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Trabalho de Patol- Grupo 8

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João Victor Fukami, Camila Maiana, Luiz Augusto, Maria da Guia 
Wanderson Pereira Dias
DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Palmas – TO	Comment by Pierre Brandão: Informa-se sigla do estado no caso de cidades homônimas.
2021
 
João Victor Fukami, Camila Maiana, Luiz Augusto, Maria da Guia e
 Wanderson Pereira Dias
DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Trabalho elaborado e apresentado como requisito parcial ap2 para aprovação na disciplina de Patologia e Recuperação das Estruturas pelo curso de Engenharia Civil no Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), ministrada pelo prof. Dr. Fábio Henrique de Melo Ribeiro.
Palmas – TO	Comment by Pierre Brandão: Informa-se sigla do estado no caso de cidades homônimas.
2021
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Bolor em parede externa	6
Figura 2 - Bolor em parede externa	8
Figura 3 - Manchas de umidade em alvenaria	9
Figura 4 - Proliferação de limo	10
Figura 5 - Corrosão e desplacamento do concreto	11
Figura 6 – Corrosão e desplacmento do concreto	12
Figura 7 - Fissuras verticais em viga	12
Figura 7 - Fissura em canto de esquadria	13
Figura 8 - Fissura em canto de esquadria	15
Figura 9 - Trinca em calçada	15
Figura 10 - Fissuras Mapeadas	16
Figura 11 - Fissuras verticais entre pilar e alvenaria	17
Figura 12 - Fissuras verticais entre pilar e alvenaria	18
Figura 13 - Desgaste superficial por abrasão	18
Figura 14 - Desgaste superficial por abrasão	19
Figura 15 – Eflorescencia, estalactite 	20
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
1.1 Objetivos	3
1.3.1 Objetivo Geral	3
1.3.2 Objetivos Específicos	3
2 REFERENCIAL TEÓRICO	4
2.1 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS	4
2.2 VIDA ÚTIL E DURABILIDADE	5
3 DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS	6
3.1 BOlor	6
3.1.1 Situação 01	7
3.1.2 Situação 02	8
3.1.3 Situação 03	9
3.1.4 Situação 04	10
3.2 CORROSÂO	10
3.2.1 Situação 01	11
3.2.1.1 Situação 01.1	12
3.2.2 Situação 02	13
3.3 FISSURA, TRINCA E RACHADURA	14
3.3.1 Situação 01	15
3.3.2 Situação 02	16
3.3.3 Situação 03	17
3.3.4 Situação 04	18
3.3.5 Situação 05	18
3.3 desgaste superficial por Abrasão	19
3.3.1 Situação 01	19
3.3.2 Situação 02	20
CONCLUSÃO	21
REFERÊNCIAS	22
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento em ritmo acelerado da construção civil, para atender uma demanda cada vez crescente por edificações, sejam elas laborais, industriais ou habitacionais, impulsionado pela própria modernização da sociedade, promoveu um grande salto científico e tecnológico de acordo com Ambrósio (2004).
Com esse aumento da construção civil, muitas estruturas mostram desempenho pouco satisfatório, devido, a má utilização dos materiais empregados, imperícias, envelhecimento natural, erros de projetos, falhas involuntárias, ou seja, vários fatores que influenciam para a deterioração das estruturas. A Patologia das Estruturas é a área da Engenharia das Construções que se ocupa do estudo de origens, meios de manifestações, consequências e mecanismos de ocorrência das falhas e dos sistemas de degradação das estruturas. As patologias em edificações são os principais problemas que comprometem a vida útil das construções. 
Um dos materiais mais utilizados na construção de estruturas de concreto é o concreto que se destaca. São essas estruturas que através do seu projeto e execução, irão delimitar o possível surgimento de patologias e a intensidade das mesmas. A deslocação de estruturas é uma realidade comprovada por diversos pesquisadores, ou seja, toda estrutura de concreto tem uma trabalhabilidade. Desta maneira, a mesma está sujeita a inúmeras patologias decorrentes desses processos, sendo elas consequências de problemas de execução e concepção de projeto. 
No momento em que as estruturas começam a demonstrar os primeiros sintomas de algo errado, logo um especialista precisa ser contratado para fazer uma análise do quadro. O trabalho desses profissionais é indispensável, em especial, quando a análise é dificultada pelos revestimentos que envolvem a estrutura.
1.1 Objetivos	Comment by Pierre Brandão: De acordo com Cervo; Bervian (2002, p. 83) “os objetivos que se têm em vista definem, muitas vezes, a natureza do trabalho”. Não obstante a isto, “a definição do(s) objetivo(s) do estudo deve ser clara e concisa. Deve-se informar, de preferência em uma única frase, precisamente aquilo que se pretende estudar” (SPECTOR, 1997, p. 89).
1.3.1 Objetivo Geral
Distinguir e fazer diagnósticos de distintos manifestos patológicos em estruturas de edificações nas construções civis.
1.3.2 Objetivos Específicos
· Revisar a bibliografia a respeito do tema, a fim de construir embasamentos teóricos;
· Efetuar relatório fotográfico das manifestações patológicas encontradas;
· Apontar o tipo de manifestação patológica com seu respectivo diagnóstico.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
	A parte da medicina que estuda as doenças, de acordo com os dicionários de chamado de patologia. Patologia é a “Ciência que estuda todos os aspectos da doença, com especial atenção à origem, aos sintomas e ao desenvolvimento das condições orgânicas anormais e suas consequências” de acordo com o dicionário Michaelis. Na engenharia o termo “patologia” é para estudar nas construções as manifestações, suas origens, seus mecanismos de ocorrência das falhas e seus defeitos que alteram o equilíbrio pré-existente ou idealizado. 
	É indispensável esse conhecimento da patologia para todos que trabalham na construção, indo desde um operário até o engenheiro e o arquiteto. 
	De acordo com VERÇOZA (1991), quando é conhecido o problema e/ou defeitos que uma construção pode vir a apresentar e suas causas, a chance de erro é reduzido significativamente. VERSOZA menciona também que esse conhecimento é tão importante quanto a responsabilidade profissional na construção/obra, ele ainda afirma que as características construtivas modernas favorecem muito o aparecimento de patologias nas edificações. Atualmente, sempre se está à procura de construções que sejam realizadas com o máximo de economia, reduzindo assim o excesso de segurança, em função do conhecimento mais aperfeiçoado e aprofundado dos materiais e métodos de construção.
	O conhecimento preciso de que até que ponto pode se confiar e utilizar um material tem-se a redução do seu consumo. Porém, com isso, o mínimo erro pode gerar inúmeros problemas patológicos. 
A má qualidade da mão-de-obra citada por KLEIN (1999) como favorecimento do surgimento de patologias, de acordo com ele, a vida útil de uma construção irá depender e ser relacionada, assim como o ser humano, aos cuidados que forem tomados na fase de projeto, execução e na sua manutenção. A construção está submetida à ação de diversos agentes agressivos como calor, umidade, ação de ventos, sobrecargas, que irão, com o passar do tempo, produzir sua fadiga e aparecimento de problemas em seus elementos construtivos. 
	Embora há existência de erros de natureza, origem e incidência distintos, as anomalias de comportamento são aquelas que deixam um registro mais visível e durável da má qualidade, ou inexistência dela. Já que a maioria dos erros se origina nas fases de projeto e execução, podem ser adotadas ações para que sejam convenientemente detectados, corrigidos, e, portanto, evitados.
2.2 VIDA ÚTIL E DURABILIDADE
	A vida útil de uma edificação é definida pela vida útil de seus constituintes segundo FLAUZINO, 1988.  Nessas condições, um componente ou elemento estrutural, cuja reposição ou manutenção seja, complexa deve possuir vida útil à da edificação. portanto, um componente sem função estrutural pode apresentar vida útil inferior à da edificação, desde que os serviços de manutenção sejam de fácil execução.
	O prognóstico de vida útil, manutenção e reposição dos componentes adquire importância uma vez que o custo global da edificação, constituindo pela somatória dos custos de produção, manutenção e operação, deve ser adequadamente estimado nas etapas iniciais do empreendimento, a fim de fundamentar a tomada de providências. 
	Apesar de a maior parte das patologias surgidas
ao longo da vida útil da edificação tenha origem na fase de produção (HAMMARLUND & JOSEPHSON, 1992; ABRANTES, 1995), “a ausência de pesquisas avaliativas sistemáticas dos ambientes construídos em uso faz com que exista um distanciamento enorme entre as causas e consequências, perdendo-se, portanto, o controle global da qualidade do processo” (ORNSTEIN, 1992).
	De acordo com a NBR 6118 (2014, p.15):
6.2.1 Por vida útil de projeto, entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as características das estruturas de concreto, sem intervenções significativas, desde que atendidos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor (conforme 7.8 - Inspeção e manutenção preventiva e 25.3 - Manual de utilização, inspeção e manutenção), bem como de execução dos reparos necessários decorrentes de danos acidentais. 
6.2.2 O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma, determinadas partes das estruturas podem merecer consideração especial com valor de vida útil diferente do todo, como, por exemplo, aparelhos de apoio e juntas de movimentação.
6.2.3 A durabilidade das estruturas de concreto requer cooperação e atitudes coordenadas de todos os envolvidos nos processos de projeto, construção e utilização, devendo, como mínimo, ser seguido o que estabelece a ABNT NBR 12655, sendo também obedecidas as disposições de 25.3 com relação às condições de uso, inspeção e manutenção.
 
	Durabilidade como a capacidade de uma edificação manter sua funcionalidade ao longo do tempo, perante condições de uso e manutenção especificadas é uma definição da ABNT NBR 15575 (2013).
	A durabilidade tem como característica a avaliação do desempenho dos materiais perante exposição à fatores ambientais que trazem alterações nas suas propriedades ao longo do tempo, ou seja, o conceito é diretamente relacionado com a vida útil da estrutura, uma vida útil longa representa alta durabilidade de acordo com VILLANUEVA (2015).
Tabela 1 – Principais fatores que influenciam na durabilidade
	Fatores que influenciam a durabilidade
	Materiais
	Projeto
	Condições de uso
	Manutenção
	Condições de exposição
Fonte: Adaptado de Villanueva (2015)
3 DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Estudo sobre manifestações patológicas em edificações comerciais e residenciais na cidade de Palmas –TO.
3.1 BOlor
A exposição constante de uma estrutura a umidade propicia o aparecimento de fungos filamentosos chamados de bolor. Estes necessitam de ambientes pouco ventilados, ou sem a presença de iluminação solar para se instalarem na estrutura.
3.1.1 Situação 01
	 Figura 1 – Bolor em parede externa
Fonte: Autores, (2021)
	
a) Inspeção
 Inicialmente foi observada a manifestação patológica, verificando que há a presença de bolor nas paredes da edificação. Logo foi possível supor um diagnóstico sobre o bolor existente na mesma.
b) Diagnóstico das causas
	A causa da presença do bolor se dá devido à um possível vazamento na rede hidráulica. Após retirar reboco e parte do bloco cerâmico da parte interna da edificação, observou-se que parte da rede interna da edificação está danificada, ocasionando constante vazamento de água, propiciando local ideal para a proliferação de fungos, mesmo havendo incidência solar, a falta de manutenção, a constante presença de umidade e os compostos do concreto auxiliam no aparecimento dos bolores.
c) Reparos
	Para mitigar o bolor, a umidade deve ser tratada, ou seja, a tubulação que é antiga deve ser trocada por uma nova. A parede danificada deve ser lavada com hipoclorito de sódio, para remover o bolor, e o reboco danificado, este foi totalmente refeito e posteriormente pintado com tinta para ambientes internos e externo para a parte do vizinho (figura1).
3.1.2 Situação 02
Figura 2 - Bolor em parede externa de edificação
Fonte: Autores, (2021).
a) Inspeção 
Logo após observar a edificação representada na figura 2, viu-se várias manchas de umidade no edifício. Foi realizada uma pesquisa com alguns comerciantes no entorno da obra para ter noção do tempo que a construção está parada.
b) Diagnóstico das causas
Logo após realizada a pesquisa com os comerciantes próximos a edificação, foi possível ter ciência que o prédio está com as obras paradas a mais de 3 anos, com muita incidência de chuva e consequentemente umidade, no período de inverno é grande o aparecimento de manifestações patológicas por fungos do tipo bolor. Devido à falta de revestimento impermeabilizante nas paredes e a exposição a chuva, faz com que apareçam as manhas de bolor, salientando ainda que os blocos cerâmicos estão totalmente expostos, o que torna mais suscetível ainda a estrutura as manchas de umidade.
c) Reparos
Inicialmente observa-se se há fissuras nas superfícies das paredes, como não há, deve-se limpar as áreas afetadas com hipoclorito de sódio, posteriormente realizar a impermeabilização superficial e executar todo o revestimento. 
3.1.3 Situação 03
Figura 3 - Manchas de umidade em alvenaria
Fonte: Autores (2021).
a) Inspeção
	Foi observada a presença de manhas de umidade em local especifico da parede de alvenaria, as manchas estão dispostas no sentido horizontal da alvenaria.
b) Diagnóstico
	As manchas presentes na alvenaria possivelmente são devidas de vazamento hidráulico em tubulação, podendo ocasionou aparecimento de bolor, pois a área com as manchas está submetida a intensa presença de umidade
c) Reparos 
	Para reparar a manifestação patológica deve-se mitigar o vazamento hidráulico, limpar as áreas afetadas pelo bolor com hipoclorito de sódio e refazer a pintura local.
3.1.4 Situação 04
Figura 4 - Proliferação de limo
Fonte: Autores (2021).
a) Inspeção
	Observa-se a presença de vegetal em calçada de residência, nota-se ainda a presença de umidade. Segundo a moradora da residência a presença da manifestação patológica é constante no período de chuva.
b) Diagnóstico
	A calçada em questão está submetida a grande quantidade de umidade devido falhas no sistema de drenagem da residência, nota-se ainda que a calçada recebe pouca incidência solar, o que intensifica a proliferação dos vegetais denominados limo. 
c) Reparos
	Para mitigar o problema da proliferação do limo deve-se remover todo a vegetação. Como há bolor, deve-se limpar com hipoclorito de sódio e solucionar o problema de drenagem, reposicionando calhas para que a agua pluvial seja descarregada fora da calçada. 
3.2 CORROSÂO
	As manifestações patológicas advindas da corrosão devem ter cuidados especiais, pois podem representar grande risco a estrutura. O processo de propagação da corrosão está relacionada com a porosidade do concreto ou a facilidade da agua infiltrar no concreto e chegar as armaduras, que sofrem o processo de oxi-redução, um processo expansivo que causa degradação do concreto, pois as armaduras sofrem aumento de tamanho e ocasionam as fissuras além do comprometimento da resistência do aço e posteriormente perda de seção. 
3.2.1 Situação 01
	Figura 5 - Corrosão e desplacamento do concreto
Fonte: Autores (2021).
	
1. Inspeção 
	Após observar a viga baldrame da edificação apresentada na figura 5, foi possível identificar exposição das armaduras, existência de fissuras, desplacamento do concreto e dos agregados. E ao ser realizado pesquisa com o proprietário, o mesmo afirmou que as fissuras na edificação aparecem constantemente.
1. Diagnóstico
	Nota-se visivelmente a exposição das armaduras da viga baldrame e uma grande parte de concreto desintegrado da estrutura, possivelmente o concreto utilizado para confecção das peças estruturais é de baixa qualidade, ou seja, o concreto é mais poroso permitindo a entrada de água e oxigênio propiciando a reação de oxi-redução, responsável pela corrosão das armaduras, este processo é ainda acelerado devido as altas temperaturas em Palmas, o que torna ainda mais acelerada a propagação da manifestação patológica.
1. Reparos
	Incialmente deve ser extraído um testemunho e este
deve ser submetido a ensaio de resistência a compressão, se este tiver resistência necessária para desempenhar sua função estrutural, deve-se limpar a área em que houve desplacamento do concreto, verificar se os agregados expostos estão soltos, realizar limpeza do aço com jato de ar comprimido, aplicar primer anticorrosivo e concretar novamente as partes afetadas. Se o concreto não tiver resistência suficiente, deve-se refazer toda a concretagem da viga baldrame caso haja possibilidade.
3.2.1.1 Situação 01.1
Figura 6 - Corrosão e desplacamento do concreto
Fonte: Autores (2021).
a) Inspeção 
Após observar o pilar da edificação, demonstrado na figura 6, foi possível identificar exposição das armaduras, existência de fissuras, desplacamento do concreto e dos agregados.
b) Diagnóstico
Percebe-se visivelmente a exposição das armaduras do pilar e uma grande parte de concreto desintegrado da estrutura, possivelmente o concreto utilizado é mais poroso permitindo a entrada de água e oxigênio propiciando a reação de oxi-redução, responsável pela corrosão das armaduras, este processo é ainda acelerado devido as altas temperaturas em Palmas, o que torna ainda mais acelerada a propagação da manifestação patológica.
1. Reparos
	Incialmente deve ser extraído um testemunho e este deve ser submetido a ensaio de resistência a compressão, se este tiver resistência necessária para desempenhar sua função estrutural, deve-se limpar a área em que houve desplacamento do concreto, verificar se os agregados expostos estão soltos, realizar limpeza do aço com jato de ar comprimido, aplicar primer anticorrosivo e concretar novamente as partes afetadas. Se o concreto não tiver resistência suficiente, deve-se refazer toda a concretagem da viga baldrame caso haja possibilidade.
	3.2.2 Situação 02
Figura 7 - Fissuras verticais em viga
Fonte: Autores (2021).
a) Inspeção
	A viga apresentada acima na figura 7 possui várias fissuras e trincas ao longo de toda a peça estrutural. Nota-se que há trincas horizontais na parte inferior da peça e fissuras verticais na região dos estribos.
b) Diagnóstico
	A viga apresentada na figura 7 possui várias manifestações patológicas, onde um problema desencadeou outros vários. Nota-se que há fissuras na parte superior da estrutura de forma vertical, onde possivelmente a viga sofreu o efeito da retração plástica, salientando que o clima é seco, ensolarado e há ocorrência de ventos, o que propicia esta manifestação patológica. Ressalta-se ainda que há barras de aço fixada na viga para sustentação dos trilhos do portão e devido as altas temperaturas ambiente e a diferente forma de expansão e retração do aço e do concreto, podem ocasionar as trincas existente na parte inferior da viga disposta de forma horizontal, o que pode agravar ainda mais com a penetração de umidade na estrutura a partir das fissuras por retração plástica e nas trincas, propiciando o processo de corrosão que é expansivo e gera as trincas horizontais. 
c) Reparos 
Devido a presença de umidade na peça estrutural deve-se realizar ensaios de resistência para verificar se há comprometimento da resistência, provavelmente não haverá, então deve fazer a limpeza da viga com hipoclorito de sódio para remover os fungos (bolor e limo), posteriormente deve-se verificar se houve comprometimento da seção da armadura devido ao processo de corrosão, remover toda a área de concreto no comprimento da trinca inferior e refazer a concretagem, as outras fissuras devem ser tratadas com inserção de argamassa de reparo, posteriormente a viga deve ser impermeabilizada e refeito revestimento com pintura para ambiente externo. Nas partes da viga que há presença de aço para sustentação dos trilhos dos portões devem ser feitas juntas para não haver novas fissuras. 
3.3 FISSURA, TRINCA E RACHADURA
	As fissuras, trincas e rachaduras são manifestações patológicas muito constantes na engenharia civil, estas possuem várias causas e tipos de tratamentos. As fissuras podem ocasionar a estrutura desde problemas estéticos até mesmo o comprometimento estrutural. Para mitigar as fissuras deve-se antes fazer uma classificação destas, quanto ao seu tamanho, se são mapeadas ou geométricas, ativas ou passivas.
	Geométricas: Podem atingir elementos da alvenaria (blocos e tijolos) quanto em suas juntas de assentamento. Se verticais, podem ser em razão de variação hidrotérmica do componente entre a alvenaria e a estrutura, ou nos pontos onde deveriam ter sido previstas juntas de dilatação. Essas fissuras podem romper ou não os elementos da alvenaria. 
Mapeadas: Apresentam-se em forma de mapa e, normalmente, são superficiais. Podem formar-se em razão da retração de argamassas, por excesso de finos no traço (de aglomerantes ou finos do agregado), ou por excesso de desempenamento.
	Ativas: Apresentam variações sensíveis de abertura e fechamento, e, se estiverem relacionadas à variação de temperatura e umidade (sazonais), embora sejam ativas, não apresentam possibilidade de problemas estruturais. No entanto, se apresentarem-se como uma abertura crescente (progressiva), podem apresentar problemas estruturais.
	Passivas: Apresentam-se como fissuras que se estabilizam, causadas por solicitações que não apresentam variações consideráveis ao longo do tempo.
3.3.1 Situação 01
Figura 8 - Fissura em canto de esquadria
Fonte: Autores (2021). 
Figura 9 - Fissura em canto de esquadria
Fonte: Autores (2021). 
1. Inspeção
	Foi observada a existência de fissuras nos cantos das esquadrias, as trincas estão dispostas a 45º nos cantos das aberturas. 
1. Diagnóstico
	A esquadria possui fissura à 45 graus, e segundo a proprietária o comprimento da trinca aumenta gradativamente, o que já é possível classificar como uma fissura ativa. A manifestação patológica possivelmente está ligada a falta de verga e contra verga na abertura, falta de projeto estrutural da edificação e alta temperatura ambiente.
1. Reparos
	Para sanar a manifestação patológica em questão, deve-se inserir na abertura as vergas e contra vergas. 
3.3.2 Situação 02 
Figura 10 - Trinca em calçada
Fonte: Autores (2021). 
a) Inspeção
Foi analisada a trinca apresentada na figura 10, para diagnosticar a manifestação patológica. Durante a inspeção observou-se que a calçada está exposta a radiação solar todo o período da tarde, observou-se ainda que a superfície de concreto compreende cerca de 8 m x 3 m. Por meio da visita foi possível observar que só havia esta trinca na calçada, disposta transversalmente em relação ao seu comprimento.
b) Diagnóstico
Como a calçada está submetida a temperaturas que variam entre 22ºC e 39ºC, a estrutura sofre com a retração e dilatação térmica e como a área concretada é relativamente grande e não há junta de dilatação, ocorrem as fissuras que avançam conforme a variação térmica, ocasionando a trinca referenciada na figura 8.
c) Reparo
	Para mitigar a manifestação patológica em questão, deve-se cortar toda a parte da calçada no entorno da trinca e refazer o concreto. Devem ser feitas juntas de dilatação a cada 2 m², para garantir que não haja aparecimento de fissuras e trincas, deve-se impermeabilizar o piso para evitar infiltração e consequentemente o aparecimento de outras manifestações patológicas.
3.3.3 Situação 03
Figura 11 - Fissuras Mapeadas
Fonte: Autores (2021). 
a) Inspeção
	Aparecimento de fissuras em parede de alvenaria, estas são classificadas como mapeadas e segundo o proprietário do imóvel, as fissuras estão cada vez maiores, ou seja, é classificada como ativa. 
b) Diagnóstico
	As fissuras presentes na alvenaria de vedação, podem estar relacionadas com a variação térmica e a constante presença de umidade na parede, ou ainda, a qualidade dos materiais empregados na confecção da alvenaria, não cumprimento do tempo de endurecimento, propiciado pela incorreta cura da argamassa, salientando a grande variação térmica existente em Palmas – TO. As figuras apresentadas são ocasionadas devido a retração hidráulica, ou seja, perda brusca de umidade, deficiente mão-de-obra de execução do revestimento,
variações de temperaturas e clima seco.
c) Reparos
	Para reparar o revestimento deve-se realizar o restauro com pintura acrílica, ou aplicação de tela de poliéster ou refazer o revestimento atendendo as exigências para correta execução do revestimento. 
3.3.4 Situação 04
	Figura 12 - Fissuras verticais entre pilar e alvenaria
Fonte: Autores (2021). 
	Figura 13 - Fissura vertical entre pilar e alvenaria
Fonte: Autores (2021).
a) Inspeção
	A manifestação patológica observada nas figuras 12 e 13 são classificadas como fissuras e segundo a proprietária da residência, as fissuras foram aumentando gradativamente, o que a classifica como ativa, ou seja, está em constante movimentação, salienta-se ainda que a parede está submetida a radiação solar durante todo período da tarde.
b) Diagnóstico
	Observa-se que as fissuras estão dispostas verticalmente e estas estão localizadas no encontro entre a alvenaria e o pilar. As causas podem ser devido a diferente movimentação térmica do aço e a alvenaria, falta de ligação entre pilar e alvenaria e falta de ferro cabelo.
c) Reparos
	Para reparar a manifestação patológica deve-se quebrar todo o encontro entre alvenaria e pilar e inserir o ferro cabelo, para garantir amarração entre as duas estruturas.
3.3 desgaste superficial por Abrasão
	Revestimentos submetidos a frequente exposição de cargas e atrito tendem a sofrer o desgaste superficial por abrasão, tendo como características o desgaste da argamassa e desprendimento dos agregados, comprometendo a função da estrutura.
3.3.1 Situação 01
Figura 14 - Desgaste superficial por abrasão
Fonte: Autores (2021).
a) Inspeção
	Nota-se, a partir da figura 14 que há desgaste na superfície de concreto e consequentemente perda de argamassa, o que faz com que os agregados fiquem expostos, podendo estes se desprenderem da estrutura. Este tipo de manifestação patológica é bem comum em áreas onde há constante tráfego de veículos. 
b) Diagnóstico 
	A manifestação patológica em questão pode estar associada a falhas de execução do pavimento, ou falta de controle tecnológico na execução da concretagem, ou ainda utilização de materiais de baixa qualidade.
c) Reparos
	Para o reparo do pavimento, é importante a utilização de graute, pois preenche melhor os vazios existentes e garante uma melhor aderência entre o concreto e agregado já existentes e o novo, ou ainda a utilização de argamassa de reparo, salientando que a superfície deve ser previamente limpa, garantindo que não haja a presença de materiais pulverulentos.
3.3.2 Situação 02
Figura 15 - Eflorescência, Estalactite
Fonte: Autores (2021).
a) Inspeção
	Nota-se, a partir da figura 15, que foi constatado na inspeção a formação de estalactites. Devido a lixiviação na peça estrutural, esse processo ocorre devido ao teor de hidróxido de cálcio na presença de água e é comum em ambientes com alta umidade e contato com a água.
CONCLUSÃO
	Com base nas observações e análises das manifestações patológicas retratadas antecedentemente, foi possível identificar as mais diversas formas de problemas na engenharia civil, sejam estes causados pela utilização de materiais de baixa qualidade, incorreta execução de projetos, mão-de-obra desqualificada e entre outros.
	Observa-se ainda que as teorias esclarecidas em sala de aula semipresencial puderam ser colocadas em prática durante a realização desta pesquisa, ficando mais simples a associação do acadêmico entre os conteúdos com o que é de fato os problemas reais, tendo ainda que haver uma certa dedicação para realizar pesquisas, para realmente conseguir identificar, diagnosticar e mitigar as manifestações patológicas apresentadas nesta pesquisa.
	A ciência que deve ser continuamente estudada a fim de evitar deficiências na engenharia civil é a patologia das estruturas, evidencia-se ainda que as manifestações patológicas abrangem uma série de causas, que muitas vezes são difíceis de serem percebidas e solucionadas e que muitas implicam as estruturas problemas estéticos que não possuem comprometimento estrutural ou ainda os grandes problemas que podem levar parte estruturais a colapsar. Portanto, faz-se necessário planejar bem as obras de engenharia com uma garantia de correta execução e utilização de materiais e mão-de-obra de qualidade, com a finalidade de minorar as manifestações patológicas.
REFERÊNCIAS
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 15575: Desempenho de edificações habitacionais – 2013.
FLAUZINO, W. D. Durabilidade de materiais e componentes das edificações. In: Tecnologia de edificações. São Paulo: PINI/IPT, 1988.
VILLANUEVA, M. M. A importância da manutenção preventiva para o bom desempenho da edificação. Rio de Janeiro: UFRJ / Escola Politécnica, 2015.
AMBRÓSIO, Thais da Silva. Patologia, tratamento e reforço de estruturas de concreto no metrô de São Paulo. Trabalho de conclusão de curso: São Paulo, 2004.
ARIVABENE, Antonio Cesar. Patologias em Estruturas de Concreto Armado Estudo de Caso. Vitória, ES – 2015.
DE SOUSA, Marcos Ferreira. Patologias ocasionadas pela umidade nas edificações – 2008.
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento, 2014.
Dicionário Michaelis. Disponível em http://michaelis.uol.com.br. Acessado em 16 de maio de 2021 
KLEIN, D. L. Apostila do Curso de Patologia das Construções. Porto Alegre, 1999 - 10° Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. 
ORNSTEIN, Sheila; ROMÉRIO, Marcelo (colab.). Avaliação pós-ocupação do ambiente construído. São Paulo: Studio Nobel: EDUSP, 1992.
GRILO, Leonardo Melhorato; CALMON, João Luiz. Falhas externas em edificações multifamiliares segundo a percepção dos usuários. In: VIII Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído - ENTAC. Cód. 385. Salvador, 2000. apud COSTA E SILVA, 2008.
VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra, 1991.
HAMMARLUND, Y.; JOSEPHSON, P.E.. Cada erro tem seu preço. Trad. de Vera M. C. Fernandes Hachichi.

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