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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PROPPG PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO - PRPGI PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS AMBIENTAIS EDSON PESCA DE JESUS RESENHA: Crise socioambiental: perspetiva histórica e crítica da racionalidade moderna e dos meios de produção capitalista. PORTO SEGURO 2021 EDSON PESCA DE JESUS RESENHA: Crise socioambiental: perspetiva histórica e crítica da racionalidade moderna e dos meios de produção capitalista. Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação na disciplina de Educação Ambiental e Conservação da UFSB. Prof. Dra. Alessandra Buonavoglia Costa Pinto PORTO SEGURO 2021 ROSA-SILVA, Patrícia de Oliveira; FERREIRA, Luis Cláudio dos Santos. Crise socioambiental: perspetiva histórica e crítica da racionalidade moderna e dos meios de produção capitalista. Londrina, Grupo de Estudos Avançados sobre o Meio Ambiente (GEAMA) da Universidade Estadual de Londrina, UEL, Brasil out./2017. Patrícia de Oliveira Rosa-Silva possui doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela UEL e Luis Cláudio dos Santos Ferreira é graduado em Ciências Biológicas pela mesma Universidade. O artigo apresentado pelos autores no Grupo de Estudos Avançados sobre o Meio Ambiente (GEAMA) da Universidade Estadual de Londrina, UEL, Brasil. O trabalho apresentado teve como objetivo investigar a hipótese de que o sistema capitalista, fundamentado e desenvolvido à luz da racionalidade moderna, tem sido de fato o promotor das desigualdades sociais e da depredação dos ecossistemas em todo o planeta. Tal artigo faz parte de um trabalho de conclusão de curso em Ciências Biológicas, de mesmo título, em 2017, oriundo do projeto de extensão do Grupo de Estudos Avançados sobre o Meio Ambiente da Universidade Estadual de Londrina. De acordo com o artigo a aplicação que motivou diretamente esse estudo – embora não a única – é a crítica aos ideais de dominação capitalistas nascidos no berço eurocêntrico legitimados por meio de um discurso retórico de desenvolvimento sustentável. A forma na qual os autores utilizaram para expor as suas ideias foi na de um artigo científico, de crivo crítico, político, que considera o capitalismo determinante para a crise ambiental, e nesse ínterim, investiga as raízes do pensamento moderno e dos sistemas econômicos vigentes e relacionando-os ao conceito de sociedade, valoriza o ponto de vista dos autores e leitores e busca superar as relações de dominação, alienação e expropriação impostas pelo sistema capitalista, extremamente prejudiciais ao meio ambiente. ( Pereira, M.B e Souza, C.F.R (2001). Implementação, Avaliação e Validação de Algoritmos de Extração de Palavras−Chave de Textos Científicos em Português. Universidade de São Paulo – São Carlos. ) Os autores ancoram a sua tese em autores como Ulrick Beck, Guillermo Foladori, Enrique Leff, Andreia Pelicioni, dentre outros cuja contribuição são de extrema relevância para compreensão do pensamento crítico discorrido em sua investigação, que em síntese, pretendeu relacionar o pensamento moderno com a sociedade de risco, argumentando criticamente as ciências mecanicistas - incluindo o pensamento econômico e os modos de produção. ( 1 ) A produção de carater crítico investigativo traz a abordagem qualitativa e argumenta de que forma as desigualdades sociais e as ameaças à Natureza estão vinculadas ao desenvolvimento ulterior dos meios de produção capitalista. Segundo o artigo, a crise socioambiental moderna é uma repercussão da racionalidade moderna cujo desdobramentos tem engendrado uma pilhagem sistematizada de recursos naturais, renda e exploração do trabalho humano e animal. A fim de entender melhor essa racionalização deve-se considerar como premissa, que a sociedade humana não pode ser estudada em dissociação com seu ambiente. Como sustentado por autores como Foladori (2001), estabelecemos relações por base mediata com nosso ambiente, o que o autor generaliza como sendo “relações técnicas”. Elas, por outro lado, são relações herdadas seguindo regras de distribuição dos meios materiais, e que se manifestam seguindo conjuntos hierárquicos que determinam nossas relações sociais e nossos diferentes níveis de desenvolvimento técnico e científico. Por fim, pretende os autores do artigo, mostrar por meio dessa perspetiva, como as Ciências Econômicas (em seu paradigma instituído) surgem como reguladoras das relações sociais, determinantes para os drásticos cenários de poluição, depredação e de crescimento populacional que compõem basicamente os sintomas da crise socioambiental. Por fim os autores descrevem o cenário onde se fundamentou a racionalidade moderna e suas proles, como as Ciências Modernas e as Ciências Econômicas, que podem ser apontadas por influenciar dramaticamente a crise socioambiental. Uma crise caracterizada pelo aquecimento global, superpopulação e depredação dos ambientes naturais. É relevante enfatizar que a crise é expressa por esses acontecimentos ambientais planetários; sua verdadeira causa, porém, têm sido os meios de produção regidos pela racionalidade moderna, segundo Foladori (2001), afirmando que “O impacto mais importante da idade moderna foi a conquista do mundo pelo capital mercantil”. (p. 109). O artigo é muito esclarecedor no âmbito das questões socioambientais e suas discussões mais contemporâneas, pois aborda de forma crítica a maneira como o sistema capitalista vigente sustenta suas práticas hegemônicas de supressão dos recursos naturais e perpetuação das desigualdades sociais, legitimadas por discursos cada vez mais aceitos como verdades absolutas. A base bibliográfica do artigo é muito rica e alicerça muito bem o estudo desenvolvido. Nesse sentido o artigo em resenha endossa o desejo de estudantes como eu, que sonha em compor uma sociedade mais justa, menos desigual e que zele do meio ambiente. REFERÊNCIAS P de Oliveira Rosa-Silva, LC dos Santos Ferreira; Crise socioambiental: perspectiva histórica e crítica da racionalidade moderna e dos meios de produção capitalista; em http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ros/article/view/29991 consultado em 06-03-2021.
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