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MONITORIA DE ANATOMIA TOPOGRÁFICA VETERINÁRIA MONITORIA DE ANATOMIA TOPOGRÁFICA VETERINÁRIA SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Katiane Carvalho Colombo É formado por: Testículos Ductos excretores (genitais) Glândulas acessórias Pênis Os órgãos constituintes contribuem para a formação primária, a reprodução. As funções do sistema reprodutor masculino são: A produção e o transporte de espermatozoides. Secreção de fluídos. Deposição de sêmen no trato feminino. O órgão copulador também transporta urina para o ambiente externo. São órgãos pares que produzem as células germinativas masculinas e também andrógenos (testosterona) e estão contidos num divertículo do abdome denominado de ESCROTO ou BOLSA ESCROTAL, juntamente com o EPIDÍDIMO. Dependendo da espécie a forma dos testículos variam de oval para esférico e variando também consideravelmente de tamanho, sendo que normalmente o esquerdo é maior. Os testículos dos machos ovino, caprino e suíno são relativamente grandes, e os dos carnívoros são relativamente pequenos. O tamanho no equino é de 10 a 12 cm de comprimento, 6 a 7 cm de altura e 5 cm de largura. As alterações sazonais no tamanho testicular observado em espécies selvagens estão ausentes nos mamíferos domésticos. Cada testículo apresenta duas extremidades, duas bordas e duas superfícies: Extremidade capitada ⇒ é a extremidade do testículo associada com a cabeça do epidídimo. Extremidade caudada ⇒ é a extremidade associada com a cauda do epidídimo. As extremidades capitada e caudada são arredondadas. A extremidade caudada pode estar caudal (equinos), ventral (bovinos) ou mesmo levemente dorsal (suínos e carnívoros). Borda de inserção ou epididimária ⇒ borda na qual o epidídimo está inserido, e onde o testículo está suspenso no escroto pelo funículo espermático. Borda livre ⇒ borda oposta à de inserção, é ventral e convexa. Faces lateral e medial ⇒ as superfícies são convexas, sendo que a medial é um pouco achatada pelo contato com o septo escrotal. A orientação do testículo dentro do escroto varia com a espécie. Envoltórios testiculares: Os testículos estão envoltos em uma cápsula denominada TÚNICA ALBUGÍNEA composta por tecido conjuntivo denso. A túnica albugínea é contínua com o tecido conjuntivo frouxo do mediastino testicular no polo anterior do testículo. Ele envolve a rede testicular (rete testis). A túnica albugínea também é contínua com o tecido conjuntivo frouxo dos septos testiculares. Estes septos dividem o testículo em lóbulos (lóbulos testiculares). Os testículos são órgãos exócrinos e endócrinos combinados. A porção exócrina está relacionada a produção de espermatozoides. A porção endócrina é representada pelas células de Leidig e pelas células de sustentação de Sertoli. Células intersticiais de Leidig ⇒ As células intersticiais ocupam espaços entre os túbulos seminíferos. Função ⇒ realizar a síntese de hormônios masculinos (testosterona). Entre as principais funções da testosterona estão: promover o comportamento sexual normal. desenvolver e manter a função das glândulas acessórias masculinas e as características sexuais secundárias. facilitar a ação, juntamente com o FSH e LH na espermatogênese. O parênquima testicular consiste em emaranhados de túbulos seminíferos (rede testicular) que se reúnem para formar os ductos eferentes. Túbulos seminíferos ⇒ Consiste em dois diferentes tipos celulares básicos: Células de sustentação Células de sustentaculares ou células de Sertoli Funções ⇒ nutritivas, protetoras e de sustentação para as células espermatogênicas. Além disso fagocitam espermatozoides em degeneração e corpos residuais destacados das espermátides. Liberam os espermatozoides para o lume dos túbulos seminíferos. São intermediárias na ação dos hormônios gonadotróficos sobre as células germinativas e participam na sincronização das ocorrências espermatogênicas. Células espermatogênicas. Vias espermáticas ou vias genitais masculinas ⇒ São os condutos que permitem a excreção do sêmen desde a porção terminal dos tubos seminíferos até o meato urinário. Compreendem um grupo de canais puramente sexuais e uma outra parte mista. São os tubos retos, muito curtos, que dão início às vias espermáticas, indo desaguar na RETE TESTIS, malha de tubos também de localização intra-testicular. A seguir vem os canais eferentes, que saem do testículo e vão até o ducto epididimário. O epidídimo é um órgão delgado que está em relação íntima com os polos e um dos bordos do testículo e apresenta cabeça, corpo e cauda, segue-se o ducto deferente. Na maioria das espécies, o ducto deferente apresenta, na extremidade terminal uma dilatação denominada AMPOLA DE HENLE OU AMPOLA DO CONDUTO DEFERENTE. A excreção espermática acontece pela uretra, conduto comum para excreção urinária, que representa uma porção intra- pélvica e uma outra extra pélvica. Túbulos retos ⇒ Os túbulos retos ligam os túbulos seminíferos a rede testicular. Os túbulos retos são revestidos por um epitélio simples cúbico ou pavimentoso. Rede testicular ⇒ Canais irregularmente anastomosantes, circundados por tecido conjuntivo frouxo do mediastino testicular, representam a rede testicular. Ela é forrada por um epitélio simples cúbico ou simples pavimentoso. No touro o epitélio pode ser pseudoestratificado cúbico de duas camadas. Ductos eferentes ⇒ Entre 12 e 25 ductos eferentes originam-se da rede testicular. São forrados por um epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado. As células ciliadas ajudam a deslocar o espermatozoide no sentido do ducto epididimário. As células não ciliadas e dotadas de microvilos estão provavelmente envolvidas com o processo de reabsorção, enquanto outras possuem atividade excretora. O ducto eferente e as partes iniciais do ducto epididimário constituem a cabeça do epidídimo. Epidídimo ⇒ O epidídimo consiste em um longo ducto epididimário e em ductos eferentes, que ligam a rede testicular ao ducto epididimário. Macroscopicamente, o epidídimo é dividido em cabeça, corpo e cauda. Está circundado por uma espessa túnica albugínea formada por Tecido conjuntivo denso. O corpo do epidídimo tem função específica no processo de maturação dos espermatozoides. A cauda do epidídimo é o principal local de armazenamento para os espermatozoides. A cauda do epidídimo está inserida por um tecido firme que é o ligamento próprio do testículo na extremidade caudada do testículo e pelo ligamento da cauda do epidídimo na camada parietal da túnica vaginal. A cabeça do epidídimo consiste de um número variável de ductos eferentes conforme a espécie. Os ductos eferentes passam da rede testicular do testículo para da cabeça do epidídimo, perfurando a túnica albugínea na extremidade capitada. No epidídimo, os ductos começam muito tortuosos e estão arranjados em lóbulos em forma de cunha os quais estão separados por tecido conjuntivo. Os túbulos dos lóbulos se unem para formar um único tubo que se denomina de DUCTO DO EPIDÍDIMO. Este ducto passa para cauda do epidídimo onde é contínuo com o ducto deferente. Funículo (cordão) espermático ⇒ Preenche a porção proximal estreita da túnica vaginal parietal. Lembra um cone delgado e se insere na extremidade dorsal do testículo e sua extremidade proximal estreita é o anel vaginal. Apresenta os seguintes componentes: Artéria testicular Veia testicular Vasos linfáticos Plexo testicular do sistema nervoso autônomo Fibras musculares lisas (cremaster interno) Ducto deferente Camada visceral da túnica vaginal Músculo cremaster externo. Ducto deferente ⇒ O ducto deferente é continuação do DUCTO DO EPIDÍDIMO que conecta este com a porção pélvica da uretra. Em todos os animais domésticos,exceto no gato e no porco, a parte terminal do ducto deferente alarga-se para formar a ampola do ducto deferente. Nos carnívoros o ducto deferente liga-se diretamente à uretra, visto que a glândula vesicular está ausente. A mucosa pregada do ducto deferente está forrada por epitélio pseudoestratificado cilíndrico. No sentido da extremidade do ducto ele pode tornar-se um epitélio simples cilíndrico. Começa na cauda do epidídimo e corre inicialmente flexuoso ao longo da face medial do testículo. Após passar pelo epidídimo continua-se com os vasos e nervos testiculares os quais juntos vão formar o cordão espermático, passa pelo canal inguinal entrando na cavidade abdominal. Na porção cranial da pelve, o ducto deferente direito e esquerdo entra na prega genital, uma folha de peritônio inserida entre o reto e a bexiga. Dentro desta prega os ductos junto com os ureteres convergem através do colo da bexiga. A parede da porção final do ducto deferente apresenta um engrossamento devido à presença de glândulas denominada de AMPOLA DO DUCTO DEFERENTE. No garanhão a ampola pode chegar a um diâmetro de 2 cm. Além da ampola, o ducto decresce em tamanho e se une com o ducto excretório da vesícula seminal, formando o CURTO DUCTO EJACULATÓRIO, o qual se abre na parede dorsal da uretra no orifício ejaculatório. Este orifício é uma pequena elevação da mucosa denominado COLÍCULO SEMINAL, o qual é contínuo caudalmente com a CRISTA URETRAL. O testículo e o epidídimo estão cobertos por duas túnicas: Camada visceral da túnica vaginal ⇒ é serosa e mais externa. Túnica albugínea ⇒ camada composta por tecido fibroso branco e denso, e por fibras musculares lisas. Esta emite numerosas trabéculas e septos para o interior do órgão formando a estrutura do testículo. Suprimento sanguíneo do testículo e do epidídimo: Artéria testicular (espermática) A artéria testicular em seu trajeto extra-abdominal é muito tortuosa e forma numerosas espirais. Veia testicular Esta veia testicular se enrola ao redor da sinuosa artéria testicular constituindo o PLEXO PAMPINIFORME, indo desembocar na veia cava caudal. Esta convolução de vasos forma o tronco do cordão espermático. A artéria e veia testiculares originam-se da aorta abdominal e da veia cava caudal, respectivamente e passam envolvidas por uma prega serosa (mesórquio) para o anel vaginal e entram no cordão espermático. Os vasos linfáticos chegam aos linfonodos lombares. A inervação provém dos plexos renal e mesentérico caudal que formam o PLEXO TESTICULAR. LOCALIZAÇÃO E TIPOS DE TESTÍCULOS E EPIDÍDIMO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Testículo Epidídimo Bovinos Pendular Cabeça dorsal, corpo posterior e cauda ventral Pequenos ruminantes Pendular Cabeça dorsal, corpo posterior e cauda ventral Equinos Horizontal, na região inguinal Cabeça anterior, corpo dorso lateral e cauda posterior Suínos Posição perineal Cabeça ventral, cauda dorsal Caninos Horizontal Cabeça anterior, corpo dorso medial, cauda posterior Felinos Perineal __ O ejaculado é constituído não só dos espermatozoides, mas também do fluído produzido pelas glândulas acessórias masculinas. As glândulas vesiculares estão ausentes nos carnívoros, e a bulbouretral está ausente no cão. Estão agrupadas ao redor da uretra pélvica e diferem grandemente de espécie para espécie. Seu crescimento e função são influenciados pelos hormônios sexuais. Nos animais castrados cedo, as glândulas não se desenvolvem inteiramente, se os animais são castrados depois da maturidade sexual, elas atrofiam e param a secreção. As glândulas podem ser palpadas por via retal, com maior facilidade no equino e no bovino, pois se pode colocar uma mão inteira dentro do reto e nas espécies de pequeno porte pode-se realizar somente palpação digital. Quatro são as glândulas do aparelho genital masculino: Vesículas seminais ou Glândulas vesiculares Próstata Glândulas de Cowper ou bulbouretrais Glândulas uretrais ou glândulas de Littre. Vesícula seminal ou Glândula vesicular ⇒ Nos mamíferos domésticos que possuem glândula vesicular, o epitélio glandular é um epitélio pseudoestratificado cilíndrico com células cilíndricas altas e pequenas células basais, muitas vezes escassas. Produz secreção gelatinosa, rico em frutose, que serve como fonte energética para os espermatozoides ejaculados. Apresentam essa denominação de vesícula seminal somente no equino, sendo que nas demais espécies são chamadas de glândulas vesiculares. São glândulas pares e estão localizadas dorso lateralmente ao colo da bexiga. São dois sacos alongados e piriformes. No garanhão tem a forma de uma bolsa de parede grossa de 10 a 15 cm de comprimento e 3 a 6 cm de largura. São retroperitoniais. O ducto excretório desta glândula se une a porção terminal dos ductos deferentes para formar o ducto ejaculatório, o qual se abre no COLÍCULO SEMINAL, na parede dorsal da uretra pélvica. Próstata ⇒ A próstata circunda a uretra pélvica. As partes secretoras e os ductos da próstata são circundados por tecido conjuntivo frouxo contendo células musculares lisas, particularmente abundantes na parte externa da glândula. Uma das funções da próstata é neutralizar o plasma seminal. Está presente em todos os mamíferos domésticos e está intimamente fusionada com a uretra pélvica. Constitui-se de: uma parte localizada difusamente na parede da parte pélvica, a parte disseminada uma segunda parte, situada sobre a uretra, externamente, o corpo da próstata. No equino possui dois lobos (direito e esquerdo) laterais ligados por um istmo. A glândula tem numerosos ductos excretórios que se abrem em grupos de cada lado do COLÍCULO SEMINAL. Glândulas bulbouretral ⇒ A glândula bulbouretral está localizada dorso lateralmente à parte uretra. O produto de secreção mucoso e proteico da glândula bulbouretral é descarregado antes da ejaculação nos ruminantes, onde serve para neutralizar o ambiente uretral e lubrificar tanto a uretra como a vagina. São pares e situam-se na superfície dorsal da extremidade caudal da uretra pélvica, próxima ao arco isquiático e se relaciona intimamente com o bulbo do pênis. No garanhão é esférica e apresenta 6 a 8 ductos para cada glândula que se abrem na uretra pélvica. Glândulas uretrais ou de Littre ⇒ As glândulas de Littre são glândulas periuretrais de pequeno diâmetro. Sua função, a par de outras glândulas periuretrais consiste na lubrificação da uretra. Características diferentes das glândulas acessórias em cada espécie: Ruminantes Glândulas vesiculares ⇒ é uma glândula compacta de tamanho moderado e superfície lobulada com 7 a 12 cm no touro. A abertura dos ductos é igual ao do equino. Próstata ⇒ No touro, o corpo é pequeno e apresenta uma porção disseminada que está coberta pelo músculo uretral. Os pequenos ruminantes possuem somente a porção disseminada, onde no carneiro está presente somente nas paredes lateral e dorsal da uretra. Glândulas bulbouretrais ⇒ são pequenas e ovoides com um único ducto para cada glândula e nos pequenos ruminantes são arredondadas (1,5 cm de diâmetro). Suínos Glândulas vesiculares ⇒ É compacta e com superfície irregular, mas muito grande (7-12 cm) com forma piramidal com ápice direcionado caudalmente. Apresentam 6 ductos que se reúnem em um para cada glândula. Próstata ⇒ igual à do bovino com uma porção lobulada e outra disseminada. Glândulas bulbouretrais ⇒ consiste de dois lóbulos cilíndricos bastante desenvolvidos que se situam em cada lado da uretra pélvica e estão completamente revestidos pelo músculo bulbo glandular. Possuem somente um ducto para cada glândula. Caninos Apresentam somente a glândula prostática que é globular e está divididapelo sulco mediano em lóbulos direito e esquerdo os quais envolvem a uretra completamente. Apresentam uma porção disseminada de poucos lóbulos espalhados na parede da uretra. Apresenta numerosos ductos. Na hipertrofia da próstata, o corpo da glândula pressiona ventralmente o reto e pode, em casos extremos, levar a obstrução intestinal. Felinos A próstata é semelhante a dos caninos, só que não cobre a porção ventral da uretra. Apresenta também as glândulas bulbouretrais. Sêmen ⇒ É uma mistura dos espermatozoides com secreções das glândulas acessórias. É eliminado pelo pênis no tempo de ejaculação. As secreções das glândulas genitais acessórias são consideradas como sendo substratos ou veículo para os espermatozoides, estimulando a motilidade, facilitando sua locomoção. É considerado o órgão copulatório do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos, dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso, que envolve e protege a uretra. Na extremidade do pênis encontra-se a glande (cabeça do pênis), onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve (o prepúcio), acompanhado de um estimulo temos assim a inundação dos corpos cavernosos e esponjosos, com sangue, tornando-se rígido com aumento de volume e tamanho. Está firmemente inserido no arco isquiático da pelve por dois pilares. Estende-se cranialmente do arco isquiático, passando entre as coxas, até a região umbilical. Contém a porção esponjosa ou extra pélvica da uretra. A porção livre do pênis ou pré-escrotal situa-se numa bolsa cutânea denominada de PREPÚCIO OU BAINHA. O pênis do equino apresenta-se comprimido lateralmente, com diâmetro relativamente largo e com uma glande bem desenvolvida na forma de cogumelo. Está dividido em: Raiz Raiz (ramos) ⇒ está inserida na porção lateral do arco isquiático por dois pilares que convergem e se unem abaixo do arco. Corpo Inicia na união dos pilares e está fixado na sínfise pélvica pelo ligamento suspensório. Consiste de um par de corpos cavernosos e da uretra com seus corpos esponjosos. Apresenta 4 superfícies: Dorso do pênis ⇒ estreito e contém os vasos e nervos dorsais do pênis. Superfície uretral (ventral) ⇒ é arredondada e contém a uretra num sulco profundo denominado de sulco uretral. Superfícies laterais ⇒ são altas e achatadas. Glande É a extremidade livre e aumentada do órgão que cobre a extremidade distal do corpo cavernoso. Sua forma apresenta diferenças significativas entre as espécies. Constitui-se dos seguintes elementos: Coroa da glande ⇒ é uma borda circular proeminente. Fossa da glande ⇒ localizada na borda inferior da glande, sendo uma depressão profunda onde a uretra se projeta em forma de tubo constituindo o processo uretral. Processo dorsal ⇒ extensão por aproximadamente 10 cm da glande como uma capa sobre o corpo cavernoso do pênis. A pele que cobre a glande é fina, sem glândulas e ricamente suprida por nervos e terminações nervosas especiais. Estrutura do pênis: O pênis dos mamíferos domésticos varia conforme sua constituição. Dois tipos podem ser encontrados: Musculomembranoso nos equinos e carnívoros O pênis musculomembranoso do equino consiste essencialmente em dois corpos eréteis: Corpo cavernoso ▶ O corpo cavernoso constitui a grande massa do pênis, exceto na glande. ▶ É um par de tecidos erétil envolvido por uma cápsula grossa de tecido fibroelástico, a túnica albugínea. ▶ Inicia no arco isquiático pelos pilares, apresentando ventralmente o sulco uretral onde se encontra a uretra envolvida pelo corpo esponjoso. ▶ Numerosos septos e trabéculas de tecido conjuntivo se dirigem para o interior, a partir da túnica albugínea, formando uma rede interna que suporta os espaços sanguíneos cavernosos de tecido erétil. ▶ A ereção é produzida pela distensão destes espaços pelo sangue. Corpo esponjoso ▶ O corpo esponjoso envolve a uretra e é contínuo proximalmente com o estrato cavernoso da porção pélvica da uretra. ▶ Começa na saída da pelve com uma porção alargada, o bulbo do pênis. ▶ O bulbo e os dois pilares formam a raiz do pênis. ▶ Distal ao bulbo, o corpo esponjoso fica mais estreito e desta porção para extremidade do pênis envolve a uretra ocupando com esta o sulco uretral. ▶ Na extremidade do pênis o corpo forma conexões vasculares com o corpo esponjoso da glande que é o tecido erétil da glande. ▶ A estrutura é semelhante ao do corpo cavernoso, porém as trabéculas são mais finas e os espaços numerosos e grandes. Fibroelástico nos ruminantes e suínos. Musculatura do pênis: Músculo bulbo esponjoso ⇒ é um músculo grosso circular que é contínuo com o uretral ao nível da glândula bulbo uretral. Envolve a uretra e o bulbo do pênis e se estende para a extremidade proximal do corpo do pênis. Músculo isquiocavernoso (músculo eretor do pênis) ⇒ se origina do arco isquiático e tuberosidade isquiática, envolvendo os pilares do pênis, estendendo-se também para extremidade proximal do corpo do pênis. Sua ação é a fixação do pênis à pelve e a manutenção da ereção pela compressão das veias dorsais do pênis. Músculo retrator do pênis ⇒ é um músculo composto por fibras musculares lisas que se originam na superfície ventral das primeiras vértebras caudais passando ventralmente de cada lado do reto. A porção peniana do retrator continua-se cranialmente na linha média e está inserido na superfície uretral do pênis. Sua ação é retrair o pênis após a ereção ou protusão (traumática ou involuntária) e faz a sustentação da flexura sigmoide. Irrigação e inervação do pênis: Artéria pudenda interna Obturatória (equino), Pudenda externa Veias satélites A inervação é derivada do nervo pudendo e plexo pélvico. Características diferentes do pênis em cada espécie: Ruminantes O pênis é longo, fino e firme, mesmo quando não ereto. É de constituição fibra elástica. O pênis apresenta uma dobra entre as coxas formando a flexura sigmoide ("S" peniano). A ereção se dá mais pela distensão do S peniano do que pelo preenchimento de sangue. O processo uretral nos bovinos não se destaca da glande, enquanto que nos pequenos ruminantes a uretra (processo uretral) alonga-se além da glande por uns 4 cm, sendo também chamado de apêndice vermiforme. A glande não e muito desenvolvida e consiste de uma fina camada de veias plexiformes envolvidas por tecido conjuntivo frouxo. O prepúcio é longo e estreito apresentando músculos prepuciais craniais (protatores) que conduzem o prepúcio para frente e músculos prepuciais caudais (retratores) que conduzem caudalmente. Suínos O pênis é longo, fino e firme (fibra elástico) como nos ruminantes, mas apresenta a flexura sigmoide em posição pré-escrotal. Sua porção livre apresenta uma glande indistinta, que é afilada e torcida em espiral especialmente na ereção, a qual durante a cópula se adapta como um “saca-rolha" nos pulvinos cervicais da fêmea. Não apresenta processo uretral. Na superfície dorsal do prepúcio há uma abertura que leva para dentro do divertículo prepucial, uma bolsa cega que contém células descamativas e urina, produzindo um esmegma de odor característico do varrão. Carnívoros O pênis é cilíndrico (musculomembranoso) e apresenta um osso alongado no centro (osso peniano). Os corpos cavernosos estão separados por um septo longitudinal em toda sua extensão. A glande do cão é composta de corpo esponjoso, sustentado pelo osso peniano e consiste de duas partes. A porção mais longa, distal do pênis que envolve a porção mais delgada do osso é a porção longa da glande. A porção mais curta e alargada da glande é o bulbo da glande que envolve a porção mais grossa do osso. Devido à elasticidade do sistema trabecular, a glandedo cão, particularmente o bulbo é capaz de grande distensão durante o coito, contribuindo para não separação dos parceiros, podendo demorar por aproximadamente 30 minutos. O pênis do felino é curto e direcionado caudalmente. Apresenta na sua extremidade livre pequenas papilas cornificadas (espículas do pênis), que são consideradas características sexuais secundárias. Com a castração estas espículas desaparecem. Apresenta também osso peniano. O pênis dos carnívoros não apresenta processo uretral. Uretra ⇒ é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozoides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo. Está didaticamente dividida no macho numa porção pélvica e numa porção extra pélvica ou esponjosa, estando a maior parte desta última incorporada ao corpo do pênis. As glândulas genitais acessórias são agrupadas ao redor da porção pélvica onde seus ductos excretórios desembocam. A mucosa da porção pélvica é pregueada e coberta por epitélio de transição. Externamente a esta mucosa existe uma camada vascular mais ou menos distinta que por sua vez é coberta por uma camada de musculatura lisa. Ao redor desta está um músculo estriado circular, o músculo uretral. Após deixar a pelve, passando pela saída pélvica, a porção esponjosa da uretra gira ventralmente ao redor do arco isquiático e entra na superfície ventral do corpo esponjoso no sulco uretral. A porção esponjosa da uretra recebe este nome devido a sua associação com o corpo esponjoso, parte integrante do pênis. A mucosa desta porção forma pregas longitudinais a qual dá aparência de roseta num corte transversal. É uma bainha cutânea que envolve a porção livre do pênis em repouso. Ao contrário do pênis do homem, o qual é inteiramente revestido por pele, o dos animais está aplicado na parede abdominal ventral e está coberto com pele somente ventral e lateralmente. O prepúcio não é uma prega cilíndrica completa como no homem. Consiste de uma porção externa que é contínua com a pele da parede abdominal e uma porção interna que está em contato com o pênis. Estas porções se encontram no orifício ou óstio prepucial. Ventralmente está aderido ao pênis pelo frênulo do prepúcio (liga a parte interna da externa do prepúcio). Ânulo prepucial é a borda grossa que envolve o óstio prepucial. É um divertículo da cavidade abdominal que contém o testículo, epidídimo e parte do funículo espermático. Um espermatozoide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal. Importante saber que a espessura da bolsa escrotal é variável entre as espécies animais, como também a presença de pelos em sua região. Alguns animais não apresentam pelos nessa região sendo denominada pele glabra. Normalmente é assimétrico. Apresenta na sua parede camadas que correspondem as da parede abdominal, sendo de fora para dentro: Pele ⇒ é relativamente fina e elástica e contém muitas glândulas sudoríparas e sebáceas. Dependendo da espécie pode ser pigmentada e mais ou menos coberta com pelo. Centralmente apresenta uma rafe que se continua cranialmente no prepúcio e caudalmente no períneo. Essa rafe escrotal delimita externamente o septo escrotal. Túnica dartos ⇒ possui uma coloração avermelhada e está firmemente aderida a superfície profunda da pele e não pode ser separada desta. É uma modificação do tecido subcutâneo e consiste de feixes de músculo liso conectado por fibras elásticas e colágenas. Forma o septo escrotal que é a divisão média do escroto em dois compartimentos, um para cada testículo. A posição do septo é marcada externamente pela rafe escrotal. A túnica dartos contrai com influência do frio ou como resultado da estimulação mecânica, enrugando a pele escrotal e assim acomodando o escroto na posição dos testículos, embora o músculo cremaster seja o principal responsável por isso. Fáscia do escroto ⇒ deriva-se dos músculos abdominais e se subdivide em fáscia espermática externa, túnica cremastérica e fáscia espermática interna. A túnica cremastérica cobre o músculo cremaster que é derivado do músculo oblíquo interno e externo. Camada parietal da túnica vaginal ⇒ é a continuação do peritônio parietal. No anel vaginal, esta camada é contínua como peritônio parietal da cavidade abdominal e os vasos testiculares, linfáticos, nervos e ductos deferentes passam através do anel para dentro da cavidade abdominal. Características diferentes dos testículos e da bolsa escrotal em cada espécie: Ruminantes Eixo longo do testículo é vertical. Escroto é pendular e situado mais cranialmente. A abertura do DUCTO DEFERENTE é igual a do equino. Suíno Testículos são muito grandes comparativamente. O escroto localiza-se a pequena distância do ânus e não se separa muito das partes adjacentes. O DUCTO DEFERENTE não forma uma ampola distinta. O DUCTO DEFERENTE abre-se na uretra separadamente do ducto excretório da glândula vesicular usualmente, mas podem se abrir juntas num pequeno recesso da mucosa da uretra. O eixo longo do testículo é oblíquo. Caninos Os testículos são relativamente pequenos e o epidídimo é grande e arqueado. O escroto situa-se na metade da distância entre o ânus e a região inguinal. Eixo longo testicular é oblíquo. Felinos Os testículos localizam-se abaixo do ânus, eixo longo oblíquo. Não apresenta AMPOLA DO DUCTO DEFERENTE. A irrigação do escroto deriva-se da artéria e veia pudenda externa e a inervação dos NERVOS ILIOINGUINAL E GENITOFEMORAL. Espécies domésticas e suas respectivas glândulas sexuais acessórias Espécie Próstata Glândulas Vesiculares Ampolas Glândulas Bulbouretrais Gato Presente × × × Cão Presente × Presente Presente Cavalo Presente Presente Presente Presente Porco Presente Presente × Presente Touro Presente Presente Presente Presente Monitoria de Anatomia Topográfica Veterinária Sistema Reprodutor Masculino Monitoria de Anatomia Topográfica Veterinária
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