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Contabilidade Pública Receita Pública – Todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos, e, também a variação ativa, proveniente do registro do direito a receber no momento da ocorrência do fato gerador, quer seja efetuado através de numerário ou outros bens representativos de valores, que o Governo tem direito de arrecadar em virtude de leis, contratos ou quaisquer outros títulos que derivem direitos a favor do Estado. Classificação a) Receita Orçamentária; b) Receita Extraorçamentária. Receita Orçamentária A Receita Orçamentária é a consubstanciada no orçamento público, consignada na Lei Orçamentária, cuja especificação deverá obedecer à discriminação constante do Anexo nº 3, da Lei Federal nº 4.320/64, cujas atualizações vêm sendo feitas pela Portaria Interministerial nº 163/2001. Quando a receita que está sendo recolhida pertencer ao tesouro ou ao órgão que está recebendo, está receita é classificado como orçamentária. A Receita Orçamentária, por outro lado, tendo em vista o contido no Manual de Receita Nacional, deve observar o reconhecimento da receita, da seguinte forma: I. Reconhecimento da receita sob o enfoque patrimonial: consiste na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade para reconhecimento da variação ativa ocorrida no patrimônio, em contrapartida ao registro do direito no momento da ocorrência do fato gerador, antes da efetivação do correspondente ingresso de disponibilidade. II. Reconhecimento da receita sob o enforque orçamentário: são todos os ingressos disponíveis para cobertura das despesas orçamentárias e operações que, mesmo não havendo ingresso de recursos, financiam despesas orçamentárias. A Lei Federal nº 4.320/64, a respeito da receita orçamentária, diz: “A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.” 1. Receitas Correntes: “sãos as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.” A classificação da receita corrente obedecerá ao seguinte esquema: I – Receitas Correntes • Receita tributária • Receita de Contribuições • Receita Patrimonial • Receita Agropecuária • Receita Industrial • Receita de Serviço • Transferências Correntes • Outras Receitas Correntes Receita Tributária é composta por Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. Conceitua-se como a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas, suas propriedades e dos benefícios diretos e imediatos recebidos do Estado. Receita de Contribuições é também uma origem das receitas correntes, destinada a arrecadar receitas relativas a contribuições sociais e econômicas, destinadas, geralmente, à manutenção dos programas e serviços sociais e de interesse coletivo. Receita Patrimonial, Agropecuária e Industrial são origens que se compõem de rendas provenientes, respectivamente, da utilização de bens pertencentes ao Estado, como aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmios, juros, participações e dividendos; da produção vegetal, animal e de derivados; e da indústria extrativa mineral, de transformação e de construção. Receitas de Serviços são outra origem das receitas correntes que se originam da prestação de serviços comerciais, financeiros, de transporte, de comunicação e de outros serviços diversos, bem como tarifa de utilização de faróis, aeroportuárias, de pedágio. As normas gerais, constantes do Manual de Contabilidade aplicada ao Setor Público, dizem que as Receitas de Operações Intraorçamentárias são receitas originadas de outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social, no âmbito da mesma esfera de governo, por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. 2. Receitas de Capital: “São receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente.” Classificação da receita de capital obedecerá ao seguinte esquema: I. Receitas de Capital • Operações de Crédito • Alienação de Bens • Amortização de Empréstimos • Transferências de Capital • Outras Receitas de Capital Operações de Crédito: são origens oriundas da realização de recursos financeiros advindos da constituição de dívidas, através de empréstimos e financiamentos, que podem ser internas e externas. Alienações de Bens: são outra origem das receitas de capital, captadas através da venda de bens patrimoniais móveis ou imóveis, e dizem respeito às conversões de bens é valores em espécie, isto é, conversão desses bens e valores em moeda corrente. Transferências Correntes são outra origem oriunda de recursos financeiros recebidos de outras entidades de direito público ou privado e destinados ao atendimento de gastos, classificáveis em despesas correntes. Outras Receitas Correntes também são origem de receitas correntes originárias da cobrança de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da dívida ativa e receitas diversas. Amortizações de Empréstimos: são origens das receitas de capital, através das quais se recebem valores relativos a empréstimos concedidos. Transferências de Capital: são outra origem de recursos recebidos de outras entidades de direito público ou privado, destinados a atender a despesas classificáveis em Despesas de Capital. Outras Receitas de capital: é uma origem das Receitas de Capital destinada a arrecadar outras receitas de capital que constituirão uma classificação genérica não enquadrável nas origens anteriores. Receita extraorçamentária A Receita extraorçamentária, segundo grupo da receita pública, compreende os recolhimentos feitos que constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. Por conseguinte, o Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe pertencem. O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como por exemplo: as cauções, as fianças, as consignações e outras, sendo a sua arrecadação classificada como receita extraorçametária. Receita extraorçamentária não pertence ao poder público, configura-se como uma entrada compensatória no ativo e passivo financeiro e, por via de consequência, deverá ser devolvida ou paga a quem de direito, assim que forem cumpridas as formalidades necessárias.
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