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Ensaios de Política
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Américo Soares da Silva
Revisão Textual:
Profa. Esp.Vera Lídia de Sá Cicarone
A busca da igualdade e a revolução
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• A busca da igualdade e a revolução
• Marxismo: igualdade e revolução
 · Abordaremos a busca da igualdade e a revolução. Escolhemos dois autores 
que fizeram duras críticas à propriedade privada e influenciaram movimentos 
revolucionários. São eles: Jean-Jacques Rousseau e Karl Marx.
Em relação às estratégias de aprendizagem: nossa recomendação a você, estudante, é 
dividir seus estudos em etapas: primeiro, faça uma leitura atenta do texto. Nesse momento, 
não é tão importante fazer marcações; busque uma compreensão de conjunto. Em um 
segundo momento, retorne ao texto, mas, desta vez, você já conhece o final da história, não é 
mesmo? Então, ao retornar, você o fará com um olhar de investigador(a); busque pelos pontos 
principais: quem são os personagens mais relevantes dessa “história”? Que ideias cada um 
deles defendia? Por quê? Outras questões são colocadas ao longo do texto para sua reflexão? 
Quais são elas? 
A busca da igualdade e a revolução
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Unidade: A busca da igualdade e a revolução
Contextualização
O link abaixo é de um vídeo que analisa os elementos do pensamento de Adam Smith e 
da Teoria de Karl Marx. O embate entre as ideais econômicas a favor e contra o capitalismo 
foram de grande importância também na política e marcaram grande parte do século XX, 
ainda estando na pauta de discussões neste início de século XXI.
Adam Smith e Karl Marx: Liberalismo e Socialismo 
http://www.youtube.com/watch?v=QOmFyRpTvFM
7
A busca da igualdade e a revolução
Figura 1 - Jean Jacques Rousseau (1712 - 1778)
Fonte: Wikimedia Commons
Nesta Unidade, discutiremos sobre o problema da 
desigualdade social. Do ponto de vista da teoria política, 
vamos examinar as ideias principais de dois pensadores 
que buscaram compreender as causas da desigualdade 
social e a proposta de cada uma deles para a solução 
do problema. Começaremos com as ideias de Jean-
Jacques Rousseau.
Rousseau foi filósofo, romancista, chegou a escrever 
peças musicais e também dedicou-se à pedagogia. De 
espírito inquieto, ele nasceu em Genebra, filho de um 
relojoeiro modesto. Passou parte da infância sob os 
cuidados de parentes próximos. Sua juventude seguiu os 
caminhos do seu espírito, fazendo dele um errante.
Essas experiências de juventude marcaram sua 
personalidade e sua obra. Como veremos adiante, a 
principal preocupação do pensador genebrino foi com 
a Liberdade.
Um aspecto do pensamento de Rousseau, que se articula com os demais, é o romantismo. 
Isso redundou num destaque ao papel dos sentimentos e em uma desconfiança, em muitos 
pontos, em relação à civilização. Rousseau ganhou notoriedade ao vencer um concurso da 
Academia de Dijon, em que os interessados deveriam produzir uma dissertação sobre o tema: 
o progresso das ciências e das artes contribui para corromper ou apura os costumes? Rousseau 
defendeu que o progresso corromperia os costumes, uma posição que deixa clara sua marca 
própria, ainda mais pela atmosfera iluminista da intelectualidade da sua época, que se mostrava 
mais otimistas ante os feitos da ciência.
Por isso, não chega a ser surpreendente a presença de alguns dos elementos no pensamento 
político rousseauniano.
Assim como seus antecessores (T. Hobbes e J. Locke), naquilo que se refere à política, 
Rousseau partiu do estado de natureza. Neste ponto, ele já discordava frontalmente dos axiomas 
hobbesianos. Em estado de natureza, não haveria – pelo menos na ótica rousseauniana – uma 
“guerra de todos contra todos”. Rousseau não aceitava a ideia de uma maldade natural; para 
ele, o homem seria bom por natureza. 
Em situação natural, livre das amarras da civilização, o homem teria ampla liberdade para viver 
da maneira que lhe aprouvesse. Também ele – e esse é um pressuposto filosófico de Rousseau – 
seria dotado de uma espécie de empatia, seria capaz de, naturalmente, sentir pena do próximo que 
visse em dificuldade. Assim sendo, munido dessa capacidade de ser solidário, o homem, em estado 
de natureza, não afrontaria seu próximo para obtenção de glória, como chegou a sugerir Hobbes.
Isso levou o pensamento rousseauniano a ser associado à ideia do “bom selvagem”, segundo 
a qual o ser humano longe da civilização seria puro. 
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Unidade: A busca da igualdade e a revolução
A questão que se coloca, leitor(a), é a seguinte: afinal, por que abandonaríamos esse estado 
de bem aventurança para sermos submetidos às agruras da civilização? De acordo com o 
pensador genebrino, o “bom selvagem” levaria uma vida feliz e em harmonia com a natureza.
Na verdade, tal evento poderia ser contabilizado como um “acidente da história”. De acordo 
com o pensador genebrino, em Discurso sobre a desigualdade dos homens, de 1754, em algum 
momento, alguém optou por cercar um pedaço de terra e dizer: “isto é meu”. Então, leitor(a), 
a partir daquele momento, passou-se a considerar a existência da propriedade privada. Até 
então, os recursos eram livres, o homem era livre para ir aonde quisesse, subir em qualquer 
árvore e dela comer os frutos, beber a água de qualquer nascente, dormir no lugar que achasse 
confortável. Quando o primeiro cercou a terra e dela se apossou, segundo Rousseau, os demais, 
ao invés de se oporem fortemente àquela situação, aceitaram-na. Passou a existir um cenário de 
exclusão. Quem cercou a terra tornou-se seu senhor, apossando-se exclusivamente dos recursos 
ali disponíveis. Assim sendo, os demais – que aceitaram aquela proclamação de posse da terra – 
reconheceram que não podiam mais fazer uso dos recursos presentes naquela área. 
Não apenas houve a aceitação da primeira proclamação de propriedade, como outros 
buscaram fazer o mesmo.
Com o tempo, veio o agravante do sistema de herança da propriedade, que distorceria 
ainda mais a distribuição das riquezas:
Antes que se tivessem inventado os sinais representativos das 
riquezas, elas só podiam consistir em propriedades e animais, os 
únicos bens reais que os homens podiam possuir. Ora, quando 
as heranças cresceram em número e em extensão, a ponto de 
cobrir todo o solo, e tocaram-se umas às outras, uns só puderam 
prosperar a expensas dos outros, e os supranumerários, que a 
fraqueza ou a indolência tinham impedido por seu turno de as 
adquirir, tendo se tornando pobres sem nada ter perdido, porque, 
tudo mudado à sua volta, somente eles não mudaram, viram-se 
obrigados a receber ou roubar sua subsistência da mão dos ricos
(Rousseau, 1978, p. 267-268).
A composição da propriedade privada, no entendimento de Rousseau, conduziria, 
inevitavelmente, ao aparecimento da pobreza.
Isso nos leva a outro ponto importante da argumentação do pensador genebrino, a saber, 
a corrosão do caráter.
Até antes do surgimento da propriedade, como já foi dito, as pessoas viviam em paz e 
felizes, sendo, inclusive, solidarias umas com as outras. Com o aparecimento da propriedade 
privada, foi como se o homem tivesse sido expulso do seu Éden. Aqueles que não conseguiram 
acumular riqueza, para obter sustento, passaram a depender dos que conseguiram. A posse da 
propriedade implicava riqueza para o seu dono e a exclusão de todos os outros dessa riqueza. 
Nas contas rousseaunianas, haveria um grande contingente de homens e mulheres do lado 
de “fora” da riqueza. Esses excluídos passaram a trabalhar em condição de subordinação; 
Rousseau falava mesmo em servidão. Para quem, outrora, vivera em igualdade de condições 
com seu próximo, com liberdade para usufruir daquilo de que precisasse para viver, certamente 
não era nada cômoda a nova posição. Essa situação permitiu o aparecimento da inveja, depois 
da cobiça e, finalmente, do roubo e, em seguida, do assassinato.
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Para o pensamento rousseauniano, o homem é bom por natureza e a sociedade (a 
civilização) o corrompe.
 Rousseau não somente se opôs ao axioma de Hobbes sobre a natureza humana como também 
estendeu seu pensamento, opondo-se também a Locke, o qual considerou a propriedade 
como um direito natural a ser preservado pelo Estado. Para Rousseau, a propriedade dá o 
ensejo para a formação da sociedade civil:
A sociedade nascente foi colocada no mais tremendo estado de 
guerra; o gênero humano, aviltado e desolado, não podendo mais 
voltar sobre seus passos nem renunciar às aquisições infelizes que 
realizara, ficou às portas da ruína por não trabalhar senão para sua 
vergonha, abusando das faculdades que o dignificavam.
(Rousseau, 1978, p. 267-268).
De forma eloquente, Rousseau, neste ponto, inverteu a fórmula hobbesiana: o “estado 
de guerra” não seria o estado originário; somente após a formação da sociedade é que a 
desigualdade empurrou o gênero humano para essa situação.
Mas, leitor(a), não podemos perder de vista que a polêmica rousseauniana não era apenas 
contra Hobbes. Ao lançar sua ira sobre a formação da propriedade, Rousseau também estava 
se colocando em antagonismo com o pensamento liberal de Locke. 
Locke foi um agudo defensor dos direitos naturais, entre os quais se incluía o direito de 
propriedade. A propriedade para o pensamento de John Locke era algo a ser protegido pelo 
Estado, como um direito preexistente à própria formação da sociedade civil.
Sobre esse aspecto, Rousseau não diminuiu seu ímpeto crítico. Na análise de Rousseau, 
após o início desse tumulto que se formara na sociedade, os ricos, com medo do conflito e 
de perderem as posses recém-adquiridas, com medo de viverem em uma situação em que 
nem o pobre nem o próprio rico poderiam encontrar alguma tranquilidade, engenharam 
um discurso de união:
“Unamo-nos”, disse-lhes, “para defender os fracos da opressão, 
conter os ambiciosos e assegurar a cada um a posse daquilo 
que lhe pertence; instituamos regulamentos de justiça e de 
paz, aos quais todos sejam obrigados a conformar-se, que não 
abram exceção para ninguém e que, submetendo igualmente a 
deveres mútuos o poderoso e o fraco, repare de certo modo os 
caprichos da fortuna [...]”
(Rousseau, 1978, p. 267-268).
Esse discurso hipotético, leitor(a), descreve a proposta de Locke para o contrato social, 
contrato esse que Rousseau denunciou como sendo uma farsa. Na verdade, o autor genebrino 
compreendia que o contrato social, nesse formato, apenas servia como instrumento de 
manutenção das desigualdades estabelecidas. Ao invés de fugir de semelhante armadilha, os 
homens “correram ao encontro de seus grilhões”. 
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Unidade: A busca da igualdade e a revolução
O que fazer, então, diante de tanta calamidade?
Para o pensador genebrino, a solução seria refundar o pacto social. Dessa vez, um acordo 
legítimo. A liberdade natural estava perdida, contudo ainda era possível encontrar uma 
liberdade civil. A função dessa “nova” versão do contrato social seria garantir mecanismos que 
viabilizassem essa recuperação da liberdade.
Tudo isso começaria com o redimensionamento da relação entre liberdade e obediência.
A ideia, agora, não era mais a obediência cega do modelo hobbesiano, tampouco a 
obediência ao seleto grupo no poder, como determinava o contrato lockeano. 
Rousseau reivindicava a não transferência do poder soberano; para ele o poder deveria 
permanecer com quem seria seu proprietário natural: o povo.
A ideia do pensador genebrino era que o poder de legislar deveria permanecer diretamente 
com o povo, poder que seria intransferível e inalienável, pois, diante de leis que o próprio povo 
elaborou, seria possível a articulação perfeita entre obediência e liberdade. Jamais o povo 
postularia leis que conduziriam à sua própria opressão. Além disso, essas leis, certamente, 
atenderiam melhor às demandas da população, diferente dos modelos anteriores em que o 
poder externo à população dizia o que ela precisava e o que ela devia fazer. Esse entendimento 
considerava a obediência a uma lei autoimposta como algo de acordo com a liberdade – uma 
liberdade civil –, cujo princípio estava em obedecer a si mesmo, na medida em que o indivíduo 
unia-se aos demais e, juntos, eram capazes de articular as leis de seu convívio; assim, nenhum 
deles estaria tendo sua liberdade usurpada. 
A operacionalização disso tudo, leitor(a), encontrava-se na distinção feita por Rousseau 
entre vontade geral e vontade particular.
A vontade geral expressa-se através do corpo político. Esse corpo político é a vontade do 
povo incorporada e é a ela que pertence o poder soberano; é ela a responsável pelo poder de 
fazer as leis. 
Além da supremacia do poder legislativo sobre o poder executivo, é preciso considerar, 
segundo Rousseau, o papel do representante político. Chegam a ser surpreendentes, caro(a) 
leitor(a), as palavras retiradas do terceiro livro do contrato social:
Desde que o serviço público deixa de constituir a atividade principal 
dos cidadãos e eles preferem servir com sua bolsa a servir com sua 
pessoa, o Estado já se encontra próximo da ruína. Se lhes for 
preciso combater, pagarão tropas e ficarão em casa; se necessário 
ir ao conselho, nomearão deputados e ficarão em casa. À força de 
preguiça e de dinheiro, terão, por fim, soldados para escravizar a 
pátria e representantes para vendê-la.
(Rousseau, 1978, p. 107).
Percebemos, então, a profunda desconfiança rousseauniana em relação a um contrato 
social sem a efetiva participação do povo na política. “A soberania não pode ser representada 
pela mesma razão que não pode ser alienada” (Ibidem, p. 107-108).
O temor rousseauniano recaía sobre o possível resultado da disputa entre a vontade geral 
e a vontade particular. O pensador genebrino compreendia a vontade geral como aquela que 
emana do corpo político, aquela cujo objeto de interesse é o genuíno bem-estar da coletividade. 
Certamente, a vontade geral não flertaria com as seduções da demagogia e da falsa solidariedade.
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Por outro lado, a sociedade também conviveria com a vontade particular, cuja representação 
seria a soma dos interesses particulares. Note bem, leitor(a), que, no pensamento de Rousseau, 
a soma de interesses privados não constitui o interesse coletivo autêntico. Os interesses 
privados carregam egoísmo enquanto a vontade geral seria movida muito mais por altruísmo. 
A formação, por exemplo, de um grupo com determinados interesses não assegura que a 
satisfação do que é solicitado por esse grupo venha a contribuir com o bem-estar de todos.
Podemos extrapolar o pensamento rousseauniano e pensar em quais seriam as 
consequências da combinação de apatia política com a demagogia na construção de uma 
política mais democrática.
Rousseau desenvolveu uma concepção radical de democracia, segundo a qual esta não 
apenas deveria se expressar através da supremacia do poder legislativo como também, evitar 
certos embaraços da representação política. 
No entendimento do pensador de Genebra, o contrato social teria muito a realizar em 
termos de abrandar os estragos feitos pela civilização e o falso contrato (o contrato anterior 
nos moldes de Locke). Mas, para isso, a participação política tornar-se-ia ferramenta 
fundamental, pois, somente através dela, é que cada um se integraria ao corpo político e, 
assim, preservaria a liberdade de todos. Por isso Rousseau defendia que: “É nula toda lei que 
o povo, diretamente, não ratificar; em absoluto, não é lei.” (Ibidem, p. 108). Deixar que outro 
– mesmo um representante – tome as decisões, significaria abrir mão da própria liberdade. 
O máximo que umrepresentante teria a desempenhar é o papel de “funcionário do povo” e, 
como tal, subordinado à vontade geral, que essa, sim, é soberana. 
O pensamento político de Rousseau deixou-nos um grande legado, não apenas pela 
contribuição intelectual para a Revolução Francesa, mas também por instigar, até os dias 
atuais, as discussões que envolvem a participação política, a maior transparência nos modelos 
representativos e, até mesmo – com o alinhamento de outros pensadores políticos –, por 
contribuir para a fomentação das discussões sobre os direitos sociais. 
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Unidade: A busca da igualdade e a revolução
Marxismo: igualdade e revolução
Neste item, leitor(a), abordaremos uma das escolas do pensamento político que trouxe à 
tona as mais apaixonadas polêmicas. Houve (e ainda há) acalorados debates acadêmicos em 
torno desse pensamento político e ele influenciou (e ainda influencia) movimentos sociais e a 
fundação de partidos políticos. Com a Revolução Russa, em 1917, influenciou, de maneira 
contundente, a demarcação da geografia política do século XX.
Para saber mais, pesquise a Revolução Russa de 1917 na internet:
http://www.youtube.com/watch?v=vAKmpyLBo0I ou em Manuais de História Geral. 
Figura 2 - Karl Marx (1818 - 1883)
Fonte: Thinkstock/Getty Images
Boa parte dessa vitalidade polêmica do pensamento 
de Marx deve-se tanto ao seu pensamento político, por 
si mesmo, como ao fato de a obra do filósofo alemão 
ter um caráter multidisciplinar, borrando as fronteiras da 
economia, política, sociologia e filosofia. É de praxe que, 
academicamente, façamos alguns “cortes” para que nos 
concentremos em pontos específicos, mesmo sabendo 
que se trata de uma compartimentalização artificial. 
Esse tipo de abordagem tende a tornar o processo mais 
didático para quem se aproxima inicialmente desse tema.
Como nossa discussão diz respeito à política, devemos 
nesse eixo permanecer, todavia, para o entendimento das 
questões políticas, alguns conceitos “básicos” precisam 
ser mencionados ao longo da exposição.
Antes disso, um pouco do contexto histórico. Karl 
Marx vivenciou boa parte do século XIX (nasceu em 
1818 e faleceu em 1883). O século XIX foi marcado 
por intensas transformações, desde a decadência de 
velhos impérios, passando pela redução da escravidão, 
até o avanço da Revolução Industrial.
Para saber mais, pesquise Revolução Industrial na internet: 
http://www.youtube.com/watch?v=jt-o3EBQPMU ou 
http://www.youtube.com/watch?v=dBT266GCJF0 e em Manuais de História Geral.
As demandas cristalizadas na Revolução Francesa ainda ecoavam na Europa. O mundo 
era extremamente desigual em diversos níveis; havia uma confusão de aspirações idealistas. 
Liberais ainda se opunham às forças mais conservadores em diversas partes do mundo; por 
outro lado, também surgia uma atmosfera de urgência em relação às demandas sociais que a 
própria abordagem liberal ainda não atendera. A segunda metade do século XVIII e uma boa 
parte do XIX foram marcadas por uma palavra: Revolução.
O ambiente político europeu, principalmente na segunda metade do século XIX, era um 
caldeirão de ideologias, entre elas, anarquistas, socialistas dos mais diferentes matizes e o 
chamado marxismo.
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Após a derrota na guerra franco-prussiana, um apressado novo governo francês assinou 
um tratado de rendição que foi considerado humilhante para os franceses. Somando-se a isso, 
a grave crise econômica e a condição de miséria e insalubridade do ambiente de trabalho nas 
fábricas resultaram no estopim de uma revolta popular na cidade de Paris (em março de 1871) 
com a instauração de uma primeira forma de governo operário.
Karl Marx e seu amigo e também parceiro em várias obras Friedrich Engels fizeram duras 
críticas à Comuna, apesar de reconhecerem sua importância. Outro alvo dessas críticas era 
o chamado socialismo utópico, que, no entender dos pensadores, ainda carregava um certo 
componente de ingenuidade – como uma crença reformista – que impedia seus seguidores de 
ver que a única maneira de alcançar a transformação social – pelo menos para o pensamento 
marxista – era a via revolucionária. 
Há, no pensamento revolucionário do século XIX – independente da denominação –, a 
presença de uma herança do pensamento de Rousseau: a crítica à propriedade.
Cada uma dessas matizes criticou a propriedade à sua maneira e também de forma singular 
propôs alternativas.
No caso do pensamento marxista, havia um esforço para ir além de um conjunto de propostas 
moralistas. Marx e Engles queriam o desenvolvimento de um socialismo científico, uma forma de 
análise rigorosa da história e da sociedade. Não foi à toa que Marx dedicara anos de estudo à teoria 
econômica, a fim de compreender o âmago do sistema capitalista e apontar suas contradições.
No primeiro parágrafo do manifesto comunista, encontramos um dos principais axiomas 
do pensamento marxista:
“A história de toda sociedade até nossos dias é a história da luta 
de classes.” 
(Marx & Engels, p.23, 2012)
Ao buscar rigor para as suas propostas de explicação social e de projeto político, o 
pensamento marxista buscou entender o que seria uma força recorrente das transformações 
sociais ao longo da história. 
Essa abordagem, também nomeada de materialismo histórico, rastreou as transformações 
sociais como produto do conflito em torno da riqueza. Ao longo da história, cada modelo de 
produção econômica gerou riqueza de uma determinada forma, a qual incluía sempre uma 
separação entre aquele que, efetivamente, produzia essa riqueza e quem dela se apropriava: 
senhores e escravos, senhores feudais e servos e, no período em que o pensamento marxista 
desenvolveu sua análise, burguesia (que atingia a condição de capitalista) e o proletariado (em 
condições miseráveis de trabalho).
É sempre bom lembrar, leitor(a), que a análise marxista e seu projeto político tiveram, como 
cenário, uma realidade do mundo do trabalho muito diferente da realidade atual, pelo menos, 
quando analisamos os países desenvolvidos.
A Inglaterra, coração do capitalismo na época, foi preconizada pelo pensamento marxista 
como palco das primeiras revoluções proletárias. Por quê? No entendimento marxista, quanto 
mais um sistema de produção que gera contradições sociais (distribuição desigual da riqueza) 
se desenvolve, mais aguda torna as contradições geradas. Seria, com base nessa linha de 
pensamento, bastante razoável considerar que, quanto mais o capitalismo se desenvolve, 
maior fica a desigualdade social e, assim, mais insustentável tornam-se as condições de vida 
do proletariado, o que, por sua vez, abre caminho para a revolução.
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Unidade: A busca da igualdade e a revolução
No entendimento marxista, as contradições sociais do capitalismo criaram um nível de 
exploração tão intenso que chegou ao ponto de promover uma ruptura radical com toda a 
estrutura política e social:
As condições de vida da velha sociedade já se encontram 
degeneradas nas condições de vida do proletariado. O proletariado 
não possui nada; suas relações com a mulher e os filhos não têm 
nada mais em comum com as relações familiares burguesas. O 
trabalho industrial moderno, a submissão moderna ao capital – que 
é a mesma na Inglaterra e na França, na América e na Alemanha – 
despojaram-no de todo caráter nacional. As leis, a moral, a religião 
são, para ele, meros preconceitos burgueses, por intermédio dos 
quais se camuflam outros tantos interesses burgueses.
(Marx e Engles, p. 42, 2012).
Para o pensamento marxista, as condições agudas de exploração despojaram a classe 
proletáriade praticamente tudo. Toda a superestrutura, indo da legislação aos costumes, que 
organiza a sociedade não passaria de um arranjo de justificação e manutenção do status quo 
vigente, o que nos faz lembrar, leitor(a), a crítica rosseauniana em relação ao contrato social 
nos molde liberais de John Locke. 
Essa compreensão não pode deixar de questionar o próprio papel do Estado em relação 
a essas contradições sociais. Engels aborda essa questão em sua obra A origem da família da 
propriedade privado e do Estado e entende que seria função do Estado que ele:
[...] não só consagrasse a propriedade privada, antes tampouco 
estimada, e fizesse dessa consagração santificadora o objetivo mais 
elevado da comunidade humana, mas também imprimisse o selo 
geral do reconhecimento da sociedade às novas formas de aquisição 
da propriedade, que se desenvolviam umas sobre as outras – a 
acumulação, portanto, cada vez mais acelerada das riquezas –; uma 
instituição que, em uma palavra, não só perpetuasse a nascente 
divisão da sociedade em classes, mas também o direito da classe 
possuidora explorar a não-possuidora e o domínio da primeira 
sobre a segunda. Essa instituição nasceu. Inventou-se o Estado.
(Engels p. 120, 1984).
E continua mais adiante na mesma obra:
O Estado não é, pois, de modo algum, um poder que se impôs 
para a sociedade de fora para dentro [...] É antes um produto 
da sociedade, quando esta chega a um determinado grau de 
desenvolvimento; é a confissão que essa sociedade se enredou em 
uma irremediável contradição com ela própria e está dividida por 
antagonismos irreconciliáveis que não consegue conjurar.
(Engels, p. 191, 1984). 
Portando, o Estado não seria protetor ou um tipo de guardião de direitos; sua função 
estaria muito mais para a de um carcereiro. A finalidade de sua estrutura seria preservar as 
desigualdades já existentes, e não corrigi-las. Contudo, ainda se trataria de uma construção 
artificial que poderia, futuramente, ser desfeita. Esse é outro aspecto do marxismo: propor a 
destruição do Estado burguês.
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O marxismo identifica essa dissociação política e social do proletariado em relação à 
sociedade como combustível para o conflito revolucionário.
O operário moderno não é apenas explorado ao produzir mais-valia – o excedente, o lucro 
do capitalista –; ele também deixou de conhecer aquilo que produz. Ao produzir mecanização 
e divisão do trabalho, o sistema capitalista tirou do antigo artesão o conhecimento sobre o 
objeto de sua produção. Daí a afirmação de que o “proletariado não tem nada”.
As tensões provocadas pelas contradições sociais forçariam uma situação-limite: o 
proletariado, tomado pela consciência dessas mesmas contradições, enxergando os grilhões que 
o aprisionam, lançar-se-ia para quebrá-los. Mas isso só seria possível, segundo o pensamento 
marxista, pela via revolucionária. As estruturas arraigadas na sociedade não permitiriam atacar 
o problema central: a propriedade.
Marx e Engels defendem-se, no Manifesto Comunista, da crítica de que eles seriam contra 
a propriedade como produto do trabalho. O problema estaria nas distorções (segundo eles, 
inevitáveis) do capitalismo, que, ao se desenvolver, esmaga a propriedade dos pequenos 
produtores – incapazes de concorrer – e submete o proletariado a um regime baseado em 
salários, cujo valor é apenas uma pequena fração da riqueza gerada pelo seu trabalho. É 
impossível ao proletário obter propriedade com base no seu salário.
O que nos leva de volta à solução revolucionária. Caberia à classe operária esmagar o Estado 
burguês, abolir o modo de produção capitalista e, com ele, o sistema de propriedade burguês. 
O resultado final a ser atingido seria a superação do sistema de classes – fonte de desigualdade 
social. Para tanto, o proletariado deveria abolir a propriedade burguesa:
A genuína democracia socialista, em contraste, reuniria estas partes 
gerais e individuais de nós mesmos, permitindo-nos participar 
de processos políticos gerais como indivíduos concretamente 
particulares – no local de trabalho assim como na comunidade 
local, por exemplo, em vez de cidadãos abstratos da democracia 
representativa liberal [...].
(Eagleton, p. 52, 1999). 
Entretanto, o caminho tende a ser árduo; a revolução não se daria sem enfrentamento. 
Para garantir o resultado final – o comunismo –, seria necessária uma fase intermediária 
em que o Estado, ainda de pé, seria tomado pela classe operária, que estabeleceria, então, 
uma ditadura do proletariado. A finalidade dessa ditadura proletária não seria perpetuar 
o Estado burguês, mas fazer a transição para o comunismo. Na prática, a propriedade 
privada seria abolida e passaria ao controle desse Estado operário, o qual geriria os recursos 
da maneira a minimizar as distorções do modelo anterior enquanto, progressivamente, 
providenciaria sua própria desarticulação, uma vez que, no comunismo, o Estado careceria 
de qualquer utilidade. 
Esse, leitor(a), é um dos aspectos mais polêmicos do pensamento marxista, principalmente, 
por se tratar de uma doutrina política que repercutiu de maneira estrondosa ao longo do 
século XX. Marx sempre defendeu que a teoria deveria passar para a prática, e foi isso 
mesmo que aconteceu.
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Unidade: A busca da igualdade e a revolução
Outubro de 1917 marcou a história com a advento da Revolução Russa, que foi a primeira 
de muitas revoluções de inspiração comunista pelo mundo. Paixão, idealismo político e reação 
social a péssimas condições econômicas impulsionaram revoluções em diferentes continentes. 
Após a Segunda Guerra Mundial, houve décadas de bipolarização entre EUA e URSS. 
Não se deve subestimar as importantes contribuições políticas e sociais derivadas das 
reivindicações de todas as variadas formas de socialismo e comunismo. Muito do que 
entendemos, contemporaneamente, a respeito dos direitos trabalhistas e de participação 
política teve sua fonte nessas reinvindicações mais amplas.
O século XX também tratou de mostrar uma face que surpreendeu até mesmo estudiosos 
do pensamento marxista.
Marx previa que a ditadura do proletariado não teria um prazo determinado para acabar e 
dar entrada ao comunismo, mas ela seria temporária. A pergunta, leitor(a), é: será que Marx 
e Engles imaginavam as reviravoltas do século que passou?
A União Soviética passou décadas em regime de ditadura de partido único – que se entendia 
como proletário – sem jamais desmontar o Estado, quando, por fim, recuou novamente para 
o capitalismo. A China, que protagonizou uma revolução intensa após a Segunda Grande 
Guerra, adotou um misto de sistema de partido único com economia de mercado; temos, 
agora, multinacionais chinesas atuando em diferentes países; o sistema de classes, antes quase 
totalmente suprimido, voltou a vigorar gradualmente – e, hoje, há operários pobres, ricos, 
milionários e até bilionários na China. 
A “democracia socialista” mostrou-se muito pouco tolerante à divergência política em 
inúmeros episódios (basta lembrarmos da Primavera de Praga).
Os debates prosseguirão, ainda, por muitos anos; defensores argumentarão que houve 
desvio das propostas originais; detratores dirão que se trata de uma falácia demagógica que 
termina em totalitarismo. 
O fato é que o capitalismo se adaptou, transformou-se, em muitos países a pobreza não foi 
erradicada, mas mitigada ao ponto de conter as tensões sociais mais graves. O padrão de vida 
de um operário alemão, francês ou inglês está muitíssimo distante da situação dos operários 
desses países no século XIX ou mesmo no início do século XX. 
Por outro lado, a miséria ainda viceja para um contingente enorme da populaçãomundial. 
As contradições do capitalismo não desaparecerão e não podem ser simplesmente ignoradas. 
Seria, realmente, o comunismo a melhor opção? A resposta a essa questão, leitor(a), você 
mesmo deve buscar responder, assim com farão estudiosos de diferentes áreas, pois não 
acreditamos que esse tema seja tão cedo retirado de pauta. 
Por enquanto ficamos com as palavras do professor José Arthur Giannotti, no prefácio de 
seu livro Além do marxismo:
Não me parece mais adequado pensar numa política que 
desemboque numa negação política, a partir da qual uma nova 
história teria início. Desconfio dos profetas do “novo homem” ou 
dos Zaratustras da vida. Aceito a política como ela é, mas sempre 
procurando seu dever ser.
(Giannotti, p.08, 2011).
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Material Complementar
A bibliografia complementar irá ajudá-lo(a) no aprofundamento dos seus estudos.
Sugerimos iniciar sua pesquisa de aprofundamento a partir dos “manuais mais gerias” e 
depois dedicar sua leitura aos textos específicos dos autores estudados na unidade. 
Por exemplo, recomendamos começar pelo livro Teoria Geral do Estado e Ciência Política, 
assim como Marx e a Liberdade , também é um ótimo texto introdutório. A isso pode ser 
seguido os trechos acompanhados de comentários críticos dos Clássicos da Política.
Importante também, estudante, é recorrer a um bom vocabulário de política.
Essa abordagem facilita o movimento de investigação partindo dos textos mais introdutórios em 
direção aos mais complexos. O que permitirá ampliar a discussão principal da unidade que envolve 
o problema da distribuição da riqueza, a igualdade e as possíveis soluções para estas demandas.
Livros:
AZAMBUJA, Darcy. Introdução à Ciência Política. 2. ed. – São Paulo: Globo, 2008.
BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado. 5. ed - São Paulo: 
Contexto, 2010.
BOBBIO, N. Teoria Geral da Política: A Filosofia Política e as Lições dos Clássicos. 
Organizado por Michelangelo Bovero; trad. Daniela Beccaccia Versiani. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2000.
DE CICCO, Cláudio, GONZAGA, Álvaro de Azevedo. Teoria Geral do Estado e Ciência 
Política. - 4ª ed. ver. atual. e ampl. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.
FROMM, Erich. Conceito Marxista do Homem. Trad. Octavio Alves Velho. Rio de 
Janeiro: Zahar Editores, 1983.
MARX, Karl. Manuscritos econômicos-filosóficos e outros textos. Seleção de 
textos José Arthur Giannotti – São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Col. Pensadores).
______ & ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista; trad. Sueli tomazini Barros 
Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2012.
REALE, Giovanni, ANTESERI, Dario. História da filosofia 2: Do Humanismo a 
Kant. São Paulo: Paulus, 1990.
______. História da filosofia 3: Do romantismo aos nossos dias. – São Paulo: Paulus, 1990.
WEFFORT, F.C. Os clássicos da política 1 e 2. Organizador Francisco C. Weffort; 
colaboradores Maria Tereza Sadek...[et. al]. São Paulo: Ática, 2008.
Vídeos:
A Guerra Fria – Primavera de Praga: http://www.youtube.com/watch?v=OgaL-wJMWQU 
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Unidade: A busca da igualdade e a revolução
Referências
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N. Dicionário de Política. 13. ed. , v. 01 e 02, Brasília: 
Universidade de Brasília, 2007.
EAGLETON, Terry. Marx e a liberdade; trad. Marcos B. de Oliveira. – São Paulo: Editora 
UNESP, 1999. (Coleção Grandes Filósofos)
ENGELS, Friedrich. A origem da família da propriedade privada e do Estado; trad. 
Leandro Konder. – Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1984.
GIANNOTTI, José Arthur. Marx: Além do marxismo; [tradução dos textos de Marx, Luciano 
Codato]. – Porto Alegres, RS: L&PM, 2011.
MARX, K & ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista; trad. Sueli tomazini Barros 
Cassal. – Porto Alegre: L&PM, 2012.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social; Ensaio sobre a origem das línguas; Discurso 
sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens; Discurso sobre as ciências 
e as artes; trad. Lourdes Santos Machado; Introdução e notas de Paul Arbousse-Bastide e 
Lourival Gomes Machado. – 2ed. – São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Col. Pensadores).
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Anotações

Outros materiais