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O ESTUDO DA 
PERSONALIDADE
1
2
Definições de personalidade
• O campo da personalidade diz respeito à 
natureza humana;
• Aquilo que as pessoas tem de semelhante, 
assim como as maneiras nas quais elas 
diferem umas das outras.
• “Personalidade” vem da palavra latina 
persona, que se refere à máscara utilizada 
pelos atores em uma peça.
3
Definições de personalidade
4
• Características externas e visíveis
• Características permanentes e estáveis
• Interação entre os aspectos permanentes 
e aspectos mutáveis da situação 
• Características peculiares
Definições de personalidade
5
Definições de personalidade
• Personalidade
• Os aspectos internos e externos peculiares 
relativamente permanentes do caráter de 
uma pessoa que influenciam o 
comportamento em situações diferentes.
6
• Definição biossocial: equipara a 
personalidade ao valor da impressão social 
que o indivíduo provoca nos outros.
• Definição biofísica: baseia a personalidade 
em características ou qualidades do 
sujeito.
Definições de personalidade
7
Definições de personalidade
• Definição globalizante ou do tipo 
coletânea: o termo é usado para incluir 
tudo sobre o indivíduo; os conceitos 
considerados de maior importância para 
descrever o indivíduo.
• Definições que enfatizam a função 
integrativa ou organizadora: a 
personalidade é aquilo que dá ordem e 
congruência a todos os comportamentos 
diferentes apresentados pelo indivíduo.
8
Definições de personalidade
• Outras definições igualam a personalidade 
aos aspectos únicos ou individuais do 
comportamento; ou seja, aquilo que é 
distintivo no indivíduo e que o diferencia 
de todas as outras pessoas.
9
• Finalmente, alguns teóricos consideram 
que a personalidade representa a essência 
da condição humana; ou seja, a 
personalidade se refere àquela parte do 
indivíduo que é mais representativa da 
pessoa, não apenas porque a diferencia 
dos outros, mas principalmente porque é 
aquilo que a pessoa realmente é.
Definições de personalidade
10
• A maneira pela qual determinadas pessoas 
definem a personalidade dependerá 
inteiramente de sua preferência teórica.
• Portanto, a personalidade é definida pelos 
conceitos empíricos específicos que fazem 
parte da teoria da personalidade 
empregada pelo observador.
Definições de personalidade
Teorias da personalidade
• Uma teoria é um meio de organizar e 
integrar tudo o que é conhecido sobre um 
conjunto de eventos relacionados.
• E o que buscamos explicar com uma teoria 
da personalidade?
• O quê 
• Como 
• E por que
12
Teorias da personalidade
• O “o quê” refere-se às características da pessoa e 
à forma como umas estão organizadas em 
relação às outras.
• O “como” refere-se aos determinantes da 
personalidade – interação entre forças genéticas 
e ambientais.
• E o “por que” refere-se às razões para o 
comportamento do indivíduo – aspectos 
motivacionais.
• Áreas:
• Estrutura – refere-se aos aspectos mais estáveis e 
duradouros da personalidade.
• Processo – refere-se aos aspectos motivacionais 
dinâmicos. 
➢Três categorias principais de conceitos motivacionais: 
motivos de prazer, motivos de auto realização e motivos 
cognitivos.
• Crescimento e desenvolvimento – refere-se à interação 
entre determinantes genéticos e ambientais.
• Psicopatologia – compreender porque certos indivíduos 
desenvolvem respostas psicopatológicas.
• Mudança – estratégias de intervenção.
13
Teorias da personalidade
Teorias da personalidade
• Enfoque psicanalítico;
• Enfoque neopsicanalítico;
• Abordagem de estágios contínuos;
• Abordagem dos traços;
• Abordagem humanista;
• Abordagem cognitiva;
• Abordagem comportamental;
• Abordagem da aprendizagem social.
14
A AVALIAÇÃO NO ESTUDO DA 
PERSONALIDADE
• Fazer uma avaliação significa examinar 
algo;
• A avaliação da personalidade é uma área 
importante da aplicação da psicologia às 
questões do mundo real;
1
6
• Exemplos:
• Psicólogo clínico busca entender os 
sintomas de seus pacientes tentando 
avaliar a personalidade deles;
• Psicólogo escolar avalia a personalidade 
dos alunos tentando descobrir as causas 
dos problemas de adaptação ou 
aprendizado;
1
7
• Psicólogo organizacional avalia a 
personalidade para selecionar o melhor 
candidato para um determinado cargo;
• Psicólogo que trabalha com orientação 
vocacional avalia a personalidade de seu 
cliente para associar interesses e 
necessidades aos requisitos de 
determinada profissão ou função;
1
8
• Psicólogo pesquisador avalia a 
personalidade dos sujeitos na tentativa de 
explicar seu comportamento em um 
experimento ou de relacionar os traços de 
sua personalidade com outras medidas. 19
Confiabilidade e validade
• As técnicas de avaliação da personalidade 
diferem quanto ao nível de objetividade 
ou subjetividade.
• Técnicas subjetivas estão sujeitas à 
parcialidade.
2
0
confiabilidade
• Envolve a consistência de respostas à um 
método de avaliação psicológica.
• Ex.: se você se submetesse ao mesmo teste em 
dias diferentes e recebesse duas pontuações 
semelhantes este teste poderia ser considerado 
confiável, porque os seus resultados seriam 
consistentes. Se a diferença for grande, 
provavelmente há algo errado com o teste ou 
com o método de pontuá-lo.
2
1
confiabilidade
• A confiabilidade pode ser determinada pelos 
métodos:
• Teste-reteste: aplicá-lo duas vezes na mesma 
pessoa e comparar estatisticamente as 
pontuações, calculando o coeficiente de 
correlação. Quanto mais for elevado este 
coeficiente, maior será a confiabilidade do 
teste.
2
2
confiabilidade
• Formas equivalentes: submeter as pessoas a 
duas formas equivalentes do teste. Quanto 
maior for o coeficiente de correlação, maior 
será a confiabilidade do teste;
• Duas metades: o teste é aplicado uma vez e a 
pontuação em uma das metades é comparada 
com a pontuação da outra metade.
2
3
validade
• Refere-se ao fato de o método de avaliação 
medir ou não o que se pretende.
• Ex.: um teste de inteligência mede a inteligência?
• Se não medir, então não é válido e os resultados 
não podem ser utilizados para prever o 
comportamento.
2
4
validade
• Entre os tipos de validade estão:
• De previsão: como a pontuação em um teste 
prevê o comportamento futuro. Ao estabelecer 
a validade de previsão, temos de determinar a 
correlação entre a pontuação de um teste e 
alguma medida objetiva do comportamento.
2
5
validade
• De conteúdo: refere-se aos itens ou perguntas 
individuais do teste. Para determiná-la, os 
psicólogos avaliam cada item para ver se ele 
tem relação com o que o teste pretende medir.
2
6
Validade
• De constructo: refere-se à capacidade de o teste 
medir um constructo – um componente teórico ou 
hipotético do comportamento, como um traço ou 
motivo.
• Ex.: ansiedade
• Uma forma comum de determinar a validade de 
constructo é correlacionar as pontuações do novo 
teste com outras medidas estabelecidas e validadas. 
2
7
Métodos de avaliação da 
personalidade
• Os principais enfoques de avaliação da 
personalidade são:
• Inventários (autorelatos)
• Técnicas projetivas
• Entrevistas clínicas
• Procedimento de avaliação 
comportamental
• Amostragem de ideias e experiência
2
8
Inventário de personalidade
• Exemplos:
• Inventário Fatorial de Personalidade II – IFP II
• Bateria Fatorial de Personalidade - BFP
• Questionário de Avaliação Tipológica – Quati
• Escala de Auto Conceito Infanto-Juvenil – EAC-IJ
• Escala de Traços de Personalidade para Crianças -
ETPC 
3
0
Inventário de personalidade
• Avaliação dos inventários de personalidade
• Desvantagens:
• Nem sempre são adequados para pessoas com 
inteligência abaixo da média ou com capacidade 
de leitura limitada;
• Existe também a tendência de dar respostas 
que pareçam socialmente mais aceitáveis ou 
desejáveis.
3
1
Inventário de personalidade
• Vantagens:
• São elaborados para que a pontuação seja 
obtida objetivamente;
• Podem ser aplicados e/oupontuados no 
computador.
3
2
Técnicas projetivas
• Técnica de avaliação da personalidade em 
que os sujeitos projetam suas 
necessidades pessoais, medos e valores 
nas interpretações ou na descrição de um 
estímulo ambíguo.
3
3
Técnicas projetivas
• Inspirados pela psicanálise esses testes 
tentam investigar o inconsciente.
• A interpretação dos resultados dos testes 
projetivos é subjetiva.
3
4
Técnicas projetivas
• Exemplos:
• Rorschach
• Teste de Apercepção Temática – TAT
• CAT-A
• Pirâmides Coloridas de Pfister
• HTP
• Psicodiagnóstico Miocinético PMK
• Palográfico
3
5
Entrevistas clínicas
• Além dos testes, o procedimento de avaliação 
geralmente inclui entrevistas clínicas;
• Nas entrevistas podem ser obtidas informações 
importantes sobre a história de vida, 
relacionamentos sociais e familiares e os 
problemas que levaram à procura de ajuda 
psicológica;
• Pode-se investigar aparência geral, conduta e 
atitude, expressão facial, postura e gestos, etc.
3
6
Entrevistas clínicas
• Podem ser:
• Abertas
• Semi-dirigidas
• Dirigidas 
3
7
A PEQUISA NO 
ESTUDO DA 
PERSONALIDADE
A pesquisa no estudo da 
personalidade
• Um critério para que uma teoria da 
personalidade possa ser considerada útil é que 
ela tem de ser testável.
• O ideal seria que uma teoria fosse moldada, 
modificada e elaborada – ou descartada – com 
base na pesquisa que gera.
A pesquisa no estudo da 
personalidade
• O psicólogo estuda a personalidade de diferentes 
maneiras;
• O método utilizado depende do aspecto da 
personalidade que está sendo investigado.
• Um método útil para examinar um aspecto da 
personalidade pode ser inadequado para outro 
aspecto.
A pesquisa no estudo da 
personalidade
• A quantidade de pessoas avaliadas e as formas 
pelas quais elas são estudadas também podem 
categorizar as pesquisas de personalidade em:
• Pesquisa idiográfica
• Pesquisa nomotética
Pesquisa idiográfica
• Envolve o estudo intensivo de uma pequena quantidade de 
pessoas – em alguns casos apenas uma.
• Em geral o objetivo do enfoque idiográfico é terapêutico, no 
qual o conhecimento adquirido sobre a pessoa é utilizado para 
ajudar no tratamento.
• Um outro objetivo é ter uma compreensão geral da 
personalidade humana.
Pesquisa nomotética
• Envolve a comparação e análise das diferentes 
estatísticas entre amostras maiores de indivíduos.
• O objetivo do enfoque nomotético é obter dados 
que possam ser generalizados para uma quantidade 
maior de pessoas.
Métodos de pesquisa
• Os três principais métodos utilizados na 
pesquisa da personalidade são:
• Método clínico
• Método experimental
• Método correlacional
• Embora diferentes em questões específicas, 
esses métodos baseiam-se na observação 
objetiva, que é a principal característica 
definidora da pesquisa científica.
O método clínico
• O método clínico primário é o estudo de caso, no 
qual o psicólogo busca pistas no passado e no 
presente de seus pacientes que possam indicar a 
fonte dos seus problemas emocionais.
• Freud utilizou vastamente estudos de caso na 
elaboração da sua teoria psicanalítica.
O método clínico
• Além do estudo de caso pode-se utilizar de 
questionários, entrevistas e análise de sonhos.
• A utilização pode ser tanto para avaliação (os dados 
serão utilizados para tratar um paciente), quanto 
para pesquisa (os dados serão utilizados para testar 
uma teoria).
O método clínico
• Os dados obtidos pelo método clínico são mais subjetivos, 
associados a eventos mentais (em grande parte, 
inconscientes) e também a experiências da infância, cujas 
lembranças podem ser distorcidas pelo tempo.
• Podem refletir mais as predisposições pessoais do terapeuta 
do que os dados obtidos por outros métodos.
O método clínico
• No entanto, o método clínico pode fornecer uma 
janela através da qual podemos ver as 
profundezas da personalidade.
O método experimental
• As principais características da pesquisa científica são:
• Observação objetiva
• Observações bem controladas e sistemáticas
• Possibilidade de duplicação e verificação
• O método clínico não preenche muito bem esses requisitos, 
mas o método experimental preenche.
O método experimental
• Um experimento é uma técnica para determinar 
o efeito de uma ou mais variáveis ou eventos 
sobre o comportamento.
• Se um psicólogo quiser determinar o efeito de 
apenas uma variável, ele pode providenciar uma 
situação experimental na qual só se permite que 
essa variável opere. Todas as demais devem ser 
eliminadas ou mantidas constantes durante o 
experimento.
O método experimental
• Os cientistas diferenciam dois grupos de variáveis em 
um experimento:
• Variável independente – é a variável ou condição do 
estímulo que o experimentador manipula para 
conhecer seu efeito;
• Variável dependente – é o comportamento ou 
resposta frente à manipulação da variável 
independente.
O método experimental
• Para que nenhuma outra variável além da 
independente possa afetar os resultados, os 
pesquisadores têm de estudar dois grupos de pessoas:
• Grupo experimental – este é o grupo exposto à 
variável independente;
• Grupo controle – não é exposto à variável 
independente.
Limitações do método 
experimental
• Questões éticas;
• O comportamento dos indivíduos pode mudar devido ao fato 
de eles estarem cientes de que estão sendo observados. Os 
indivíduos tentam às vezes adivinhar a finalidade do 
experimento e se comportam de acordo com isso para agradar 
ou frustrar o experimentador.
O método correlacional
• No método correlacional os pesquisadores investigam as 
relações que existem entre as variáveis.
• No método correlacional não se designam pessoas para 
grupos experimentais e de controle. Em vez disso, o 
desempenho dos participantes que diferem em uma variável 
independente é comparado com o seu desempenho em 
alguma variável dependente.
O método correlacional
• Por exemplo
• Os pesquisadores querem determinar se as pessoas com 
grande necessidade de realização obtinham notas mais altas 
na faculdade do que aquelas com pouca necessidade.
• Utilizando o método correlacional, os pesquisadores mediriam 
os níveis de necessidade de realização de um grupo de 
estudantes universitários e os compararam com as suas notas.
O método correlacional
• Neste exemplo a variável independente (os vários níveis de 
necessidade de realização) não foi manipulada ou modificada. 
• Os pesquisadores trabalharam com os dados existentes e 
descobriram que os estudantes com grande necessidade de 
realização haviam de fato obtido notas mais altas do que os 
com pouca necessidade.
O coeficiente de correlação
• É a medida estatística básica de correlação.
• Fornece informações precisas sobre a direção e força da 
relação entre as duas variáveis.
• Se pontuações elevadas em uma variável acompanham 
pontuações em outra variável, esta correlação é positiva.
• Se pontuações elevadas em uma variável acompanham 
pontuações baixas na outra, a direção é negativa.
O coeficiente de correlação
• Os coeficientes de correlação variam de +1,00 (uma correlação 
positiva perfeita) a -1,00 (uma correlação negativa perfeita).
• Quanto mais próximo o coeficiente de correlação estiver de 
+1,00 ou -1,00, mais sólida a relação e mais confiantemente 
podemos fazer previsões sobre uma variável a partir da outra.
Limitações do método 
correlacional
• A principal limitação do método correlacional 
refere-se à causa e ao efeito.
• Só porque duas variáveis apresentam uma alta 
correlação não se pode concluir 
necessariamente que uma provocou a outra.
Limitações do método 
correlacional
• Exemplo:
• Suponha que um psicólogo descobrisse uma forte 
relação negativa entre timidez e autoestima: 
quanto maior o grau de timidez menor o de 
autoestima.
• A relação é clara: pessoas tímidas tendem a obter 
baixa pontuação de autoestima.
Limitações do método 
correlacional
• Podemos concluir com certeza que ser tímido faz com que as 
pessoastenham baixa autoestima. Poderia ser o contrário, a 
baixa autoestima faz com que as pessoas sejam tímidas.
• Ou alguma outra variável, como aparência física ou rejeição 
dos pais, poderia causar tanto a timidez quanto a baixa 
autoestima.
Limitações do método 
correlacional
• Essa restrição a se tirar conclusões representa uma dificuldade 
para os pesquisadores cujo objetivo é identificar causas 
específicas.
• Todavia, aos que têm o propósito de prever o comportamento 
no mundo real, o método correlacional é mais satisfatório.
TEORIA DO 
FUNCIONAMENTO DO 
APARELHO PSÍQUICO
Teoria do funcionamento do 
aparelho psíquico
• Aparelho psíquico é descrito como um instrumento cujos 
componentes são “instâncias” ou “sistemas”.
• O aparelho possui uma extremidade sensorial (Pcpt) dotada 
de um sistema que recebe as percepções, e uma extremidade 
motora (M), onde se localiza um sistema que abre as 
comportas da atividade motora.
• A atividade psíquica, partindo de estímulos externos e 
internos, percorre o aparelho psíquico, indo, em geral, da 
extremidade perceptiva para a extremidade motora.
MPcpt
Estímulos Respostas 
motoras,
Ação
• Diferenciação na extremidade sensorial: as percepções que incidem 
no aparelho permanecem em forma de traços mnêmicos 
(memória); porém um mesmo sistema não pode reter memória e 
ao mesmo tempo permanecer aberto à recepção de novos 
estímulos.
• Freud propõe a existência de um sistema que transforma as 
excitações em traços permanentes organizados através de relações 
de simultaneidade e semelhança. 
MPcpt
Mnem Mnem’ Mnem’’
Estímulos
Respostas 
motoras,
Ação
• Estes traços são inconscientes, podem tornar-se conscientes, mas 
produzem todos seus efeitos quando em estado inconsciente; 
• Constituem a base sobre a qual repousa nosso caráter;
• Os traços mnêmicos que causam maior efeito – os da primeira 
infância – são os que quase nunca tornam-se conscientes.
• Os traços mnêmicos apesar de poderem tornar-se conscientes 
permanecem inconscientes por força de uma instância psíquica que 
submete a atividade inconsciente à uma crítica, impedindo seu 
acesso à consciência.
• A instância crítica tem uma relação estreita com a consciência e 
situa-se como uma tela entre a consciência e o inconsciente.
• Sistema Pré-consciente situado na extremidade motora, cujos 
processos podem penetrar a consciência desde que certas 
condições sejam satisfeitas;
• Sistema inconsciente que não tem acesso à consciência senão 
através do pré-consciente.
M
Pcpt
Mnem Mnem’
Pcs
Ics
Movimento regressivo do sonho
Estímulos
Respostas 
motoras,
Ação
• A força propulsora para a formação dos sonhos é fornecida pelo Ics
que se esforçará por avançar para o Pcs e ganhar acesso à 
consciência.
• Os sonhos tem caráter regressivo: a excitação se move em direção à 
extremidade sensorial.
• A regressão é efeito da resistência que se opõe ao avanço de um 
pensamento para a consciência e de uma atração simultânea 
exercida sobre o pensamento pela presença de lembranças dotadas 
de grande força sensorial.
Primeira Tópica
• Três instâncias – inconsciente, pré-consciente e consciente –
nitidamente demarcadas por barreiras que as separam entre 
si.
• A barreira que separa o Ics do Pcs é constituída por um ato 
bem preciso, o recalcamento.
• O recalcamento consiste em excluir da consciência toda 
representação psíquica que a crítica formulada pelo princípio 
que norteia nossa vida de vigília julgue inaceitável.
• Cada instância apresenta modos diferentes de funcionamento.
Inconsciente (Ics)
• Não é o oposto de consciente;
• É a verdadeira realidade psíquica;
• Seu conteúdo é inadmissível à consciência;
• Núcleo do inconsciente são as formações herdadas e transmitidas 
de geração em geração e tudo aquilo que foi descartado durante o 
desenvolvimento infantil (desejos).
Principais características:
• Ausência de contradição, de dúvida, de negação;
• Seus processos são atemporais;
• Orienta-se pela busca de satisfação imediata (processo primário);
• Ignora a realidade externa;
• Seus conteúdos estão sempre ativos;
• Regime energético móvel e livre que permite o funcionamento das 
operações de deslocamento e condensação;
• Princípio de funcionamento: Princípio do prazer
Pré-consciente (Pcs)
• É um sistema situado entre o inconsciente e o consciente;
• Funciona como uma “tela” entre ambos;
• Barra o acesso à Cs;
• Controla o acesso ao poder da motilidade voluntária;
• Cabe ao Pcs acolher e organizar os atos psíquicos suscetíveis 
de se tornarem conscientes, ou seja, aqueles que não foram 
barrados pela ação da censura.
• Seu conteúdo é formado pelas representações que lograram 
transpor a censura;
• Seu funcionamento, ao contrário do Ics, não visa a descarga 
imediata, direta e rápida;
• Regime energético: energia ligada (em oposição a energia livre do 
sistema inconsciente);
• O processo secundário possui um movimento controlado, operando 
no sentido de inibir a tendência de procurar uma descarga 
(satisfação) imediata;
• Princípio de funcionamento: Princípio da Realidade.
Consciente (Cs)
• Situa-se na periferia do aparelho psíquico;
• Neste sistema a consciência aparece como uma qualidade 
momentânea que se caracteriza pelo fato da personalidade 
dispensar, temporariamente, atenção a certas representações pré-
conscientes;
• Semelhante ao Pcpt é suscetível à excitação, mas incapaz de reter 
traços mnêmicos;
• Sua função principal consiste na recepção de excitações 
provenientes do mundo externo e do interior do próprio aparelho;
• É regido pelos mesmos processos do sistema Pcs.
Segunda Tópica
TRÊS ENSAIOS SOBRE A 
TEORIA DA SEXUALIDADE 
(1905)
A sexualidade infantil
Fases do desenvolvimento psicossexual
7
9
O descaso para com o infantil
• Equívoco de se considerar a pulsão sexual 
ausente na infância.
• Infância = pré-história da existência individual.
8
0
Amnésia infantil
• Esquecimento das vivências da infância;
• As impressões esquecidas tornam-se determinantes 
para todo o desenvolvimento posterior;
• Amnésia semelhante à que se observa nos 
neuróticos, cuja essência consiste num mero 
impedimento da consciência (recalcamento).
8
1
As manifestações da sexualidade 
infantil
8
2
Três características essenciais de uma 
manifestação sexual infantil:
• Nasce apoiando-se numa das funções 
somáticas vitais;
• Não conhece nenhum objeto sexual, 
sendo auto erótica;
• Seu alvo sexual acha-se sob o domínio de 
uma zona erógena.
Características das zonas 
erógenas
• Zona erógena: trata-se de uma parte da pele ou da 
mucosa em que certos tipos de estimulação provocam 
uma sensação prazerosa de determinada qualidade.
• O alvo sexual da pulsão infantil consiste em provocar a 
satisfação mediante a estimulação apropriada da zona 
erógena que de algum modo foi escolhida.
• Esta satisfação deve ter sido vivenciada antes para que 
reste daí uma necessidade de repeti-la.
8
3
8
4
• Freud estabeleceu três grandes momentos no curso do desenvolvimento:
• Autoerótico = a satisfação é obtida sem que haja recurso a um objeto 
exterior. A sucção do seio materno passa a ser o protótipo do 
autoerotismo.
• Narcisista = a imagem unificada do corpo é investida pela libido e torna-
se o objeto de amor da criança. Os limites dessa imagem são variáveis e 
englobam todos os objetos através dos quais ela obtém satisfação de 
seus impulsos sexuais.
• Relação objetal = quando o indivíduo é capaz de amar e obter 
prazer através de um objeto percebido como exterior, total e 
independente dele.
As manifestações da sexualidade 
infantil
A investigação sexual infantil
A pulsão de saber é atraída, precoce e intensamente, pelos problemas 
sexuais, e talvez seja até despertada por eles.
Interesses práticos põem em marcha a atividade investigatória na criança.
• Primeiro problema: de onde vêm os bebês? (ameaça trazida pela 
chegada de um novo bebê);
• Menino presume a existência de uma genitália igual à sua emtodas as 
pessoas que conhece (primeira teoria sexual infantil);
• Essa convicção é energicamente sustentada, obstinadamente defendida e 
somente abandonada após sérias lutas internas (complexo de castração).
• Menina não incorre em recusas ao avistar os genitais do menino; está 
pronta a reconhecê-lo de imediato e é tomada pela inveja do pênis, que 
culmina no desejo de ser também um menino.
8
5
A investigação sexual infantil
• Teorias do nascimento:
Os bebês chegam quando se come alguma coisa;
Nascem pelo intestino, como na eliminação das fezes.
• Concepção sádica da relação sexual:
As crianças se ocupam com o problema de saber em que consiste 
“ser casado” ou “namorar”;
Costumam buscar a solução em alguma atividade conjunta 
proporcionada pelas funções de micção ou defecação.
8
6
O fracasso da investigação sexual 
infantil
• As teorias sexuais infantis são reflexo da própria constituição sexual da 
criança e testemunham uma maior compreensão dos processos sexuais 
do que se supõe;
• A criança percebe as alterações provocadas na mãe pela gravidez (a 
fábula da cegonha é recebida com desconfiança silenciosa);
• Como dois elementos permanecem desconhecidos na investigação 
sexual infantil – o sêmen e a existência do orifício sexual feminino, os 
esforços investigativos são geralmente infrutíferos e acabam numa 
renúncia.
• A investigação sexual desses primeiros anos da infância significa um 
primeiro passo para a orientação autônoma no mundo, pois é sempre 
feita na solidão.
8
7
As fases de desenvolvimento da 
organização sexual
• Características da vida sexual infantil: 
Auto erótica - seu objeto encontra-se no próprio corpo;
Pulsões parciais – inteiramente desvinculadas e independentes entre si em 
seus esforços pela obtenção de prazer (olhar, se exibir, saber e a crueldade).
• O desfecho do desenvolvimento constitui a chamada vida sexual normal 
do adulto, na qual a obtenção de prazer fica a serviço da função 
reprodutora, e as pulsões parciais, sob o primado de uma única zona 
erógena, formam uma organização sólida para a consecução do alvo 
sexual num objeto sexual alheio.
8
8
Organizações pré-genitais
• Pré-genitais são as organizações da vida sexual 
em que as zonas genitais ainda não assumiram 
seu papel preponderante (organização das 
pulsões parciais).
• Organizações pré-genitais:
Oral canibalesca;
Sádico-anal;
Fálica 
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Organização oral canibalesca
• Primeira fase dessas organizações pré-genitais;
• Nela a atividade sexual ainda não se separou da nutrição. O objeto de 
uma atividade é também o da outra;
• O alvo sexual consiste na incorporação do objeto (introjeção do objeto 
amado); Identificação;
• No primeiro momento o modo de satisfação prevalente é a sucção;
• No segundo momento o modo de satisfação é a devoração
(aparecimento dos dentes) – ao obter prazer do objeto (incorporação) é 
levado simultaneamente a destruí-lo (mordida).
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Caráter oral
• O caráter oral é aquele que se constrói a partir das transformações dos 
impulsos orais em traços de comportamento.
• O prazer inicial de sucção é, em grande medida, um prazer de tomar ou 
receber algo.
• Possuir um objeto significa, originalmente para a mente infantil, 
incorporá-lo, isto é, introduzi-lo no interior do corpo.
• Um dos traços mais marcantes do caráter oral é a certeza de possuir tudo 
que é necessário para a sobrevivência;
• Tratam-se de indivíduos que enfrentam a vida com um otimismo 
imperturbável;
• Espera de um ser protetor e continente que cuidará e proverá tudo 
aquilo que for necessário (representante do seio materno);
• Otimismo, generosidade, despreocupação, desprezo pela realidade e 
confiança cega no futuro constituem traços desse caráter.
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Caráter oral
• Traços de comportamento que derivam dos efeitos de uma sucção 
insatisfatória:
• Indivíduos que parecem estar sempre pedindo algo sob a forma de uma 
solicitação ou exigência imperativa;
• Impaciência; urgência de falar;
• Característica específica na esfera social: estar sempre apto para 
absorver novas ideias e valores;
• Por um lado o indivíduo pode tornar-se mais informado e por outro 
pode transformar-se em consumista;
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Caráter oral canibalesco
• Aparece pela primeira vez uma relação com o objeto sexual marcada 
pela ambivalência;
• A coexistência de duas valências afetivas opostas dirigidas ao mesmo 
objeto, prazer (incorporação) e destruição (mordida), configura o 
sadismo oral;
• Traços de caráter: uso agressivo da linguagem; o impulso de falar 
significa prazer e desejo de aniquilar, destruir;
• Inveja, hostilidade, ciúmes;
• Sentimentos positivos, opostos ao ciúme e a inveja podem surgir sob a 
forma de formações reativas;
• Socialmente apresenta-se como agressivo, mal humorado e inacessível.
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Organização sádico-anal
• Segunda fase da organização pré-genital;
• A divisão em opostos já se constituiu, mas ainda 
não podem ser chamados masculino e feminino, 
e sim ativo e passivo;
• Prazer na expulsão ou retenção das fezes = 
prazer na expulsão do objeto sexual ou retenção 
e controle do mesmo.
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Caráter anal
• Características básicas: ordem, parcimônia ou 
economia e obstinação.
• A ordem exprime-se pelo colecionismo, a 
preocupação de tudo classificar, o apego à 
minúcia, gosto pela simetria.
• A ordem expressa pela limpeza excessiva e 
exagerada (formação reativa).
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Caráter anal
• A parcimônia revela-se como expressão do prazer anal 
em reter e conservar as fezes;
• Pode-se observá-la no prazer acentuado de guardar 
bens e possuir coisas, na exigência para si daquilo que 
se recusa ao outro, na ausência de generosidade;
• Mostra-se ainda através da avareza de palavras que 
configura um medo de se revelar ao outro; na economia 
de tempo: pontualidade minuciosa e inquieta, exatidão 
minuciosa.
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Caráter anal
• A obstinação, em sua expressão psíquica, pode ser 
considerada como um prazer em dominar os outros, 
acompanhado do medo de se deixar influenciar pelo 
outro;
• A obstinação significa apego e retenção mental de uma 
ideia (modo de satisfação anal que permanece ativo no 
Ics);
• A obstinação pode desenvolver-se em duas direções: 
inacessibilidade e teimosia e a perseverança e 
escrupulosidade.
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Organização fálica
• Terceira fase da organização pré-genital;
• Exibe um objeto sexual e certo grau de convergência das 
aspirações sexuais para esse objeto;
• A passagem da fase anal para a fálica se dá quando a 
criança se vê obrigada, em nome de uma estética (“feio”, 
“sujo”, “caca”), a abandonar seu objeto de prazer: as 
fezes;
• Este abandono só pode ser efetivado quando a mãe se 
revela capacitada a substituir as fezes;
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Organização fálica
• Para a criança existe uma única espécie de órgão sexual: 
o falo;
• O falo na antiguidade greco-romana traduzia o poder 
soberano e mágico;
• O falo não é o pênis; significa precisamente um órgão 
genital comum, em sua espécie, ao gênero humano; 
tratando-se de um órgão essencialmente imaginário;
• Por tratar-se de um órgão imaginário, possui na mente 
infantil, a característica de ser destacável do corpo, 
transposto, presenteado, retirado, etc.
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Organização fálica
• Tanto para o menino quanto para a menina a mãe 
torna-se um objeto de desejo; a mãe passa a 
significar um objeto total de satisfação geral.
• Esses dois polos: o falo e a eleição da mãe como 
objeto de desejo colocam a criança no emaranhado 
do Complexo de Édipo, que permitirá à criança 
adquirir uma identidade psicossexual própria.
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Caráter fálico
• Para o homem fálico, o pênis é utilizado enquanto 
instrumento de ataque e vingança contra a mulher;
• A mulher fálica é, por outro lado, motivada pelo 
desejo de tornar o homem impotente ou fazê-lo 
parecer impotente.
• Em ambos os sexos revela-se por uma conduta de 
ostentação de si, pela poligamia e o ativo esforço em 
causar decepções ao outro.
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O complexo de Édipo
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Édipo, príncipe de Corinto, é insultado por umbêbado, que o acusa de ser filho
ilegítimo do Rei Políbios. Embora Políbios procure tranquilizar Édipo, o príncipe,
perturbado, recorre ao Oráculo de Píton, mais tarde conhecido como Delfos.
O oráculo evita responder à sua dúvida, mas dá a terrível informação de que Édipo
está destinado a matar o pai e casar-se com a mãe. Como Édipo não tem a
menor intenção de deixar que isso aconteça, ele foge de Corinto e vai para Tebas. E
aí começa a tragédia.
Em uma encruzilhada Édipo depara-se com uma carruagem. Á frente vem o arauto
que ordena rudemente a Édipo que se afaste e tenta empurrá-lo para fora da
estrada. O príncipe começa uma briga e termina matando todo mundo que nela se
envolve. Para sua desgraça, um dos homens que vinha na carruagem era seu pai
verdadeiro, o Rei Laios de Tebas. Após resolver o enigma da esfinge e salvar Tebas
desse flagelo, Édipo é proclamado rei e casa-se com a viúva de Laios, Jocasta, sua
verdadeira mãe. Só depois que uma nova maldição cai sobre Tebas – maldição que
seria afastada apenas quando o assassino de Laios fosse descoberto e expulso – é
que os fatos vêm à tona. Édipo não consegue suportar a verdade e arranca os
próprios olhos.
Antes que Édipo tomasse a decisão de fugir da profecia do oráculo, Laios, sua vítima
já tinha cometido o mesmo engano. Apolo havia advertido Laios de que seu próprio
filho o mataria e, quando Édipo nasceu, o rei mandou perfurar com um cravo um
dos pés da criança e abandoná-la em uma montanha. Mas o menino foi encontrado
por um pastor e levado ao Rei Políbios, que o adotou.
O complexo de Édipo
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➢Objeto amoroso = MÃE (tanto para o menino quanto para a menina).
➢ Menino:
• Objeto = mãe
• Rival = pai – identificação para tornar-se homem e ter uma mulher.
• Pelo medo da castração o menino sucumbe e aceita a lei paterna (torna-
se castrado), abre mão da mãe, aceita o pai (temido 
e admirado), introjeta o pai e torna-se também o pai, poderoso, potente 
e capaz de ter a sua própria mulher.
O complexo de Édipo
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➢Menina:
• Objeto = mãe (pré-história)
= pai
• Rival = mãe
• Por se perceber castrada a menina abandona seu objeto primordial (mãe) 
e muda de objeto para o pai em busca do falo (= bebê) que o pai pode 
dar e aí entra no Édipo.
• Quando percebe que o pai não pode lhe dar o falo e que a mãe constitui 
o objeto de amor do pai, volta-se novamente para a mãe, identificando-
se com ela, tornando-se feminina.
O complexo de Édipo
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• O afastamento se realiza por identificações.
• A autoridade do pai ou dos pais é introjetada no ego e forma o 
superego. Perpetua a proibição do incesto.
• As tendências libidinais do Édipo em parte são sublimadas e em 
parte transformadas em impulsos de afeição.
• Todo o processo preservou o órgão sexual e também o paralisou 
= introdução da latência.
• Consequências psíquicas:
➢ Homem = medo da castração
➢ Mulher = inveja do pênis
• Enquanto nos meninos o Complexo de Édipo é destruído pelo Complexo 
de Castração, nas meninas ele se faz possível e é introduzido através do 
Complexo de Castração.
Período de latência sexual
• Supressão progressiva da pulsão sexual;
• Diques que erigem-se como entraves no caminho 
da pulsão sexual:
• O asco, o sentimento de vergonha, as exigências 
dos ideais estéticos e morais.
• As moções sexuais da infância são inutilizáveis (já 
que estão diferidas as funções reprodutoras). Por 
conseguinte, elas despertam forças contrárias 
que para uma supressão eficaz desse desprazer 
erigem os diques já mencionados.
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Os dois tempos da escolha 
objetal
• O primeiro tempo começa entre os dois e os cinco 
anos de idade e retrocede ou é detida pelo período 
de latência. Caracteriza-se pela natureza infantil de 
seus alvos sexuais;
• O segundo tempo sobrevém com a puberdade e 
determina a configuração definitiva da vida sexual;
• A escolha de objeto da época da puberdade tem de 
renunciar aos objetos infantis.
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Ansiedade e os 
mecanismos de 
defesa
Ansiedade
• Freud descreveu a ansiedade/angústia como um temor sem 
razão.
• Em geral não conseguimos identificar a fonte, um objeto 
específico que a tenha provocado.
• Na primeira teoria era vista como resultado de pulsões sexuais 
não realizadas – libido contida.
• Na segunda teoria representava uma emoção dolorosa que 
agia como um sinal de perigo eminente para o Ego.
• Em termos estruturais a ansiedade desenvolve-se em um 
conflito entre a força dos impulsos do Id e a ameaça de 
punição pelo Superego. Ou seja, é como se o Id dissesse “eu 
quero”, o Superego dissesse “que coisa horrível”, e o Ego 
dissesse “eu estou com medo”.
Ansiedade
• Propôs três tipos:
• Ansiedade frente à realidade ou objetiva = envolve o medo de 
perigos tangíveis no mundo real (maior influência nas 
crianças);
• Ansiedade neurótica = surge do conflito entre impulsos 
sexuais ou agressivos (Id) e o medo inconsciente de ser punido 
(Ego);
• Ansiedade moral = resulta de um conflito entre o Id e o 
Superego – vergonha e culpa; é proporcional ao grau de 
desenvolvimento de superego.
Ansiedade
• A ansiedade alerta o indivíduo de que o Ego está sendo 
ameaçado e de que, se não tomar uma atitude, este poderá 
ser subvertido.
• E como o Ego pode se proteger ou defender?
Mecanismos de defesa do ego
• Para Freud, as defesas precisam estar sempre atuando, pois o 
conflito está sempre presente, porque os impulsos estão 
sempre pressionando por satisfação e os tabus da sociedade 
tendem a limitar essa satisfação.
• Mecanismos de defesa são estratégias que o Ego utiliza para 
se defender da ansiedade provocada pelos conflitos da vida 
cotidiana. 
• Envolvem negações ou distorções da realidade e operam 
inconscientemente.
Mecanismo de defesa do ego

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