Buscar

Barras de Aço Comprimidas

Prévia do material em texto

ESTRUTURAS DE AÇO
2019.2
Professora: Marina Evangelista
AULA 06
Barras de aço comprimidas
1
ESTRUTURAS DE AÇO
1. Considerações iniciais
2
vigas
pilares treliçados
alguns tipos de contraventamento
Barras comprimidas são aquelas solicitadas
exclusivamente por força axial de compressão
Compõem
ESTRUTURAS DE AÇO
1. Considerações iniciais
3
Os deslocamentos laterais produzidos compõem 
o processo conhecido como FLAMBAGEM POR 
FLEXÃO. A Flambagem reduz a capacidade de 
carga da peça em compressão. 
A compressão acentua os efeitos das 
curvaturas existentes. 
ESTRUTURAS DE AÇO
2. Flambagem por flexão
4
EULER: Carga crítica de flambagem
Investigou o equilíbrio de uma coluna 
comprimida na posição deformada 
com deslocamentos laterais.
𝑃𝐶𝑅= 
𝜋2 𝐸𝐼
𝐿2
Seção Transversal Constante
Coluna Perfeita
Homogênea
Carregamento centrada
Nessas condições a coluna inicialmente reta mantém-se com 
deslocamentos laterais nulos até a carga atingir a carga crítica;
A partir da carga 𝑃𝐶𝑅 há perda de estabilidade.
ESTRUTURAS DE AÇO
2. Flambagem por flexão
5
As colunas reais possuem imperfeições geométricas, tais como 
desvios de retilinidade, oriundas dos processos de fabricação;
ESTRUTURAS DE AÇO
3. Dimensionamento aos estados-limites últimos
6
Estados-limites últimos
Flambagem Global 
Flambagem Local 
ESTRUTURAS DE AÇO
3. Dimensionamento aos estados-limites últimos
7
Para uma barra submetida à força axial de compressão:
𝑁𝑐,𝑆𝑑 = força axial de compressão solicitante de cálculo
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = força axial de compressão resistente de cálculo, dada por:
ꭕ𝑄𝐴𝑔𝑓𝑦 = a força axial resistente nominal.
𝛾𝑎1 = coeficiente de ponderação da resistência para estados-limites
últimos relacionados a escoamento e instabilidade, igual a 1,10.
ESTRUTURAS DE AÇO
3. Dimensionamento aos estados-limites últimos
8
𝑁𝑐,𝑅𝑑 =
ꭕ 𝑄 𝐴𝑔𝑓𝑦
𝛾𝑎1
Fator de redução devido a Flambagem Global
Fator de redução devido a Flambagem Local
Limite de Resistência da Barra
ESTRUTURAS DE AÇO
3. Dimensionamento aos estados-limites últimos
9
ESTRUTURAS DE AÇO
4. Limitação do índice de esbeltez
10
• É importante garantir que a esbeltez das peças não seja excessiva, de 
modo que seja possível APROVEITAR TODA A CAPACIDADE RESISTENTE 
DOS MATERIAIS.
• Por esta razão, as normas de projeto estabelecem valores MÁXIMOS DE 
ESBELTEZ. Por exemplo, para as estruturas metálicas (NBR8800).
λ ≤ 200
É o índice que avalia o quanto uma barra comprimida é mais ou menos 
vulnerável ao efeito da flambagem, é uma medida mecânica utilizada para 
estimar com que facilidade um pilar irá encurvar.
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
11
• Flambagem das placas componentes de um perfil comprimido cujas
placas componentes apresentam deslocamentos laterais na forma
de ondulações.
• Os elementos que formam os perfis estruturais de seção aberta
geralmente são planos e apoiados em 1 ou em 2 bordas longitudinais.
AL = elementos apoiados em apenas uma borda longitudinal
AA = elementos apoiados nas duas bordas longitudinais, de
elementos apoiados-apoiados
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
12
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
13
• Sob ação da força axial de compressão, pode ocorrer a instabilidade
de um ou mais elementos, AA e AL, componentes de um perfil;
• Esse tipo de flambagem é caracterizado pela formação de inúmeras
semiondas longitudinais, sem que a posição média do eixo
longitudinal da barra se altere (exceção é a cantoneira).
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
14
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
15
A ocorrência da flambagem local depende da relação 𝑏 𝑡.
Os elementos com relação
largura/espessura ( 𝑏 𝑡 ) reduzida,
que não ultrapassam o limite, não
estão sujeitos a flambagem local,
uma vez que seu escoamento ocorre
antes.
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
16
• Para valor de 𝑏 𝑡 ≤ ( 𝑏 𝑡)lim
• Para valor de 𝑏 𝑡 > ( 𝑏 𝑡)𝑙𝑖𝑚
𝑄 = 1,0
𝑄 = 𝑄𝑎𝑄𝑠
𝑄𝑎
𝑄𝑠
Associado a elemento AA
Associado a elemento AL
17
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
5.1. Elemento AA
18
Possuem grande resistência pós-flambagem, ou seja, o início da
flambagem não implica em colapso.
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
5.1. Elemento AA
19
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
5.1. Elemento AA
20
• Valor preciso da largura efetiva 𝑏𝑒𝑓:
σ𝑚á𝑥 = tensão máxima que atua no elemento analisado, que pode ser
considerada igual à resistência ao escoamento do aço 𝑓𝑦.
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
5.1. Elemento AA
21
• A área efetiva da seção transversal, com o somatório estendendo-se a
todos os elementos citados, é:
• O fator de redução da força axial resistente para consideração da
flambagem local dos elementos AA, 𝑄𝑎 é:
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
5.2. Elemento AL
22
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
5.2. Elemento AL
23
• O fator de redução da força axial resistente para consideração da
flambagem local dos elementos AL, 𝑄𝑠, é definido por:
• Se uma seção transversal possuir 2 ou mais elementos AL com fatores
Qs diferentes, adota-se o menor deles.
24
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
5.2. Elemento AL
25
Não ocorre flambagem
Flambagem inelástica
Flambagem elástica
𝑄𝑠 = 1
𝑄𝑠 < 1
𝑄𝑠 < 1
ESTRUTURAS DE AÇO
5. Flambagem local
5.2. Elemento AL
26
• Para valores de 𝑏 𝑡 situados entre ( 𝑏 𝑡)𝑙𝑖𝑚 e outro limite,
( 𝑏 𝑡)𝑠𝑢𝑝, o colapso ocorre em regime inelástico e, para valores de
 𝑏 𝑡 superiores a ( 𝑏 𝑡)𝑠𝑢𝑝, em regime elástico.
• ( 𝑏 𝑡)𝑠𝑢𝑝 corresponde ao início da plastificação nas partes do
elemento com maiores σ𝑟 (tensão residual).
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
27
• Na prática, as barras apresentam uma curvatura
inicial;
• O deslocamento transversal de barras com
curvatura aumenta continuamente com o
acréscimo da força axial de compressão, até as
barras não conseguirem mais resistir às
solicitações atuantes: é a instabilidade de barra;
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
6.1. Força axial resistente nominal
28
A força axial de compressão resistente nominal de uma barra para
instabilidade é dada por:
𝐴𝑔𝑓𝑦= força de escoamento da seção bruta, representa a capacidade
resistente nominal da seção bruta;
ꭕ = fator de redução associado à resistência à compressão.
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
6.1. Força axial resistente nominal
29
Para λ0 ≤ 1,5: Para λ0 > 1,5:
 λ0 é o índice de esbeltez reduzido da barra:
ESTRUTURAS DE AÇO
30
Flambagem inelástica
Flambagem elástica
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
6.2. Valor da força axial de flambagem elástica
31
Seção duplamente simétrica
As barras com seção duplamente simétrica, como as I ou H, podem
flambar por flexão em relação aos eixos centrais de inércia x e y com as
forças axiais de flambagem elástica, respectivamente dados por:
𝐾𝑥𝐿𝑥 e 𝐾𝑦𝐿𝑦 = comprimentos de flambagem por flexão em relação aos
eixos x e y.
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flabagem global
6.2. Valor da força axial de flambagem elástica
32
Seção duplamente simétrica
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
6.2. Valor da força axial de flambagem elástica
33
Seção duplamente simétrica
• Essas barras também podem flambar por torção.
• Sua força axial de flambagem elástica é:
𝐾𝑦𝐿𝑦 = comprimento de flambagem por torção;
𝐶𝑤 = constante de empenamento da seção transversal;
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
6.2. Valor da força axial de flambagem elástica
34
Seção duplamente simétrica
• 𝑟0 é o raio de giração polar da seção transversal em relação ao
centro de cisalhamento
𝑟𝑥, 𝑟𝑦 = raios de giração em relação aos eixos centrais de inércia x e y;
𝑥𝑜, 𝑦𝑜 = distâncias do centro geométrico da seção G ao centro de
cisalhamento S na direção dos eixos x e y;
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
6.2. Valor da força axial de flambagem elástica
35
Seção duplamente simétrica
• J é a constante de torção dada por
b = largura;
t = espessura dos elementos retangularesque formam a seção
transversal.
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
6.2. Valor da força axial de flambagem elástica
36
Seção monossimétrica
Somente podem flambar por flexão em relação ao eixo central de
inércia que não é o eixo de simetria (suposto aqui como eixo x) e por
flexão em relação ao eixo central de inércia de simetria (suposto aqui
como eixo y) combinada com torção (flambagem por flexo-torção).
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global
6.2. Valor da força axial de flambagem elástica
37
Seção monossimétrica
ESTRUTURAS DE AÇO
6. Flambagem global 
6.2. Valor da força axial de flambagem elástica
38
Seção monossimétrica
39
ESTRUTURAS DE AÇO
7. Exercício
40
7.1. Verifique a resistência de uma coluna apoiada/apoiada. A coluna
possui 6 metros de comprimento. O aço é o A-36 com as propriedades
mecânicas previstas na NBR 8800:2008. O perfil laminado I 250 x 38,5, com
propriedades descritas abaixo, sendo que nessas condições não há
flambagem por torção.
ESTRUTURAS DE AÇO
41
ESTRUTURAS DE AÇO
8. Referências 
• ABNT NBR 8800:2008. Projeto de estruturas de aço e de 
estrutura mista de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro: 
ABNT, 2008.
• FAKURY, Ricardo; SILVA, Ana Lydia R. Castro E; CALDAS, Rodrigo 
B. Dimensionamento de Elementos Estruturais de Aço e 
Mistos de Aço e Concreto. São Paulo – Pearson, 2016.
• PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estruturas de Aço. 8.ed.rev. Rio 
de Janeiro: LTC, 2009. 
42
ESTRUTURAS DE AÇO
OBRIGADA!
43

Continue navegando