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TI EXP ISS ARAC - A 05 - LAI

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Aula 00 
Curso: Informática – Teoria e Questões 
comentadas p/ TRF 
Professor: Gustavo Cavalcante Aula - LAI 
Curso: Análise de Informações 
Professor: Ramon Souza 
Curso: Análise de Informações 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Ramon Souza 
 
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ASSUNTOS PÁGINA 
1. LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO ..................................................... 3 
1.1 Disposições Gerais .......................................................................... 3 
1.2 Do acesso a informações e da sua divulgação ...................................... 8 
1.3 Do procedimento de acesso à informação ......................................... 19 
1.4 Das restrições de acesso à informação ............................................. 29 
1.5 Das responsabilidades ................................................................... 42 
1.6 Das disposições finais e transitórias ................................................. 48 
2. RISCO EXPONENCIAL ................................................................. 51 
3. LISTAS DE EXERCÍCIOS .............................................................. 63 
4. GABARITO ................................................................................ 69 
5. REFERÊNCIAS ........................................................................... 69 
 
Para facilitar sua referência, abaixo listamos as esquematizações desta aula: 
Esquema 1 – Objetivo da LAI e entes subordinados. ............................................................ 4 
Esquema 2 – Diretrizes da LAI. ......................................................................................... 4 
Esquema 3 – Dever do Estado segundo a LAI. .................................................................... 6 
Esquema 4 – Aspectos que cabem aos órgãos e entidades assegurar. ................................... 8 
Esquema 5 – Direitos de obtenção segundo a LAI. ............................................................. 11 
Esquema 6 – Procedimentos para informações sigilosas e extraviadas. ................................. 12 
Esquema 7 – Informações a serem divulgadas pelos órgãos públicos. ................................... 13 
Esquema 8 – Publicação das informações na Internet. ........................................................ 15 
Esquema 9 – Meios para assegurar o acesso a informações. ................................................ 15 
Esquema 10 – Do pedido de acesso a informação. ............................................................. 19 
Esquema 11 – Prazos e condições para acesso a informação. .............................................. 21 
Esquema 12 – Procedimentos para interposição de recurso contra negativa de acesso. ........... 25 
Esquema 13 – Procedimento para desclassificação de informação como secreta ou ultrassecreta.
 ................................................................................................................................... 26 
Esquema 14 – Informações que não poderão ser negadas. ................................................. 29 
Esquema 15 – Classificações para as informações sigilosas. ................................................ 31 
Esquema 16 – Proteção e controle das informações sigilosas. .............................................. 32 
Esquema 17 - Classificações para as informações sigilosas e autoridades que podem classificar.
 ................................................................................................................................... 34 
Esquema 18 – Desclassificação ou redução de prazo. ......................................................... 35 
Esquema 19 – Publicação na Internet. .............................................................................. 36 
Esquema 20 – Informações pessoais. ............................................................................... 38 
Esquema 21 – Condutas ilícitas e penalidades para os agentes públicos ou militares. ............. 43 
Esquema 22 – Sanções segundo a LAI. ............................................................................. 44 
 
Aula – Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011): conceitos 
e aplicação. 
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1. LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO 
Caros, nesta aula vamos abordar a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 
2011, ou como é chamada a Lei de Aceso à Informação. Vamos apresentar seus 
principais pontos, sempre esquematizando aquilo que é mais importante para 
as questões de provas. Aconselho a leitura da lei “seca” como complemento 
desta aula, pois várias questões são literalmente retiradas do texto da lei. A lei 
está disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12527.htm> 
 
1.1 Disposições Gerais 
 Os primeiros artigos da lei tratam do objetivo e dos subordinados ao 
regime da lei. Vejamos: 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a 
informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 
37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. 
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei: 
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes 
Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério 
Público; 
II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as 
sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta 
ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades 
privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de 
interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante 
subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, 
ajustes ou outros instrumentos congêneres. 
Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no 
caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, 
sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. 
 
Note que o objetivo da Lei é dispor sobre os procedimentos a serem 
adotados pelos entes federativos para garantir o acesso a informações. 
Subordinam-se aos ditames dessa lei tanto as entidades da administração 
direta quanto as da administração indireta ou controladas, estendendo-se, 
ainda, sua aplicação para às entidades privadas sem fins lucrativos que 
recebam recursos públicos. 
 
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Vamos esquematizar esses primeiros artigos: 
 
Esquema 1 – Objetivo da LAI e entes subordinados. 
 O artigo 3º da Lei traz as diretrizes que devem ser observadas pelos 
procedimentos previsto na Lei de Acesso à Informação. Vejamos: 
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito 
fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade 
com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes 
diretrizes: 
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como 
exceção; 
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente 
de solicitações; 
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da 
informação; 
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na 
administração pública; 
V - desenvolvimento do controle social da administração pública. 
 
Esquema 2 – Diretrizes da LAI. 
Administração direta 
(Executivo, Legislativo, 
Judiciário, Tribunal de Contas 
e Ministério Público)
Administração indireta e 
controladas
Entidades privadas sem fins 
lucrativosque recebam 
recursos públicos
Diretrizes da LAI
Publicidade
(sigilo é 
exceção)
Divulgação das 
informações de 
interesse 
público
Uso dos meios 
de comunicação 
viabilizados 
pela TI
Cultura da 
transparência
Controle social
Lei de Acesso a 
Informação 
Dispõe sobre 
procedimentos a 
serem adotados para 
garantir o acesso a 
informações. 
Aplica-se a: 
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 O artigo 4º da LAI funciona como um verdadeiro glossário, trazendo os 
termos utilizados na lei e suas respectivas definições. Vejamos: 
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para 
produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte 
ou formato; 
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o 
suporte ou formato; 
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de 
acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da 
sociedade e do Estado; 
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou 
identificável; 
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, 
recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, 
distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação 
ou controle da informação; 
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e 
utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; 
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, 
expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou 
sistema; 
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto 
à origem, trânsito e destino; 
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo 
de detalhamento possível, sem modificações. 
 
 Para fechar as disposições gerais, o artigo 5º dispõe que: 
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que 
será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma 
transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. 
 Perceba que existem algumas obrigações para o estado, pois ele deve 
não só garantir o direito de acesso à informação, mas também garantir agilidade 
e objetividade para acessar essas informações, bem como as fornecer em 
linguagem clara e de fácil compreensão. Aqui o legislador deixou claro que o 
objetivo da LAI é não só o de divulgação das informações, mas também o da 
compreensão dessas informações por parte dos cidadãos. 
 
 
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 Esquematicamente: 
 
Esquema 3 – Dever do Estado segundo a LAI. 
 
Vamos resolver algumas questões sobre as disposições gerais: 
1- (FCC - 2017 - ARTESP - Especialista em Regulação 
de Transporte I - Economia) Nos termos da Lei n° 12.527/2011, que regula 
o acesso a informações, e dá providências correlatas, “a qualidade da 
informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino”, 
denomina-se 
a) integridade. 
b) primariedade. 
c) autenticidade. 
d) disponibilidade. 
e) secundariedade. 
Resolução: 
Vejamos cada um dos itens e suas respectivas definições: 
a) Correto: integridade é a qualidade da informação não modificada, 
inclusive quanto à origem, trânsito e destino. 
b) Incorreto: primariedade é a qualidade da informação coletada na fonte, 
com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. 
c) Incorreto: autenticidade é a qualidade da informação que tenha sido 
produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, 
equipamento ou sistema. 
d) Incorreto: disponibilidade é a qualidade da informação que pode ser 
conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados. 
e) Incorreto: secundariedade não está prevista na LAI como qualidade da 
informação. 
Gabarito: Letra A. 
 
Garantir o acesso a informação Procedimentos objetivos e ágeis
Linguagem de fácil compreensão Forma transparente e clara
Dever do Estado
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2- (CESPE - 2017 - TCE-PE - Conhecimentos Básicos - 
Cargo 4) Com base na Lei n.º 12.527/2011 — Lei de Acesso à Informação —, 
julgue o item a seguir. 
Entre as diretrizes da referida lei inclui-se a utilização de meios de comunicação 
viabilizados pela tecnologia da informação. 
Resolução: 
Assertiva de acordo com as diretrizes trazidas no artigo 3º da LAI, 
especificamente no inciso III. 
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito 
fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os 
princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes: 
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; 
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; 
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da 
informação; 
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; 
V - desenvolvimento do controle social da administração pública. 
Gabarito: Certo. 
3- (CESPE - 2015 - MPOG - Técnico de Nível Superior 
- Cargo 22) O direito de acesso à informação é um direito humano fundamental 
e está vinculado à noção de democracia. Com relação a controle social, a 
transparência e à Lei de Acesso a Informação, julgue o item subsequente. 
As entidades privadas sem fins lucrativos, dado seu alcance social, estão 
submetidas à lei em questão, independentemente da fonte de recursos que 
utilizem para a realização de ações, desde que estas sejam de interesse público. 
Resolução: 
É fato que de acordo com o art. 2º da LAI, as entidades privadas subordinam-
se aos ditames da Lei. Contudo, somente se receberem recursos públicos, isto 
é, não cabe falar que são subordinadas independentemente da fonte de recursos 
utilizada para suas ações. Segundo a LAI, 
Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades 
privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de 
interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante 
subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, 
ajustes ou outros instrumentos congêneres. 
Gabarito: Errado. 
 
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1.2 Do acesso a informações e da sua divulgação 
 Os artigos 6º, 7º, 8º e 9º dispõem sobre os direitos dos cidadãos e os 
deveres do Estado quanto a divulgação das informações. 
 
 No art. 6º, temos que: 
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e 
procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: 
I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e 
sua divulgação; 
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade 
e integridade; e 
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada 
a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. 
 
De maneira esquemática: 
 
Esquema 4 – Aspectos que cabem aos órgãos e entidades assegurar. 
 
 
Gestão transparente 
da informação
Proteção da 
informação sigilosa e 
da informação pessoal
Proteção da 
informação
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No artigo 7º, a LAIdispõe sobre os direitos do acesso a informação, isto 
é, quais as informações podem ser obtidas e que atributos essas informações 
devem possuir. 
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, 
os direitos de obter: 
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como 
sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; 
 Note que o inciso I do art. 7º dispõe sobre o direito de acesso à orientação 
sobre como obter acesso a informação, bem como o local onde pode ser 
encontrada. Assim, fica clara a intenção do legislador de que também cabe aos 
entes a função orientativa quanto à forma e local de acesso. 
O inciso II traz talvez uma das mais comuns formas de acesso a 
informação, que é a constante de registros ou documentos. Assim, o cidadão 
pode obter esses documentos para garantir seu acesso à informação. 
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados 
por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; 
 
As informações produzidas ou sob a custória de pessoa física ou entidade 
privada também podem ser acessadas pelos cidadãos. 
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada 
decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse 
vínculo já tenha cessado; 
 Perceba que não são informações produzidas por quaisquer pessoas 
físicas ou entidades privadas, mas somente aquelas decorrentes de vínculos 
com órgãos ou entidades subordinados a LAI. 
 
O inciso IV apresenta os atributos que devem ser observados quando do 
fornecimento de informações. 
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; 
 Com base nesse inciso, a informação não só deve ser fornecida, mas 
também deve estar de acordo com estes atributos. Para relembrar, temos que: 
▪ Informação primária: coletada na fonte, com o máximo de 
detalhamento possível, sem modificações. 
▪ Informação íntegra: informação não modificada, inclusive quanto à 
origem, trânsito e destino. 
▪ Informação autêntica: produzida, expedida, recebida ou modificada 
por determinado indivíduo, equipamento ou sistema. 
▪ Informação atualizada: reflete o estado mais atual do seu conteúdo. 
 
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Os incisos V e VI se referem ao direito a acessar informações tanto sobre 
as atividades dos órgãos e entidades, quanto à administração do patrimônio 
público. Vejamos: 
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive 
as relativas à sua política, organização e serviços; 
VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização 
de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e 
 
O inciso VII traz outros itens que podem ser objeto de pedido de acesso 
a informação. 
VII - informação relativa: 
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, 
projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e 
indicadores propostos; 
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de 
contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo 
prestações de contas relativas a exercícios anteriores. 
 
 Desde já, tenha em mente que embora a regra seja o acesso à 
informação, existem algumas restrições de acesso. Uma dessas restrições está 
disposta no § 1º do art 7º da LAI. Vejamos: 
§ 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações 
referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou 
tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e 
do Estado. 
 Assim, os projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou 
tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado não livremente acessados. Isto é lógico, se o acesso puder prejudicar a 
segurança da sociedade ou do Estado, não cabe fornecer essas informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Vamos esquematizar esta primeira parte do artigo 7º: 
 
Esquema 5 – Direitos de obtenção segundo a LAI. 
 
 Os procedimentos para os casos excepcionais de negativa de acesso a 
partes sigilosas ou extravio das informações solicitadas são tratados nos 
parágrafos seguintes do artigo 7º. 
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela 
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de 
certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. 
§ 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas 
utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo será 
assegurado com a edição do ato decisório respectivo. 
§ 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado aos 
órgãos e entidades referidas no art. 1º, quando não fundamentada, sujeitará o 
responsável a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei. 
O acesso a 
informação 
compreende 
o dieito de 
obter
Orientação sobre 
Procedimentos para o acesso
Local da informação
Informações 
contidas em
Registros ou documentos
Produzidas ou 
custodiadas por
Pessoas físicas ou entidades privadas com vínculo 
com órgãos subordinados a LAI.
Informação
primária
íntegra
autêntica
atualizada
Informações sobre
atividades exercidas pelos órgãos e entidades
administração do patrimônio público
implementação, acompanhamento e resultados dos 
programas, projetos e ações dos órgãos e entidades 
públicas
resultado de inspeções, auditorias, prestações e 
tomadas de contas realizadas pelos órgãos de 
controle 
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§ 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado 
requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para 
apurar o desaparecimento da respectiva documentação. 
§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o responsável pela 
guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o 
fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação. 
 
 Vamos facilitar o entendimento desses procedimentos com base em um 
fluxograma: 
 
Esquema 6 – Procedimentos para informações sigilosas e extraviadas. 
Informação 
concedida ou 
documento 
disponibilizado 
Solicitação de 
informações ou 
documentos 
Informação 
é sigilosa? 
Não 
Sim 
O sigilo é 
total? 
Pedido é 
negado com 
fundamentação 
Sim 
Não 
Assegurado o 
acesso com 
ocultação da 
parte sigilosa 
Informação 
foi 
extraviada? 
Não 
Sim 
Interessado 
pode requerer 
abertura de 
sindicância 
E 
Responsável 
pela guarda 
deve justificar 
fato e indicar 
testemunhas 
em 10 dias 
Em qualquer caso, se a informação for negada sem fundamentação, o responsável está 
sujeito à medida disciplinares. 
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 Como temos visto já no estudo dos primeiros artigos, a LAI não só exige 
que as informações possam ser acessadas, como também requer que algumas 
características sejam observadas para que o acesso seja facilitado. O art. 8º, 
em seu caput, requer que a divulgação das informações deve ser em local de 
fácil acesso e deve ser realizada independente de requerimentos. O § 1º elenca 
quais são as informações mínimas que devem ser divulgadas. Vejamos o 
disposto na LAI: 
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente 
de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas 
competências,de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas 
ou custodiadas. 
§ 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, 
no mínimo: 
I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones 
das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; 
II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; 
III - registros das despesas; 
IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os 
respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; 
V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras 
de órgãos e entidades; e 
VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. 
 
 De modo esquemático temos que: 
 
Esquema 7 – Informações a serem divulgadas pelos órgãos públicos. 
Dever dos órgãos 
e entidades 
públicas 
promover
Independentemente de requerimentos
Local de fácil 
acesso
Informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou 
custodiadas, contendo, no mínimo:
•I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e 
telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; 
•II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos 
financeiros; 
•III - registros das despesas; 
•IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os 
respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos 
celebrados; 
•V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e 
obras de órgãos e entidades; e 
•VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
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 Sendo a LAI de 2011, já em um contexto de pleno uso da internet como 
meio de comunicação, ela previu obrigações referentes a publicação das 
informações também na rede mundial de computadores. Vejamos: 
§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas 
deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, 
sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de 
computadores (internet). 
§ 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regulamento, atender, 
entre outros, aos seguintes requisitos: 
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à 
informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil 
compreensão; 
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, 
inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a 
facilitar a análise das informações; 
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos 
abertos, estruturados e legíveis por máquina; 
IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da 
informação; 
V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para 
acesso; 
VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; 
VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por 
via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e 
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo 
para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei no 10.098, de 19 de 
dezembro de 2000, e do art. 9o da Convenção sobre os Direitos das Pessoas 
com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 
2008. 
§ 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam 
dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2o, 
mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações 
relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos 
no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de 
Responsabilidade Fiscal). 
 
 
 
 
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 E que tal um esqueminha para esta parte: 
 
Esquema 8 – Publicação das informações na Internet. 
 
 A LAI também visou criar meios para assegurar o acesso a informações, 
conforme disposto no art. 9º: 
Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado mediante: 
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do 
poder público, em local com condições apropriadas para: 
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; 
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; 
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e 
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação 
popular ou a outras formas de divulgação. 
 Em esquema temos que: 
 
Esquema 9 – Meios para assegurar o acesso a informações. 
Obrigatória
Publicação na 
Internet
Sites devem
Possuir 
ferramenta 
de pesquisa 
de conteúdo
E
Permitir 
Gravação de 
Relatórios
Permitir o 
acesso de 
sistemas 
externos em 
formatos 
abertos
E 
Divulgar os 
formatos 
utilizados
Garantir a 
autenticidade 
e a 
integridade
E
Manter 
atualizadas 
as 
informações
Indicar local 
e instruções 
para 
comunicação
Adotar 
medidas para 
a 
acessibilidade 
ao conteúdo
Dispensada para 
municípios com menos 
de 10000 habitantes
Assegurar o acesso a 
informações
Serviço de informações 
ao cidadão
Audiências e consultas 
públicas
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4- (CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa - PB - 
Conhecimentos Básicos - Cargos: 1, 2 e 3) Com base nos dispositivos da 
Lei de Acesso à Informação — Lei Federal n.º 12.527/2011 —, julgue 
É vedado o acesso a informações referentes a projetos de pesquisa e 
desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado. 
Resolução: 
Embora a regra seja o acesso à informação, existem algumas restrições de 
acesso. Uma dessas restrições está disposta no § 1º do art 7º da LAI. Vejamos: 
§ 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações 
referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou 
tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e 
do Estado. 
Gabarito: Certo. 
 
5- (FCC - 2014 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita 
Estadual - Prova 1) O acesso à informação de que trata a Lei nº 12.527/2011, 
compreende diversos direitos. Dentre eles NÃO se encontra o de obter 
informação 
a) pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos 
públicos, licitação e contratos administrativos. 
b) contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por órgãos 
ou entidades da Administração Pública, recolhidos ou não a arquivos públicos. 
c) produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de 
qualquer vínculo com órgãos ou entidades da Administração Pública, mesmo 
que esse vínculo já tenha cessado. 
d) referente a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou 
tecnológicos, independentemente de avaliação de necessidade de sigilo em 
nome da segurança da sociedade e do Estado. 
e) sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades da Administração 
Pública, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços. 
Resolução: 
Art. 7º, § 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as 
informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento 
científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança 
da sociedade e do Estado. 
Gabarito: Letra D. 
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6- (FCC - 2016 - PGE-MT - Técnico - Técnico 
Adminstrativo) De acordo com a Lei de Acesso à Informação de 2011, uma 
vez informado o extravio da informação solicitada, o interessado poderá 
requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para 
apurar o desaparecimento da respectiva documentação. Nesta situação, o 
órgão, ou entidade pública, responsável pela guarda da informação extraviada, 
deverá 
a) reconhecer o fato publicamente em 5 dias e justificar e identificar 
testemunhas que comprovem sua alegação 10 dias após o reconhecimento. 
b) justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação no prazo 
de 5 dias. 
c) justificar o fato em até 10 dias e indicar testemunhas que comprovem sua 
alegação no prazo de 20 dias, após a justificativa. 
d) reconhecer o fato publicamente em 5 dias e justificar e identificar 
testemunhas que comprovem sua alegação 5 dias após o reconhecimento. 
e) justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação no prazo 
de 10 dias. 
Resolução: 
Segundo a LAI, se a informação for extraviada, o responsável terá o prazo de 
10 dias para justificar o fato e indicar testemunhas. 
Art. 7º: 
§ 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado 
requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para 
apurar o desaparecimento da respectiva documentação. 
§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o responsável pela 
guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, 
justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação. 
Gabarito: Letra E. 
 
7- (CESPE - 2013 - MJ - Analista Técnico - 
Administrativo) A respeito do acesso à informação por parte dos cidadãos e 
do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, julgue os itens de que se seguem. 
Considere que determinado cidadão tenha apresentado petição no Ministério da 
Justiça insurgindo-se contra o fato de não ter sido divulgado no sítio oficial do 
órgão na Internet programa elaborado com vistas ao combate às drogas. Nesse 
caso, tem razão o requerente, haja vista que a divulgação do programa no sítio 
é obrigatória. 
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Resolução: 
A divulgação em sítio eletrônico é obrigatória segundo o artigo 8º da LAI, só 
sendo dispensada para Municípios com menos de 10.000 habitantes. Dentre as 
informações mínimas destaca-se aquelas sobre o acompanhamento dos 
programas, que é tratado na questão. 
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente 
de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas 
competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas 
ou custodiadas. 
§ 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, 
no mínimo: 
V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras 
de órgãos e entidades; e 
§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas 
deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, 
sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de 
computadores (internet). 
Gabarito: Certo. 
 
8- (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) 
Julgue os itens que se seguem, acerca do acesso à informação. 
A realização de audiências públicas para incentivar a participação popular 
constitui modo de garantir o acesso às informações públicas. 
Resolução: 
A LAI visou criar meios para assegurar o acesso a informações, conforme 
disposto no art. 9º: 
Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado mediante: 
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do 
poder público, em local com condições apropriadas para: 
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; 
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; 
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e 
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação 
popular ou a outras formas de divulgação. 
Gabarito: Certo. 
 
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1.3 Do procedimento de acesso à informação 
Do Pedido de Acesso 
 A seção I do Capítulo III da LAI apresenta as regras para o pedido de 
acesso a informações. Vejamos: 
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a 
informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer 
meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a 
especificação da informação requerida. 
§ 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do 
requerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação. 
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de 
encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na 
internet. 
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da 
solicitação de informações de interesse público. 
 Vale frisar o § 1º, em que a identificação do requerente não pode conter 
exigências que inviabilizem a solicitação. 
O § 3º ressalta que são vedadas exigências relativas aos motivos 
determinantes da solicitação. Assim, para fornecer a informação, o agente 
não deve exigir que o solicitante apresente qualquer justificativa para o porque 
de ele está pedindo. 
 
Esquema 10 – Do pedido de acesso a informação. 
Do Pedido de 
acesso 
Identificação 
não pode 
conter 
exigências 
que 
invibializem a 
solicitação
Órgãos devem 
viabilizar 
alternativa para 
o acesso em 
seus sites
São vedadas
exigências 
relativas aos 
motivos para 
a solicitação
Identificação do 
requerente e 
especificação 
da informação 
requerida
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 O artigo 11 da LAI disciplina questões sobre o tempo e local de acesso as 
informações. 
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso 
imediato à informação disponível. 
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no 
caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior 
a 20 (vinte) dias: 
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a 
reprodução ou obter a certidão; 
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso 
pretendido; ou 
III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu 
conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o 
requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa 
de seu pedido de informação. 
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, 
mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. 
§ 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do 
cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer meios 
para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que necessitar. 
§ 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou 
parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a possibilidade 
de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe 
indicada a autoridade competente para sua apreciação. 
§ 5º A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse 
formato, caso haja anuência do requerente. 
§ 6º Caso a informação solicitada esteja disponívelao público em formato 
impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serão 
informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá 
consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento esse que 
desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento 
direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si 
mesmo tais procedimentos. 
 
 
 
 
 
 
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 Para facilitar as disposições desses procedimentos, vejamos um 
fluxograma: 
 
Esquema 11 – Prazos e condições para acesso a informação. 
Informação 
concedida ou 
documento 
disponibilizado 
Solicitação de 
informações ou 
documentos 
Acesso 
pode ser 
imediato? 
Sim 
Não 
20 dias 
(prorrogáveis 
por mais 10) 
para: 
Comunicar o 
modo, data e 
local de 
consulta 
Se a informação estiver disponível ao público em formato impresso, eletrônico ou em 
qualquer outro meio de acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito, o 
lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação, 
procedimento esse que desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu 
fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar 
por si mesmo tais procedimentos. 
Indicar as 
razões de fato 
ou de direito da 
recusa 
Comunicar que 
não possui a 
informação 
Conhece 
que tem a 
informação? 
Sim 
Indicar para o 
interessado 
OU 
submeter 
requerimento 
para o órgão 
Informação 
é sigilosa? 
Sim 
Informar requerente 
sobre a possibilidade de 
recurso, prazos e 
condições para sua 
interposição e a 
autoridade competente 
para sua apreciação 
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 Os demais artigos trazem algumas disposições especiais sobre o serviço 
de busca e fornecimento da informação, sobre os documentos que podem ter a 
integridade prejudicada e sobre o acesso ao inteiro teor da negativo de acesso. 
Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, 
salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou 
entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado 
exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos 
materiais utilizados. 
Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo 
aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do 
sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29 
de agosto de 1983. 
Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em documento cuja 
manipulação possa prejudicar sua integridade, deverá ser oferecida a 
consulta de cópia, com certificação de que esta confere com o original. 
Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o interessado 
poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão de servidor público, a 
reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a conservação do 
documento original. 
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa 
de acesso, por certidão ou cópia. 
 
9- (CESPE - 2017 - SEDF - Técnico de Gestão 
Educacional - Apoio Administrativo) Com base na Lei n.º 12.527/2011 — 
Lei de Acesso à Informação —, julgue o próximo item. 
A solicitação de acesso às informações requeridas deve ser atendida no prazo 
máximo e improrrogável de vinte dias. 
Resolução: 
Em regra, as informações devem ser fornecidas imediatamente, mas em caso 
de impossibilidade podem ser fornecidas em até 20 dias. Contudo, esse prazo 
pode ser prorrogado por mais 10 dias, mediante justificativa expressa. 
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso 
imediato à informação disponível. 
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no 
caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior 
a 20 (vinte) dias: 
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, 
mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. 
Gabarito: Errado. 
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10- (CESPE - 2015 - MPOG - Técnico de Nível Superior - 
Cargo 22) O direito de acesso à informação é um direito humano fundamental 
e está vinculado à noção de democracia. Com relação a controle social, a 
transparência e à Lei de Acesso a Informação, julgue o item subsequente. 
Pelo princípio da transparência, é facultado a qualquer pessoa, natural ou 
jurídica, formular pedido de acesso a informação, desde que informe nome, 
endereço, número de identificação válido e especificação da informação 
requerida, além de justificativa e finalidade da informação requerida. 
Resolução: 
A LAI veda a exigência de justificativa para a solicitação. 
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a 
informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer 
meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a 
especificação da informação requerida. 
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos 
determinantes da solicitação de informações de interesse público. 
Gabarito: Errado. 
 
11- (CESPE - 2014 - ANATEL - Especialista em 
Regulação - Mídia Digital) Com base no disposto na Lei de Acesso à 
Informação, julgue o item que se segue. 
Em se tratando de acesso a informação em documento cuja manipulação possa 
prejudicar a sua integridade, deve-se oferecer consulta a cópia, com certificação 
de que esta confere com o original. 
Resolução: 
Assertiva em perfeita consonância com a LAI. 
Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em documento cuja 
manipulação possa prejudicar sua integridade, deverá ser oferecida a 
consulta de cópia, com certificação de que esta confere com o original. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 
 
 
 
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Dos Recursos 
 A seção II do Capítulo 3 trata, por sua vez, dos procedimentos referentes 
aos recursos que podem ser interpostos. Vejamos o que dispõe a LAI: 
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da 
negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no 
prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. 
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior 
à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 
(cinco) dias. 
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder 
Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, 
que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: 
I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado; 
II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente 
classificada como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a 
hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou 
desclassificação; 
III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos 
nesta Lei não tiverem sido observados; e 
IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos 
nesta Lei. 
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à 
Controladoria-Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos 
uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão 
impugnada, que deliberará no prazode 5 (cinco) dias. 
§ 2º Verificada a procedência das razões do recurso, a Controladoria-Geral da 
União determinará ao órgão ou entidade que adote as providências necessárias 
para dar cumprimento ao disposto nesta Lei. 
§ 3º Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral da União, poderá 
ser interposto recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que 
se refere o art. 35. 
 Note que os artigos 16 e 17 tratam de recursos em razão da negativa de 
acesso, que devem ser primeiramente submetidos a autoridade 
hierarquicamente superior a que exarou a decisão em 10 dias, tendo a 
autoridade 05 dias para se manifestar. 
 O Requerente poderá também recorrer à Controladoria Geral da União, 
que também terá 05 dias para se manifestar. Aqui cabe uma ressalva, pois só 
se pode recorrer a CGU, após ter recorrido a pelos menos uma autoridade 
hieráquica superior a que exarou a decisão. 
 
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 Vamos utilizar mais um fluxograma para ajudar na fixação dos 
procedimentos para recursos: 
 
Esquema 12 – Procedimentos para interposição de recurso contra negativa de acesso. 
 
 Outro tipo de recurso que pode ser interposto é para desclassificar uma 
informação que está definida como secreta ou ultrasecreta. Vejamos: 
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassificação de informação 
protocolado em órgão da administração pública federal, poderá o requerente 
recorrer ao Ministro de Estado da área, sem prejuízo das competências da 
Comissão Mista de Reavaliação de Informações, previstas no art. 35, e do 
disposto no art. 16. 
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido às autoridades 
mencionadas depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade 
hierarquicamente superior à autoridade que exarou a decisão impugnada e, no 
caso das Forças Armadas, ao respectivo Comando. 
Dirigido à autoridade 
hierarquicamente 
superior à que exarou 
a decisão impugnada 
Recurso contra 
negativa de 
acesso 
5 dias para se manifestar 
Requerente 
pode interpor 
recurso para a 
CGU 
Informação ou 
acesso são 
fornecidos 
 
10 dias 
contados 
Acesso foi 
concedido? 
Não 
contados 
Sim 
contados 
5 dias para se manifestar 
Pedido 
Julgado 
procedente? 
CGU determine 
ao órgão que 
adote as 
providências 
necessárias 
Sim 
contados 
Não 
contados 
Requerente pode interpor 
recurso à Comissão Mista 
de Reavaliação de 
Informações 
Se for no Poder 
Executivo Federal 
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§ 2º Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como objeto a 
desclassificação de informação secreta ou ultrassecreta, caberá recurso à 
Comissão Mista de Reavaliação de Informações prevista no art. 35. 
Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias proferidas no 
recurso previsto no art. 15 e de revisão de classificação de documentos sigilosos 
serão objeto de regulamentação própria dos Poderes Legislativo e Judiciário e 
do Ministério Público, em seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante, 
em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu pedido. 
 
 Vamos esquematizar os pedidos de desclassificação de informação: 
 
Esquema 13 – Procedimento para desclassificação de informação como secreta ou ultrassecreta. 
 
 
 
Dirigido à autoridade 
hierarquicamente 
superior à que exarou 
a decisão impugnada 
Pedido de 
desclassificação 
de informação 
Requerente pode 
interpor recurso 
Ministro de Estado 
da área 
Informação será 
desclassificada 
como secreta ou 
ultrasecreta 
Pedido foi 
aceito? 
Não 
contados 
Sim 
contados 
Pedido 
Julgado 
procedente? 
Informação 
será 
desclassificada 
como secreta 
ou ultrasecreta 
Sim 
contados 
Não 
contados 
Requerente pode interpor 
recurso à Comissão Mista 
de Reavaliação de 
Informações 
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Para finalizar essa parte, é importante destacar que no âmbito do Poder 
Judiciário e do Ministério Público, deverão ser informadas as decisões que 
negarem acesso aos Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do 
Ministério Público. 
Art. 19. (VETADO). 
§ 1o (VETADO). 
§ 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público informarão ao 
Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público, 
respectivamente, as decisões que, em grau de recurso, negarem acesso a 
informações de interesse público. 
Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei no 9.784, de 29 de 
janeiro de 1999, ao procedimento de que trata este Capítulo. 
 
12- (CESPE - 2018 - STM - Técnico Judiciário - 
Programação de Sistemas) Acerca do acesso à informação, dos servidores 
públicos e do processo administrativo no âmbito federal, julgue o item que se 
segue. 
Caso determinado órgão público recuse o acesso imediato a informação 
disponível, o interessado deverá interpor recurso dirigido diretamente à 
autoridade que proferir a decisão de indeferimento. 
Resolução: 
O recurso deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que 
exarou a decisão impugnada e não a autoriade que proferiu a decisão. 
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da 
negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no 
prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. 
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente 
superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
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13- (CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Administrativo) 
Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado do fornecimento 
de licenciamento ambiental, informações a respeito da possibilidade de 
construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua 
cidade. Com base nessa situação, julgue os próximos itens. 
No caso de indeferimento de acesso às informações, poderá o interessado 
recorrer a autoridade superior à entidade que negou o pedido. Se for mantida a 
decisão, o cidadão poderá recorrer à Controladoria Geral da União. 
Resolução: 
Questão canto da sereia. O procedimento descrito está corretíssimo, contudo 
somente para o âmbito do Poder Executivo Federal. Note que na situação 
hipotética, o cidadão requereu a ente estadual e não a ente federal, portanto 
não cabe recurso à CGU. 
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder 
Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da 
União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: 
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à 
Controladoria-Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos 
uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão 
impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. 
Gabarito: Errado. 
 
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1.4 Das restrições de acesso à informação 
 Como já vimos, a regra é que as informações públicas possam ser 
acessadas sem restrições. Contudo, algumas informações, por ter um potencial 
para comprometer a segurança da sociedade ou do estado ou a intimidade, a 
vida privada, a honra e a imagem das pessoas, possuem algumas regras para 
restrição. O capítuloIV da LAI trata justamente das restrições de acesso à 
informação. Vejamos seus dispositivos. 
 
Disposições Gerais 
 O artigo 21 trata de mais um caso da regra geral, ou seja, da permissão 
de acesso. 
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela 
judicial ou administrativa de direitos fundamentais. 
Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas 
que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes 
públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto de 
restrição de acesso. 
 Neste artigo, vemos claramente o objetivo do legislador de buscar 
proteger o indívuo que pode ter seus direitos violados em detrimento de 
negativa de acesso a alguma informação que necessite. Assim, se uma 
informação for necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos 
fundamentais, não poderá ter acesso negado. Da mesma forma, se houver 
violação dos direitos humanos por agentes públicos ou a mando de autoridades 
públicas. 
 
Esquema 14 – Informações que não poderão ser negadas. 
Informação necessária à 
tutela judicial ou 
administrativa de 
direitos fundamentais
Informações sobre 
condutas que impliquem 
violação dos direitos 
humanos praticada por 
agentes públicos ou a 
mando de autoridades 
públicas 
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 O artigo 22 dispõe sobre os casos de sigilo e segredo de justiça ou segredo 
industrial. 
Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de sigilo e 
de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou 
entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público. 
 
Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo 
 O artigo 23 traz a lista de informações que são consideradas 
imprescindíveis para a segurança da sociedade ou do Estado. Vejamos: 
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do 
Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou 
acesso irrestrito possam: 
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território 
nacional; 
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações 
internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por 
outros Estados e organismos internacionais; 
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; 
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária 
do País; 
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças 
Armadas; 
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento 
científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de 
interesse estratégico nacional; 
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais 
ou estrangeiras e seus familiares; ou 
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou 
fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de 
infrações. 
 
 
 
 
 
 
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 O artigo 24 traz as classificações para a informação em poder dos órgãos 
e entidades públicas. Esta classificação é bastante cobrada em provas, inclusive 
quanto aos seus prazos de restrição de acesso máximos. Leia com muito carinho 
os dispositivos a seguir: 
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o 
seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do 
Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. 
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme 
a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e 
são os seguintes: 
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; 
II - secreta: 15 (quinze) anos; e 
III - reservada: 5 (cinco) anos. 
§ 2º As informações que puderem colocar em risco a segurança do 
Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e 
filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o 
término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de 
reeleição. 
§ 3º Alternativamente aos prazos previstos no § 1º, poderá ser estabelecida 
como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado evento, 
desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. 
§ 4º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina 
o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso 
público. 
§ 5º Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá 
ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos 
restritivo possível, considerados: 
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e 
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo 
final. 
 Vamos esquematizar as classificações da informação: 
 
Esquema 15 – Classificações para as informações sigilosas. 
 
Ultrasecreta
25 anos
Secreta
15 anos
Reservada
5 anos
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Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas 
 A proteção e o controle das informações sigilosas é tratada nos artigos 
25 e 26. Vejamos os dispositivos: 
Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações 
sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção. 
(Regulamento) 
§ 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como 
sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-
la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regulamento, 
sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei. 
§ 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a obrigação para 
aquele que a obteve de resguardar o sigilo. 
§ 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a serem adotados 
para o tratamento de informação sigilosa, de modo a protegê-la contra perda, 
alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não autorizados. 
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências necessárias para que 
o pessoal a elas subordinado hierarquicamente conheça as normas e observe as 
medidas e procedimentos de segurança para tratamento de informações 
sigilosas. 
Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em razão de 
qualquer vínculo com o poder público, executar atividades de tratamento 
de informações sigilosas adotará as providências necessárias para que seus 
empregados, prepostos ou representantes observem as medidas e 
procedimentos de segurança das informações resultantes da aplicação desta 
Lei. 
 
Vale ressaltar duas informações importantes quanto a estes dispositivos, 
conforme o esquema a seguir 
 
Esquema 16 – Proteção e controle das informações sigilosas. 
 
 
 
As informações sigilosas devem estar restritas a quem precise 
conhecê-las, sendo estas devidamente credencidas ou agentes 
públicos. 
As entidades devem adotar medidas para garantir o tratamento das 
informações sigilosas, destacando-se que também as pessoas físicas 
e as entidades privadas com vínculo com o poder público devem 
adotar estas medidas.
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Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação e Desclassificação 
 Sendo a publicadaa regra, a classificação das informações como 
ultrasecreta, secreta e reservada não pode ser realizada por qualquer pessoa, 
mas somente pelas autoridades definidas na LAI, conforme o artigo 27 a seguir: 
Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da administração 
pública federal é de competência: (Regulamento) 
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: 
a) Presidente da República; 
b) Vice-Presidente da República; 
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; 
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e 
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior; 
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos titulares de 
autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista; 
e 
III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II e das que 
exerçam funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, 
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, 
de acordo com regulamentação específica de cada órgão ou entidade, observado 
o disposto nesta Lei. 
§ 1º A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à classificação 
como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável 
a agente público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação. 
§ 2º A classificação de informação no grau de sigilo ultrassecreto pelas 
autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser ratificada pelos 
respectivos Ministros de Estado, no prazo previsto em regulamento. 
§ 3º A autoridade ou outro agente público que classificar informação como 
ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que trata o art. 28 à Comissão 
Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35, no prazo 
previsto em regulamento. 
 
Note que quanto menor o grau de sigilo a ser imposto para uma 
informação, mais autoridades podem realizar essa classificação, pois se 
acumulam as entidades que podem realizar uma classificação mais sigilosa com 
outras autoridades para aquele grau de sigilo. 
 
 
 
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 Com base nesses dispositivos podemos ampliar o nosso esquema sobre 
os graus de classificação da informação. 
 
Esquema 17 - Classificações para as informações sigilosas e autoridades que podem classificar. 
 
 O artigo 28 elenca os elementos mínimos que devem estar contidos na 
formalização da classificação da informação. 
Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deverá ser 
formalizada em decisão que conterá, no mínimo, os seguintes elementos: 
I - assunto sobre o qual versa a informação; 
II - fundamento da classificação, observados os critérios estabelecidos no art. 
24; 
III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento 
que defina o seu termo final, conforme limites previstos no art. 24; e 
IV - identificação da autoridade que a classificou. 
Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no mesmo grau de 
sigilo da informação classificada. 
 
 
Ultrasecreta
25 anos
a) Presidente da 
República; 
b) Vice-Presidente da 
República; 
c) Ministros de 
Estado e autoridades 
com as mesmas 
prerrogativas; 
d) Comandantes da 
Marinha, do Exército 
e da Aeronáutica; e 
e) Chefes de Missões 
Diplomáticas e 
Consulares 
permanentes no 
exterior; 
Secreta
15 anos
Todas da ultrasecreta 
+
Titulares de 
autarquias, 
fundações ou 
empresas públicas e 
sociedades de 
economia mista
Reservada
5 anos
Todas da secreta
+
Aquelas que exerçam 
funções de direção, 
comando ou chefia, 
nível DAS 101.5, ou 
superior, do Grupo-
Direção e 
Assessoramento 
Superiores, ou de 
hierarquia 
equivalente
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 Uma informação classificada em certo grau pode ser reavalidada, isto é, 
não necessariamente uma informação classificada como ultrasecreta, secreta 
ou reservada, ficará assim classificada até o seu termo final, pois pode ser 
desclassificada ou mesmo ter seu prazo de sigilo reduzido. Isto é o que dispõe 
o artigo 29, conforme disposto a seguir: 
Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela autoridade 
classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante 
provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em regulamento, com 
vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, observado o 
disposto no art. 24. (Regulamento) 
§ 1º O regulamento a que se refere o caput deverá considerar as peculiaridades 
das informações produzidas no exterior por autoridades ou agentes públicos. 
§ 2º Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser examinadas a 
permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos decorrentes do 
acesso ou da divulgação da informação. 
§ 3º Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação, o novo prazo de 
restrição manterá como termo inicial a data da sua produção. 
 
 Vejamos um esquema para este artigo: 
 
Esquema 18 – Desclassificação ou redução de prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
Desclassificão ou 
redução de prazo 
do sigilo
Reavaliada por 
autoridade 
classificadora ou 
superior
Mediante 
provocação ou de 
ofício
Examinadas a 
permanência dos 
motivos do sigilo e 
a possibilidade de 
danos decorrentes 
do acesso
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Mais uma vez a LAI demonstra sua consonância com a era digital, pois 
prevê que sejam dispostas certas informações e relatórios nos sítios da internet: 
Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará, 
anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de dados 
e informações administrativas, nos termos de regulamento: 
I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 
(doze) meses; 
II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com 
identificação para referência futura; 
III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação 
recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas sobre 
os solicitantes. 
§ 1º Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da publicação prevista 
no caput para consulta pública em suas sedes. 
§ 2º Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de informações 
classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos fundamentos da 
classificação. 
 
 Assim, 
 
Esquema 19 – Publicação na Internet. 
 
 
 
Publicação na Internet
Informações 
desclassificadas nos 
últimos 12 meses
Documentos classificados 
em cada grau de sigilo
Quantidade de pedidos de 
informação recebidos, 
atendidos e indeferidos
Anualmente
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Das informações pessoais 
 A LAI traz mais algumas exceções a publicidade das informações, quando 
trata das informações relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem das 
pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. Vejamos: 
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma 
transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das 
pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. 
§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, 
vida privada, honra e imagem: 
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo 
prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a 
agentes públicoslegalmente autorizados e à pessoa a que elas se 
referirem; e 
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de 
previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem. 
§ 2º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este artigo será 
responsabilizado por seu uso indevido. 
§ 3º O consentimento referido no inciso II do § 1º não será exigido quando as 
informações forem necessárias: 
I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou 
legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento 
médico; 
II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse 
público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que 
as informações se referirem; 
III - ao cumprimento de ordem judicial; 
IV - à defesa de direitos humanos; ou 
V - à proteção do interesse público e geral preponderante. 
§ 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem 
de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de 
apuração de irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, 
bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior 
relevância. 
§ 5º Regulamento disporá sobre os procedimentos para tratamento de 
informação pessoal. 
 
 
 
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 Esquematicamente: 
 
Esquema 20 – Informações pessoais. 
 
 
 A seguir vamos resolver algumas questões sobre este capítulo: 
14- (CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de 
Inteligência - Área 1) Com base em disposições da Lei n.º 12.527/2011 (Lei 
de Acesso à Informação) e da Lei Complementar n.º 131/2009 (Lei da 
Transparência), julgue o item que se segue. 
Informações que possam comprometer atividades de inteligência ou de 
investigação em andamento podem ser classificadas como reservadas — com 
restrição máxima de acesso por até cinco anos —; secreta — com restrição 
máxima de acesso por até dez anos —; ou ultrassecreta — com restrição 
máxima de acesso por até vinte e cinco anos. 
Restrita a agentes 
públicos 
legalmente 
autorizados e à 
pessoa a que 
elas se referirem 
pelo prazo máximo 
de 100 anos 
Informações relativas à intimidade, vida 
privada, honra e imagem das pessoas, bem 
como às liberdades e garantias individuais 
I - à prevenção e diagnóstico 
médico, quando a pessoa estiver 
física ou legalmente incapaz, e para 
utilização única e exclusivamente 
para o tratamento médico; 
II - à realização de estatísticas e 
pesquisas científicas de 
evidente interesse público ou 
geral, previstos em lei, sendo 
vedada a identificação da 
pessoa a que as informações se 
referirem; 
III - ao cumprimento de ordem 
judicial; 
IV - à defesa de direitos 
humanos; ou 
V - à proteção do interesse 
público e geral preponderante. 
Exista previsão 
legal ou 
consentimento 
pela pessoa a que 
se referirem 
A menos que: 
Consentimento pode 
ser dispensado se for 
para: 
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Resolução: 
O prazo de restrição para informações secretas é de 15 anos e não de 10 anos. 
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o 
seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do 
Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. 
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme 
a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e 
são os seguintes: 
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; 
II - secreta: 15 (quinze) anos; e 
III - reservada: 5 (cinco) anos. 
Gabarito: Errado. 
 
15- (CESPE - 2018 - ABIN - Oficial Técnico de 
Inteligência - Área 1) Com base em disposições da Lei n.º 12.527/2011 (Lei 
de Acesso à Informação) e da Lei Complementar n.º 131/2009 (Lei da 
Transparência), julgue o item que se segue. 
Segundo dispositivo da Lei de Acesso à Informação, na classificação do grau de 
sigilo de determinada informação, deve-se considerar o nível de interesse 
público e utilizar o critério mais restritivo possível, como garantia de segurança. 
Resolução: 
O critério a ser adotado deve ser o MENOS (e não o MAIS) restritivo possível. 
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o 
seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do 
Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. 
§ 5º Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá 
ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos 
restritivo possível, considerados: 
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e 
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo 
final. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
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16- (CESPE - 2017 - SEDF - Técnico de Gestão 
Educacional - Apoio Administrativo) Com base na Lei n.º 12.527/2011 — 
Lei de Acesso à Informação —, julgue o próximo item. 
Um documento ultrassecreto pode permanecer em sigilo por prazo inferior a 
vinte e cinco anos. 
Resolução: 
Questão interessante que está de acordo com a LAI. Em suas disposições acerca 
da classificação das informações, a LAI dispõe sobre os prazos máximos de 
restrição de acesso e, portanto, estes prazos podem ser menores que os 
previstos, mas nunca maiores. 
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme 
a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e 
são os seguintes: 
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; 
II - secreta: 15 (quinze) anos; e 
III - reservada: 5 (cinco) anos. 
Gabarito: Certo. 
17- (FCC - 2016 - PGE-MT - Técnico - Técnico 
Adminstrativo) A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, 
cumprido o seu teor e em virtude de sua imprescindibilidade à segurança do 
Estado ou da sociedade, poderá ser classificada como reservada, secreta ou 
ultrassecreta. Conforme a Lei no 12.527/2011, os prazos máximos de restrição 
ao acesso destes tipos de informação são, respectivamente, 
a) 5, 15 e 25 anos. 
b) 10, 15 e 20 anos. 
c) 5, 10 e 15 anos. 
d) 10, 20 e 30 anos. 
e) 5, 15 e 30 anos. 
Resolução: 
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme 
a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e 
são os seguintes: 
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; 
II - secreta: 15 (quinze) anos; e 
III - reservada: 5 (cinco) anos. 
Gabarito: Letra A. 
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18- (FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle Externo - 
Jurídica) A Lei Federal nº 12.527/2011 destina-se a assegurar o direito 
fundamental de acesso à informação. No entanto, reservou um capítulo 
específico para regular as hipóteses de restrição de acesso à informação e os 
respectivos procedimentos. Nos termos desse capítulo específico da Lei de 
Acesso à Informação, 
a) o prazo máximo de restrição de acesso à informação classificada como 
reservada será de 10 (dez) anos, a partir da data de sua produção. 
b) o prazo máximo de restrição de acesso à informação classificada como 
ultrassecreta será de 30 (trinta) anos, a partir da data de sua produção. 
c) as informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem 
violação dos direitos humanos poderão ser objeto de restrição

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