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DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO PULMONAR PERINATAL FRANCISCA ROCHA DISCIPLINA: PEDIATRIA E NEONATOLOGIA DESENVOLVIMENTO O neonato terá de iniciar a respiração em poucos segundos; A função pulmonar inclui a maturação morfológica, fisiológica e bioquimica do parênquima pulmonar; SISTEMA RESPIRATÓRIO O desenvolvimento e o crescimento pulmonar se estende até por volta de 8 anos de idade; Esse processo é dividido em três períodos cronológicos: Embrionário; Fetal; Pós- natal; PERÍODO EMBRIONÁRIO É a fase da organogênese, quando ocorre o desenvolvimento do sistema primordial do pulmão; O desenvolvimento da árvore brônquica, até os bronquiolos terminais, completo até 16 semanas de IG; Os alvéolos crescem em número até os 8 anos de idade em tamanho até o final do crescimento da caixa torácica; Os vasos pulmonares seguem o desenvolvimento das vias aéreas; PERÍODO EMBRIONÁRIO DA (4 A 7 SEMANA) Formação dos órgãos; Endoderma ( reveste vias aéreas condutoras e alvéolos); Mesoderma ( musculatura lisa, cartilagens, sistema vascular); Ocorre evaginação do sulco laringotraqueal em direção ao mesoderma formando o broto pulmonar; Ocorre a separação do broto do tubo digestivo, e a formação do septo traqueoesofagico; O broto cresce em direção ao mesoderma, e divide-se em: 2 brotamentos brônquicos D e E; 5 e 6 semanas: cresce os brotamentos e formam os brônquios lobares e segmentares; Ao final da 7 semana: os ramificações da árvore respiratória estende-se até os brônquios subsegmentares; PERÍODO FETAL ESTÁGIO PSEUDOGLANDULAR ( 7 A 16 SEMANA) Glandular: formação da via aérea condutora; Na 14 semana árvore respiratória até brônquiolo terminal completo; Glândulas mucosas aparecem nas vias aérea proximais entre a 10 e 13 semanas; 12 semana encontra os brônquilos segmentares; Ainda não é possivel respirar!!!! Devido aos vasos ESTÁGIO CANALICULAR ( 17 A 26 SEMANA) Proliferação dos vasos sanguineos; Surgimento dos ácinos formato de cachos; Os ácinos compoem: bronquiolos respiratorio – ductos alveolares – sacos alveolares – alvéolos; 20 a 22 semana- as células epiteliais se transformam em pneumócitos tipo I, e dai se transformando em pneumócitos tipo II, em forma de ovo frito; 12 Pneumocitos tipo II são responsáveis pela produção de sufactante; Pneumocitos tipo II são responsáveis para recobrir os alvéolos; Nesta fase permite o neonato prematuro nascido respire para sobreviver; ESTÁGIO SACULAR ( 27 A 35 SEMANA) Transação entre 26 e 28 semana do estágio canalicular para sacular podemos encontrar o surgimento dos sáculo; 30 semana ocorre a expansão da barreira hematogasosa; A chance de sobrevida do feto nascido prematuramente aumenta a cada dia durante este período; ESTÁGIO ALVEOLAR ( DA 36 SEMANA ATÉ O FIM DA GESTAÇÃO) Aumento do volume pulmonar e superfície; Durante este processo o ducto transitório e sáculo, do período anterior, transformam-se em ductos alveolar e alvéolos; Nesse estágio, apesar do desenvolvimento dos pulmões estar longe de ser completo, o recém- nascido passa a respirar ar; DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO PULMONAR PÓS NATAL 2 primeiros anos aumento dos alvéolos; No quinto ano admite-se que ocorra pouco ou nenhum aumento de alvéolos; FATORES QUE CONTROLAM O DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO PULMONAR PERINATAL Processo de maturação pulmonar ( sintese do sufactante) é controlado principalmente por fatores hormonais e bioquímicos, enquanto o crescimento depende, basicamente, da interação entre o mesênquima e as células epiteliais e dos fatores físicos ou ambientais; PAPEL DA INTERAÇÃO MESÊNQUIMA/ CÉLULAS EPITELIAIS Admite-se, portanto, que as grandes malformações observadas nas fases precoces do desenvolvimento pulmonar ( embrionário vias de condução brônquio segmentar e pseudoglandular vias condução brônquio terminais) sejam decorrentes da falha na interação mesenquima-célula-epitelial; PAPEL DOS FATORES MECÂNICOS NO DESENVOLVIMENTO PULMONAR Dimensão da caixa torácica; Volume do líquido amniótico; Volume do líquido pulmonar fetal; Movimentos respiratórios fetais; Possiveis mecanismos; DIFERENÇAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS ENTRE CRIANÇAS E ADULTOS DIFERENÇAS ANATÔMICAS Alimenta-se e respira simultaneamente 3-4 meses; A língua maior, contribui p a obstrução das vias aéreas superior; Menor diâmetro das vias aéreas nascidos a pré-termo; A estrutura da parede brônquica é diferente nos lactantes, a cartilagem é menos firme permite uma obstrução e colapso da via aérea; Poucos alvéolos, menos área de superfície para troca gasosas; Os canais ventilatórios colaterais entre os alvéolos, bronquiolos respiratórios e bronquiolos terminais menos desenvolvido até 2-3 anos , predispõem colapso alveolar; As costelas são mais horizontalizada, os músculos intercostais fracos e maior trabalho do diafragma; Ventilação menor e uma distorção do torax na inspiração; Os outros órgãos como coração são relativamente grande , diminui o espaço do tecido pulmonar; DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS Pulmões menos complacente; Recém nascido pré-termo possuem padrões ventilatórios irregulares, levando a apnéia; O lactante não tem aumento no volume pulmonar, com isso aumenta a FR; As crianças têm um maior índice metabólico ao repouso com maior demanda de oxigênio; Ventilação mais superior; Maior fadiga do diafragma; AVALIAÇÃO DO RECÉM NASCIDO Conceitos de Prematuridade OMS – WHO 1950: Todo RN vivo com peso de nascimento menor ou igual a 2500 g; OMS – Comitê de Especialistas em Saúde Materno-infantil 1961: RN de baixo peso é todo RN vivo com peso de nascimento inferior a 2500g; Academia Americana de Pediatria(AAP) 1970: RN vivo que nasce antes da 38ª semana de idade gestacional; OMS atual: Todo RN que nasce antes da 37ª TERMOS E DEFINIÇÕES Nascimento; Vida ao nascimento; Nativivo; Natimorto; Óbito neonatal: menos de 28 dias de nascimento; Morte neonatal precoce: nascida viva durante 7 dias completos 168 hs de vida; Morte neonatal tardia: nascida viva depois 7 dias mas antes de completar 28 dias de vida; Idade da criança: horas/ dias/ semanas; Período perinatal I: estende da 28 semana de gestação e feto pesando 1000g até o 7dia de vida; Período perinatal II: 20 semanas de gestação, feto pesando 501g ou mais até o 28 dia de vida; Período neonatal: é o intervalo do tempo que vai do nascimento até o momento em que a criança atinga a idade de 27 dias, 23 horas e 59 minutos; Peso do nascimento: primeiro peso do RN; Recém- Nascido de baixo peso: pesando menos de 2.500g; Recém Nascido de muito baixo peso: pesando menos 1.500g; Recém Nascido de extremo baixo peso: pesando menos de 1000g; Pré- termo: RN antes da 37 semana de gestação; A termo: RN no período entre 37 semana e a 41 semana e seis dias de gestação; Pós – termo: RN com 42 semanas de gestação ou mais; Classificação relacionando Peso e Idade Gestacional PIG: abaixo do percentil 10; AIG: entre os percentis 10 e 90; GIG: acima do percentil 90. Idade gestacional: AIG: adequado p idade gestacional; GIG: grande p IG; PIG: pequeno p IG; EXEMPLO RN, 31 semanas e 4 dias, peso 1610g, 45 cm. Conclusão: RN AIG Avaliação da Idade Gestacional Classificação relacionando Peso e Idade Gestacional PIG: abaixo do percentil 10; AIG: entre os percentis 10 e 90; GIG: acima do percentil 90. Exemplo 02: RN, 40 semanas, peso 2000g, 45 cm. Conclusão: RN PIG Assistência ao recém-nascido de risco, P.R. Margotto, 2002. 36 AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL 28 À 30 SEM 32 34 36 À 38 40 42 História da gravidez, trabalho e parto; Avaliação de Apgar, que relata a frequência cardíaca, esforço respirátorio, tônus muscular, reflexo de irritabilidade, grau de asfixia; Idade gestacional e peso; Parto complicado avaliação na 1 hora; Parto normal avaliar no 3 dia; VALORES DE FC E FR FREQUÊNCIA CARDÍACA Lactantes pré- termo- 120-140bpm; Lactantes a termo- 100- 140bpm 1 à 4 anos-80- 120bpm 8 à anos- 70 – 100bpm FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Recém-nascido- 30-50rpm Até 6meses- 20- 30rpm 6meses- 2 anos- 20-30rpm 2 à 12 anos-12-20rpm Avaliação da Idade Gestacional Fatores de Risco: Tabagismo; HA crônica ou gestacional; Gestação Múltipla; Antecedentes ; Infecções perinatais crônicas; Anomalias Congênitas; Ganho Ponderal Materno insuficiente; Sangramento persistente no 2º trimestre; Consumo de álcool; Desnutrição Materna; Retardo do crescimento intra-uterino EXAME REALIZADOS Respiratório Recuo ou tiragem -intercostal -subcostal -esternal Alargamento nasal – asa de nariz Taquipnéia FR > 60 Grunhido expiratório Estridores Cianose Sons respiratório anormais Cardíaco Taquicardia/ bradicardia Hipertensão/hipotensão Outro/Geral Extensão do pescoço Oscilação da cabeça Palidez Relutância em alimentar-se Irritabilidade/ inquietação Nível de consciência alterado Dor de cabeça CONTROLE DA RESPIRAÇÃO FETAL Placenta; Meio hipoxêmico; Inibição placentária; Respiração intermitente NEONATAL Pulmões; Meio normoxêmico; Ausência da placenta; Respiração continua CONTROLE DA RESPIRAÇÃO E O SONO REM movimentos rápidos nos olhos, irregularidade resp, diminuição do tono muscular NREM sono tranquilo Tônico Fásico mov nos olhos Estágios I, II, III e IV Após ao adomercer PADRÃO RESPIRATÓRIO NO SONO NREM Respiração regular; Caixa torácica com movimentos sincrônicos; Observamos ação dos músculos intercostais e diafragma; Respiração toracoabdominal; REM Respiração irregular Principalmente nos mov rápidos dos olhos; Pausas respiratórias frequentes; Observamos Respiração abdominal; Assistência ao Recém – Nascido OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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