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1 RONALDO BITENCOURT LOURENÇO JUNIOR 8094339 PORTFÓLIO CICLO 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA PROFESSORA: RENATA ANDRÉA FERNANDES ANA MARIA TASSINARI BELÉM – PÁ 2021 2 Negligência Na antiguidade talvez a característica mais marcante dessa fase, seja a exclusão total marcada pela cultura greco-romana dos padrões de beleza, muitos deficientes eram excluído, perseguidos e até mortos principalmente em Esparta onde se precisava de guerreiros sadios; eles acreditavam que crianças com deficiência eram consideradas sub-humanas justificando assim sua eliminação conforme Pessoti (1984). Platão e Aristóteles, grandes filósofos em suas épocas, também aconselhavam o povo em favor do abandono das pessoas deficientes. O teocentrismo julgavam os deficientes como pessoas possuídas pelo demônio, ou seres sobrenaturais, acreditava-se que eram pessoas sem alma, a partir do momento em que se recolhesse o deficiente como individuo possuidor de alma entra em ação a obras caridosas que buscavam uma espécie de redenção e salvação da alma, más por parte do ajudador do que enfim, daquele que era ajudado, nesse período surge as primeiras casa de apoio e acolhimento dos deficientes. 3 Institucionalização Com o surgimento das casa de apoio no fim da idade média surge também as Santa Casas De Misericórdia, a partir daí começa o processo de institucionalização na transição da idade média para idade moderna e o feudalismo passando para o capitalismo, teocentrismo para o antropocentrismo e mesmo com a burguesia em ascensão os deficientes não obtiveram um progresso, continuando à depender de obras assistencialistas apesar do avanço na medicina que começa a compor uma visão organicista da deficiência o que transforma o deficiente em doente, desse modo surge uma explicação cientifica para a deficiência. No fim do século 18 apesar de ser um dos poucos fatos isolados desta época, “Pinel modificou a estrutura dos hospitais psiquiátricos, soltando das correntes os loucos internados" (AMIRALIAN, 1986). A primeira instituição criada para educação de surdos mudos foi na França em 1770, por Charles M. Eppée, após esse feito veio então a escola para deficientes visuais em 1784, Institute Nationale des Jeunes Aveugles (Instituto Nacional dos Jovens Cegos), por Valentin Hauy. A partir do século 19, a área da deficiência mental passou a ser bastante interessante para alguns médicos e cientistas entre eles o médico Jean Marc Itard, que foi 4 o precursor no tratamento mental, ainda no sul da França em 1800. No século 20 os norte-americanos criam as classes especiais nas escolas públicas por volta de 1940, com os movimentos de pais de crianças deficientes em busca de uma nova legislação de pesquisa que tinha como prioridade um treinamento especifico profissional e atendimento escolar capacitado para atender crianças e jovens com diversas deficiências. As duas guerras mundiais trouxeram um grande número de pessoas mutiladas para à Europa, e à partir desse período houve um avanço significativo na institucionalização da educação de deficientes, evoluindo o sistema de saúde e educação com adaptações para o cenário da época, diminuindo assim as diferenças entre pessoas com e sem deficiências. A educação especial no Brasil não era diferente da Europa e Norte-Americanos, falando das fases que caracterizaram a concepção de deficiência. Enquanto na Europa a sociedade medieval era deixada para trás e dava-se início ao pensamento moderno, o Brasil apenas estava por começar sua história. 5 Criação de serviços educacionais De acordo com “Mazzotta (2005)” iniciou-se na Europa, em 1770, na França na cidade de Paris, a partir da invenção do método de sinais, Charles M. Eppée cria uma instituição destinada a complementar o alfabeto manual para deficiente visual, em 1784, já no auxilio direto com os deficientes, Valentin Hauy, foi o fundador do “Institute Nationale des Jeunes Aveugles” (Instituto nacional para jovens cegos). Já no século 19, por volta da metade do século no Brasil buscava-se criar instituições educacionais de deficientes físicos e mentais e em menos de um século foram criados diversos institutos, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, tais como: Imperial Instituto dos Meninos Cegos, Rio de Janeiro 1854. Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, Rio de Janeiro 1857. Início da assistência aos deficientes mentais no Hospital Estadual de Salvador, hoje denominado Hospital Juliano Moreira 1874. O Imperial Instituto dos Meninos Cegos passa a chamar-se Instituto Nacional dos Cegos 1890. O Instituto Nacional dos Cegos passa a chamar-se Instituto Benjamin Constant 1891. Criação, no Rio de Janeiro, da Escola Rodrigues Aves, estadual regular para deficientes físicos e visuais 1905. 6 Fundação, no município de Joinville, do Colégio dos Santos Anjos, de ensino regular e particular com atendimento a deficientes mentais 1909. Criada, em Minas Gerais, na capital Belo Horizonte, a Escola Estadual São Rafael, especializada em ensino de cegos 1925. No século 20 ainda se pode ver diversas instituições sendo criadas lentamente no Brasil até o ano de 1950, no fim dessa década houve uma transformação no Brasil chamada “Era da Educação”. Em 1960 seguindo essa transformação significativa é criada à “Campanha para a Educação do Surdo Brasileiro (CESB), seguida da Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes Mentais (CADEME)”. As instituições que antecedem essa são:” Instituto Pestalozzi em 1926, na cidade de Porto Alegre, sendo transferido para Canoas no ano seguinte, como internato especializado no atendimento de deficientes mentais. Fundação, na cidade de São Paulo, do Instituto de Cegos Padre Chico em 1927, escola residencial que atende crianças com deficiência visual em idade escolar. Fundação, na cidade de Campinas em 1929, do Instituto Santa Terezinha; sendo em 1933 transferido para a cidade de São Paulo. Atendeu alunos com deficiência auditiva. Até 7 o ano de 1970, funcionou em regime de internato para meninas com deficiência auditiva. 1931, Registro do início do atendimento especializado, com propósitos educacionais, a deficientes físicos, em São Paulo na Santa Casa de Misericórdia. 1932 Fundação da Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, graças ao trabalho da Professora Helena Antipoff. 1935 Criado, em Belo Horizonte, o Instituto Pestalozzi. 1936 Criada a Fundação Dona Paulina de Souza Queiroz, particular especializada em deficientes mentais. 1943 Criada a instituição especializada particular Lar-Escola São Francisco para atender deficientes físicos, particular, sediado na cidade de São Paulo. 1944 Criado, na cidade de Taubaté-SP, o Instituto São Rafael, particular e especializado no atendimento de deficientes visuais. 1948 Fundação no Rio de Janeiro da Sociedade Pestalozzi do Brasil, também, por iniciativa da Professora Helena Antipoff. Criado, na cidade de São Paulo, o Instituto Estadual de Educação Padre Anchieta, com atendimento a pessoas com deficiência auditiva. 1950 Fundada, em São Paulo, a Associação de Assistência à Criança Defeituosa (AACD). Instituição particular 8 especializada no atendimento e deficientes físicos, de modo especial aos portadores de paralisia cerebral e pacientes com problemas ortopédicos. 1952 Fundada, em São Paulo, a Sociedade Pestalozzi de São Paulo. 1954 Fundada, na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Educacional São Paulo, particular e especializada no ensino de crianças deficientes auditivas. 1954 O Imperial Instituto dos Surdos- Mudos passa a denominar-seInstituto Nacional de Educação de Surdos (INES). 1957 Fundado, na cidade de São Paulo, a primeira Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE). 1961 Fundada, na cidade de São Paulo, outra Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE)”. Muitas dessas instituições foram segregacionistas por muito tempo, mas apesar disso, foi uma conquista importante para os pais e familiares das pessoas com necessidades educacionais especiais. A criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), pelo Decreto no 72.425, do Presidente Emílio Garrastazu Médici, em julho de 1973. Para promover em todo o Brasil, a melhoria do atendimento às pessoas com deficiências e necessidades educacionais especiais. Com isso extinguiu- se as Campanhas Nacional de Educação de Cegos (CESB) e a Campanha Nacional de 9 Educação e Reabilitação de Deficientes Mentais (CADEME). 10 Atualidade Atualmente no Brasil, a educação inclusiva se adapta conforme os recursos de cada estado, por isso ainda não possui um modelo especifico que seja de acordo com nossa realidade, devido à falta de políticas públicas que visam sanar esses problemas, a formação dos nossos professores é precária, o estado nos proporcionam péssimas condições de estrutura escolar. Cada município tem sua característica de ensino conforme seu orçamento e disposição política de prefeitos e vereadores no investimentos de recursos na área da educação de deficientes de nível especial. Essa falta de adequação de alguns municípios à uma política inclusiva de modelo único para o Brasil na educação inclusiva, levando em conta também o atual período pandêmico em que estamos passando e diversas áreas que devem ser aprimoradas para que haja uma concordância geral num sistema igualitário, ainda me parece um certo vislumbre que pode estar longe de acontecer.
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