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Paper Gestão de Custos

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1 Nome dos acadêmicos 
2 Nome do Professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo V- 11/07/20 
 
Gestão de Custos como ferramenta para a definição do 
Orçamento Empresarial 
 
 
Miriane Puziski¹ 
Morgana Garcia¹ 
 Rafaela Sampaio¹ 
Cristiano Agostinho de Oliveira² 
 
 
RESUMO 
 
O objetivo de uma boa gestão de custos é evidenciar a importância da utilização do planejamento na gestão 
de uma empresa. Os procedimentos metodológicos utilizados basearam-se na técnica de coleta de dados 
através da pesquisa descritiva e na aplicação dos modelos propostos pela teoria da contabilidade de custos 
que pode dar suporte necessário aos tomadores de decisão. Através das diversas ferramentas de análise do 
comportamento das operações das empresas é possível combinar informações de interesse das mesmas que 
estejam alinhadas com sua metodologia de trabalho, com seu planejamento e posicionamento no mercado, 
sendo possível identificar distorções, processos falhos ou simplesmente aqueles que necessitam de melhorias 
e através da utilização dessas ferramentas é possível que as organizações atuem especificamente nesses 
pontos como forma de maximizar seus resultados. 
 
 
Palavras-chave: Custos. Lucros. Empresas. 
 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo dispõe sobre a gestão de custos dentro do orçamento empresarial, que iniciou-
se na Revolução Industrial, no século XVIII. E possui até hoje uma importância significativa na 
demonstração do resultado final, ou seja, como saber os gastos que uma empresa possui, de que 
maneira poderão ser reduzidos, como chegar ao valor final de um produto sem ter prejuízo e 
garantindo o que toda empresa busca, o lucro desejado. 
Ao decorrer do conteúdo serão apresentados os elementos que constituem a gestão de custos, 
seus conceitos, seus tipos e como se agregam na formação do preço de um produto. Teve-se como 
objetivo apresentar o conteúdo de forma descritiva com o intuito de detalhar mais o tema abordado. 
Com a intenção de esclarecer e facilitar o entendimento, foram utilizados métodos qualitativos e 
quantitativos para apresentar os resultados. 
Vale ressaltar que, uma boa gestão de custos pode ser considerada como um alicerce para o 
sucesso dentro de uma empresa, pois é através dela que o empresário saberá se é viável ou inviável 
2 
 
 
 
investir em algo, vender determinado produto, ou ainda de que forma poderá reduzir os custos para 
atingir um resultado final satisfatório. 
 
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS: 
 
A Contabilidade de custos teve início na Revolução Industrial, no século XVIII. Antecedendo 
este período, a contabilidade era direcionada para o setor comercial, utilizada na apuração do 
resultado do exercício. 
Com o advento das máquinas, a produção deixou de ser realizada artesanalmente para ser 
produzida em larga escala, utilizando equipamentos e máquinas. Durante a produção artesanal, o 
custo do produto era facilmente identificado. De maneira oposta, quando da utilização dos 
maquinários, além do custo com mão de obra e matéria-prima, outros serão consumidos neste 
processo, como por exemplo, energia elétrica, água, depreciação das máquinas do setor produtivo. 
Assim sendo, o cálculo do custo unitário necessitava de um profissional de contabilidade 
especializado nesta área e assim surge a Contabilidade de Custos. 
Para melhor compreender este contexto, Martins (2010, p. 23) esclarece: 
 
A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando da necessidade 
de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na empresa tipíca da era do 
mercantilismo. Seus princípios derivam dessa finalidade primeira e, por isso, nem sempre 
conseguem atender completamente a suas outras duas mais recentes e provavelmente mais 
importantes tarefas: controle e decisão. Esses novos campos deram nova vida a essa área, 
que por sua vez, apesar de já ter criado técnicas e métodos específicos para tal missão, não 
conseguiu ainda explorar todo o seu potencial; não conseguiu, talvez, sequer mostrar a seus 
profissionais e usuários que possui três facetas distintas que precisam ser trabalhadas 
diferentemente, apesar de não serem incompatíveis entre si. 
 
 
2.1.1 Conceito de Contabilidade de Custos: 
 
Contabilidade de custos é uma forma efetiva de avaliar todos os gastos de uma empresa, 
possibilitando o aperfeiçoamento e a tomada de decisões baseadas em evidências. Pode ainda ser 
definida como aquela voltada para as necessidades administrativas internas da empresa, com uma 
avaliação mais ponderada dos estoques e consolidação dos gastos envolvidos na elaboração de 
produtos estocados. 
A adoção de critérios de avaliação de inventário foi o marco inicial da Contabilidade de Custos 
e esta constituiu-se ferramenta gerencial a partir da Revolução Industrial, onde surgiu a necessidade 
de controlar estoque e custo de produção. 
3 
 
 
 
Para correta apuração dos resultados de cada período, não se pode considerar apenas o produto 
que é comprado pronto, por isso, existe o estoque dos produtos em elaboração e o estoque dos 
produtos acabados. É imprescindível apurar o total de materiais, da mão-de-obra e de gastos gerais 
de fabricação consumidos no processo produtivo, além da necessidade de um sistema de registro e 
acompanhamento, da apropriação e rateio de gastos, como também detalhados lançamentos 
contábeis e controles paralelos. 
As empresas comerciais ou de serviços têm, atualmente, se dedicado na utilização dos recursos 
da Contabilidade de Custos, pois ela transmite à administração grande número de dados para a 
tomada de decisões diárias, assim como informações indispensáveis para as decisões de longo 
prazo. 
 
2.2 TERMINOLOGIA DE CUSTOS 
 
2.2.1 Gasto: 
 
Provém da compra de um produto ou serviço, que acarreta um esforço financeiro que a 
entidade realiza para a obtenção de um bem ou serviço, representado por entrega ou promessa de 
entrega de ativos. O gasto se concretiza quando os serviços ou bens adquiridos são prestados ou 
passam a ser de propriedade da empresa. 
 
2.2.2 Desembolso: 
 
É o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço e pode acontecer antes, durante 
ou após a ocorrência do gasto. Ao adquirirmos um item à vista, o desembolso ocorre no momento 
da compra, já quando a compra é a prazo, o desembolso será na ocorrência do pagamento desta 
compra. 
 
2.2.3 Custos: 
 
É um gasto com bens e serviços utilizados para a produção de outros bens ou serviços. Em 
síntese, o custo de um produto é formado pelo valor da matéria-prima, o preço da mão-de-obra 
empregada na produção deste produto, o preço de mão-de-obra utilizado para funcionamento dos 
demais setores da empresa e o custo da depreciação de maquinários. 
4 
 
 
 
De acordo com Martins e Rocha (2010, p. 09), “Para que um evento seja caracterizado como 
custo há que satisfazer a dois requisitos: (a) ocorrência de consumo, utilização ou transformação de 
um recurso econômico e (b) objetivo de produzir bens ou serviços.” 
 
2.2.4 Despesas: 
 
São gastos ocorridos direta ou indiretamente na forma de um bem ou serviço e dentro de um 
período. É lançado pela Contabilidade neste mesmo período, com o objetivo de obtenção de 
receitas. Outra característica da despesa é o fato de não relacionar-se com o processo produtivo. 
Para Martins (2010, p. 26), “[...] são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa 
característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas.” 
 
2.2.5 Perdas: 
 
Resulta do consumo de bem ou serviço de forma anormal e involuntária. A diferença entre 
perda e despesa, é que na despesa ocorre consumo para obtenção de receita e na perda não há 
relação com geração de receitas. 
 
2.2.6 Investimento: 
 
É o gasto classificado no ativo emfunção de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a 
períodos futuros, também chamado de bens de uso. Todos os desembolsos havidos pela aquisição 
de bens ou serviços que são classificados nos estoques, são chamados de investimentos. 
 
2.2.7 Desperdícios: 
 
Desperdícios são gastos imprevisíveis, que podem estar relacionados diretamente com o 
produto, ocasionando em inutilização do mesmo, ou ainda estar vinculado a tempo ou materiais 
usados por período desnecessário e de forma indevida, o que acarreta em elevação do gastos da 
empresa. Um desperdício, por exemplo, seria uma produtividade menor do que o normal. 
 
2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 
 
Tendo em vista a que as informações de custos têm aplicações, usuários e graus de 
complexibilidade diversificados, uma das formas de adquirir informações mais significativas e, 
5 
 
 
 
posteriormente, favorecer o controle e o processo de tomada de decisão, é a classificação dos 
custos. Esta classificação depende de qual referencial será empregado. 
 
2.3.1 EM RELAÇÃO AO PRODUTO: 
 
2.3.1.1 Custos Diretos: 
 
Podem ser facilmente identificados diretamente com o produto, sem necessidade de efetuar 
um rateio. Variam direta e proporcionalmente à quantidade produzida. 
 
2.3.1.2 Custos Indiretos: 
 
São custos que não podem ser apropriados diretamente ao produto e necessitam da utilização de 
algum tipo de distribuição (rateio), em razão da impossibilidade da sua mensuração direta e 
objetiva. 
 
2.3.2 EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO: 
 
2.3.2.1 Custos fixos: 
 
Aqueles cujo total não varia conforme o volume produzido. Em consequência, quanto maior a 
produção, menor será a parcela do custo fixo a ser vinculado a cada unidade. 
 
2.3.2.2 Custos variáveis: 
 
Mantém uma relação direta ao volume de produção, ou seja, cada unidade a mais produzida 
altera diretamente o custo do produto. De acordo com Martins e Rocha (2010, p. 25), os custos 
podem manter-se constantes por determinado período, porém são variáveis, pois os subsídios 
adquiridos são somente consumidos de acordo com a necessidade de produção. 
 
2.4 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 
 
No processo de formação do preço de venda de um produto, devem ser considerados diversos 
fatores, entre eles, os custos do produto, a mão de obra empregada na elaboração do mesmo, as 
6 
 
 
 
despesas fixas e variáveis da empresa, além de possibilitar a obtenção de lucro líquido para a 
entidade. 
A competitividade de mercado requer um constante aprimoramento nas atividades envolvidas 
na fixação de preços, pois os preços fixados devem estar próximos dos praticados pelos seus 
concorrentes da mesma categoria e qualidade, e, principalmente, gerar lucro. Se a empresa definir 
um preço de venda abaixo do encontrado no mercado, provavelmente seu negócio se tornará 
inviável para aquela entidade, pois não lhe trará lucro e talvez não cubra os custos do produto. Caso 
contrário, se optar por um preço muito acima dos concorrentes, não atingirá seu objetivo principal, 
que é o lucro. 
Desta forma, o processo de formação do preço de venda requer especial atenção, pois a 
lucratividade da empresa dependerá deste valor. 
 
2.5 MÉTODOS DE CUSTEIO 
 
Como importante ferramenta para identificar, distribuir e incorporar ao preço de venda os 
custos de fabricação, temos os métodos de custeio, que são essenciais para o resultado da empresa. 
Inicialmente, seu objetivo principal é a separação de custos variáveis e custos fixos. 
Existem diversos tipos de custeio e a empresa necessita avaliar as características de cada um e 
observar qual se adequa melhor à realidade sua empresa. 
Ainda sobre os métodos de custeio, Martins e Rocha (2010, p.45) acrescentam: 
 
O estudo e a prática dos diferentes métodos de custeio referem-se às várias alternativas 
possíveis de decisão sobre quais elementos de custos devem ou não ser computados na 
mensuração do custo dos produtos individuais, considerando-se a natureza e o 
comportamento daqueles elementos em relação às oscilações do volume de produção, ou 
seja, custos fixos ou variáveis. Nesse sentido, tem-se o Custeio Variável, o Custeio por 
Absorção e o Custeio por Atividade. 
 
 Nesta pesquisa iremos mencionar apenas os três referidos acima, que são: custeio por 
absorção, custeio variável e custeio por atividade (ABC). 
 
2.5.1 Custeio por absorção 
 
Também conhecido como custeio integral, o sistema de custeio por absorção consiste na 
apuração de todos os custos envolvidos na produção de bens ou serviços prestados, sendo eles 
diretos e indiretos, fixos e variáveis. Estes gastos serão distribuídos por todos os produtos 
elaborados. 
7 
 
 
 
Na interpretação de Moura (2005), no custeio por absorção todos os custos são distribuídos 
pelo estoque, em que cada produto absorve aquilo que lhe compete para sua fabricação, 
independendo se é custo fixo ou variável, direto ou indireto. 
Uma das principais vantagens do emprego deste método é que encontra-se de acordo com os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade e com as leis tributárias. Outra vantagem é o baixo custo 
para sua implementação, visto que não é necessário a separação dos custos fixos e variáveis. 
No tocante às desvantagens, podemos mencionar a formação do preço de venda sem a real 
margem de contribuição, que é a diferença do preço de venda e o custo do produto, resultando 
assim em um preço de venda menos apropriado e competitivo. 
 
2.5.2 Custeio variável 
 
O custeio variável é conhecido também como custeio direto e custeio marginal. Considera 
como custo de produção do período apenas os custos variáveis envolvidos, que se modificam 
conforme o volume de produção, sejam eles diretos ou indiretos. É um dos métodos mais 
empregados e conhecidos entre as empresas, especialmente as que atuam no comércio e indústria. 
É um método bastante apropriado quando pretende-se definir a margem de contribuição da 
instituição ou expressar os custos dos produtos. 
Como vantagem da adoção deste método, podemos citar a apresentação imediata da margem de 
contribuição de cada produto. Em contrapartida, uma das desvantagens é o método não ser aceito 
pela legislação tributária, pelo fato de ferir os Princípios Contábeis. Não obstante, isso não 
impossibilita que as empresas façam uso deste método para controle interno. 
 
2.5.3 Custeio baseado em atividades 
 
Mais conhecido como ABC (Activity Based Costing), este método está baseado nas atividades 
realizadas pela empresa no processo de fabricação de seus produtos. Em síntese, atua identificando 
os custos mais elevados em cada etapa para que possa ser implantado um sistema de melhorias, 
visando a redução de custos e, consequentemente, redução do preço dos produtos. 
Este sistema considera que os gastos de uma empresa ocorrem em função de como os produtos 
são feitos e não pelo tipo de produto fabricado. É adequado para distinguir o que está sendo 
vinculado aos custos, em virtude de medir as despesas e os gastos indiretos. Todavia, para que isso 
aconteça, é imprescindível que a empresa tenha um alinhamento de seus processos e que o objetivo 
seja a longo prazo. 
8 
 
 
 
Segundo Martins (2010, pg. 87), o custeio baseado em atividades “é um método de custeio que 
procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”. 
Podemos evidenciar então, que o método procura identificar de forma clara, por meio de 
rastreamento, o agente causador do custo, para lhe aplicar o devido valor. 
Como vantagem da utilização deste método, além de identificar qual atividade consome mais 
recursos e seus consequentes gastos, ele pode ser utilizado como um sistema de contabilidade de 
gestão. No entanto, as desvantagens a serem citadas são fato de ser um método complexo e que leva 
tempo para total apuração e necessitar de revisão constante. 
 
2.6 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
 
É o indicador que demonstra se o preçodos produtos é suficiente para cobrir os custos e as 
despesas fixas da empresa e, ainda assim, obter lucros. Baseado neste fator, a empresa pode 
estipular metas de vendas, regular preços de itens que tenham uma margem menor e elaborar 
promoções. 
Segundo Martins (2010, pg. 179), “[...] é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa 
de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro.” 
Para encontrar a margem de contribuição é a diferença entre a receita obtida na venda e os 
custos e despesas variáveis. Sua fórmula geral é: 
 
MC (Margem de Contribuição) = PV (Preço de Venda) - CV (Custo Variável do Produto) 
 
2.7 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS 
 
Nas transações de compras e vendas de mercadorias, alguns tributos podem incorrer, sendo 
incorporados no valor das mercadorias, ou posteriormente acrescentados. Conforme Moura (2005, 
p.65): 
 
Consideram-se tributos incidentes sobre as vendas os impostos, as taxas e as contribuições, 
que guardem proporcionalidade com o preço da venda efetuada ou do serviço prestado, 
ainda que o montante do referido tributo integre a sua própria base de cálculo. 
 
 
Iremos mencionar apenas os impostos mais comuns incidentes sobre as vendas para as 
empresas comerciais: 
 - ICMS: imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; 
9 
 
 
 
 - IPI: imposto sobre produtos industrializados; 
 - ISS: impostos sobre serviços de qualquer natureza; 
 - PIS: programa de integração social; 
 - COFINS :contribuição para o financiamento da seguridade social; 
 - IRPJ: imposto sobre a renda das pessoas jurídicas; 
 - CSLL: contribuição social sobre o lucro líquido. 
 
3. ESTUDO DE CASO 
 
Para exemplificar e explanar os conhecimentos aqui citados a cerca da gestão de custos, 
apresentaremos um exemplo de uma empresa fictícia. 
 
 ACRÉSCIMO DE NOVO BISCOITO NA LINHA DE PRODUÇÃO 
 
Determinada fábrica de biscoitos está pensando em acrescentar um novo produto em sua linha 
de produção, com o intuito de atender os pedidos de seus clientes. Para isso foi contratado um 
profissional que fará o levantamento de todos os custos e despesas para produção e comercialização 
desse produto, até chegar ao seu valor de venda final. Sabendo que a fábrica possui um faturamento 
médio mensal de R$ 400.000,00 e despesas fixas médias mensais de R$ 60.000,00. 
 
Foram obtidos os seguintes dados: 
 
 Custos e despesas para a fabricação de 1 unidade (caixa 10kg ) = 
 Total custos fixos (diretos + indiretos) = R$ 20,80. 
 Total custos variáveis ( diretos + indiretos ) = R$ 10,30. 
 Total das despesas = R$ 10,80. 
 
Com isso chegamos ao custo unitário de R$ 41,90, contabilizando somente os custos e despesas 
para a fabricação do produto. 
 
Vejamos as demais despesas: 
 Comissão de venda = 5%. 
 Propaganda = 3%. 
 Despesas com frete = 1%. 
 Perdas estimadas = 1,5%. 
10 
 
 
 
 Despesas financeiras = 4%. 
 Margem de lucro = 15%. 
 Despesas fixas médias mensais = 15% ( 60.000/4000.000 ) 
 
Será utilizado o cálculo do Mark Up multiplicador para encontrar o preço de venda: 
 
 Mark Up = 100/(100 – ( 5 + 3 + 1 + 1,5 + 4 + 15 + 15 ) ) 
 Mark Up = 100/(100 – 44,50) = 100/55,50 = 1,8018 
 
 Preço de venda = R$ 41,90 x 1,8018 = R$ 75,50. 
 
PROVA REAL DOS CUSTOS E DESPESAS: 
 
DESCRIÇÃO VALOR R$ % 
PREÇO DE VENDA 75,5 100% 
CUSTO UNITÁRIO -41,9 
COMISSÃO -3,78 -5% 
PROPAGANDA -2,27 -3% 
DESPESAS COM FRETE -0,76 -1% 
PERDAS ESTIMADAS -1,13 -1,50% 
DESPESAS FINANCEIRAS -3,02 -4% 
DESPESAS FIXAS MÉDIAS MENSAIS -11,32 -15% 
MARGEM DE LUCRO 11,32 15% 
 
FONTE: Produção própria. 
 
 
Pode-se verificar a prova real na tabela acima, onde se tem a margem de lucro de 15% 
dividindo o resultado final de R$ 11,32 pelo preço de venda R$ 75,50. 
 
Entretanto além de todos os custos e despesas já apresentadas, também precisam ser inseridos 
no preço de venda final os gastos com tributos, que são os seguintes: 
 
 Preço de venda sem impostos = R$ 75,50. 
 ICMS = 17%. 
 IPI = 20%. 
 PIS = 1,65%. 
 COFINS = 7,6%. 
11 
 
 
 
 IRPJ = 2,5%. 
 CSLL = 1,5%. 
 
 Cálculo dos tributos ICMS, PIS, COFINS, IRPJ e CSLL: 
 Percentual total de 30,25% ( 17% + 1,65% + 7,6% +2,5% + 1,5 ). 
 Para calcular o preço de venda sem o IPI pode-se utilizar o Mark Up divisor, da seguinte forma: 
 100% - 30,25% = 69,75%. 
 PV = R$ 75,50. 
 PV = 75,50/69,75% = R$ 108,24. 
 
Agora veremos o preço de venda após o cálculo do IPI. É importante ressaltar que a alíquota do 
IPI é calculada por ultimo devido ao fato que ele agrega os demais tributos, ou seja, sua 
porcentagem é calculada em cima do preço de venda já inseridos as alíquotas de ICMS, PIS, 
COFINS, IRPJ e CSLL . Como veremos a seguir: 
 R$ 108,24 + 20% = R$ 129,89. 
 
CÁLCULO DOS TRIBUTOS: 
 
TRIBUTOS % CÁLCULO VALOR R$ 
ICMS 17% 17% x 108,24 18,4 
PIS 1,65% 1,65% x 108,24 1,79 
COFINS 7,60% 7,60% x 108,24 8,23 
IRPJ 2,50% 2,50% x 108,24 2,7 
CSLL 1,50% 1,50% x 108,24 1,62 
IPI 20% 20% x 108,24 21,65 
PREÇO DE VENDA 75,5 
PREÇO FINAL DE VENDA 129,89 
 
FONTE: Produção própria. 
 
 
Pode-se observar na tabela acima que, com as alíquotas dos tributos inseridas no preço de 
venda, a fábrica terá que vender o seu produto com o preço final de R$ 129,89, para assim alcançar 
a margem de lucro desejada de 15%. 
 
 
12 
 
 
 
4. METODOLOGIA 
 
O inicío do estudo foi executado com a formação teórica sobre o tema, através de uma pesquisa 
de caráter descritiva tendo como objetivo aprofundar e desenvolver os conhecimentos sobre o tema 
abordado. 
As informações foram encontradas por meio de fontes secundárias, através de revisões 
bibliográficas e analise de documentos. Por se tratar de custos, para o desenvolvimento e 
apresentação dos resultados foram utilizados tanto os métodos qualitativos quanto os quantitativos. 
Com a finalidade de dar mais clareza e compreensão ao temo abordado, foi apresentado como 
estudo de caso o cálculo de custos de um produto fictício até chegar ao seu valor de venda final e 
atingir o lucro desejado. 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Conforme demonstrativo fictício exposto na fundamentação teórica, a análise dos dados foi 
realizada no setor de uma Fábrica de Biscoitos, cujo objetivo é uma nova linha de produção. O 
demonstrativo detalhado de todos os gatos permitiu que a empresa visualizasse de forma clara e 
objetiva todas suas receitas e despesas. No final dessa equação é possível acompanhar o quanto de 
lucro a produção obterá, bem como saber se será rentável. 
Ao analisar a rentabilidade e projeções financeiras, concluímos que a cada 1 unidade que 
contém 10 kg será vendida pelo o valor de R$ 129,89 (cento e vinte e nove reias e oitenta e nove 
centavos), obtendo um resultado de 15% da margem de lucro. 
 
6. CONCLUSÃO 
 
Concluímos em nossa abordagem preliminar de gestão industrial que teve como objetivo o 
cálculo de custo do produto, onde a determinação do preço de venda está relacionada com as 
informações de custos fornecidas e também com encargos e tributos. A utilização das contas 
auxiliares se tornou parte prática no desenvolvimneto da contabilização, pois são essas contas que 
auxiliam no processo de apuração dos custos evidenciados nos registros contábeis no detalhamento 
dos custos. 
Portanto, através de investimentos em programas de qualidade, a empresa evitará despesas 
desnecessárias e se beneficiará com a redução do tempo do processo, criando um ambiente de 
trabalho arrumado e agradável, consequentemente haverá melhoria na produtividade, elevação do 
nível de satisfação, facilidade nas relações humanas e diminuição do absenteísmo. A qualidade 
13 
 
 
 
citada ao longo desse trabalho tem sido exigida pelo consumidor diariamente.E competem às 
empresas adequar-se às constantes mudanças do mundo empresarial. 
 
7. REFERÊNCIAS 
 
ANZZOLIN, José Laudelino. CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS. Curitiba: Iesde 
Brasil, 2008. 
BOMFIM, Eunir de Amorin; PASSARELLI, João. Custos e formação dos preços. São Paulo: 
Saraiva, 2011. 
CHING, Hong Yuh. Contabilidade Gerencial: Novas práticas contábeis para a gestão de negócios. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 
KNUTH, Valdecir. Contabilidade de custos. Indaial: Uniasselvi, 2015. 
MARTINS, Eliseu. CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo: Atlas, 2010 
MARTINS, Eliseu; ROCHA, Welington. MÉTODOS DE CUSTEIO COMPARADOS: Custos e 
margens analidasos sob diferentes perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
RIBEIRO, Osni Moura. CONTABILIDADE BÁSICA. São Paulo: Saraiva, 2005. 
 
______. CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA. São Paulo: Saraiva, 2005. 
SILVA, Raimundo Nonato Sousa; LINS, Luiz dos Santos. GESTÃO DE CUSTOS: 
CONTABILIDADE, CONTROLE E ANÁLISE. São Paulo: Atlas, 2010.

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