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História – 8° Ano Professor Cristiano O. de Sousa Aula: Os ideais Iluministas Praça dos 3 Poderes em Brasília, Distrito Federal Sede dos 3 poderes: • Executivo (Palácio do Planalto). • Legislativo (Congresso Nacional). • Judiciário (Supremo Tribunal Federal). • Nossa Constituição estabelece a divisão do Estado em 3 poderes: Executivo • Governar e administrar Legislativo • Elaboração das Leis Judiciário • Responsável pelo cumprimento das leis Vamos Refletir um pouco... • Nossa Constituição também estabelece que o Brasil é uma República, Presidencialista e Democrática. Isso quer dizer que o povo, através do voto, elege um Presidente que irá governar os bens públicos do País. • Além disso são eleitos deputados e senadores, responsáveis por criar, discutir e votar as leis do país no Congresso Nacional. • Temos também o Supremo Tribunal Federal, que reúne as maiores autoridades em Justiça na mais alta esfera do poder jurídico. • Além dos 3 poderes a Constituição Brasileira estabelece que o Estado Brasileiro é laico (não é vinculado a nenhuma religião), e assegura ao povo liberdade religiosa, de opinião, de pensamento, além de estabelecer os direitos e deveres do cidadão. MAS SEMPRE FOI ASSIM? Vamos viajar ao passado e aprender quando essas ideias surgiram... Vamos voltar para a ÉPOCA MODERNA (Séculos XVI ao XVIII) A sociedade de Antigo Regime ▪ Durante a Idade Moderna (séculos XVI - XVIII), a organização social da Europa era chamada de ANTIGO REGIME. ▪ A sociedade de Antigo Regime era rigidamente hierarquizada e dividida em 3 ESTADOS, definidos pelo nascimento: ▪ 1° Estado: Clero ▪ 2° Estado: Nobres ▪ 3° Estado: Povo em geral, incluindo Burguesia, trabalhadores urbanos e rurais, Camponeses, Artesãos, e todos os demais, incluindo os miseráveis. ▪ A sociedade de Antigo Regime é DESIGUAL e assentada no privilégio e no nascimento! Enquanto alguns possuem privilégios (Clero e Nobres), o Terceiro Estado tinha que sustentar o luxo do 1° e 2° Estado. A sociedade de Antigo Regime ▪ Grande parte da Europa durante o Antigo Regime era governada por MONARQUIAS ABSOLUTISTAS. ▪ Na Monarquia Absolutista o rei concentra os poderes em suas mãos, criando leis, julgando e executando o governo segundo sua vontade. ▪ O absolutismo monárquico era justificado pela teoria do “Direito divino dos Reis”. ▪ Segundo esta teoria, o Rei teria sido escolhido pelos deuses. Suas vontades eram a representação das vontades divinas. Assim, questionar a autoridade do Rei era um desrespeito à autoridade de Deus. ▪ O sistema econômico durante o Absolutismo era o MERCANTILISMO, que defendia a intervenção do Estado na economia para garantir a “Balança Comercial Favorável” O rei da França, Luiz XIV, o Rei Sol, afirmava que “O estado sou eu” O Iluminismo ▪ O Iluminismo foi uma corrente intelectual e filosófica surgida na França, no século XVIII (Século das Luzes), que questionava os privilégios do Clero e da Nobreza na sociedade de Antigo Regime, a Monarquia Absolutista, o poder da Igreja Católica e as práticas Mercantilistas. ▪ O movimento se espalhou por toda a Europa, ganhando apoio da burguesia, e influenciou movimentos revolucionários por todo o mundo, inclusive no Brasil. ▪ Os pensadores e filósofos iluministas pregaram substituição da visão “teocêntrica” (que explicava tudo através da religiosidade e de Deus) pelo “antropocentrismo”, que estabelecia o “homem” como o centro de tudo e a explicação do mundo através da racionalidade humana (“Razão”) e da Ciência. Século XVIII: O Século das Luzes ▪O Iluminismo rompeu com a maneira como as pessoas pensavam. Os Iluministas valorizavam a ciência e a racionalidade como forma de eliminar a ignorância dos seres humanos sobre a natureza e a vida em sociedade, trazendo luz às trevas da ignorância... O Pensamento Iluminista: ▪ O pensamento iluminista é a base sobre a qual se fundou a sociedade em que vivemos, o mundo contemporâneo (do século XVIII aos dias atuais) ▪ Conforme veremos adiante, algumas teorias para a política e a economia, que existem até hoje, foram propostas por pensadores iluministas. ▪ O conhecimento e as formas de desenvolvê-lo atualmente são frutos das ideias Iluministas. ▪ O que o Iluminismo representa para nós? ▪ Portanto, conhecer o iluminismo é conhecer a nossa sociedade e a nossa forma de pensar! Entre os principais pensadores e ideias iluministas, podemos citar: ▪ John Locke: acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo. Defendia que o papel do governante era garantir os direitos naturais dos homens. • Voltaire: defendia a liberdade de pensamento e não poupava críticas à intolerância religiosa. Famoso pela frase: “Posso não concordar com nenhuma palavra do que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las”. Entre os principais pensadores e ideias iluministas, podemos citar: ▪ Jean Jaques Rousseau: defendia a ideia de um estado democrático que garantisse igualdade de direito para todos (contrato-social). • Montesquieu: Defensor da teoria da divisão do poder político em três: Legislativo (fazer as leis), Executivo (executar as leis) e Judiciário (julgar as leis). Segundo Montesquieu somente com essa divisão é que se poderia garantir a liberdade. Entre os principais pensadores e ideias iluministas, podemos citar: ▪ Adam Smith: O pai do liberalismo econômico, era contra a intervenção do estado na economia e defendia o livre mercado. Acreditava que o que gerava riqueza a uma nação era o trabalho. ▪ Diderot e D’Alembert: Os criadores da primeira Enciclopédia: uma obra que reunisse todos os conhecimentos e pensamentos filosóficos da sua época. Os Déspotas Esclarecidos ▪ As ideias liberais se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo, passaram a aceitar algumas ideias iluministas, principalmente aquelas relativas à economia e à administração. Estes monarcas ficaram conhecidos como Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as ideias de progresso iluministas. ▪ Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia e o ministro do Rei Dom José I de Portugal, o Marquês de Pombal, responsável por diversas reformas administrativas no governo português.
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