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ECOLOGIA APLICADA 5

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Ecologia Aplicada
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Marcos Filipe Pesquero 
Revisão Técnica:
Prof.a Me. Camila Moreno de Lima Silva
Revisão Textual:
Prof.a Me. Selma Aparecida Cesarin
Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
5
• Valores Econômicos Diretos e Indiretos da Biodiversidade;
• Produtividade Ecossistêmica;
• Depuração de Dejetos;
• Recreação e Ecoturismo;
• Valor de Existência;
• Pegada Ecológica;
• Pegada Hídrica.
Os objetivos desta Unidade são:
 » Possibilitar a compreensão sobre os valores diretos e indiretos 
da biodiversidade;
 » Identificar as formas de lidar racionalmente com a natureza para 
que os serviços ecossistêmicos continuem atuantes;
 » Ensinar formas de minimizar impactos ecológicos;
 » Apresentar os motivos que conferem maior durabilidade da vida 
humana no Planeta ao se prever alterações nos paradigmas de 
desenvolvimento atual. 
Nesta Unidade, serão apresentados os diversos tipos de valores atribuídos à vida 
natural das espécies em nosso Planeta. Entre os processos ecológicos, falaremos sobre os 
serviços ecossistêmicos que a natureza presta gratuitamente para a vida na Terra, inclusive 
beneficiando a humanidade. Você verá ainda neste conteúdo, como a nossa sociedade 
impacta o planeta Terra ao fazer uso do solo, da água, do ar, das espécies e dos elementos 
químicos e físicos disponíveis em nosso ambiente. Será relacionado o estilo de vida que 
você leva com a marca que deixa no planeta. 
Recomendo que você, além de fazer uma leitura tranquila do conteúdo desta Unidade, 
consulte ainda, os materiais complementares e, assista também, a vídeos relacionados ao 
tema. Recomenda-se ainda, que você utilize a internet, além de outros meios de pesquisa 
para buscar novas fontes de informação que venham a contribuir com o seu aprendizado. 
Não se esqueça, o conhecimento é a única riqueza que não pode ser roubada! 
Valores da Vida Natural e os Impactos 
da Humanidade
6
Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
Contextualização
Diversos são os valores atribuídos à biodiversidade no contexto atual da Humanidade. 
Desempenham importante papel no comércio internacional, nacional e inclusive local. Mas 
não é apenas econômico o valor que a biodiversidade possui. Diversos serviços ecossistêmicos 
são desempenhados gratuitamente a todo instante, sem que sequer precisemos desembolsar 
dinheiro para custeá-los. Mas o fato de não pagarmos por este serviço, não quer dizer que 
ele não possua um valor. Se fôssemos calcular todos os benefícios que a biodiversidade nos 
proporciona, nossa dívida para com o Planeta estaria ainda mais elevada.
Com isso, o presente conteúdo irá abordar a quê de fato atribuímos valor e o que deixamos 
de valorizar no que se refere à biodiversidade. 
Você já imaginou que o conhecimento sobre estes valores poderá nos fazer repensarmos 
muitas de nossas atitudes? Pois bem, informações a este respeito serão providenciais para a sua 
vida pessoal e para a sua profissão.
Além do conteúdo teórico, vídeos e matérias escritas irão permitir que se familiarize com os 
valores da vida natural e os impactos causados pela Humanidade:
 » Meio Ambiente por Inteiro - Pagamento por Serviços Ambientais (28/09/13): https://youtu.be/dLU_wbd6NTU;
 » O que são serviços ambientais: http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28158-o-que-sao-servicos-ambientais;
 » Políticas Ambientais e Serviços Ecossistêmicos no Brasil: http://iptv.usp.br/portal/video.action?idItem=26670.
7
Valores Econômicos Diretos e Indiretos da Biodiversidade
Você certamente já está bastante familiarizado com a expressão recurso natural. Não 
só apenas pelas disciplinas relacionadas às ciências ambientais, mas também pelas próprias 
questões elementares da sua vida, é impossível o contato com os recursos naturais passar 
despercebido. Mas o que você talvez ainda não saiba é que grande variedade destes recursos, 
como o ar puro, a água limpa, o solo saudável, as espécies raras e até mesmo as paisagens são 
considerados recursos de propriedade comum e pertencem a toda a sociedade. 
Contudo, estes recursos são muitas vezes utilizados e danificados por pessoas, governo e 
indústrias que simplesmente não pagam nada por isso ou, quando pagam, nada mais é do que 
um valor mínimo, quase simbólico. 
Esta falta de decoro para com nossos recursos e desrespeito para com os demais cidadãos 
da Sociedade já foram colocados em evidência no passado e hoje têm sido cada vez mais 
denunciado pela população. 
No ano de 1968, Hardin G. publicou um artigo na revista Science, cujo título tratava este 
tipo de atitude desrespeitosa para com os recursos naturais como a tragédia dos comuns. 
Como os problemas ligados aos recursos naturais estão relacionados ao uso irresponsável 
e à respectiva degradação destes recursos,uma vez que os custos são baixíssimos, quando as 
pessoas, órgão governamentais e empresas efetivamente estiverem pagando o preço justo em 
função do estrago que têm feito, certamente o ambiente deixará de ser danificado, recebendo 
tratamentos mais cautelosos. 
Se os reais valores fossem embutidos nos custos do impacto ambiental causado, por exemplo, 
pelos produtos derivados de combustíveis fósseis, implementação e uso ineficaz de energia, 
poluição e irresponsabilidade com o lixo, as taxas a serem pagas seriam extremamente mais 
elevadas e as indústrias tomariam mais cuidado com o nosso mundo natural.
Desta forma, a economia ambiental surge com o objetivo de agregar valores aos componentes 
da biodiversidade. Esta é uma medida tão justa quanto nos responsabilizarmos pelo próprio 
lixo que geramos diariamente em nossas casas, não é mesmo? 
Como primeiro passo para agregar tais valores aos recursos biológicos, um pesquisador chamado 
McNeely, em 1988, desenvolveu algumas abordagens visando atribuir valores econômicos 
aos recursos naturais, como a variabilidade genética, as espécies, as comunidades e, por fim, 
os ecossistemas. Nesta obra, McNeely dividiu economicamente a biodiversidade em valores 
econômicos diretos e indiretos. Vejamos a seguir cada um deles de forma exemplificada.
8
Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
Valores Econômicos Diretos
Os valores econômicos diretos foram atribuídos àqueles recursos naturais que são retirados 
da natureza e consumidos diretamente pelas pessoas. Desta forma, atribui-se a tais recursos 
dois valores principais. 
O valor de consumo se refere aos recursos extraídos da natureza e consumidos 
internamente pela população direto das mãos de quem os retirou do ambiente e o valor 
produtivo se refere aos recursos naturais transformados em mercadoria, que são vendidas 
em supermercados. Veja alguns exemplos a seguir.
Valor de Consumo
Este tipo de valor pode ser atribuído aos recursos naturais como a lenha, animais oriundos 
de caça, frutos e vegetais colhidos direto das matas e consumidos pelas populações locais, sem 
chegar a ser vendidos em estabelecimentos comerciais. 
Esse tipo de consumo acontece muito nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, que ainda 
possuem áreas preservadas nas quais as pessoas extraem tais recursos e os consomem sem 
visar o lucro, apenas para subsistência da comunidade local. Desta forma, o PIB nacional não 
os leva em consideração. 
Um dado bastante interessante a respeito do valor de consumo a ser considerado em 
nossos recursos naturais é que aproximadamente 80% da população mundial ainda consome 
medicamentos oriundos de plantas e animais como a principal forma de tratamento médico 
(FARNSWORTH, 1988). Somente na região amazônica, aproximadamente 2000 espécies de 
animais e plantas subsidiam recursos para tratamentos medicinais.
Nossos recursos possuem muito valor agregado e o consumo ainda é maior do que podemos 
imaginar. Então, como atribuir valor a estes recursos de modo a evitar o consumo degradante 
e insustentável? 
Uma forma é considerar a quantidade de pessoas que os consomem e que assim teriam de 
pagarpor tal produto caso as fontes se esgotassem e tivessem de começar a comprá-los em 
supermercados.
Valor Produtivo
Como mencionado anteriormente, o valor produtivo é considerado o valor direto dado 
àqueles recursos que foram extraídos da natureza e conduzidos a supermercados para serem 
vendidos nacional e internacionalmente. 
Diferente do valor de consumo, o valor produtivo é estabelecido pelo preço pago no 
primeiro ponto de venda, ao invés do seu custo final no varejo. Desta forma, os padrões 
econômicos aplicados a estes recursos naturais são camuflados, dando a impressão inicial 
de menor importância a produtos que logo depois podem ser industrializados agregando 
valores bem maiores.
9
Para exemplificar, a castanha-do-pará rende inicialmente aos catadores do Norte do 
país cerca de 50 centavos por quilo. Ao ser industrializada e ir parar nas prateleiras dos 
supermercados da Região Sudeste, o valor produtivo desta mesma castanha passar ser cerca 
de 18 reais o quilo.
É muito importante que você tenha noção a respeito da enorme quantidade de produtos 
brasileiros que são extraídos de forma ilegal da natureza e muitas vezes quase escravagista 
devido à exploração de mão de obra. 
Esses extrativistas retiram ilegalmente os recursos ambientais e são ainda por cima muito 
mal pagos, sendo que os produtos irão posteriormente ser vendidos a preços bem mais 
elevados no mercado. 
Os produtos mais explorados são a madeira, proveniente de desmatamentos ilegais, sendo utilizada 
para construção civil e produção de móveis, os peixes, tanto de água doce como de água salgada, 
muitos animais silvestres dos quais se utilizam tanto a carne como a pele para confecção de roupas 
de grife, além de diversas espécies de plantas medicinais, frutas e vegetais.
Você sabia?
Um dos recursos naturais mais explorados ilegalmente no mundo cujo cenário 
no Brasil é drasticamente impactante é a madeira e sua extração ilegal. A seguir, 
um matéria publicada em O Eco, em janeiro de 2015, alerta a população para o 
desmatamento ilegal que acontece diariamente há muitos anos no Brasil, abrindo 
a público o quanto estamos atrasados e não demonstramos preocupações efetivas 
para combater esta situação. Ainda na mesma reportagem, denunciam o aumento 
de até 467% de áreas desmatadas: https://goo.gl/iZETYP.
A grande parte da floresta desmatada ilegalmente, além de render muito lucro para o 
mercado madeireiro, no qual uma única árvore de mogno chega a ser vendida por 10 mil 
reais, as áreas devastadas darão lugar para pastagens para gado de corte a ser exportado para 
países europeus e norte-americanos. Ou seja, estamos perdendo um enorme bem de valor, 
que são as florestas e, ainda por cima, lucrando com a criação de gado que sequer alimentará 
famílias brasileiras. Um crime atrás de outro, ilustrados na Figura 1. 
Figura 1. Desmatamento ilegal e queimada criminosa da Amazônia.
Fonte: iStock/Getty Images
10
Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
Valores Econômicos Indiretos
O que diferencia os valores econômicos indiretos dos diretamente relacionados aos 
recursos naturais é a ausência de um produto e a presença de um serviço ecossistêmico 
promovido por processos ambientais, que de alguma forma rendem benefícios econômicos 
sem que haja extração ou destruição da natureza durante o uso. 
Em outras palavras, se não houver mais biodiversidade, os serviços ecossistêmicos 
responsáveis por controlar erosões, promover manutenção de água potável, purificar o ar e 
subsidiar locais de lazer deverão ser feitos artificialmente por tecnologias que sequer existem 
em longa escala. Portanto, as consequências do desmatamento e a extinção dos recursos 
naturais causadas pelo nosso uso inconsequente, além de significar uma afronta contra a 
existência de vida saudável, forçam a sociedade a desenvolver tecnologias extremamente caras 
e inacessíveis a toda a população.
Entre os valores econômicos indiretos, existem dois diferentes tipos: valor não consumista e 
valor de existência. 
Valor não consumista
Entende-se por valor econômico não consumista todo um enorme conjunto de serviços ambientais 
que os ecossistemas prestam gratuitamente para a vida em nosso Planeta e, consequentemente, 
para a sociedade. Como um grande exemplo destes serviços nos quais facilmente se pode calcular 
o valor monetário, temos os trabalhos de polinização promovidos pelos insetos por exemplo. 
Existem milhares de plantações das mais diversas espécies, como o abacate, o maracujá, 
o figo, entre outras, que dependem de insetos para produzirem seus frutos. Para calcular 
estes valores, simplesmente fazemos as contas de quanto um destes produtores gastaria, por 
exemplo, se tivesse de pagar aluguel aos apicultores para disponibilizarem suas colmeias de 
abelhas que promoverão a polinização das flores de sua agricultura.
Além destes tipos de benefícios, diversos outros serviços prestados pela biodiversidade estão 
muito presentes em nossas vidas, sem que sequer percebamos estes serviços, até mesmo pela 
falta de interesse da mídia, dos governos e de grandes corporações que controlam nossa 
Economia mundial. A seguir, você irá ver detalhadamente cada um deles.
Produtividade Ecossistêmica
Este serviço se refere à atividade natural na qual as plantas e as algas convertem a energia 
luminosa proveniente do Sol em energia fixada nos tecidos vivos que os compõem. Uma 
porção significativa desta energia armazenada pelos vegetais os seres humanos consomem 
diretamente, utilizando-as para a alimentação, e das plantas de porte arbóreo, utilizando a 
madeira como lenha a ser queimada para produzir calor.
11
 
Importante!
Você deve saber que se não fosse a atividade natural das plantas e algas que realizam 
fotossíntese, a energia solar não seria convertida em tecidos vivos e, desta forma, esta energia 
seria impossível para alimentar os animais e fungos decompositores. Resumidamente, 
estes seres produtores de energia são quem sustentam toda a demanda energética exigida 
por cada ser vivo que estrutura o funcionamento dos ecossistemas.
Proteção da Água e do Solo
São também os seres vivos, ao compor a biodiversidade presente nas matas ciliares, que 
promovem a proteção de bacias hidrográficas, controlando os ecossistemas em ocasiões de 
enchentes ou secas e ainda garantindo a boa qualidade da água para que esta seja consumida 
pelos seres vivos. 
Mas não é somente pela água que a biodiversidade é importante, também existem diversos 
benefícios gratuitamente fornecidos para o solo pelas áreas preservadas ambientalmente. 
Impedindo que o solo seja atingido diretamente pela queda da água da chuva, as plantas, com 
suas folhagens, inclusive as folhas mortas caídas, promovem proteção contra este atrito que 
compacta o solo e o torna duro demais para que ocorra o crescimento de vegetação.
Ainda, as raízes e os organismos como formigas, cupins e minhocas, que vivem 
subterraneamente, promovem a aeração do solo, facilitando a entrada de água e ar. Deste 
modo, com a facilidade da água de penetrar o solo, ela fica retida nele após intensos períodos de 
chuva, impedindo que haja inundações catastróficas, tão comuns em grandes centros urbanos, 
nos quais as áreas verdes foram desmatadas e o solo impermeabilizado pelo concreto e asfalto. 
Além disso, o desmatamento provoca condições favoráveis para formação de erosões e até 
mesmo grandes deslizamentos em áreas de encosta (Figura 2).
 Figura 2. Fotografias de enchente (à esquerda) e deslizamento de terra (à direita), provocados pelo desmatamento e impermeabilização do solo. 
Fonte: iStock/Getty Images
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Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
A seguir, segue link para você explorar mais sobre os assuntos não divulgados pelos 
principais veículos de comunicação. O link noticia sobre acidentes provocados 
pelo desmatamento e a intensa prática de agricultura criminosa no oeste da Bahia, 
onde toda a área do topo da Serra Geral foi desmatada e tem desprendidoenormes 
quantidades de pedra e terra, que deslizam para os estados que fazem divisa, Goiás 
e Tocantins, causando enorme impacto ambiental:;
 » https://goo.gl/i68HcD.
Controle do Clima
A presença da biodiversidade é extremamente importante na modelagem dos climas em 
nível local, regional e até mesmo global. A presença de árvores promove diversos benefícios 
gratuitos apenas por estarem vivas. Os benefícios são incalculáveis como, por exemplo, 
a diminuição da temperatura por meio do sombreamento realizado pela vegetação, pela 
respiração foliar, as plantas e árvores liberam oxigênio, que é vital para nós, e também 
vapor de água, aumentando a umidade do ar e promovendo a sensação de frescor. E, pelo 
crescimento, os indivíduos vegetais, principalmente as árvores, resgatam da atmosfera o 
gás carbono que contribui para o superaquecimento global e o armazenam em seus troncos 
compondo sua própria estrutura. Portanto, os benefícios de áreas verdes são inúmeros e 
atingem positivamente todos os seres vivos (Figura 3).
Figura 3. Mulher realizando leitura tranquila em sombra de árvores no parque do Ibirapuera.
Fonte: iStock/Getty Images
13
Depuração de Dejetos
Você já imaginou que a própria diversidade biológica por si só é capaz de degradar poluentes 
e reter metais pesados nocivos à saúde humana? Pois saiba que este é mais um dos muitos 
benefícios desempenhados pela nossa biodiversidade. 
Agentes cancerígenos, como metais pesados presentes em agrotóxicos e esgoto industrial 
são imobilizados pela ação de fungos e bactérias que vivem em áreas preservadas, ambiental-
mente falando. Quando ocorre a degradação dos ecossistemas, estes organismos deixam de 
agir e então, para que haja o controle deste tipo de poluição, mecanismos caríssimos são uti-
lizados para substituí-los.
O caso do rio Tietê é um exemplo infelizmente escancarado à população, e irei citá-lo para 
que possamos entender como funciona este processo ecossistêmico de despoluição natural. 
Atualmente, o rio Tietê é um esgoto a céu aberto na região metropolitana da maior cidade 
brasileira. Este rio, que nasce na cidade de Salesópolis, a 100 quilômetros de São Paulo, 
possui um total de 1150 quilômetros de extensão, cortando exatamente ao meio todo o 
estado paulista (Figura 4).
Somente na região da capital do estado, 
em um segundo de tempo, aproximadamente 
30 mil litros de esgoto e mais 7 mil litros 
de resíduos diversos são despejados no que 
antes era o rio Tietê. Essa enorme carga de 
poluição reduz a zero a taxa de oxigênio e 
com isso elimina qualquer possibilidade de 
vida, até mesmo das resistentes bactérias e 
fungos que promovem a depuração natural 
da água. Porém, seguindo o curso do rio 
Tietê, distanciando aproximadamente 
200 quilômetros da cidade de São Paulo, 
a quantidade de oxigênio na água volta a ser razoável possibilitando a vida destes agentes 
naturais que realizam a despoluição gratuita deste recurso destruído pela população humana. 
Para que você tenha uma ideia do quanto se gasta para despoluir os recursos hídricos, o 
governo do estado de São Paulo investiu há anos aproximadamente 900 milhões de dólares 
no tratamento de esgoto. É claro que quem paga essa conta são os contribuintes, ou seja, este 
gasto exorbitante é oriundo do dinheiro público.
Figura 4. Região poluída do rio Tietê.
Fonte: iStock/Getty Images
14
Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
Recreação e Ecoturismo
Diversas são as opções de lazer quando se trata de ecossistemas naturais. E um dos lados 
mais positivos desta opção de lazer é dispensar a economia opressora e exploratória, e se 
dispor de uma forma de prazer não consumista. Ou seja, você já deve ter aproveitado 
momentos únicos da sua vida, onde o contato com a natureza foi a sua principal fonte de 
satisfação pessoal. Seja por meio de um banho de cachoeira, de rio ou de lago, ou ainda uma 
ida ao litoral para curtir a praia, o mar e o luar. Dispomos destas opções, que muitas vezes são 
gratuitas ou, se não, custa apenas uma contribuição para manutenção e preservação. 
Fazer trilhas em áreas naturais preservadas; desfrutar de momentos de inspiração e planos 
de vida ao contemplar uma bela paisagem; mergulhar, correr, escalar, nadar, compor, meditar, 
pintar, escrever, filmar, ouvir e consumir ar e água livres de poluição são prazeres únicos e que 
têm sido cada vez mais difícil de acessar. 
Além disso, momentos na natureza, não importa qual seja a atividade, estão contempladas 
pelo direito do livre arbítrio que cada um de nós possui. Porém, a degradação destes ambientes 
naturais ocorre devido à falta de interesse não só do governo, mas também de grande parte da 
sociedade que mantém ideologias consumistas e não reconhecem os ecossistemas como vital 
não só para sobrevivência, mas, como também, para a saúde do corpo e da mente. 
Assim, cabe iniciarmos um processo educacional, uma desconstrução de valores consumistas 
e uma construção individual de pensamento em longo prazo, tornando possível a existência 
de sociedades humanas saudáveis na Terra por meio de uma relação sustentável sem destruir 
os ecossistemas. 
Além destes poucos exemplos de valores ecossistêmicos apresentados aqui, tantos outros 
ainda serão percebidos pela Humanidade. Cabe a nós reconhecermos em nosso dia a dia o 
quanto a ciência e a educação estão repletas de livros, documentários, programas de televisão 
e filmes com fins educacionais se amparando nos recursos e processos dos ecossistemas. 
Além disto, inúmeras publicações em revistas científicas têm apresentado riquíssimo 
conhecimento sobre o complexo funcionamento dos ecossistemas. Tais informações são 
oriundas de criteriosas pesquisas realizadas diariamente por profissionais do mundo todo. 
Um exemplo bastante prático é podermos avaliar a qualidade ambiental utilizando como 
controle de qualidade a presença ou ausência de espécies que são comprovadamente 
consideradas bioindicadoras ambientais.
15
Valor de Existência
O valor de existência é um valor natural advindo do direito de cada ser vivo em viver. Em 
outras palavras, toda espécie tem direito de existir, simplesmente por que existem. As vidas 
representam mais que uma possibilidade de a Humanidade obter recursos naturais delas. Elas 
estão presentes em nosso Planeta há milhares de anos e desempenham função ecossistêmica, 
realizando processos naturais ecológicos pelos quais estruturam todo o funcionamento e 
permanência da vida na Terra. 
Todas as espécies têm direito de existir, mas, infelizmente, nem todas possuem capacidade 
de reivindicar sua própria existência em decorrência da super exploração da vida, realizada em 
detrimento de avanço econômico muito insustentável. Contudo, podemos ainda utilizar como 
exemplo os países desenvolvidos, que gastam milhões ou até mesmo bilhões de dólares por 
ano em projetos de conservação de espécies, consequentemente, preservando os processos 
ecossistêmicos por elas desempenhados garantem à Humanidade a possibilidade de continuar 
dispondo daqueles recursos naturais oriundos destes ecossistemas preservados.
 Cabem, portanto, investirmos na manutenção da integridade de área naturais, evitando 
assim que espécies sejam extintas e ecossistemas sejam degradados. Caso contrário, teremos, 
num futuro próximo, de correr atrás para tentar recuperar todos os prejuízos, sendo que não 
será possível recuperar o ecossistema tornando-o idêntico ao que era originalmente antes de 
ser degradado.
Pegada Ecológica 
Em 1990, os cientistas canadenses Mathis Wackernagel e William Rees criaram o termo 
pegada ecológica. Atualmente, este termo é reconhecido no mundo todo e inclusive está 
sendo utilizado como método para se calcular o quanto a Humanidade consome dos recursos 
naturais do planeta Terra.
O contexto atual sociopolítico de exploração do nosso ecossistema apresenta enorme 
desgaste ambiental e ecológico. A permanência desta exacerbada exploração representa um 
colapso em escala global em um futuro próximo.
Com apopulação crescendo exorbitantemente, os recursos tendem a ficar cada vez mais 
escassos. Além disso, vivemos em um regime capitalista no qual as pessoas recebem milhares 
de propagandas por dia e são induzidas a adotarem uma visão de mundo consumista. Desta 
forma, a vida de cada pessoa passa a se resumir em doar as horas do seu dia trabalhando como 
empregado do sistema de consumo para, no final das contas, conquistar aumento em seu 
poder de compra, alimentando ainda mais o consumo de bens materiais e, consequentemente, 
dos recursos naturais. 
16
Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
O objetivo de vida de cada cidadão, então, passa a se basear no acúmulo de bens materiais 
causando um fenômeno de competitividade social entre os indivíduos. 
O ritmo de vida acelera e se torna cada vez mais dedicado em função do trabalho. Com isso, 
as pessoas dormem menos e possuem menos tempo para cuidar da alimentação. Alimentos 
industrializados ganham cada vez mais espaço na dieta da população e o tempo para cuidar 
da saúde se restringe a remediar ao invés de prevenir. 
Todo este contexto vem causando estresses desnecessários que prejudicam a própria saúde 
da população. Muitas vezes o conjunto de todos estes fatores inerentes ao cotidiano de uma 
pessoa diminui a sua autoestima e causa sentimento de incompetência perante o mercado de 
trabalho, podendo desencadear até mesmo quadros de depressão.
Preocupada com a saúde humana e ambiental, a Pegada Ecológica (Figura 5) visa a 
reduzir o impacto humano na Terra e se relaciona intimamente ao modelo de desenvolvimento 
que leva a Humanidade ao resgate do pensar coletivo. 
Este pensamento sugere um estilo de vida mais duradouro, que leve à união das pessoas e 
não estimule a disputa, mas sim, estimule o cooperativismo no uso racional e socialmente justo 
dos recursos naturais disponíveis em nosso Planeta. 
Figura 5. Representação da pegada ecológica, simbolizada pela marca de uma pisada humana impactando o planeta Terra.
Fonte: iStock/Getty Images
Deste modo, a pegada ecológica calcula o impacto de todas as atividades que realizamos, 
como indivíduo e em termos de sociedade. Inúmeras são as atividades calculadas, como por 
exemplo, o valor de áreas que ocupamos ao construirmos prédios, casas, indústrias, rodovias, 
usinas, shoppings, lavouras agrícolas, entre outros. 
17
É importante que você saiba, também, que o cálculo da pegada inclui o desgaste e a poluição 
da água, do solo, do ar, bem como também de todos os demais componentes bióticos e 
abióticos presentes nos ecossistemas da Terra.
Você sabia?
Os dados obtidos ao se calcular a pegada ecológica nos dão informações sobre o estilo 
de vida e os hábitos de consumo utilizados por um indivíduo ou pela população de 
uma cidade ou país. Com estas informações, é possível comparar a utilização dos 
recursos naturais com a capacidade natural do planeta em regenerá-los. Infelizmente, 
os dados recentes têm apontado que estamos consumindo em média 50% a mais 
do que a capacidade que o planeta possui de reposição. Conclui-se, então, que para 
mantermos nossos padrões de vida atual precisamos de um Planeta e meio.
Como minimizar a pegada?
Sabemos que precisamos repensar e readequar nossos hábitos, tanto individual como 
socialmente. No entanto, apesar das dificuldades, isso é possível de se realizar. Necessitamos 
que cada indivíduo pense no contexto global e não se coloque como sendo o centro do Universo. 
Precisamos agir e pensar coletivamente e, além disso, principalmente, exigir readequação de 
postura política dos nossos governantes e das empresas privadas.
Para que você possa compreender algumas importantes medidas a serem tomadas, seguem 
algumas sugestões que levam a minimizar o nosso impacto no Planeta, ou seja, a nossa 
pegada ecológica.
Hábitos Consumistas
Uma medida de melhora bastante eficiente é evitar hábitos consumistas. As mercadorias 
surgem no mercado com a intenção de desgastarem rapidamente ou serem ultrapassadas 
tecnologicamente, justamente para que se mantenha a venda. Esta estratégia dos empresários 
é denominada obsolescência programada. 
Deste modo, diversos modelos de equipamentos eletrônicos como, por exemplo, os celulares 
e laptops são lançados no mercado com muita frequência. Esses produtos tecnológicos 
demandam enormes quantidades de recursos naturais que não são renováveis, gastam muita 
energia para sua produção e liberam rejeitos tóxicos, como os cancerígenos metais pesados. 
Uma alternativa de redução seria avaliar seus objetivos de compra e adquirir tais produtos 
somente em caso de real necessidade. 
Uma música que trata sobre o assunto da obsolescência programada foi composta 
pelo artista Humberto Gessinger, do grupo musical Engenheiros do Hawaii. Ouça a 
música e acompanhe a letra no link a seguir: 
 » https://youtu.be/LeE3NtDUnN4
18
Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
Reduzir. Reutilizar. Reciclar. 
Para reverter a situação de superexploração do Planeta, diminuir a quantidade de lixo se 
torna uma atitude extremamente fundamental. E, além de diminuir o consumo, cooperar 
com a reciclagem separando o lixo orgânico do lixo seco é uma iniciativa que incentiva tanto 
os catadores como facilita o processo de dar uma nova utilidade aos objetos ao invés de 
simplesmente enterrá-los ou lançá-los aos terrenos baldios, em áreas verdes, rios e oceanos. 
Adote uma postura de vida sustentável, organizando-se junto aos moradores ao seu redor, 
exigindo da prefeitura a coleta seletiva e o incentivo para instalações de usinas de reciclagem, 
como previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (ver link: http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-
de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos). 
Antes de descartar um plástico, uma embalagem, ou qualquer outro objeto que você tenha 
comprado, admita sua responsabilidade sobre o seu lixo nesse processo, reduzindo o consumo, 
reutilizando o que for possível e destine à reciclagem, ao invés de mandar para lixões ou 
aterros sanitários. Assim, você estará diminuindo sua conivência com o mal do lixo no Planeta.
ENERGIA LIMPA
Você precisa ter em mente que no mundo todo vivenciamos a realidade energética do 
petróleo. O interesse de poucos grupos empresariais se sobressai imperativamente sobre as 
novas alternativas energéticas sustentáveis e economicamente viáveis para toda a população 
mundial que soma hoje mais de sete bilhões de pessoas.
Precisamos exigir de nossos governantes a elaboração e consolidação de matrizes 
energéticas limpas e renováveis, sem agredir o nosso meio ambiente. Estas alternativas 
energéticas já existem como, por exemplo, a energia eólica (energia dos ventos), a energia 
eletrovoltaica (energia solar), a energia biodigestora (oriunda da decomposição de dejetos de 
animais domésticos, restos agrícolas, esgoto doméstico) e a maré-motriz (força motriz presente 
no movimento das marés).
O petróleo, além de provocar guerras entre países pelo mundo, já poluiu 
acidentalmente bilhões e bilhões de litros de água potável. Recentemente, um caso 
pouco divulgado aconteceu na capital do estado de Goiás, na cidade de Goiânia, 
onde um vazamento contaminou o principal rio que corta o município. Veja matéria 
no link a seguir
 » https://goo.gl/4Juc54
Calculadora Pegada Ecológica
Calcule a sua pegada ecológica no link a seguir e descubra o tamanho do impacto 
que você causa no Planeta em decorrência do estilo de vida que leva: 
 » https://goo.gl/F9XktA.
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Pegada Hídrica
Como você pode perceber, no nosso dia a dia, utilizamos elevado volume de água. Seja 
para nossa hidratação vital, como também para tomar banho, despejar urina, fezes e demais 
excreções fisiológicas. Além disso, por meio das atividades domésticas de cozinhar e lavar, 
consumimos diariamente um excessivo volume de água. 
A Tabela a seguir é bastante interessante para que você se informe melhor sobre a utilização 
de água intrínseca à produção de produtos diariamente consumidos pela população (Tabela1).
Tabela 1. Volume de água, em litros, necessários para a produção de itens consumidos diariamente pela população.
 
Quantidade de água necessária para a produção (litros)
1 quilo batatas fritas 1000
1 quilo de macarrão 1800
1 quilo de leite em pó 4750
1 quilo de açúcar 1800
1 barra de chocolate (100g) 1700
1 quilo de carne de galinha 4300
1 quilo de carne bovina 15.400
1 quilo de carne de porco 6.000
1 litro de etanol (combustível) 2100
1 camisa de algodão 2500
1 calça jeans 8000
1 quilo de couro bovino 17000
Mas não é somente o consumo individual de água que tem afetado a disponibilidade deste 
recurso. A produção de alimentos, de celulose para fazer papel, de algodão para confecção 
de roupas, entre outros demais processos industriais, pecuários e agrícolas são os que mais 
consomem água em nosso Planeta. 
Portanto, obrigatoriamente, a pegada hídrica serve como indicador do consumo da 
água que considera a utilização direta e a indireta, ou seja, tanto os consumidores quanto os 
produtores. (Figura 6).
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Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
Figura 6. Foto aérea mostrando o elevado uso de água para irrigação de grandes lavouras de monocultura.
Fonte: iStock/Getty Images
Para que você internalize o conceito e a relevância imprescindível deste assunto para a 
Humanidade, define-se pegada hídrica como sendo o volume total de água doce que foi 
utilizada na produção de bens materiais e nos demais serviços consumidos pelo indivíduo ou 
pela comunidade, além do gasto total utilizado na produção das indústrias e no quanto de água 
elas poluem liberando seus rejeitos nos rios e córregos próximos a elas.
O conceito da pegada hídrica foi proposto pelo professor Arjen Y. Hoeskstra. Este 
homem percebeu os impactos humanos sobre os sistemas de água doce do nosso Planeta, 
que tem levado à escassez e à poluição destes recursos. Ele aponta que os problemas da água 
estão intimamente relacionados às cadeias de produção e à estrutura da Economia global.
Diversos países que já extrapolaram significativamente suas pegadas hídricas aqui na Terra, 
agora importam, inclusive ilegalmente, quantidades imensas de água doce de outros países. 
Este fato pressiona os países exportadores (muitas vezes doadores ilegais), subvertendo os 
mecanismos racionais de governar e conservar os recursos hídricos. 
A Amazônia, bioma abundante em água, tem sofrido com o tráfico de água doce. Lá, vários 
navios petroleiros reabastecem seus reservatórios no Rio Amazonas antes de deixarem as águas 
nacionais. Este caso de hidropirataria, inclusive, tem tido avanços tecnológicos nos quais se utilizam 
enormes bolsões com capacidade bem superior a dos navios superpetroleiros ( Figura 7).
Figura 7. Navio transatlântico puxando imenso bolsão de água doce.
Fonte: iStock/Getty Images
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Para concluir, é importante que você saiba que cabe não somente aos nossos governos, mas 
também aos consumidores, as empresas e as comunidades da sociedade civil, desempenharem 
atitudes visando melhorar a gestão dos recursos hídricos.
Calculadora Pegada Hídrica
Calcule a sua pegada hídrica no link a seguir e descubra o volume de água que você 
consome em decorrência do estilo de vida que leva:
 » https://goo.gl/vuCvsD
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Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
Material Complementar
Vídeos:
Políticas Ambientais e Serviços Ecossistêmicos no Brasil: http://iptv.usp.br/portal/video.action?idItem=26670;
Meio Ambiente por Inteiro – Pagamento por Serviços Ambientais (28/09/13): https://youtu.be/dLU_wbd6NTU.
Livros:
PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da conservação. Londrina: Planta, 2001.
ANDRADE, D. C.; ROMEIRO, A. R. Serviços ecossistêmicos e sua importância para o sistema 
econômico e o bem-estar humano. Texto para Discussão. IE/UNICAMP, Campinas, n. 155, fev. 2009. 
Sites:
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28158-o-que-sao-servicos-ambientais
Aumente seus conhecimentos. A sabedoria é a mais nobre das riquezas!
“Não se acomodar com o que incomoda.”
 O teatro mágico.
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Referências
FARNSWORTH, N. R. Screening plants for new medicines. In: E. O. Wilson; PETER, F. M. 
(eds.). Biodiversity. National Academic Press, Washington, USA, 1988.
HARDIN, G. The tragedy of the commons. Science 162: 1243-1248, 1968.
HOEKSTRA, A. Y., CHAPAGAIN, A. K., ALDAYA, M. M.; MEKONNEN, M. M. Manual de 
Avaliação da Pegada Hídrica Globalização da Água. Londres: Earthscan, 2011.
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Cartilha Pegada Ecológica. Disponível em: 
<http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/Cartilha%20-%20Pegada%20Ecologica%20
-%20web.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2015.
JACOBI, P. R.; EMPINOTTI, V. Pegada hídrica: inovação, corresponsabilização e os 
desafios de sua aplicação. São Paulo: Anna Blume, 2013.
MCNEELY, J. A. Economics and biological diversity: developing a using economic 
incentives to conserve biological resources. Gland: IUCN, 1988.
PEGADA Hídrica. Water Footprint. Disponível em: <http://www.pegadahidrica.
org/?page=files/home>. Acesso em: 13 abr. 2015.
PRIMACK, R. B.; Rodrigues E. Biologia da Conservação. Londrina: Planta, 2001
REES, W. E. Ecological footprints and appropriated carrying capacity: what urban economics 
leaves out. Environment and Urbanization 4 (2): 121–130, 1992.
WACKERNAGEL, M.. Ecological Footprint and Appropriated Carrying Capacity: A 
Tool for Planning Toward Sustainability. PhD thesis. Vancouver, Canada: School of 
Community and Regional Planning. The University of British Columbia. 1994.
WACKERNAGEL, M.; REES, W. E. Our Ecological Footprint. Local: New Society 
Press,1996
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Unidade: Valores da Vida Natural e os Impactos da Humanidade
Anotações

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