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65 @lilyfazvet A taxonomia visa classificar os organismos em grupos de acordo com suas propriedades físicas e químicas; Os vírus que estão presentes em um mesmo grupo taxonômico frequentemente tem propriedades biológicas semelhantes, como o meio de replicação e de transmissão; Essa classificação é definida pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV) e, atualmente, existem 6590 espécies de vírus; A classificação dos vírus não é realizada em reinos, já que muitos pesquisadores ainda discutem se eles são um ser vivo ou não; Dessa forma, sua classificação começa, geralmente, pela ordem; Vale ressaltar que no uso vernacular informal, deve-se substituir o uso de "ph" por "f" e o do "y" por "i", e deve-se usar assento quando apropriado; - exemplos: alfaherpesvírus, aftovírus, paramixovírus. A mutação acontece quando uma mudança ocorre no material genético e geralmente é de forma aleatória; A frequência com que as mutações ocorrem varia de acordo com o tipo de vírus e não necessariamente dão origem a um microrganismo com maior capacidade de infecção e de duplicação no hospedeiro; Caso a mutação facilite a sobrevivência do vírus, ela irá se sobrepor à versão anterior do vírus, infectando um número maior de pessoas. Variantes Quando a alteração no material genético começa a aparecer inúmeras vezes em uma população, e assume um comportamento “fixo” de recorrência, isso configura uma variante do vírus; Dessa forma, um vírus original pode dar origem a diversas variantes, cada uma com alterações diferentes. Linhagem A linhagem consiste no conjunto de variantes que surgiram de um vírus original comum. Cepa A cepa é uma variante ou um grupo de variantes dentro de uma linhagem que se comportam um pouco diferente do vírus original. Respiratórios: vírus que penetram no hospedeiro por inalação e produzem infecção e doença primariamente no trato respiratório; - exemplos: rinovírus, calicivírus; Entéricos: vírus que penetram pela via oral e replicam no trato intestinal; - exemplos: coronavírus, rotavírus; Arbovírus: vírus que replicam e são transmitidos por vetores artrópodos; - exemplos: vírus da encefalites equinas leste e oeste; Vírus oncogênicos: vírus com potencial para induzir transformação celular e tumores nos hospedeiros; - exemplos: retrovírus, papilomavírus. 66 @lilyfazvet Vírus com genoma RNA de sentido positivo (ssRNA+); Vírus com genoma RNA de sentido negativo não-segmentado; Vírus com genoma RNA de sentido negativo segmentado; Vírus com genoma RNA de cadeia dupla; Vírus com genoma RNA que realizam transcrição reversa; Vírus com genoma DNA fita simples; Vírus com genoma DNA fita dupla. Rna+ É um tipo de RNA mensageiro que, ao ser percorrido por ribossomos celulares, induz a produção de proteínas virais; Ele possui uma posição 5’3’ e pode ser lido diretamente pelas estruturas celulares. Rna- É uma molécula transitória; A partir dela são produzidas inúmeras moléculas de RNA+ que são idênticas ao RNA+ original; Portanto, ele serve como modelo para a produção de moléculas de RNA+ e, cada uma dessas moléculas, descenderá do vírus que infectou a célula – esses descendentes parasitarão a célula e se produzirão no interior dela. Como os vírus apenas se replicam em células vivas, uma fonte de células viáveis é necessária para sua propagação; A cultura de tecidos é amplamente utilizada para propagação de vírus; A inoculação de ovos embrionados e de animais experimentais é empregada para isolamento e propagação de vírus específicos; A propagação é requerida para isolamento e identificação de vírus envolvidos em doenças, para titulação de vírus a fim de produzir vacinas e para provisão de estoques a serem utilizados em pesquisas. As infecções virais podem produzir efeitos que variam da latência à morte celular; Elas podem ser produtivas ou não- produtivas, consequências que são influenciadas pela habilidade do vírus em replicar-se efetivamente dentro de determinado tipo de célula; Quando uma célula hospedeira permite que a replicação do vírus continue, é dita como permissiva – a reativação tende a ocorrer quando animais latentemente infectados são submetidos a condições ambientais estressantes. Vírus citopático Os vírus citopáticos são aqueles que matam as células por eles infectadas; Frequentemente, necrose celular é o resultado do efeito cumulativo de várias alterações bioquímicas induzidas pela replicação viral, ocasionando a produção de lesões ultra-estruturais. Vírus não-citopático Vírus como os retrovírus, que geralmente não são citopáticos, não interferem na síntese proteica das células hospedeiras; 67 @lilyfazvet Esses vírus frequentemente produzem infecções persistentes, com alterações progressivas que algumas vezes levam à morte celular. Os vírus podem infectar hospedeiros vertebrados por várias vias; Muitas vezes, os vírus devem primeiramente ligar-se e infectar células na pele ou em outras superfícies corporais; Os vírus podem ser introduzidos no organismo por meio de lesões em superfícies epiteliais, como arranhões, abrasões ou feridas; Eles também podem ser introduzidos por inoculação parenteral, por picadas ou por uso de agulhas contaminadas; No trato respiratório, os agentes infecciosos podem deslocar-se em direção à cavidade oral por atividade coordenada do epitélio ciliado; Os movimentos peristálticos no trato intestinal e a ação do fluxo de urina no trato urinário auxiliam na remoção do agente infeccioso desses sítios anatômicos; Alguns vírus de transmissão venérea podem invadir por meio de abrasões, frequentemente resultantes da atividade sexual, na mucosa uretral ou na vaginal. São vírus mantidos na natureza por meio da transmissão biológica entre hospedeiros vertebrados por artrópodes hematófagos; Os vírus multiplicam-se nos tecidos do vetor artrópode (os vetores artrópodes mais importantes são mosquitos, carrapatos, mosquito-palha e mosquitos- pólvora) e permanecem infectados durante a vida; O termo "arbovírus" não tem status taxonômico, ou seja, é aplicado a vírus pertencentes a várias famílias virais, incluindo: Togaviridae, Flaviviridae, Rtoviridae, Rhabdaviridae, Arenaviridae e Bunyaviridae.
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