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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ- UECE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- CCS CURSO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA DE ÉTICA EM ENFERMAGEM PROFA. ANA VÍRGINIA DE MELO FIALHO ALUNA: LIANA SOARES BARROSO REFLEXÕES ACERCA DO VÍDEO “ÉTICA DO COTIDIANO” FORTALEZA-CE 2021 No vídeo ocorre uma discussão acerca do que é ética na visão dos filósofos Mário Sérgio Cortella e Clóvis De Barros Filho. Estes pensadores abordam a ética de maneira mutável, uma vez que o ser humano é um indivíduo portador da liberdade de si, ou seja, capaz de tomar suas próprias decisões, estas são causadoras de inúmeros dilemas. Nesse viés, eles enfatizam que a ética é a inteligência compartilhada para que seja possível se conviver bem, além de mostrar que o indivíduo ao abrir mão da liberdade, passa também a abrir mão da ética. Há uma afirmação de que o homem é um animal capaz de tomar decisão, o que o torna diferente dos demais. Para isso, é feita uma analogia entre a aranha e o tecelão, este, por ser um animal pensante é capaz de tecer de diversos modos, aquela, por não possuir o poder de decisão, sempre tecerá da mesma forma. Com isso, os filósofos buscam comprovar que o ser humano não nasce sabendo, ele é capaz de aprender e efetuar ações de formas diferentes. Nessa discussão, eles colocam em pauta que, muitas vezes, a liberdade pode ser usada de maneira incorreta, e para isso, o homem busca justificar suas condutas erradas culpando terceiros, isto é, não é capaz de assumir as responsabilidades das suas escolhas incoerentes, sendo mais fácil generalizar a situação e culpar o sistema ou a sociedade. Além dessa perspectiva, os pensadores buscam conceituar a ética de uma forma que atinja a todos, caracterizando termos como angústia, a qual é capaz de ser gerada no momento que o indivíduo se encontra em um dilema e precisa fazer uma escolha. Somado a isso, a hierarquização dos valores que definirá a escolha individual através dos princípios e valores. Nessa conjuntura, eles procuram quebrar os paradigmas de que a vida possui uma linha de raciocínio que deve ser seguida por todos igualmente, ou seja, refutam a idealização da vida perfeita e cheia de comparações. Os filósofos afirmam que ética não é autoajuda e nem um conjunto de respostas prontas. A ética é formada pelas circunstâncias do seu tempo, isto é, em cada momento ela muda, ela se reconstrói. Com isso, é possível dizer que a ética é de cada cultura, não é universal e também não é individual, visto que visa ao bem coletivo. Ademais, eles fazem uma reflexão sobre a vergonha, enfatizando que o homem é formado pela moral, que inclui seus princípios e valores, fazendo assim com que ele abra mão de pretensões individuais, as quais são, em alguns casos, capazes de lesionar a coletividade, e visem ao ideário coletivista para que se possa conviver bem em sociedade. No momento que o homem perde a vergonha, ele se torna um sujeito desprovido de moral, o que vai de encontro ao que a ética prega. Para finalizar, o Clóvis faz uma reflexão pertinente acerca da percepção aristotélica sobre ética. Aristóteles acreditava que ética era a reflexão sobre a vida que estava diretamente ligada à pratica da repetição dos costumes e hábitos, dessa forma, seria possível alcançar a vida perfeita e a boa convivência. Entretanto, Clóvis refuta essa ideia defendida por Aristóteles, e afirma que a ética é a capacidade de escolher e não aceitar a repetição, pois só assim será viável revolucionar, subverter e mudar. Diante disso, é possível concluir que essa abordagem feita pelos filósofos é crucial para o entendimento da ética tanto na teoria quanto na prática, haja vista que eles usam exemplos do cotidiano para explicar conceitos. A ética é importante nos diversos âmbitos da vida, seja no pessoal, seja no profissional.
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