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PSICOMETRIA 1 A 8

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PSICOMETRIA 16/06 
AULA 1 
 PSICOMETRIA 
 É a área da psicologia que trata do desenvolvimento e da aplicação de técnicas 
de mensuração aos fenômenos psíquicos. 
 As medições se fazem mediante a atribuição de valores numéricos aos 
comportamentos, de maneira que as diferenças de comportamento sejam 
representadas por variações nesses valores numéricos. 
 História da Psicometria 
 Desde os tempos primitivos que se nota, entre os seres humanos, a 
preocupação de fazer observações cada vez mais acuradas do mundo ao redor. 
 Aferição do tempo, distâncias, tamanhos, capacidades, etc (bússola, 
relógio, microscópio, telescópio, ...) 
 Séc. XIX: ser humano se voltou para si próprio com o mesmo objetivo. 
 Final do séc. XIX e início do séc. XX 
 Duas correntes na Psicologia: 
 Introspecção – interessada na experiência subjetiva – Alemanha 
 Empirismo – interessado no comportamento e nas experiências 
sensoriais – método quantitativo. Inglaterra e EUA. 
 A origem da Psicometria apresenta enfoque empirista das psicologias 
da época. 
 Posição Positivista de Bacon – a ciência se faz do conhecimento do singular 
para o universal 
 Por exemplo: para se conhecer o constructo de Inteligência, faz-se estudos nos 
indivíduos (quantificam as aptidões) e conclui-se como é a inteligência daquela 
amostra 
 A Psicometria guiada pela Estatística. 
 Os precursores –estatísticos de formação. 
 quando na verdade ela deve ser concebida como um ramo da Psicologia que 
interfaceia com a Estatística. 
 As Fases... 1880 - Galton 
 Cientista, explorador e antropometrista inglês - Primo de Charles Darwin 
Avaliação das aptidões humanas individuais através da medida sensorial. 
Primeiro responsável pela aplicação de testes. 
 “toda informação do homem chega pelos sentidos, quanto melhor o estado 
destes melhores seriam as operações intelectuais”. 
 1890 -Cattel 
 Psicólogo 
 Sob a influência de Galton, ele desenvolveu medidas das diferenças 
individuais. 
 O primeiro a usar a terminologia = teste mental, para as provas aplicadas 
anualmente aos alunos universitários no sentido de avaliar seu nível 
intelectual. 
 1900-1930 Binet/Spearman 
 Binet: Psicólogo francês 
As avaliações têm como objetivo a predição das aptidões humanas na área acadêmica. 
Apresentou críticas às pesquisas sensoriais, questionando a correlação entre medidas 
sensoriais e nível intelectual 
 Binet 
 Junto com Simon desenvolveu o Teste de Inteligência Binet-Simon (foi indicado 
para uma comissão encarregado de criar um método para avaliar crianças que, 
devido ao retardo mental, não conseguiam acompanhar a classe regular) 
 Binet-Simon 
 Este teste apresentou conteúdo mais cognitivo (e não sensorial) e cobria 
funções mais amplas como julgamento, compreensão e raciocínio. 
 A aplicação deste teste era individual, respostas orais ou manuseio de material, 
exigindo assim um aplicador treinado. 
 Binet-Simon 
 Depois da tradução deste Teste para os EUA, inaugura-se de uma vez a era dos 
testes psicológicos. 
 Estes autores propõem o termo Idade Mental: inteligência média para cada 
idade específica. 
 Stern 
 Mais tarde, Stern sugeriu que a idade mental fosse dividida pela idade 
cronológica, dando origem ao conceito de Quociente de Inteligência. 
 QI = (IM/IC) 
 Spearman 
 Spearman: desenvolvimento dos fundamentos da teoria da Psicometria 
Clássica. 
 Fator G de Inteligência–fator geral presente em todas as atividades intelectuais 
 Impacto da Primeira Guerra–necessidade de seleção rápida e eficiente de 
recrutas para a guerra – testes de aplicação coletiva. 
 1ª Guerra Mundial – EUA desenvolvem o primeiro sistema de classificação de 
soldados, utilizando 2 testes: 
 Army A 
 Army B 
 Dependendo do grau de capacidade,uns iriam para atividades mais técnicas, 
outras mais práticas. 
 1930 – Análise Fatorial 
 Com a queda do interesse pelos testes de inteligência (devido à dificuldade do 
aspecto cultural e à oposição ao Fator G) 
 Thurstone – desenvolveu a análise fatorial múltipla 
 1940-1980 - Sistematização 
 Duas tendências opostas: síntese e crítica. 
 Síntese: sistematizar os avanços da Psicometria nas diversas áreas de pesquisa. 
 Críticas:às escalas de medida. 
 1980 – Psicometria Moderna (TRI – Teoria da Resposta ao Item) 
 Não vem para substituir a Teoria Clássica, mas parte dela. 
 Ao longo do tempo aprimoraram as formas de mensuração psicológica, o que 
favoreceu o desenvolvimento de pesquisas, com o consequente progresso no 
conhecimento científico do ser humano. 
 AULA 2 
 
Teoria da Medida 
A teoria da medida 
A psicometria se insere dentro da Teoria da Medida porque desenvolve uma discussão 
epistemológica em torno da utilização do símbolo matemático. 
Mensuração 
• Medir significa atribuir magnitudes a certa propriedade de um objeto ou classe 
de objetos, de acordo com certas regras preestabelecidas e com ajuda do 
sistema numérico 
Mensuração em psicologia 
• Exatidão nas ciências exatas 
• Psicologia: processo bem mais complicado 
• Não se trata sempre de algo observável, como é o caso da maioria das variáveis 
físicas 
• Influência de outras variáveis ( fadiga, motivação, fatores situacionais) 
Mensuração em psicologia 
• Descrição deve ser precisa, comunicável objetivamente, e deve também 
utilizar-se de um instrumento padronizado para que outro possa também 
medir e classificar o comportamento com a menor ambiguidade possível. 
• O que os testes fornecem é apenas uma situação padronizada que permite 
elucidar alguns comportamentos manifestos que se supõe representar a 
variável psicológica em questão. 
Funções que a medida desempenha 
• Quantificação: permite comparar um fenômeno com outro 
• Comunicação: condensa informações, é mais precisa e objetiva. Ex: tamanho da 
mesa 
• Padronização: assegura a equivalência entre objetos com características 
diversas. 
• Objetividade: permite classificações com menor ambiguidade. Ex: idade idoso 
É legítimo utilizar o número para descrever os fenômenos da ciência? 
Há legitimidade no uso do número na descrição dos fenômenos naturais se, e somente 
se, as propriedades estruturais, tanto do número quanto dos fenômenos naturais, 
forem salvaguardadas neste procedimento. 
Isomorfismo entre número e fenômeno 
Base axiomática de medida 
Como a medida consiste na atribuição de números às propriedades das coisas segundo 
certas regras, ela deve garantir que as operações empíricas salvem os axiomas dos 
números. 
São propriedades básicas do sistema numérico: a identidade, a ordem e a aditividade. 
IDENTIDADE 
Conceito de igualdade – um número é idêntico a si mesmo e somente a si mesmo. 
Essa propriedade apresenta 3 axiomas (postulados aceitos e não provados): 
Reflexividade: a=a ou a≠b 
Simetria: se a=b, então b=a 
Transitividade: se a=b e b=c, então a=c 
ORDEM 
Conceito de desigualdade dos números. Todo número é diferente do outro. 
Um número não é somente diferente do outro, mas um é maior que o outro e podem 
ser colocados em ordem. 
Por ex: nota 8> nota 6> nota 2 
ADITIVIDADE 
Os números podem ser somados de modo que a soma de dois números, excetuando o 
zero, produz um número diferente deles próprios. 
Comutatividade: a+b=b+a 
Associatividade: (a+b)+c é igual a a+(b+c) 
Axiomas da medida 
A medida que salva todos esses axiomas é a mais sofisticada possível e, por isso, rara. 
A medida realmente acontece quando se salvam, pelo menos, os axiomas de ordem 
dos números. 
Demonstração empírica dos axiomas de ordem 
Na medida, a ordem dada pelos números atribuídos aos objetos (transitividade e 
conectividade) deve ser a mesma obtida pela ordenação empírica destes mesmos 
objetos. 
Existe ordem (“maior que”) nas propriedades das coisas. 
Demonstração empírica dos axiomas de aditividade 
Ideia de concatenação: a combinação de dois objetos ou eventos produz um terceiro 
objeto ou evento com as mesmaspropriedade dos dois, mas em grau maior 
Possível mais no caso de atributos extensivos, como massa, comprimento e duração 
temporal 
Escalas de Medida - NOMINAL 
Identificação do objeto por um rótulo/número. Ex: estado civil 
(1) casado (2)solteiro (3)divorciado 
É necessário que a condição de IDENTIDADE seja resguardada. 
Escala nominal 
Os números são usados como etiquetas (nomes ou categorias) para identificar os 
objetos medidos. 
A atribuição dos números aos objetos medidos é convencionada – não refletem a 
quantidade da característica observada mas sim a sua qualidade. 
Escala de Medida - ORDINAL 
Classificação e ordenação 
Mantém as características da escala nominal, mas tem a capacidade de ordenar os 
dados, existe uma hierarquia 
Origem arbitrária e a distância entre os números pode ou não ser igual 
Por ex.: escala social 
(1)miserável, (2)pobre, (3)classe média, (4)rico 
De maior pobreza para o de menor pobreza 
Escala ordinal 
Os números são usados para ordenar os objetos consoante a “quantidade” da 
característica media. 
Informa se um objeto tem mais ou menos quantidade do que outro, mas não quão 
mais ou menos. Ou seja, não podemos avaliar de quanto é a diferença entre os 
objetos. 
Pode ser usada qualquer série de números, desde que preserve as relações de ordem 
entre os objetos medidos. 
Escala de medida – INTERVALAR 
São salvos a ordem dos número e o tamanho do intervalo entre eles. 
Ex: 
2 4 6 8 
-5 0 5 10 15 
Uma variável de escala intervalar, além de ordenar as unidades quanto à característica 
mensurada, possui uma unidade de medida constante; entretanto, a origem (ponto 
zero) dessa escala é arbitrária 
Escala Intervalar 
Os números são usados para expressar as distâncias (intervalos) entre os objetos, 
consoante a “quantidade” da característica medida. 
Permite comparar diferenças entre objetos 
As unidades de medida são convencionadas. 
A localização do 0 é convencionada (0 não significa ausência de) 
Escala de Medida - RAZÃO 
Tem origem natural zero, tem intervalo iguais entre os números da escala. 
Por ex.: peso, comprimento, tempo 
Uma variável de escala de razão ordena as unidades quanto à característica 
mensurada, possui uma unidade de medida constante e uma origem, ou ponto zero, 
única. 
Escala de razão 
Possui as mesmas propriedades da escala intervalar, mas inclui um 0 aboluto (o 
significa “ausência de”) 
É possível estabelecer relações de proporcionalidade entre os valores destas escalas 
 
AULA 3 
 Revisão 
 RESOLUCAO CFP N.o 002/2003 
 Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes 
psicológicos 
 Art. 1 - Os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de 
características psicológicas, constituindo-se um método ou uma técnica de uso 
privativo do psicólogo 
 Resolução CFP No. 002/2003 
 Art. 4 - ... São requisitos mínimos e obrigatórios para os instrumentos de 
avaliação psicológica que utilizam questões de múltipla escolha e outros 
similares, tais como “acerto e erro”, “inventários” e “escalas”: 
I – apresentação da fundamentação teórica do instrumento... 
II - apresentação de evidencias empíricas de validade e precisão das interpretações 
propostas para os escores do teste... 
III - apresentação do sistema de correção e interpretação dos escores... 
 Resolução CFP No. 002/2003 
 Art. 7 - ... Testes estrangeiros de qualquer natureza, traduzidos para o 
português, devem ser adequados a partir de estudos realizados com amostras 
brasileiras. 
 Resolução CFP No. 002/2003 
 Art. 8 - O CFP manterá uma Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica 
integrada por psicólogos convidados, de reconhecido saber em testes 
psicológicos, com o objetivo de analisar e emitir parecer sobre os testes 
psicológicos encaminhados ao CFP, com base nos parâmetros definidos nesta 
Resolução, bem como apresentar sugestões para o aprimoramento dos 
procedimentos e critérios envolvidos nessa tarefa, subsidiando as decisões do 
Plenário a respeito da matéria. 
 Resolução CFP No. 002/2003 
 Art. 11 – As condições de uso dos instrumentos devem ser consideradas apenas 
para os contextos e propósitos para os quais os estudos empíricos indicaram 
resultados favoráveis. 
 Art. 14 - Os dados empíricos das propriedades de um teste psicológico devem 
ser revisados periodicamente, não podendo o intervalo entre um estudo e 
outro ultrapassar: 15 (quinze) anos, para os dados referentes a padronizacao1, 
e 20 (vinte) anos, para os dados referentes a validade e precisão. 
 § 1o - Não sendo apresentada a revisão no prazo estabelecido no caput 
deste artigo, o teste psicológico perderá a condição de uso e será 
excluído da relação de testes em condições de comercialização e uso 
 Resolução CFP No. 002/2003 
 Art. 16 - Será considerada falta ética... a utilização de testes psicológicos que 
não constam na relação de testes aprovados pelo CFP, salvo os casos de 
pesquisa. 
 Art. 18 - Todos os testes psicológicos estão sujeitos ao disposto nesta 
Resolução e deverão: 
 § 2o - Na comercialização de testes psicológicos, as editoras , por meio de seus 
responsáveis técnicos , manterão procedimento de controle onde conste o nome do 
psicólogo que os adquiriu, o seu numero de inscrição no CRP e o(s) numero(s) de serie 
dos testes adquiridos. 
 http://www2.pol.org.br/satepsi/sistema/admin.cfm 
 Classificação ampla do construto que se pretende avaliar 
 ( ) Inteligência (Inteligência Geral ou Aptidões e/ou Habilidades Cognitivas) 
 ( ) Personalidade (Inventários, escalas, técnicas projetivas ou outros) 
 ( ) Psicomotricidade 
 ( ) Desenvolvimento 
 ( ) Funções neuropsicológicas 
 ( ) Interesses, motivação, atitudes ou valores 
 ( )Outros (indique qual) 
 Possíveis áreas de aplicação 
 Psicologia clínica 
 Psicologia da saúde e/ ou hospitalar 
 Psicologia escolar e educacional 
 Neuropsicologia 
 Psicologia forense 
 Psicologia do trabalho e das organizações 
 Psicologia do esporte 
 Social/comunitária 
 Psicologia do trânsito 
 Orientação e/ou aconselhamento vocacional e/ou profissional 
 1) Definir o Sistema psicológico (objeto) que se pretende estudar. 
 Que tema de psicologia interessa ao grupo para construir um instrumento de 
medida. 
 Consultar, se necessário, índices onde estão elencados os principais trabalhos 
que se vem fazendo em psicologia: 
http://www.fe.unicamp.br/ensino/producao_cientifica/index.html 
http://www.teses.usp.br/ 
http://www.scielo.br 
http://www.saofrancisco.edu.br/itatiba/mestrado/psicologia/FreeComponent738cont
ent5740.shtml 
 Construção de um Instrumento de Avaliação Psicológica 
 2)Definir uma propriedade ou um atributo do objeto a ser medido pelo grupo. 
 A propriedade ou o atributo é o foco a ser observado/medido. Nesse passo, o 
objetivo é de limitar os aspectos específicos que se deseja estudar. 
 Por ex: Comportamento de uma criança: psicomotor, verbal, cognitivo, 
agressividade, linguagem. 
 Construção de um Instrumento de Avaliação Psicológica 
 3)Dimensionar o atributo, isto é, fazer um levantamento bibliográfico do 
atributo que estou pretendendo estudar. 
 Inteligência -> verbal -> raciocínio verbal -> compreensão e fluência. 
 Construção de um Instrumento de Avaliação Psicológica 
 1)Definir o conceito teoricamente que pretendo estudar. 
 2)Definir o conceito operacionalmente, descrever o conceito em termos de 
comportamento. 
 Construção de um Instrumento de Avaliação Psicológica 
 Por ex: Estilos parentais 
 Definição teórica: “manifestações dos pais em direção a seus filhos que 
caracterizam a natureza da interação entre esses”. 
 Definição operacional: comportamentos de dependência, autonomia, afeto e 
indiferença. 
 Dependência: qualquer comportamento de ajuda em relação à realização da 
tarefa pela criança e ao auxílio excessivo à criança na realização da mesma. 
 
AULA 4 
 
 Estatísticaaplicada à testagem 
 Vantagens da MEDIÇÃO nas ciências humanas 
 OBJETIVIDADE: os dados sendo mensuráveis, podem ser verificados por 
diversos pesquisadores 
 COMUNICAÇÃO: dos resultados das pesquisas, como difusão do conhecimento 
 Escore BRUTO 
 É o resultado obtido nos instrumentos de medida, é o número de respostas 
certas. 
 Problemas do escore bruto 
 a) por si só o escore bruto não transmite qualquer significado: escore alto pode 
ser favorável num teste de habilidade, mas desfavorável em testes que avaliam 
algum aspecto de psicopatologia. 
 b) não têm um sentido padrão: o sujeito A=20 será que ele é mais inteligente 
que outros indivíduos? 
 c) diferenças entre escores brutos podem não representar a real distância e 
entre os indivíduos: A=20 e B=10, no teste Raven, não significa que A tem o 
dobro da inteligência de B. 
 Referenciais para interpretação do escore 
 Interpretação de testes – NORMAS 
 Os resultados dos testes podem ser interpretados quando comparados com O 
DESEMPENHO DE UM GRUPO ESEPCÍFICO DE PESSOAS 
 Conceitos Básicos de Estatística 
 Estatística – Metodologia científica para obtenção, organização e análise de 
dados. 
 1. Estatística Descritiva – Metodologia para descrever, organizar e resumir os 
dados. 
 2. Estatística Inferencial – Conjunto de métodos estatísticos que visam 
caracterizar ou inferir sobre uma POPULAÇÃO a partir de uma parte dela 
(AMOSTRA). 
 Conceitos Básicos de Estatística 
 Conceitos Básicos de Estatística 
 As pessoas de uma comunidade podem ser analisadas de diversos ângulos: 
 Sexo, estatura, renda, inteligência, habilidade motora, estresse 
 1. Estatística Descritiva 
 Tabela 1: Dados brutos de 60 escores de teste 
 Estatística Descritiva 
 A Tabela 1 apresenta os escores de 60 estudantes universitários na prova (50 
itens de múltipla escolha) aplicada em uma disciplina de testes psicológicos. 
 Ela aponta que – a maioria está entre 30 e 50 e .... 
 Com a Estatística Descritiva podemos RESUMIR os dados de forma a facilitar a 
compreensão. 
COMO? 
 Estatística Descritiva 
 1.1Distribuição de Frequência 
 Gráficos 
 Medida de Tendência Central 
 Moda 
 Mediana 
 Média 
 Medidas de Variabilidade 
 Variância 
 Desvio Padrão 
 Estatística Descritiva 
 1.1Distribuição de Frequência 
 
 Antes de aplicar qualquer fórmula estatística, pode-se organizar os dados 
brutos de uma forma que permita sua inspeção. 
 Estatística Descritiva 
 1.2 Gráficos 
 HISTOGRAMA 
 Estatística Descritiva 
 1.2 Gráficos 
 POLÍGONOS 
 Estatística Descritiva 
 1.3 Medida de tendência central 
 Ao se inspecionar um conjunto de dados, deve-se procurar saber: 
 Onde a maior quantidade deles está localizada? 
 Qual o seu valor central? 
 COMO? 
 Estatística Descritiva 
 1.3 Medida de tendência central 
 a) MODA 
 É o valor de ocorrência mais frequente em uma distribuição. 
{1, 2, 2, 2, 3, 3, 5, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 9, 9, 9, 9, 10} 
Mo=7 
 Moda 
 Só pode haver uma moda ou – se não houver variabilidade na distribuição – 
nenhuma moda 
 PORÉM, se dois ou mais valores de uma distribuição estão ligados à mesma 
frequencia máxima, a distribuição é denominada bimodal ou multimodal 
 Estatística Descritiva 
 1.3 Medida de tendência central 
b) MEDIANA 
É o valor que divide em duas metades a distribuição. 
{1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13} 
Md=7 
!-------------------!-------------------! 
Md 
 Mediana 
 se o número de valores (n) da distribuição for ímpar, a mediana é 
simplesmente o valor do meio 
 Se n for par, a mediana é o ponto médio entre os dois valores do meio 
 Estatística Descritiva 
 1.3 Medida de tendência central 
c) MÉDIA 
É obtida somando-se todos os valores de uma distribuição e dividindo o total pelo 
número de casos de uma distribuição. 
{1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10,12, 15, 18} 
Média = 1+2+3+5+6+7+8+9+10+12+15+18 = 8 
12 
Média=8 
 Estatística Descritiva 
 1.4 Medidas de variabilidade 
Esta estatística descreve quanto de dispersão existe em um conjunto de dados. 
A variabilidade é importante para apontar as diferenças individuais buscadas com os 
testes psicológicos, para que possamos tomar decisões com relação a essa pessoa. 
 Estatística Descritiva 
 1.4 Medidas de variabilidade 
a) Variância: é a média da soma dos quadrados. 
 Estatística Descritiva 
 1.4 Medidas de variabilidade 
b) Desvio Padrão: é a raiz quadrada da variância. Mede a variabilidade dos valores à 
volta da média. 
Ex: Temperatura máxima – 3 dias – cidade A – 28º, 29º, 30º Média 29º 
Temperatura máxima – mesmos 3 dias – cidade B – 22º, 29º, 35º . Média 29º. 
As médias têm o mesmo valor, mas os moradores da primeira cidade viveram três dias 
de calor, enquanto os da segunda tiveram dois dias de calor e um de frio. 
Para diferenciar uma média da outra, foi criada a noção de desvio padrão, que serve 
para dizer o quanto os valores dos quais se extraiu a média são próximos ou distantes 
da própria média. No ex. acima, o desvio padrão da segunda cidade é maior que o da 
primeira. 
 Exercícios 
 1. Foi pedido a um grupo de 8 idosos que classificassem numa escala de 
1(pobre) a 7(Excelente), a qualidade da alimentação do Centro de Acolhimento 
onde vivem. 
 Notas: 2,4,2,3,5,4,3,2 
 a)Calcule a média, mediana e a moda. 
 Exercícios 
 2. Um treinador de futebol está preocupado em melhorar resultados da sua 
equipe e elaborou uma tabela com a seguinte informação. 
 A) calcule o número médio de passes errados por jogador, a mediana e a moda 
 Exercícios 
 Os dados da tabela abaixo representam os resultados de um inquérito para 
saber os rendimentos mensais de um grupo de pessoas que trabalham no 
departamento jurídico de uma empresa. 
 Qual é o rendimento 
Médio do grupo? 
 
 
 
AULA 5 
 Estatística básica para Testagem 
 O modelo da curva normal 
 Também conhecida como curva de sino 
 Modelo da curva normal é um ideal (baseia-se na teoria da probabilidade) 
 Propriedades do modelo da curva normal 
 Tem formato de sino 
 É bilateralmente simétrica 
 Caudas infinitas 
 Propriedades do modelo da curva normal 
 É unimodal 
 Tem média, mediana e moda que coincidem no centro da distribuição 
 Curva normal padronizada 
 A média é sempre 0 e o desvio-padrão sempre 1 
 O que define a áreas sob a curva são os DP, ou os z no caso da curva normal 
padronizada 
 Curva normal 
 Pode ser aplicada em diversos fenômenos da natureza: 
 Duração da gravidez humana 
 Salários dos empregados de uma empresa 
 Número de vezes que um adulto respira por minuto 
 Altura dos indivíduos 
 QI de estudantes univeritários 
 Níveis de colesterol de homens 
 Notas do exame do ENADE 
 Exemplo 
 Distribuição normal do QI na escala Wechsler, com desvio padrão 15. 
 -69,26% tem um QI variando entre 85 e 115 -menos de 3% 
podem ser considerados pessoas com Inteligência diferenciada 
 Relação entre média, mediana e moda 
 Indicativo da natureza da distribuição dos dados 
 Referenciais para interpretação de escores 
 Referenciais para interpretação de escores 
 1. Normas: a interpretação de testes referenciadas em normas usa padrões 
baseados no desempenho de grupos específicos de pessoas para fornecer 
informações para a interpretação de escores. 
 2. Critérios de Desempenho: quando a relação entre os itens ou tarefas de um 
teste e os padrões de desempenho é demonstrável e bem definida, os escores 
podem ser avaliados através de uma interpretação referenciada em critérios. 
 Interpretação de testes referenciadas em normas 
 As normas são o referencial mais utilizada para a interpretação de escores de 
testes. 
 Respondem à pergunta: “Como o desempenho deste testando se compara ao 
de outros?” 
 Interpretação de testes referenciadas em normas 1. Normas desenvolvimentais: O nível de desenvolvimento do indivíduo 
humano 
 2. Normas intragrupos: Um grupo padrão constituído pela população para qual 
esse teste foi construído 
 Normas Desenvolvimentais 
 Baseiam-se no desenvolvimento progressivo pelo qual o indivíduo humano 
passa ao longo de sua vida. 
 a) Escalas ordinais baseadas em sequências comportamentais 
 É uma escala, baseada em sequência do desenvolvimento 
comportamental, que pode ser usada como padrão (norma) para 
comparar o resultado de uma avaliação 
 Ex: Perfil Desenvolvimental Provence do Nascimento aos Três anos 
• Tem o objetivo de ajudar na identificação precoce de crianças 
com risco de problemas de desenvolvimento. 
 Interpretação de Testes Referenciadas em Normas 
 Ex: Perfil desenvolvimental Provence do nascimento ao três anos (Amostra) 
 Normas Desenvolvimentais 
 B) Escalas ordinais baseadas em teoria 
É a escala, como por exemplo, a dos estágios do desenvolvimento cognitivo da infância 
até a adolescência, proposta por Piaget. 
 1º período: Sensório-motor(0 a 2 anos) 
 2º período: Pré-operatório(2 a 7 anos) 
 3º período: Operações concretas(7 a 11 ou 12 anos) 
 4º período: Operações formais(11 ou 12 anos em diante) 
 Normas desenvolvimentais 
 C) Escores de Idade Mental 
Este critério foi criado por Binet e Simon (1905) que falavam em nível mental, que 
depois foi popularizado como idade mental. Estes autores construíram uma Avaliação 
de Inteligência, cujo resultado era dividido pela idade cronológica para se obter o QI. 
 Tabela de interpretação do escores de QI (expressões dos autores) 
 Normas desenvolvimentais 
 D) Escores equivalentes a séries escolares 
Este critério é utilizado para testes de desempenho acadêmico, e somente faz sentido 
quando se trata de disciplinas que são oferecidas numa sequência de várias séries 
escolares. 
 2. Normas Intragrupo 
 A maioria dos testes padronizados usa algum tipo de norma intragrupo 
 Oferecem um meio de avaliar o desempenho de uma pessoa em comparação 
com o de um ou mais grupos de referência apropriados. 
 Escores usados para expressar normas intragrupo 
 PERCENTIL 
 Indica a posição relativa de um testando comparada a um grupo de referência 
 Representa a porcentagem de pessoas no grupo de referência que teve escore 
igual ou inferior a um determinado escore bruto. 
 Diferente do escore percentual (%), que representa o número de respostas 
corretas que um indivíduo obtém em meio ao total possível em um teste. 
 Escores usados para expressar normas intragrupos 
 ESCORES PADRÕES 
 Esses escores transformam escores brutos em escalas que expressam a posição 
dos escores em relação À MÉDIA em unidades de DESVIO PADRÃO. 
 Ajuda a entender onde um determinado escore se encontra em relação aos 
demais numa distribuição. 
 Indica o quanto acima ou abaixo da média um escore está em termos de 
unidades de desvio padrão. 
 Interpretação de testes referenciados em critérios ou domínio 
 Características: 
 Tem por objetivo avaliar o grau em que os testandos são proficientes 
em certas habilidades ou domínios de conhecimento; 
 São pontuados de tal forma que o desempenho de uma pessoa não 
influencia o resultado relativo das outras – a comparação é da pessoa 
com o constructo em si. 
 É mais utilizado na avaliação educacional e ocupacional 
 Interpretação de testes referenciados em critérios ou domínio 
 Nesta interpretação: 
 “Quanto do domínio especificado o testando conhece?” 
 Os escores são apresentados em forma de porcentagem de respostas 
corretas 
 Leitura 
 Capítulos 2 e 3 do livro: Fundamentos da Testagem psicológica 
 Susana Urbina 
• Os modelos da Psicometria: 
TCT e TRI 
• Capítulo 4 
• Livro: Psicometria – teoria dos testes na psicologia e a educação. Pasquali 
• Psicometria 
• Para melhor entendermos a Psicometria, alguns conceitos precisam ser 
explicados. São eles: 
– TRAÇO LATENTE 
– MAGNITUDE 
– REPRESENTAÇÃO COMPORTAMENTAL DA ESTRUTURA LATENTE 
• Traço Latente 
• Cobre todo o “mundo psicológico”: o mundo das experiências subjetivas 
• As variáveis quantificadas pela psicologia e pela educação são, muitas vezes, de 
entendimento subjetivo, não observadas diretamente. Essas variáveis são 
denominadas pela psicometria de variáveis latentes ou traços latentes; 
exemplos delas são a inteligência, a depressão, a ansiedade, o nível de 
entendimento de um determinado texto e etc. 
• Como não podem ser observadas diretamente, também não podem ser 
medidas diretamente como o peso ou altura de uma pessoa. 
• Magnitude 
• Quantidade ou magnitude é um conceito matemático que se define em função 
dos axiomas de ordem e de aditividade dos números 
• Estes são concebidos não somente como diferentes uns dos outros, mas ainda 
que um é maior ou menor que outro, de sorte que eles podem ser ordenados 
numa série crescente de magnitude. 
• Representação comportamental 
• Pretende estudar, via medida, os processos psicológicos. 
• Porém, estes processos são inacessíveis à observação empírica, que é definida 
como o método típico da ciência. 
• Consequentemente, se queremos medir os processos psicológicos (traços 
latentes), teremos que expressá-los em termos observacionais. 
• Portanto, devem ser expressos em comportamentos (verbais, motores) 
• Na representação comportamental está situado o problema fundamental da 
Psicometria, que consiste em demonstrar a legitimidade do isomorfismo traço 
latente e comportamento 
• Como a Psicometria procede nesta demonstração? 
• Ela analisa uma série de características dos comportamentos (chamado de 
itens) para decidir se eles são ou não representantes válidos, legítimos e 
adequados do traço latente. 
• Teoria Clássica dos Testes (TCT) 
• Se preocupa em explicar a SOMA das respostas dadas a uma série de itens – o 
escore total (T). 
• Por ex.: o T em um teste de 30 itens de aptidão seria a soma dos itens 
corretamente acertados. Se você der 1 para o item certo e 0 para um errado, e 
o sujeito acertou 20 itens, seu escore T seria 20. 
• A TCT se pergunta: O que significa este 20 para este sujeito? 
• Teoria de Resposta ao Item (TRI) 
• Se interessa especificamente por cada um dos 30 itens e quer saber qual é a 
probabilidade de cada item ser acertado ou errado. 
• Essa teoria tem o propósito de medir a habilidade do sujeito de acordo com as 
respostas dada a cada item. 
• TCT e TRI 
• Como o próprio nome indica, a TRI possui como foco o estudo individualizado 
dos itens componentes de um grupo – teste ou banco de itens – ao contrário 
da sua predecessora, a Teoria Clássica dos Testes (TCT), que tinha como 
objetivo a determinação das propriedades ou dos parâmetros métricos do 
teste. 
• Teoria de Resposta ao Item (TRI) 
• Desta forma: TCT tem interesse em produzir testes de qualidade, enquanto a 
TRI se interessa em produzir tarefas ou itens de qualidade. 
• Teoria de Resposta ao Item (TRI) 
• Teoria que começou a ser formalizada mais tecnicamente em 1952, 1960 (Lord, 
nos EUA e Rasch, na Dinamarca) 
• Apenas a partir de meados de 1980 que essa teoria efetivamente vem se 
desenvolvendo, após o avanço da Informática, devido à sua complexidade 
matemática. 
• No Brasil e América Latina em geral, começou a ser mais conhecida a partir de 
1990. 
• Característica da TRI 
• Trabalha com traços latentes (características dos indivíduos que não podem ser 
medidas diretamente). Tal teoria analisa a probabilidade de um indivíduo 
acertar um item de acordo com a sua proficiência ou traço latente. 
• Características da TRI 
• A relação entre o: 
 Desempenho na tarefa 
_______________________________________________________________________ 
Conjunto dos traços latentes 
Pode ser descrita por uma equação chamada CCI (Curva característica do item), onde 
se observa que sujeitos com aptidão maior terão maior probabilidade de responder 
corretamente ao item e vice-versa 
• Característicasda TRI 
• Apresenta-se ao sujeito um conjunto de itens; 
• Ele responde; 
• Infere-se sobre o traço latente do sujeito; 
• Hipotetiza-se relações entre as respostas observadas com o nível do seu traço 
latente. 
• Essas relações podem ser expressas através de uma equação matemática 
• Pressupostos da TRI - UNIDIMENSIONALIDADE 
• Existe apenas UMA APTIDÃO RESPONSÁVEL pela realização de um conjunto de 
tarefas. 
• Como para a psicologia o desempenho humano é multideterminado, existem 
autores estudando um modelo dito Teoria Multidimensional de Resposta ao 
Item (MTRI). 
• No entanto, para a TRI existe uma aptidão dominante que será responsável 
pelo desempenho no conjunto de itens. 
• Unidimensionalidade 
• A unidimensionalidade é uma proposição teórica parcimoniosa e elegante, 
segundo a qual toda a complexidade intrínseca ao ato de resolução de um 
problema – de natureza cognitiva ou nao – deve ter como causa uma única 
estrutura latente, denominada θ (Theta). 
• Assim, existirá uma relação funcional entre θ e os padrões das respostas dadas 
a um problema 
• Pressupostos da TRI – Independência Local 
• Mantida constantes as aptidões que afetam o teste, as respostas dos sujeitos a 
QUAISQUER dos itens são estatisticamente independentes. 
• Isto quer dizer que os itens são respondidos em função do traço latente 
dominante e não em função de memória ou outros traços latentes. 
• Independência local 
• a independência local dos itens baseia-se na ideia de que a resposta a um item 
qualquer não afeta as respostas posteriores fornecidas aos demais itens de um 
grupo maior. Em palavras menos técnicas: os itens de um teste não podem 
apresentar pistas que permitam aos respondentes acertar outros itens, 
posteriormente apresentados. 
• Pressupostos da TRI – Independência Local 
• Os itens que são analisados ao responder um teste medem o mesmo traço 
latente dominante, em função do qual as respostas a cada item são dadas. 
• Etapas da elaboração de instrumentos dentro da TRI 
• 1) Procedimentos teóricos onde se incluem as etapas de: 
a) estabelecimento do sistema ou variável (traço latente) a ser medida; 
b) desenvolvimento da teoria psicológica sobre este traço; 
c) operacionalização do traço através de comportamentos que o representam; 
d) Análise teórica do itens 
• Etapas da elaboração de instrumentos dentro da TRI 
• 2) Procedimentos empíricos, que consistem em: 
a) definição da amostra de sujeitos; 
b) Aplicação dos itens a esta amostra. 
• 3) Procedimentos analíticos, que consistem em: 
a) Escolha do modelo de TRI; 
b) Aplicação dos procedimentos analíticos de TRI 
• TRI 
• É um conjunto de modelos matemáticos que relacionam um ou mais traços 
latentes (não observados) de um indivíduo com a probabilidade deste dar uma 
certa resposta a um item. 
• Permite uma melhor análise de cada item que constitui o instrumento de 
avaliação (ou medida), considerando suas características estatísticas específicas 
na produção das escalas. 
• Tem o propósito de medir a habilidade do sujeito de acordo com as respostas 
dadas a cada item. 
• Considerações finais 
• o conhecimento acerca dos modelos unidimensionais de TRI, no âmbito 
brasileiro, e, ainda, bastante superficial. Isso e um problema que deverá ser 
encarado e combatido por meio da implementação de: cursos visando a 
formação de recursos humanos nas áreas da psicometria e da avaliação 
educacional; incentivo e incremento das investigações que usam a TRI; 
incentivo a publicação de papers, capítulos de livros e livros especializados, 
contendo relatos de experiências bem-sucedidas que tenham feito emprego da 
TRI; incentivo a divulgação de trabalhos acerca da TRI em congressos e eventos 
científicos de cunho nacional e/ou internacional. 
• Convém lembrar que os psicometristas, os psicólogos e os pedagogos manejam 
dados educacionais que dificilmente podem ser considerados unidimensionais. 
Assim, os modelos multidimensionais de TRI, empregados minoritariamente 
nos Estados Unidos e em alguns países da União Europeia, surgirão com muita 
força nos próximos anos, pois dados politômicos e multidimensionais tem 
maior ocorrência no âmbito educacional. Em outras palavras: o modismo 
derivado do uso massivo dos modelos unidimensionais de TRI, iniciado nos anos 
1980, está prestes a tornar-se procedimento ultrapassado. 
 
 
AULA 7 
 
 
Fidedignidade 
 Fidedignidade/precisão 
 “consistência dos escores obtidos pelas mesmas pessoas quando elas são 
examinadas com o mesmo teste em diferentes ocasiões, ou com diferentes 
conjuntos de itens equivalentes, ou sob outras condições variáveis do exame” 
 Fidedignidade 
 “uma escala ou teste é fidedigno se repetidas mensurações são obtidas em 
condições constantes e dão o mesmo resultado, supondo nenhuma mudança 
nas características básicas, isto é, na atitude sendo medida” 
 Fidedignidade/precisão 
 Existem algumas formas de se verificar a precisão, tais como teste-reteste, 
formas paralelas e consistência interna 
 Teste-reteste 
 O teste-reteste é o cálculo do coeficiente de precisão da correlação entre os 
escores de um mesmo sujeito, num mesmo teste, só que em duas ocasiões 
diferentes. 
 Formas paralelas 
 Precisão de formas paralelas ou alternativas é obtida através dos escores do 
mesmo sujeito em duas formas paralelas do mesmo teste. A correlação com 
estes dois escores constitui o coeficiente de precisão. 
 Consistência interna 
 A verificação da precisão por meio da consistência interna pode ser 
estabelecida por algumas técnicas. Entre as mais utilizadas, estão: Duas 
metades e Alfa de Cronbach. 
 
 
VALIDADE 
 Fidedignidade x Validade 
 Um instrumento de medida deve satisfazer pelo menos dois requisitos básicos: 
 1. O instrumento deve fornecer medidas confiáveis, de modo que se obtenha 
os mesmos resultados ao tornar a medir o atributo em condições similares do 
indivíduo em questão = FIDEDIGNIDADE 
 Fidedignidade x Validade 
 2. O instrumento realmente medir aquilo a que se propõe = VALIDADE 
 O teste tem que ter a qualidade de verificar o atributo, pela adequação das 
questões nele contidas. 
 Exemplo 
 Avaliar a capacidade de leitura de uma pessoa 
 Apresenta a história dos 3 porquinhos para que leia. 
 A pessoa nos conta o que leu. 
 Será que este teste mede o que realmente se pretende medir? 
 Exemplo 
 Não necessariamente... Pois uma pessoa que não sabe ler, pode se sair bem 
por já ter ouvido essa história antes. 
 Assim,o teste não mediu a capacidade de leitura, mas sim o conhecimento 
prévio 
 Validade 
 A validade do teste varia não apenas de acordo com o fim com que é utilizado, 
mas de acordo com o grupo de indivíduos em que é aplicado. 
 Na determinação da validade, portanto, a questão essencial é: para quem e 
para que é válido o teste? 
 Assim, sempre que possível, o teste deve ser validado na situação específica em 
que vai ser utilizado. 
 Validade 
 Existem assim vários processos para a determinação da validade de um 
instrumento de medida, cada um apropriado para uma determinada utilização. 
 Validade de conteúdo 
 Validade de critério (preditiva ou simultânea) 
 Validade de construto 
 Validade de conteúdo 
 Consiste no exame sistemático do conteúdo do teste a fim de assegurar a 
representatividade dessa amostra, isto é, que todos os aspecto fundamentais 
do comportamento sejam, adequadamente e em proporções corretas, 
abrangidos pelos itens do teste. 
 Validade de conteúdo 
 A validade de conteúdo envolve um exame do conteúdo do teste para verificar 
se ele abrange uma amostra representativa do domínio de comportamento a 
ser medido. 
 também serve “para determinar se a escolha dos itens é apropriada e 
relevante” 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 Tal validade é muito utilizada em teste de rendimento e aproveitamento, bem 
como desempenho, que pretendem cobrir um conteúdo delimitado. 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 Este tipo de Validadenão requer qualquer tipo de tratamento estatístico, mas 
métodos racionais ou lógicos, a partir da definição clara e precisa do traço a ser 
medido. 
 Ex:elaborar um teste que forneça uma medida de “fluência verbal” => 
definição: capacidade de escrever grande número de palavras que 
possuam algo em comum em determinado limite de tempo 
 Ex. continuação 
 Se construirmos um teste em que o sujeito deve escrever em 4 minutos o 
maior número possível de palavras que comecem com a letra “C”, está claro 
que o teste de ajusta à definição proposta para o atributo “fluência verbal” 
 Baseia-se, portanto, na verificação da lógica que determina a elaboração do 
instrumento. 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 Para viabilizar um teste com Validade de Conteúdo, é preciso no processo de 
construção do instrumento, esboçar a seguinte técnica: 
 1. definir o domínio cognitivo: 
 Definir os objetivos gerais e específicos que se deseja medir no teste, 
por ex: 
 Conhecer tais e tais tópicos; compreender; aplicar; analisar, etc 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 2. Definir o universo do conteúdo: 
 É preciso definir e delimitar o conteúdo em termos de divisões e subdivisões. 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 3. Definir a representatividade do conteúdo: 
 A proporção com que cada tópico e subtópico devem ser representados no 
teste, decidindo, assim, a importância com que cada um deles aparece no 
conteúdo total. 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 4. Elaboração da tabela de especificação 
 Na qual serão relacionados os conteúdos com os processos cognitivos a avaliar, 
bem como a importância relativa de cada tópico. 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 5. Construção do teste 
Elaborar os itens que irão representar o teste 
 6. Análise teórica dos itens 
Para verificar a compreensão das tarefas propostas no teste por parte dos testandos 
(análise semântica) e a avaliação da pertinência do item ao conteúdo (análise de 
juízes) 
 Validade de conteúdo (cont.) 
 7. Análise empírica dos itens 
Após a aplicação do teste é possível determinar os níveis de dificuldade e de 
discriminação do item. 
 Validade de Critério 
 e a validade de critério de um teste refere-se ao grau de eficácia que ele tem 
em predizer um determinado desempenho de um sujeito. 
 o teste pode ser um preditor presente ou futuro. 
 Validade de Critério 
 Existem 2 tipos de Validade de Critério: 
 1. Validade Preditiva 
 2. Validade Concorrente 
 Validade de Critério - Preditiva 
 1. Validade Preditiva 
Especialmente na situação de seleção ou classificação de pessoal, assim como na de 
orientação vocacional, estamos interessado no desempenho futuro do indivíduo 
 Validade de Critério - Preditiva 
 Aplica-se o teste no grupo 
 Após algum tempo, obtém os resultados do grupo no critério (nota desses 
alunos). 
 Compara-se o teste com o critério – teste de correlação 
 Se o coeficiente for significativo, considera-se o teste com uma Validade 
Preditiva adequada, sendo útil no prognóstico do comportamento futuro. 
 Validade de Critério - Preditiva 
 Por exemplo: o resultado de um teste de inteligência (QI) pode predizer o 
sucesso escolar de uma criança. 
 Se guardarmos os resultados dos teste de inteligência e os correlacionarmos 
com os resultados escolares obtidos posteriormente podemos ter uma ideia do 
grau de concordância das duas medidas. 
 Validade de Critério - Concorrente 
 Assim como a Validade Preditiva, a Validade Concorrente é determinada pela 
correlação entre os resultados em um teste e um critério externo, diferindo 
apenas quanto ao intervalo de tempo entre as duas aplicações = quase 
simultânea. 
 Validade de Critério - Concorrente 
 Na validade Concorrente, a coleta de informações pelo teste a ser validado e a 
coleta de informações sobre o critério é simultâneo 
 Ex: quando comparamos o diagnóstico psicológico, utilizando testes 
psicológicos e avaliações psiquiátricas » validade concorrente (as duas datam 
aproximadamente a mesma época) 
 Validade de Critério - Concorrente 
 Critérios externos mais utilizados na determinação da validade concorrente 
 1. Grupos Contratantes: consiste em utilizar grupos diferentes quanto à 
variável que se pretende medir. 
 Validade de Critério - Concorrente 
 Ex: Escala de Desesperança 
 2298 sujeitos, sendo 498 queixas psiquiátricas, 212 queixas somáticas e 1588 
sem queixas específicas. 
 A análise estatística dos dados obtidos permitiu concluir que a Escala 
demonstra capacidade de diferenciar os grupos. 
 Validade de Critério - Concorrente 
Critérios externos mais utilizados na determinação da validade concorrente 
 2. Correlação com testes já considerados válidos: 
 Como o próprio nome diz, utilizar como referência testes cuja validade já foi 
comprovada. 
 Validade de Critério - Concorrente 
 3. Avaliações: 
As avaliações por professores, instrutores em cursos especializados, supervisores de 
trabalho, etc, podem ser utilizados como critério externo, na medida em que essas 
avaliações sejam obtidas sob condições cuidadosamente controladas, por avaliadores 
treinados, podem representam um fonte valiosa como critério. 
 Validade de Construto 
 Constructo: conceitos que representam comportamentos e eventos não 
observáveis/abstratos. Por ex: inteligência, ansiedade, aptidão. 
 Validade de Construto: é a habilidade que um instrumento tem em medir um 
conceito abstrato. 
 Validade de Construto 
 A validade de construto será dada pela resposta à seguinte questão: 
 Em que medida a definição operacional de um conceito de fato reflete seu 
verdadeiro significado teórico? 
 Validade de construto 
 esse tipo de validade visa pesquisar as qualidades psicológicas que o teste 
mede. Ela tem sido entendida como o “grau pelo qual o teste mede um 
construto teórico ou traço para o qual ele foi designado” 
 Validade de Construto 
 Inventário de Habilidades Sociais (IHS) 
 1. em um grupo de pessoas desconhecidas, fico à vontade, conversando 
naturalmente. 
 2. ao sentir desejo de conhecer alguém a quem não fui apresentado (a), eu 
mesmo(a) me apresento a essa pessoa. 
 3. Evito fazer exposições ou palestras a pessoas desconhecidas. 
 Validade de Construto 
 Nesse caso, na Validade de Construto o objetivo é saber o quanto estas 
questões refletem a teoria sobre Habilidades sociais. 
 
 Normatização e Padronização dos testes 
 Normatização dos testes 
 Esse conceito se refere à necessidade de existir uma UNIFORMIDADE em 
TODOS os procedimentos no uso de um teste válido e preciso: desde a 
aplicação do teste até a o desenvolvimento de parâmetros para a interpretação 
dos resultados obtidos. 
 Importante 
 Alguns autores enfatizam a necessidade de distinguir claramente os dois 
conceitos: 
 - Padronização: uniformidade da APLICAÇÃO dos testes, e 
 - Normatização: uniformidade na INTERPRETAÇÃO dos escores dos testes. 
 Padronização das condições de administração dos testes psicológicos 
 Objetivo: garantir que a coleta dos dados sobre os sujeitos seja de boa 
qualidade. 
 Uma má aplicação torna os dados obtidos inválidos, mesmo se o teste for de 
boa qualidade. 
 Para garantir uma boa administração dos testes psicológicos é preciso atender 
aos seguintes requisitos: 
 a) Material de Testagem 
 b) Aplicação do teste (o ambiente de testagem) 
 Material de Testagem 
 Qualidade do teste: o teste tem que ser válido e preciso; o uso de testes sem 
estes parâmetros é inútil, eticamente condenável e judicialmente processável. 
 Pertinência do teste - o teste deve: 
◦ Ter relevância ao problema apresentado pelo sujeito. O aplicador deve 
saber para que serve um dado teste e escolher aquele que se aplica 
melhor ao problema do sujeito. Este é um problema para o psicólogo, já 
que existem muitos testes no mercado, mas não existem testes para 
todas as necessidades. 
◦ Ser adaptado ao níveldo candidato (intelectual, profissional). 
 Aplicação do teste 
 Os testes requerem um aplicador treinado para que os resultados possam ser 
confiáveis. Por essa razão que eles são de uso privativo de psicólogos. 
 Para serem aplicados, devem seguir as regras de instrução, expressas sob o 
nome de padronização da aplicação. 
 Aplicação do teste 
 O que é que implica tal padronização? Ela implica em várias coisas, 
particularmente na observância de: 
◦ procedimentos de aplicação 
◦ direito dos testandos 
◦ controle dos vieses do aplicador 
◦ normas na divulgação dos resultados. 
 Administração dos testes 
 Os resultados dos testes são válidos (obviamente supondo que o próprio teste 
seja válido) se a sua aplicação seguiu à risca as instruções e recomendações 
dadas pelo seu autor, no manual de aplicação. 
 Para alcançar essa validade na aplicação é necessário observar: 
◦ Qualidade do ambiente físico da aplicação 
◦ Qualidade do ambiente psicológico, que tipicamente significa uma 
atmosfera em que a ansiedade do testando seja reduzida ao mínimo. 
 Qualidade do ambiente físico da aplicação 
 É preciso que o ambiente não produza variáveis que possa distrair os testando. 
 Condições psicológicas 
 O testando tem que estar em normais condições de saúde física e psicológica. 
 O testando deve compreender exatamente a tarefa a executar – as instruções 
devem ser dadas uma única vez e iguais para todos, isso implica que o aplicador 
seja profundamente familiarizado com o teste. 
 Deve haver o estabelecimento do rapport, para que o testando se sinta o mais 
à vontade possível para realizar o teste. Isso é mais importante na testagem 
individual. 
 O direito dos testandos 
 Deve ser obtido o consentimento informado dos testandos ou de seus 
representantes legais antes da realização da testagem. As exceções a esta regra 
são: a testagem por determinação legal, testagem como parte de atividades 
escolares regulares, testagem de seleção, onde a participação implica em 
consentimento. 
 O direito dos testandos 
 Em aplicações escolares, clínicas e de aconselhamento, os testando têm o 
direito a explicações em linguagem que eles compreendem com respeito aos 
resultados que os testes irão produzir. 
 Em aplicações escolares, clínicas e de aconselhamento, quando os escores são 
utilizados para tomar decisões que afetem os testandos, estes ou seus 
representantes legais têm o direito de conhecer seu escore e a sua 
interpretação. 
 Comportamento e vieses do examinador 
 A pessoa do examinador não deixa de ser uma variável que pode alterar o 
resultado do teste. No entanto, deve procurar minimizar o impacto da mesma. 
 Seria importante, então, algumas questões reflexivas: 
◦ O examinador deve ser familiar ao testando? 
◦ Encorajar frequentemente o testando ajuda ou atrapalha? 
◦ A idade e/ou o sexo do examinador é relevante? 
◦ O estado emocional do examinador é relevante? 
◦ As atitudes e opiniões pessoais do examinador são relevantes? 
 Comportamento e vieses do examinador 
 De qualquer forma, o aplicador dos testes psicológicos deve atender aos 
seguintes requisitos: 
 Conhecimento: profundo sobre o instrumento 
 Aparência: discreta, apresentar-se como um perito. 
 Comportamento durante a testagem: manter a ordem, fornecer informações 
necessárias, mas que não cause interferência nos resultados, linguagem e 
vocabulário acessíveis, ser atenciosos e movimentar-se discretamente. 
 Sigilo e divulgação dos resultados 
 1) Quem tem direito aos resultados dos testes? O candidato que se submeteu 
ao teste, numa linguagem acessível, a toda e qualquer informação relacionada 
ao teste. O solicitante da testagem, como o dono da empresa, no caso de 
seleção, ou o juiz, no caso de perícia judicial. Estes têm direito apenas às 
informações estritamente necessárias à resposta da solicitação. 
 Sigilo e divulgação dos resultados 
 2) O sigilo e a segurança dos resultados devem seguir às normas do sigilo 
profissional. Assim os arquivos devem ser seguros e não podem permitir o 
acesso a qualquer pessoa, a não ser o responsável. As identidades devem ser 
codificadas para que somente o profissional possa identificar. Em processos 
judiciais, o juiz pode pedir abertura de registros sigilosos. 
 Sigilo e divulgação dos resultados 
 3) O Código de Ética do Psicólogo (CFP, 1987) diz: 
 Art.02 – Ao Psicólogo é Vedado: 
 B) Apresentar, publicamente, através dos meios de comunicação, resultados de 
psicodiagnóstico de indivíduos ou em grupos, bem como interpretar ou 
diagnosticar situações problemáticas, oferecendo soluções conclusivas; 
 I) Interferir na fidedignidade de resultados de instrumentos e técnicas 
psicológicas; 
 M) Adulterar resultados, fazer declarações falsas e dar atestado sem a devida 
fundamentação teórico-científica. 
 Sigilo e divulgação dos resultados 
 Art.03 – São deveres do psicólogo nas suas relações com a pessoa atendida: 
 A) Dar à pessoa atendida ou, no caso de incapacidade desta, a quem de direito, 
informações concernentes ao trabalho a ser realizado, 
 B) Transmitir a quem de direito somente informações que sirvam de subsídios 
às decisões que envolvem a pessoa atendida; 
 C) Em seus atendimentos, garantir condições ambientais adequadas à 
segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo 
profissional. 
 Sigilo e divulgação dos resultados 
 Art. 06. (O Psicólogo em Instituições Empregadoras) – O psicólogo garantirá o 
caráter confidencial das informações que vier a receber em razão de seu 
trabalho, bem como do material psicológico produzido. 
 Parágrafo 1 – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar 
todo o material ao psicólogo que vier substituí-lo. 
 Parágrafo 2 – Na impossibilidade de fazê-lo o material deverá ser lacrado na 
presença de um representante do CRP, para somente vir a ser utilizado pelo 
psicólogo substituto, quando, então, será rompido o lacre, também na 
presença de um representante do CRP. 
 Sigilo e divulgação dos resultados 
 Art. 19 ( O Psicólogo e a Justiça)- Nas perícias, o psicólogo agirá com absoluta 
isenção, limitando-se à exposição do que tiver conhecimento através de seu 
trabalho, não ultrapassando, nos laudos, o limite das informações necessárias à 
tomada de decisão. 
 Do sigilo profissional 
 Art. 21 – O sigilo protegerá em tudo aquilo que o psicólogo ouve, vê ou de que 
tem conhecimento como decorrência do exercício da atividade profissional. 
 Art. 22 – Somente o examinando poderá ser informado dos resultados dos 
exames, salvo nas condições previstas nesse código. 
 Do sigilo profissional 
 Art. 23 – Se o atendimento for realizado por psicólogo vinculado a trabalho 
multiprofissional numa clínica, empresa ou instituição ou a pedido de outrem, 
só poderão ser dadas informações a quem as solicitou, a critério do 
profissional, dentro dos limites do estritamente necessário aos fins a que se 
destinou o exame. 
 Parágrafo 1- Nos casos de perícia, o psicólogo tomará todas as precauções, a 
fim de que só venha a relatar o que seja devido e necessário ao esclarecimento 
do caso. 
 Do sigilo profissional 
 Parágrafo 2 – O psicólogo, quando solicitado pelo examinado, está obrigado a 
fornecer a este as informações que foram encaminhadas ao solicitante e a 
orientá-lo em função dos resultados obtidos. 
 Art. 24 – O psicólogo não remeterá informações confidenciais a pessoas ou 
entidades que não estejam obrigadas ao sigilo por Código de Ética ou que, por 
qualquer forma, permitam a estranhos o acesso a estas informações. 
 Normatização dos testes psicológicos 
 A normatização diz respeito a padrões de como se deve interpretar um escore 
que o sujeito recebeu num teste. 
 Qualquer escore deve ser referido a algum padrão ou norma para adquirir 
sentido. A norma permite situar o escore de um sujeito, permitindo: a) 
determinara posição que o sujeito ocupa no traço medido, e b) comparar o 
escore deste sujeito com o escore de qualquer outro sujeito. 
 Normatização 
 A norma de interpretação ou o critério de referência é constituído tipicamente 
por 3 padrões: 
 a) O nível desenvolvimento do indivíduo (normas de desenvolvimento): idade 
mental, série escolar e estágio de desenvolvimento. 
 b) Um grupo padrão constituído pela população típica para qual o teste é 
construído (normas intragrupos) 
 c) Um critério externo (normas referentes a critérios), este utilizado 
particularmente no caso de testes de aprendizagem.

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