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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ____. ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portugues, casada, médica, portadora da carteira de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF sob nº XXX, usuária do endereço eletrônico XXX, residente na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP XXX, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP XXX, para fins do artigo 77, inc. V do CPC, vem a este juízo, propor AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR pelo procedimento comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da carteira de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, usuário do endereço eletrônico XXX, residente na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP XXX, pelos fundamentos de fato e direito abaixo aduzidos. I – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO Deseja informar o autor não ter interesse na audiência de conciliação e mediação conferida no disposto no artigo 334 do CPC. II – DOS FATOS A autora é casada há 30 anos com o réu e, na constância do matrimônio, tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal. Ocorre que a autora descobriu que o réu está com um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. O réu, após saber da vontade da mulher em não manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal. Após a autora ouvir a conversa do réu com Isabel, comprova junto ao banco ao qual possuem conta os saques de Pedro. III – DO DIREITO III.1) DA TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR Inicialmente, para que seja possível a concessão da tutela de urgência, devem estar presentes o fumus boni juris e o periculum in mora. O fumus boni juris caracteriza-se pela existência de elementos de convicção que evidenciam a probabilidade do direito, ou seja, alegações plausíveis, verossímeis e prováveis. No caso em questão, este se verifica pela comprovação, junto ao banco ao qual os dois possuem conta, dos sucessivos saques na conta conjunta do casal. Já o periculum in mora caracteriza-se pelo perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo, não sendo necessário que haja absoluta certeza da ameaça, bastando que sejam possíveis. No caso em questão, este se verifica, não obstante a comprovação dos saques na conta conjunta, pela tentativa de doação de dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares. Assim, resta claro o intuito do réu em prejudicar a autora a partir da presença dos requisitos cumulativos acima expostos, sendo necessária a concessão da tutela cautelar a fim de assegurar o direito da autora, qual seja, evitar a dilapidação do patrimônio. Neste sentido, requer a concessão da tutela de urgência cautelar, com fulcro no artigo 301 do NCPC. III.2) DO DIVÓRCIO Após a descoberta do relacionamento extraconjugal em que o réu estava envolvido, a autora não tem interesse em manter uma relação conjugal com este, e por isso, requer o divórcio. Conforme disposto na lei 6515/77, em seu artigo 2º, a sociedade conjugal termina pelo divórcio, bem como este põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio, conforme art. 24. Assim, diante do exposto, tendo em vista se tratar de direito potestativo, requer a decretação do divórcio, com fulcro no artigo 226, §6º da Constituição Federal. III.3) DOS BENS A autora e o réu adquiriram, na constância do casamento, um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal. Assim, tendo em vista que os bens foram adquiridos na constância do casamento e tomando por base o regime de comunhão parcial de bens, comunicam-se os bens adquiridos. Neste caso, a autora será meeira destes bens, e havendo bens particulares, será herdeira, conforme art. 1658 do CC. IV – DO PEDIDO Diante do exposto requer: A) Informar que o autor opta pela não realização da audiência de conciliação e mediação. B) Que seja concedida liminarmente a tutela cautelar a fim de evitar a dilapidação do patrimônio, conforme disposto no art. 301 do NPC. C) Citação do réu para contestar a demanda no prazo de 5 (cinco) dias. D) Julgar procedente o pedido de divórcio, com fulcro no art. 226, §6º da CF. E) Expedir Ofício aos órgãos públicos para informar sobre a existência de bens no nome da ré para a devida constrição. F) Condenação do réu em custas processuais e honorários advocatícios. V – DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude Dos Art. 369 e seguintes do CPC. VI – DO VALOR DA CAUSA Dá à causa o valor de R$ XXX Termos em que pede deferimento. Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2020. NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO Nº OAB
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