso Nacional, todos os prazos 
mencionados no comando da questão estão corretos, a 
novidade fica por conta do impedimento, previsto no § 2º do 
art. 57 da CF, do início do recesso parlamentar em 1.º de 
julho, caso não tenha sido concluída a aprovação do projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias até o encerramento do 
primeiro período da sessão legislativa. 
 
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO: 
Conforme já mencionado, a LDO é também criação da 
Constituição de 1988. O Presidente da República deve enviar 
o projeto anual de LDO até oito meses e meio antes do 
encerramento do exercício financeiro. O Congresso Nacional 
deverá devolvê-lo para sanção até o encerramento do 
primeiro período da sessão legislativa, que não será 
interrompida sem a aprovação do projeto (art. 57, § 2º da 
CF). 
 
No Congresso, o projeto de LDO poderá receber emendas, 
desde que compatíveis com o plano plurianual, que serão 
apresentadas na Comissão Mista de Planos, Orçamentos 
Públicos e Fiscalização – CMPOF, onde receberão parecer, 
sendo apreciadas pelas duas casas na forma do regimento 
comum. 
 
Da mesma forma que o PPA, o Presidente da República 
poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
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modificações no projeto de lei da LDO, enquanto não iniciada 
a votação na CMPOF, da parte cuja alteração é proposta. 
O que a LDO estabelece? 
A LDO Compreende as metas e prioridades (MP) da 
administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subseqüente. Orienta a 
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as 
alterações na legislação tributária e estabelecerá sobre a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
De acordo com o § 2º do art. 165 da CF, a LDO deverá: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outras matérias que podem ser tratadas na LDO: 
�estrutura e organização dos orçamentos; 
�disposições relativas à dívida pública federal; 
�disposições relativas às despesas da União com pessoal e 
encargos sociais; 
 Compreender as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subseqüente; 
Orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual; 
Dispor sobre as alterações na legislação tributária; e 
Estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais 
de fomento 
LDO 
Metas Prioridades
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�disposições sobre a fiscalização pelo Poder Legislativo e 
sobre as obras e serviços com indícios de irregularidades 
graves; etc. 
 
Essência da LDO: 
 
A LDO é o instrumento propugnado pela Constituição para 
fazer a ligação (transição) entre o PPA (planejamento 
estratégico) e as leis orçamentárias anuais. 
 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO tem por função 
principal o estabelecimento dos parâmetros necessários à 
alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a 
garantir, dentro do possível, a realização das diretrizes, 
objetivos metas contemplados no plano plurianual. 
 
É papel primordial da LDO ajustar as ações de governo, 
previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa do Tesouro 
Nacional. 
 
A LDO é, na realidade, uma cartilha que direciona e orienta a 
elaboração do Orçamentoda União, o qual deve estar, para 
sua aprovação, em plena consonância com as disposições do 
Plano Plurianual. 
 
Importância da LDO após a vigência da LRF: 
 
Com a vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias passou a ter mais relevância. 
 
A LRF estabeleceu que a LDO deverá dispor sobre: 
 
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�Equilíbrio entre receitas e despesas; 
 
�Critérios e forma de limitação de empenho, a ser verificado 
no final de cada bimestre quando se verificar que a 
realização da receita poderá comprometer os resultados 
nominal e primário estabelecidos no anexo de metas fiscais e 
para reduzir a dívida ao limite estabelecido pelo Senado 
Federal; 
 
�Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos 
resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos; 
 
�Demais condições e exigências para a transferências de 
recursos a entidade públicas e privadas ; 
 
O § 1º do art 4º da LRF estabelece que integrará o projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas 
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em 
valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, 
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, 
para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
 
O § 2º do art 4º da LRF menciona que o Anexo de Metas 
Fiscais conterá, ainda: 
 
�Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano 
anterior; 
 
�Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e 
metodologia de cálculo que justifiquem os resultados 
pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três 
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exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com 
as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
 
�Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três 
exercícios, destacando a erigem e a aplicação dos recursos 
obtidos com a alienação de ativos; 
 
�Avaliação da situação financeira e atuarial: 
 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos 
servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de 
natureza atuarial; 
 
�Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de 
receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias 
de caráter continuado. 
 
O § 3º do art. 4º da LRF determina que a lei de diretrizes 
orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde 
serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos 
capazes de afetar as contas públicas, informando as 
providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
 
O § 4º do art. 4º da LRF, propugna que a mensagem que 
encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo 
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e 
cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus 
principais agregados e variáveis, e ainda as metas de 
inflação, para o exercício subseqüente. 
 
Atenção! Bastante cobrado em concurso! 
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A LDO deverá conter o anexo de Metas Fiscais e o de 
Riscos Fiscais. 
 
No Anexo de Metas Fiscais serão estabelecidas metas 
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a 
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante 
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para 
os dois seguintes, ou seja, para 3 exercícios. 
 
No Anexo de Riscos Fiscais serão avaliados os passivos 
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas 
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso 
se concretizem. 
 
Questões de concursos sobre o assunto LDO! 
 
5.(CESPE – MJ/DPF – Administrativo – Contador/2004) A Lei 
de Diretrizes Orçamentárias, além do previsto na Constituição 
Federal, deve incluir o Anexo de Metas e Prioridades e o 
Anexo de Metas Fiscais. 
 
Julgue os itens seguintes: A Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) deve incluir: 
 
6.(CESPE – STJ – Analista Judiciário: Área 
Administrativa/2004) as metas e prioridades da administração 
pública federal, com as despesas de capital para o exercício 
subseqüente. 
7.(CESPE – STJ – Analista Judiciário: Área 
Administrativa/2004) os limites para elaboração das 
propostas orçamentárias de cada poder. 
 
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8.(CESPE – STJ – Analista Judiciário: Área 
Administrativa/2004) a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
 
9.(CESPE – STJ – Analista Judiciário: Área 
Administrativa/2004) as normas relativas ao controle de 
custos e à avaliação dos resultados dos programas 
financiados com recursos dos orçamentos. 
 
10.(CESPE – STJ – Analista Judiciário: Área 
Administrativa/2004) o anexo de metas fiscais, em que são 
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de 
afetar as contas públicas, informando as providências a serem 
tomadas, caso se concretizem. 
Resumindo: 
 
Ênfase da LRF na LDO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITOS COMENTADOS: 
 
5. ERRADA. não previsto, em nenhuma norma, esse Anexo de 
Metas e Prioridades. 
 
LRF
LDO
Equilíbrio 
entre receita 
e despesa 
Critérios e 
forma de 
limitação de 
empenho... 
Normas 
relativas ao 
controle de 
custos... 
Anexo de Metas 
Fiscais - metas 
anuais relativas a 
receitas, 
despesas, etc. 
Anexo de Riscos 
Fiscais - avaliação 
dos passivos 
contingentes... 
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6. CERTA. Está exatamente como previsto no § 2º do art. 165 
da CF. 
 
7. CERTA. É a LDO que orientará a elaboração da proposta 
orçamentária e nessa orientação estabelece-se os limites de 
gastos de cada poder. 
 
8. CERTA. Está exatamente como previsto no § 2º do art. 165 
da CF. 
 
9. CERTA. Conforme previsto na alínea “e” do inciso “I” do 
art. 4º da LRF. 
 
10. ERRADA. No anexo de metas fiscais serão estabelecidas 
metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a 
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante 
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para 
os dois seguintes. Os passivos contingentes serão avaliados 
no anexo de Riscos Fiscais, conforme o § 3º do art. 4º da 
LRF. 
 
Lei Orçamentária Anual – LOA: 
A LOA Tem por finalidade a concretização dos objetivos e 
metas estabelecidos no Plano Plurianual. É o que poderíamos 
chamar de orçamento por excelência ou orçamento 
propriamente dito. 
Conceito de orçamento: 
 
É um processo contínuo, dinâmico e flexível que traduz em 
termos financeiros para determinado período – um ano, os 
planos e programas de trabalho do governo. É o cumprimento 
ano a ano das etapas do PPA, em consonância com a LDO e a 
LRF. 
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Em outras palavras, é o ato pelo qual o Poder Executivo 
prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de 
despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe 
autoriza, através de LEI, a execução das despesas destinadas 
ao funcionamento da “máquina administrativa”. 
 
Conceito de alguns autores renomados! 
 
“É o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder 
Legislativo lhe autoriza, por certo período, e em pormenor, a 
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos 
serviços públicos e outros fins adotados pela política 
econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das 
receitas já criadas em lei” ( Aliomar Baleeiro). 
 
“O Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação prévia 
das Receitas e Despesas Públicas”, “para um período 
determinado” (René Stourn). 
 
Pelos conceitos acima, quem elabora e executa o 
orçamento é apenas o PoderExecutivo? 
 
Não, na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público 
elaboram suas propostas orçamentárias, porém, quem 
executa a maior parte das despesas é o Poder Executivo, 
mesmo porque essa é a sua principal função. 
 
Basicamente, em termos de elaboração da proposta 
orçamentária, genericamente falando, funciona da seguinte 
forma: 
 
Todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o 
Ministério Público), e demais órgãos (Unidades 
Orçamentárias) elaboram as suas propostas orçamentárias e 
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encaminham para o Poder Executivo (Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG), que faz a 
consolidação de todas as propostas e encaminha um projeto 
de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional. 
 
Atenção! Muito importante! 
 
Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder 
Legislativo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso 
Nacional. Essa competência é privativa do Presidente da 
República (art 84, Inciso XXIII, da CF). 
 
Nunca é demais mencionar! 
 
Alexandre de Moraes descreve que a iniciativa acima 
mencionada é exclusiva e obrigatória para Estados e 
Municípios e ainda argumenta que se trata de uma iniciativa 
legislativa vinculada, uma vez que deverá ser remetida ao 
Congresso Nacional no tempo estabelecido pela própria 
Constituição Federal (in Direito Constitucional, 16ª edição, p. 
594). 
 
Assim foi cobrado em concurso! 
(CESPE – ACE/TCU – 2004) Os órgãos do Poder Judiciário, as casas do 
Congresso Nacional e o Ministério Público, amparados na autonomia 
administrativa e financeira que lhes garante a Constituição Federal, 
devem elaborar as respectivas propostas orçamentárias dentro dos 
limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias e encaminhá-las ao 
Congresso Nacional no mesmo prazo previsto para o envio do projeto de 
lei orçamentária do Poder Executivo, ou seja, até quatro meses antes do 
encerramento do exercício. 
 
Essa ficou facílima! Nenhuma proposta orçamentária pode 
ser enviada diretamente ao Congresso Nacional - CN, 
independentemente da autonomia de cada poder, a proposta 
orçamentária de cada órgão ou Poder deverá ser 
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encaminhada ao Executivo, para fins de consolidação e 
respectivo envio ao CN. 
 
Cuidado! 
Às vezes temos visto questionamentos, em concurso, sobre 
quem tem competência para dispor sobre orçamento público 
no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso 
Nacional. 
 
O termo dispor Refere-se a: votar, apresentar e rejeitar 
emendas, manter ou derrubar vetos do Presidente da 
República, aprovar créditos adicionais, fiscalizar, etc. 
 
Questionamento importante! 
Caso o Presidente da República se omita, deixando de 
encaminhar a proposta orçamentária ao Congresso Nacional, 
pode, qualquer parlamentar, apresentar essa proposta? 
 
Não, essa competência é exclusiva do Presidente da 
República. A proposta apresentada por parlamentar 
caracteriza inconstitucionalidade formal. 
 
Na prática, como se elabora o orçamento público? 
 
Essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo de 
elaboração da proposta orçamentária e pode ser resumido da 
seguinte forma: 
É semelhante ao orçamento familiar, onde são orçados os 
gastos do mês em função das receitas recebidas, assim: 
Orçamento do mês de dezembro - 2005 
RECEITAS DESPESAS 
Salário mensal 3.500,00 Moradia 
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Outras rendas 500,00 Aluguel 300,00 
 Educação 
 Mensalidade escolar 400,00 
 Saúde 
 Plano de saúde 150,00 
 Despesas médicas 250,00 
 Lazer 
 Viagens e turismo 800,00 
 Concursos 
 Investimento – ACE/TCU 1.200,00 
 Outras despesas 900,00 
Total 4.000,00 Total 4.000,00 
 
Na Administração Pública, as receitas a serem arrecadadas já 
estão previstas em Lei. Incumbe ao Poder Executivo prevê a 
sua arrecadação para o ano subseqüente e a fixação das 
despesas em função dessas receitas. 
Ao Congresso Nacional compete autorizar, através de lei, a 
execução orçamentária. É similar ao quadro apresentado 
abaixo: 
 
Proposta orçamentária para o ano de – 2006 – em 
bilhões 
RECEITAS PREVISTAS DESPESAS FIXADAS 
Tributária 3.500,00 Pessoal 
Patrimonial 500,00 Civil 3.000,00 
De serviços 1.000,00 Militar 1.000,00 
Industrial 500,00 Material de consumo 2.000,00 
Agropecuária 500,00 Investimento 3.000,00 
Operações de crédito 2.000,00 
Alienação de bens 1.000,00 
Total 9.000,00 Total 9.000,00 
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As despesas devem ser iguais as receitas, é o chamado 
princípio do equilíbrio orçamentário. 
 
E se fosse arrecado somente 8.000,00 das receitas 
previstas acima, poderia ser gasto os 9.000,00 fixados 
de despesa? 
Em princípio sim (art. 167, II, CF). Nessa situação, o CN 
autorizou a realização de 9.000,00 de despesas. Caso fossem 
comprometidos os 9.000,00 de despesas e tendo arrecadado 
somente 8.000,00, os 1.000,00 poderiam ser inscritos em 
restos a pagar. 
Entretanto, se não houver excesso de arrecadação, superávit 
financeiro do exercício anterior ou a realização de 
empréstimos autorizada em lei, a Lei Complementar nº 
101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, 
regulamenta essa prática (Art. 9º, c/c o Art. 42, § 1º, LRF). 
 
Ou seja, poderia comprometer 9.000,00, pagar 8.000,00 com 
o que foi arrecadado e ficar devendo 1.000,00 para 
pagamento no ano subseqüente, desde que haja 
disponibilidade em caixa de 1.000,00. 
 
Qual é o conteúdo da LOA? 
A LOA conterá a discriminação da receita e despesa de forma 
a evidenciar a política econômica e financeira e o programa de 
governo, obedecidos aos princípios de unidade, universalidade 
e anualidade(art. 2º, da Lei nº 4.320/64). 
Atenção! Não são somente esses princípios, existem outros 
previstos na CF e em outras normas, os quais mencionaremos 
quando estudarmos os princípios orçamentários. 
A LDO é o instrumento norteador da elaboração da lei 
orçamentária anual, pois esta é uma de suas funções, orientar 
a elaboração da LOA (art. 65, § 2º, da CF). 
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O orçamento viabiliza a realização anual dos programas 
mediante a quantificação das metas e a alocação de recursos 
para as ações orçamentárias (projetos, atividades e 
operações especiais). 
 
Quais são os órgãos técnicos responsáveis pela 
elaboração do orçamento da União? 
 
A elaboração dos orçamentos da União é de responsabilidade 
conjunta dos órgãos central (Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão – MPOG – Secretaria de Orçamento 
Federal – SOF) e setoriais, dentro de cada Ministério, e das 
unidades orçamentárias. 
 
A elaboração orçamentária inicia-se com o levantamento de 
informações para definição do rol de programas, ações e 
localização dos gastos a serem realizados. 
 
Assim foi cobrado em concurso! 
(CESPE – MJ/DPF – Administrativo – Téc. Contabilidade/2004) Segundo 
os dispositivos legais, o orçamento público deverá obedecer aos 
princípios da unidade, universalidade e anualidade. 
O comando da questão está exatamente conforme o art. 2º 
da Lei nº 4.320/64, que enumera esses três princípios. 
Importante! 
A LOA é também doutrinariamente reconhecida como o 
planejamento operacional da administração pública. 
Atenção! Esse preceito constitucional abaixo 
mencionado é muito exigido nos concursos públicos! 
Conforme o § 8º do art. 165 da Constituição Federal, o 
Congresso Nacional pode, na própria LOA, autorizar: 
 
 
►a contratação de qualquer modalidade de operação de crédito; 
►abertura de crédito adicional, somente o suplementar; 
►a realização de operações de crédito por antecipaçãoda receita 
orçamentária – ARO. 
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Muita atenção! Existem três tipos de créditos adicionais 
(suplementar, especial e extraordinário). Na LOA só pode ser 
autorizada a abertura de crédito adicional suplementar. 
Portanto, a CF veda a autorização para a abertura de créditos 
especial e extraordinário na própria LOA. 
 
Essas autorizações são chamadas de exceções ao princípio da 
exclusividade, ou seja, a LOA estaria tratando “em tese” de 
matérias não especificamente orçamentárias. 
 
O § 5º do art. 165 da Constituição Federal estabelece que a 
Lei Orçamentária Anual compreenderá: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quanto ao orçamento da seguridade social é importante 
mencionar que envolve três grandes áreas: 
►o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos 
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
►o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
►o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
O orçamento fiscal será referente: 
 Aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta; 
Inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder público. 
O orçamento de investimento será referente: 
 Às empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
O orçamento da seguridade social será referente: 
A todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração 
direta ou indireta; 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
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�saúde; 
�Previdência; e 
�Assistência social. 
São áreas de grande carência e relevância social e atende 
basicamente a sociedade mais necessitada. 
Encaminhamento e vigência da LOA: 
O Encaminhamento do projeto de lei orçamentária anual, ao 
Legislativo, será da competência exclusiva do Chefe do 
Poder Executivo. Deverá ser encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido 
para sanção até o encerramento da sessão legislativa (art. 
35, § 2º, inciso III, do ADCT – CF). 
A LOA tem sua vigência limitada a um período de doze meses, 
o qual, via de regra, coincide com o ano civil (de 1º de janeiro 
a 31 de dezembro). 
Portanto, as leis que aprovam os três instrumentos de 
planejamento da administração pública - PPA, LDO e LOA 
possuem vigência temporária, ou seja, a LOA e a LDO são 
para o período de um ano e o PPA será para quatro anos. 
 
A LOA e as implicações da LRF: 
 
Com a vigência da LRF, a LOA também ganha ênfase, passou 
a ter mais relevância. A LRF estabeleceu que esta deverá 
dispor sobre: 
�O art 5º da LRF estabelece que “O projeto de lei 
orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o 
plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias, e com 
as normas desta Lei Complementar”: 
 
� Conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da 
programação dos orçamentos com os objetivos e metas 
constantes do documento de que trata o § 1º do art.5º; 
 
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� Será acompanhado do documento a que se refere o § 6º 
do art. 165 da CF (demonstrativo regionalizado do efeito, 
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia), bem como das medidas de 
compensação a renúncias de receita e ao aumento de 
despesas obrigatórias de caráter continuado; 
 
� Conterá reserva de contingência, cuja forma de 
utilização e montante, definido com base na receita corrente 
líquida, serão estabelecidos na lei diretrizes orçamentárias, 
destinada ao: 
Atenção! Muito importante! 
A reserva de contingência deverá estar contida na LOA e a 
sua forma de utilização e o montante serão estabelecidos na 
LDO; 
 
O montante a ser utilizado deverá ser estabelecido com base 
na receita corrente líquida. Exemplo, a LDO poderia 
estabelecer que o montante da reserva de contingência 
constante na LOA seria de no máximo 5% da Receita corrente 
líquida. 
 
A reserva de contingência será destina ao atendimento de 
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais 
imprevistos, a exemplo do pagamento de decisões judiciais, 
 
O § 1º do art. 5º da LRF estabelece que a LOA deverá conter 
todas as despesas relativas à divida pública, mobiliária ou 
contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei 
orçamentária anual. 
 
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O § 2º do art. 5º da LRF estabelece que na LOA e em crédito 
adicional, o refinanciamento da dívida pública constará 
separadamente. 
 
O § 3º do art. 5º da LRF estabelece que a atualização 
monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não 
poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei 
de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica. 
 
O § 4º do ar 5º da LRF estabelece que é vedado consignar na 
lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com 
dotação ilimitada. 
 
O § 5º do art. 5º da LRF prevê que a LOA não consignará 
dotação para investimento com duração superior ao exercício 
financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em 
lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1º do 
art. 167 da Constituição. 
 
O § 6º do art. 5º da LRF estabelece que integrarão as 
despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as 
do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos 
sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a 
benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. 
 
O art. 7º da LRF estabelece que o resultado do Banco Central 
do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de 
reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, será 
transferido até o décimo dia útil do subseqüente à aprovação 
dos balanços semestrais. 
 
O § 1º do art. 7º da LRF prevê que o resultado negativo 
constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do 
Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento. 
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O § 2º do art. 7º da LRF estabelece que o impacto e o custo 
fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil 
serão demonstrados trimestralmente, nos termos em que 
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União. 
 
O § 3º do art. 7 da LRF prevê que os Balanços trimestrais do 
Banco Central do Brasil conterão notas explicativas sobre os 
custos da remuneração das disponibilidades do Tesouro 
Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a 
rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de 
emissão da União. 
 
Concluindo: 
O PPA, a LDO e a LOA constituem os instrumentos de 
planejamento que dão suporte a elaboração e execução 
orçamentária brasileira, representando uma verdadeira 
“pirâmide orçamentária”, estando na base da pirâmide o PPA, 
no meio a LDO e no topo a LOA, conforme demonstrado 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com esse breve estudo acerca dos instrumentos de 
planejamento da administração pública podemos concluir este 
estudo através de um quadro resumo, demonstrando a forma 
 
LOA 
LDO 
PPA 
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e prazos de envio e retorno dos projetos de lei de orçamento 
entre o Poder Executivo e o Legislativo:Envio: Chefe do PE ao PL. Devolução: do PL ao 
PE. 
Projeto de Lei Parâmetro para envio: 
até o término do exercício 
financeiro. 
Parâmetro para 
devolução: até o 
termino da sessão ou 
período legislativo. 
Plano Plurianual 
Até 4 meses antes do 
encerramento do primeiro 
exercício financeiro do mandato 
do chefe do PE – 31 de agosto. 
Até o término da sessão 
legislativa – 15 de 
dezembro. 
Lei de Diretrizes 
Orçamentárias 
Até 8 meses e ½ ates do 
encerramento do exercício 
financeiro – 15 de abril. 
Até o término do primeiro 
período legislativo – 30 de 
junho. 
Lei 
Orçamentária 
Anual 
Até 4 meses antes do 
encerramento do exercício 
financeiro – 31 de agosto. 
Até o término da sessão 
legislativa – 15 de 
dezembro. 
PE = Poder Executivo. PL = Poder Legislativo. 
Observem que os prazos da LOA e do PPA são coincidentes! 
 
 
Foi cobrado em concurso! 
 (CESPE – MJ/Escrivão de Polícia Federal/2004) Alterações no projeto de 
lei orçamentária após seu envio ao Congresso Nacional só podem ser 
efetuadas por iniciativa do Poder Legislativo. 
Opção incorreta, tanto o Poder Legislativo quanto o Poder Executivo 
podem apresentar propostas de alteração da LOA, entretanto, as 
propostas do Chefe do Poder Executivo só serão aceitas se ainda não 
iniciada a votação, na Comissão mista de Senadores e Deputados, da 
parte cuja alteração é proposta. 
As propostas de alterações ao projeto de lei de orçamento do 
Executivo serão encaminhadas através de mensagem e a dos 
parlamentares, mediante emendas. 
 
Bom pessoal, por hoje é só! 
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Obrigado pela atenção! 
 
“Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que 
amam a Deus. Nossos planos nem sempre são os 
mesmos de Deus. O tempo sempre mostra que Deus 
tem os melhores planos para nós”. 
 
As críticas, sugestões e questionamentos serão bem-vindos. 
Bom estudo! 
 
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AULA 01: ORÇAMENTO PÚBLICO: CONCEITOS E 
PRINCÍPIOS, CICLO ORÇAMENTÁRIO E ORÇAMENTO-
PROGRAMA: 
 
Olá Colegas do Ponto dos Concursos! É com imensa satisfação 
e alegria que iniciaremos, hoje, este curso on-line, onde 
abordaremos os tópicos de Administração Financeira e 
Orçamentária e Contabilidade Pública referentes ao 
conteúdo do concurso para ACE do TCU. 
Espero, sinceramente, poder ajudá-los na conquista de seus 
objetivos e estarei sempre disposto a atender e assimilar 
críticas e sugestões. 
 
Esta aula aborda os itens 1, 2, 3, 4, 5 e parte do item 6 (não 
necessariamente nessa ordem), do Edital do TCU – prova 
objetiva 2 - Administração Financeira e Orçamentária. 
 
Análise do conteúdo programático: 
A disciplina Administração Financeira e Orçamentária, em 
tese, não apresenta dificuldades de aprendizado, ou seja, o 
assunto é de fácil assimilação, porém, um pouco complexa, 
principalmente quanto ao conteúdo da Lei de 
Responsabilidade Fiscal – LRF. 
 
Já a disciplina Contabilidade Pública requer um pouco mais de 
conhecimento básico de Contabilidade e de Direito Financeiro, 
em especial, da parte dos Balanços Públicos, assunto que 
exige bastante atenção do candidato. 
Entretanto, ao longo desse curso serão apresentados diversos 
MACETES e TÉCNICAS de aprendizado, com o intuito de 
facilitar a assimilação por parte de candidatos não formados 
na área. 
 
Vamos ao assunto! 
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1. Orçamento público: conceitos e princípios. 
 
Conceitos: 
O que é Orçamento na Administração Pública? 
Orçamento é um processo contínuo, dinâmico e flexível, que 
traduz em termos financeiros para determinado período (um 
ano), os planos e programas de trabalho do governo. 
 
Em outras palavras, é o ato pelo qual o Poder Executivo 
prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de 
despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe 
autoriza, através de LEI, a execução das despesas destinadas 
ao funcionamento da “máquina administrativa”. 
 
Conceito de alguns autores renomados! 
 
“É o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder 
Legislativo lhe autoriza, por certo período, e em pormenor, a 
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos 
serviços públicos e outros fins adotados pela política 
econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das 
receitas já criadas em lei.”( Aliomar Baleeiro). 
 
“O Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação prévia 
das Receitas e Despesas Públicas”, “para um período 
determinado” (René Stourn). 
 
Pelos conceitos acima, quem elabora e executa o orçamento é 
apenas o Poder Executivo? 
 
Não, na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público 
elaboram suas propostas orçamentárias, porém, quem 
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executa a maior parte das despesas públicas é o Poder 
Executivo, mesmo porque essa é a sua principal função. 
 
Basicamente, em termos de elaboração da proposta 
orçamentária, genericamente falando, funciona da seguinte 
forma: 
 
Todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o 
Ministério Público), e demais órgãos (Unidades 
Orçamentárias) elaboram as suas propostas orçamentárias e 
encaminham para o Poder Executivo (Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG), que faz a 
consolidação de todas as propostas e encaminha um projeto 
de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional. 
 
Atenção! Importante! 
Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder 
Legislativo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso 
Nacional. Essa competência é privativa do Presidente da 
República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF). 
 
Alexandre de Moraes descreve que a iniciativa das leis 
orçamentárias é exclusiva e obrigatória para Estados e 
Municípios e ainda argumenta que se trata de iniciativa 
legislativa vinculada, uma vez que deverá ser remetida ao 
Congresso Nacional no tempo estabelecido pela própria 
Constituição Federal (in Direito Constitucional, 16ª edição, p. 
594). 
 
Assim foi cobrado em concurso! 
(CESPE – ACE/TCU – 2004) Os órgãos do Poder Judiciário, as casas do 
Congresso Nacional e o Ministério Público, amparados na autonomia 
administrativa e financeira que lhes garante a Constituição Federal, 
devem elaborar as respectivas propostas orçamentárias dentro dos 
limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias e encaminhá-las ao 
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Congresso Nacional no mesmo prazo previsto para o envio do projeto de 
lei orçamentária do Poder Executivo, ou seja, até quatro meses antes do 
encerramento do exercício. 
Essa ficou facílima! Nenhuma proposta orçamentária pode 
ser enviada diretamente ao Congresso Nacional - CN, 
independentemente da autonomia de cada poder, a proposta 
orçamentária de cada órgão ou Poder deverá ser 
encaminhada ao Executivo, para fins de consolidação e 
respectivo envio ao CN. 
Mas, cuidado! 
Às vezes temos visto questionamentos, em concurso, sobre 
quem tem competência para dispor sobre orçamento público 
no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso 
Nacional. 
 
O termo dispor Refere-se a: votar, apresentar e rejeitar 
emendas, manter ou derrubar vetos do Presidente da 
República, aprovar créditos adicionais, fiscalizar, etc. 
 
Questionamento importante! 
Caso o Presidente da República se omita, deixando de 
encaminhar o projeto de lei de orçamento ao Congresso 
Nacional, pode, qualquer parlamentar, apresentar esse 
projeto de lei? 
 
Não, essa competência é exclusiva do Presidente da 
República. A proposta apresentada por parlamentar 
caracteriza inconstitucionalidade formal. 
Na prática, como se elabora o orçamento público? 
Essatarefa é bastante complexa e é chamada de processo de 
elaboração da proposta orçamentária, entretanto, pode ser 
resumido da seguinte forma: 
É semelhante ao orçamento familiar, onde são orçados os 
gastos do mês em função das receitas recebidas, assim: 
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Orçamento do mês de dezembro - 2005 
RECEITAS DESPESAS 
Salário mensal 3.500,00 Moradia 
Outras rendas 500,00 Aluguel 300,00 
 Educação 
 Mensalidade escolar 400,00 
 Saúde 
 Plano de saúde 150,00 
 Despesas médicas 250,00 
 Lazer 
 Viagens e turismo 800,00 
 Concursos 
 Investimento – ACE/TCU 1.200,00 
 Outras despesas 900,00 
Total 4.000,00 Total 4.000,00 
 
Na Administração Pública funciona um pouco diferente, as 
receitas a serem arrecadadas já estão previstas em Lei, 
incumbe ao Poder Executivo prevê o quanto será arrecadado 
no ano subseqüente e a fixação das despesas em função 
dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional autorizar sua 
execução. 
A previsão das receitas e a fixação das despesas é 
semelhante ao demonstrado no quadro abaixo, porém, com 
muito mais complexidade, assim: 
 
Proposta orçamentária para o ano de – 2006 – em 
bilhões 
RECEITAS PREVISTAS DESPESAS FIXADAS 
Tributária 3.500,00 Pessoal 
Patrimonial 500,00 Civil 3.000,00 
De serviços 1.000,00 Militar 1.000,00 
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Industrial 500,00 Material de consumo 2.000,00 
Agropecuária 500,00 Investimento 3.000,00 
Operações de crédito 2.000,00 
Alienação de bens 1.000,00 
Total 9.000,00 Total 9.000,00 
 
As despesas devem ser iguais as receitas, é o chamado 
princípio do equilíbrio orçamentário. 
 
Informação importante e vem sendo cobrada em 
concurso! 
Observando o lado das recitas verifica-se que no exemplo 
existe previsão de $ 2.000,00 de empréstimos (operações de 
crédito). Isso significa que o orçamento é deficitário, ou seja, 
o governo prevê que não irá arrecadar receitas suficientes 
para cobrir as despesas. Nessa situação, a solução mais viável 
é a contratação de empréstimos. 
Essa situação é denominada de orçamento deficitário ou 
proposta orçamentária deficitária. 
E se fosse arrecado somente 8.000,00 das receitas 
previstas acima, poderia ser gasto os 9.000,00 fixados 
de despesa? 
Em princípio, sim (Art. 167, II, CF). Nessa situação, o CN 
autorizou a realização de 9.000,00 de despesas. Caso fossem 
comprometidos os 9.000,00 de despesas e tendo arrecadado 
somente 8.000,00, os 1.000,00 poderiam ser inscritos em 
restos a pagar. 
Entretanto, se não houver excesso de arrecadação, superávit 
financeiro do exercício anterior ou a realização de 
empréstimos autorizada em lei, a Lei Complementar nº 
101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, 
regulamenta essa prática (Art. 9º, c/c o Art. 42, § 1º, LRF). 
 
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Ou seja, poderia comprometer 9.000,00, pagar 8.000,00 com 
o que foi arrecadado e ficar devendo 1.000,00 para 
pagamento no ano subseqüente, desde que haja 
disponibilidade em caixa, no final do exercício financeiro, de 
1.000,00. 
 
Princípios orçamentários: 
 
Conceito de princípio: 
Amigo concursando! Dificilmente é cobrado conceito de 
princípio em concurso público, entretanto, é de vital 
importância o seu conhecimento para o que o candidato 
resolva questões de conteúdo amplo e de forma generalizada. 
 
Segundo a Resolução nº 750/93 do Conselho Federal de 
Contabilidade – CFC, os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade – PFC representam o núcleo central da própria 
Contabilidade, na sua condição de ciência social, sendo a ela 
inerentes. 
Os princípios constituem sempre as vigas-mestras de uma 
ciência, revestindo-se dos atributos de universalidade e 
veracidade, conservando validade em qualquer circunstância. 
No caso da Contabilidade, presente seu objeto, seus PFC 
valem para todos os patrimônios, independentemente das 
entidades a que pertencem, se com ou sem fins lucrativos. 
Portanto, à contabilidade pública aplicam-se os mesmos 
princípios inerentes à contabilidade empresarial, ressalvando-
se apenas as peculiaridades dessa disciplina, a exemplo do 
princípio da competência para as receitas e despesas na 
contabilidade empresarial e do regime misto para a 
contabilidade pública, regime de caixa para as receitas e 
competência para as despesas, mesmo assim, há exceções ao 
regime misto na contabilidade pública. 
 
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Um outro exemplo, na Resolução nº 750/93 do CFC, no art. 
9º do § 3º menciona que: 
 
“As receitas consideram-se realizadas”: 
“Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de igual valor”. 
O perdão de uma dívida seria um exemplo, tanto para a 
contabilidade pública quanto para a contabilidade empresarial. 
 
Nessa situação, desaparece a dívida do passivo e não há 
registro correspondente no ativo. O registro seria uma receita 
econômica, aumentando o patrimônio líquido. 
 
Um exemplo para as despesas seria a do § 4º do art. 9º, 
onde estabelece que: 
 
“Consideram-se incorridas as despesas”: 
 
“Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um 
ativo”. 
 
Para a contabilidade empresarial e a pública seria o exemplo 
de perda de estoques ou a morte de um semovente. A perda 
de parte do estoque diminui o valor econômico de um ativo e 
a morte de um semovente (animal) há extinção do valor do 
ativo. 
Estes são apenas alguns exemplos de aplicação dos PFC aos 
diversos ramos da contabilidade. 
 
Conclui-se, portanto, que os PFC representam o verdadeiro 
núcleo central da doutrina contábil. 
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Diversos princípios orçamentários estão previstos em normas 
(CF, Lei nº 4.320/64, LRF, Resolução do CFC, etc), e outros 
são mencionados pela doutrina. 
Muitos princípios estão apenas implícitos nas normas, a 
exemplo do princípio da exclusividade, opondo-se à inclusão 
de matéria estranha (não orçamentária) na lei de orçamento. 
Quais são esses princípios? 
A seguir, iremos dissertar detalhadamente acerca dos 
princípios mais importantes para fins de concurso, tanto os 
previstos em normas quanto os mencionados pela doutrina. 
Para não perder o costume, mencionaremos alguns 
questionamentos de concursos, para que o candidato tenha 
idéia de como esse assunto vem sendo “cobrado” pelas 
bancas. 
 
�Legalidade: é o princípio que diz respeito às limitações ao 
poder de tributar do Estado. Atende o que está previsto no 
inciso II do art. 5º da CF, onde menciona que “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei”. Esse princípio visa a combater as 
arbitrariedades emanadas do poder público. Somente por 
meio de normas legais podem ser criadas obrigações aos 
indivíduos. 
Atendendo a esse princípio, todas as leis orçamentárias (PPA, 
LDO e LOA) são aprovadas pelo Poder Legislativo, cabendo 
ainda a esse Poder fiscalizar a execução dos orçamentos. 
Foi cobrado em concurso! 
 
(ESAF/MPOG – Analista de Planejamento e Orçamento/2002) De acordo 
com os princípios orçamentários, identifique o princípio que está inserido 
nos dispositivos constitucionais, orientando a construção do sistema 
orçamentário em sintonia com o planejamento e programação do poder 
público e garantindo que todos os atos relacionados aos interesses da 
sociedade devem passar pelo exame e pela aprovação do parlamento. 
a) princípio da periodicidade 
b) princípio da exclusividade 
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