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Fisiologia Respiratória Conceitos iniciais Pulmões: componentes elásticos com tendência a colabar; Diafragma: altera o espaço torácico, diminuindo ou aumentando a pressão; Espaço pleural: espaço de pressão negativa que impede que os pulmões colabem; Volume corrente: volume de ar que entra ou sai sem esforço adicional; Doenças restritivas: doenças que dificultam a expansão pulmonar; Doenças obstrutivas: doenças que causam a redução do raio dos bronquíolos - broncoconstrição. Os bronquíolos regulam o fluxo do ar para os alvéolos - possuem musculatura lisa na parede bronquiolar. A broncoconstrição é causada por mecanismos sistêmicos (neuroendócrino) e locais. O simpático causa a broncodilatação, age nos receptores beta-2.. Em casos de asma usa-se medicação simpatomimética. Fases da respiração Fase 1 : ventilação - primeira fase da respiração, ocorre troca de gás entre o interior dos pulmões e a atmosfera; Fase 2: hematose - troca entre alvéolos e capilares pulmonares; Caso haja acúmulo de líquido entre essas estruturas ocorre o edema; Fase 3: transporte de gases no sangue - oxigênio não é solúvel no sangue, 98% dele vai transportado por hemoglobina. Fase 4: troca de gases entre capilares e tecidos. Introdução: papel do respiratório no equilíbrio hidroeletrolítico · O CO2 é, virtualmente, o maior ácido, pois dá origem ao ácido carbônico (H2CO3) e interfere diretamente no PH; · O sistema atua na manutenção das pressões de CO2 e O2; A anatomia do sistema respiratório · O sistema respiratório possui automatismo: · As células auto excitáveis do sistema respiratório estão no SNC (bulbo e tronco); · Determinam a frequência respiratória; · A membrana alveolocapilar é a interface entre o meio interno e meio externo · Fina e extensa para facilitar a difusão; · Para evitar que essa estrutura seja muito exposta ela é internalizada na caixa torácica - necessidade de uma bomba que gere o fluxo pulmão-atmosfera; · Pulmões são protegidos por diversas estruturas; · Ocorre divisão entre vias aéreas superiores (fora da caixa torácica) e inferiores (dentro da caixa torácica); · O acúmulo de muco nas vias aéreas inferiores é uma condição obstrutiva; · Outro papel das vias aéreas: fonação; · Traqueia: tubo envolvido por anéis cartilaginosos - impedem seu fechamento; · À nível de bronquíolos as cartilagens são perdidas, portanto eles são capazes de fazer broncoconstrição e regular fluxo aéreo; · Área de secção dos bronquíolos é maior que da traqueia - são consideradas as áreas de secção de todos os bronquíolos; · Portanto, alguns bronquíolos podem estar colabados e outros abertos, e ainda assim a respiração ocorre normalmente. · O sistema pode ser dividido entre zona de condução e superfície de troca; · Tecido respiratório é revestido por epitélio que produz muco, o que permite a filtragem do ar que chega aos pulmões, o aumento de sua temperatura e umidificação; · Tecido pseudoestratificado, possui apenas uma camada, é colunar e ciliado; · Células caliciformes são produtoras de muco. Possuem propriedade viscoelástica capaz de apreender partículas suspensas no fluxo aéreo; · O sistema possui vias acidentadas que aumentam a probabilidade de choque das partículas com o epitélio; · Os cílios desenvolvem batimento mucociliar: transporte do muco com partículas apreendidas em direção a faringe - fim: expectorar ou deglutir; · Membrana alveolocapilar: alvéolo + capilar, onde ocorre a hematose: · Possui células alveolares tipo 1 ou pneumócitos tipo 1 e células endoteliais; · O oxigênio atravessa essas células; · Também possui células alveolares tipo 2, que produzem surfactantes; Ventilação · Espaço pleural: separa pulmão da cavidade torácica · Formado por membrana externa (pleura externa ou parietal) e interna (pleura interna ou visceral) - é um espaço fechado; · Sua pressão negativa permite a abertura do pulmão; · Sua perfuração (pneumotórax) leva à perda do líquido, ao descolamento das pleuras parietal e visceral e à entrada de ar na cavidade, aumentando a pressão; · Músculos inspiratórios: diafragma e intercostais externos (aproximam as vértebras de baixo pra cima) - alguns autores trazem esternocleidomastoideo e escaleno como músculos da respiração basal; · Músculos expiratórios: · basal (passiva) - relaxamento do diafragma e intercostais externos; · forçada - contração dos músculos intercostais internos e os do abdome; · O trabalho respiratório só é possível graças a complacência (capacidade de expandir) dos pulmões; · Quanto maior a complacência, menor a força de contração necessária; · O surfactante aumenta a complacência dos pulmões. Isso permite com que o pulmão ventile melhor, otimizando as trocas gasosas entre o pulmão e o sangue. · Aumenta o volume corrente. · É produzido por células alveolares tipo 2 ou pneumócitos tipo 2. · Elasticidade: capacidade de retornar ao diâmetro original; · Enfisema pulmonar: muito complacência e pouca elasticidade; · Ar dos alvéolos é mais rico em CO2, pois elasticidade auxilia nessa troca; · Fibrose pulmonar: lesão que após cicatrizada engrossa o tecido dos sacos alveolares - doença restritiva; · Para realizar o trabalho respiratório é preciso vencer: a complacência e elasticidade pulmonar, a tensão superficial e a resistência das vias aéreas · A hiperventilação causa uma pressão maior de O2 e menor de CO2; · A hipoventilação dificulta a saturação de oxigênio e dificulta o transporte desse gás no sangue; · Em quadros de alcalose, a respiração pode ser diminuída (hipoventilação) para que a pressão de CO2 aumente e, consequentemente, aumente a acidez; · O contrário também é válido; Trocas gasosas - hematose · A hematose ocorre por conta do gradiente de pressão entre os gases do sangue e os gases da atmosfera; · Em altas altitudes, onde a pressão é menor, a hematose pode ser comprometida; · As trocas gasosas (taxa de difusão) dependem de área de superfície, gradiente de pressão, permeabilidade da membrana e espessura da membrana. · Lâmina basal fundida: entre os pneumócitos tipo I e as células endoteliais; Transporte de gases no sangue O2 · Pouco solúvel no plasma (apenas 2% dissolve), por isso a necessidade de hemoglobinas – se ligam a 4 moléculas de o2; · Duas formas de transporte: · Ligado a hemoglobina - 98% · Dissolvido no plasma - 2% CO2 · 7% vai dissolvido no plasma; · 23% se liga à hemoglobina; · 70% de transporte do CO2 segue na forma de HCO3 – (íon bicarbonato) · A respiração é, de modo geral, involuntária, mas ela pode ser modulada; · A organização acontece no tronco encefálico - bulbo e ponte; · Há região no bulbo com neurônios que disparam sozinhos - potencial de repouso instável; · Neurônios do bulbo descem e fazem sinapse com neurônios do nervo frênico e geram contração; · Nervo frênico inerva o diafragma - nervo espinal; · O corpo do neurônio do nervo frênico está no corno ventral da medula espinal e libera ACh nos receptores nicotínicos do diafragma; · O sistema límbico e o cortical podem modular a atividade do sistema respiratório; · Mecanismos locais também modulam a respiração: Pco2, pH e PO2 · Quimiorreceptores: são divididos em central - localizados no tronco encefálico - e periférico - localizados na curva da aorta e bifurcação carotídea.: · Os centrais são sensíveis a CO2 e pH; · E os periféricos são sensíveis a CO2, ph e O2 · Diferente dos quimiorreceptores, os barorreceptores são mecânicos e sensíveis a pressão arterial; · Complexo pré-botzinger: células “marcapasso” da respiração;
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