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Medicina Veterinária Anatomia 2 @RebecaWoset 1 Sistema Respiratório As pequenas partículas de poeira do ar inspirado são filtradas e ele então é umedecido e aquecido nas vias respiratórias, as quais transferem o ar para os pulmões. Nos pulmões, o oxigênio se propaga do ar inspirado para o sangue, e o dióxido de carbono, do sangue para o ar. O sistema respiratório pode ser dividido em vias respiratórias e locais de troca gasosa. As vias respiratórias compreendem os seguintes órgãos: Nariz externo Cavidade nasal Porção nasal da faringe Laringe Traqueia Brônquios Pulmões Os locais de troca gasosa dentro dos pulmões são: Bronquíolos respiratórios Ductos alveolares Sacos alveolares Alvéolos Classificação de acordo com a pele que recobre a narina. Plano nasal: Felino, Caninos e Pequenos Ruminantes Plano labial: Equino Plano rostral: Suíno Plano nasolabial: Bovino CARTILAGENS NASAIS Varia quanto a forma, tamanho e quantidade dependendo da espécie. Elas determinam o formato da abertura da narina. As cartilagens nasais laterais dorsal e ventral estão em contato uma com a outra em todas as espécies domésticas, exceto no equino. Dependendo da espécie, várias cartilagens nasais acessórias podem se originar das cartilagens nasais laterais. No equino, a cartilagem nasal dorsal não se prolonga muito e a cartilagem nasal ventral é indefinida ou inexistente. CAVIDADES NASAIS As conchas nasais se projetam para o interior da cavidade nasal e servem para aumentar a superfície da área respiratória. Em animais com senso de olfato apurado, como o cão, as conchas nasais são mais complexas e aumentam ainda mais a superfície olfativa. Esse aumento, juntamente com uma quantidade maior de células olfativas receptoras, é responsável pelo excelente sentido de olfato do cão em comparação aos humanos. Caudoventralmente, a cavidade nasal se comunica com a porção nasal da faringe pelas coanas. CONCHAS NASAIS As conchas nasais são tubos cartilaginosos ou ossificados com mucosa nasal que ocupam a maior parte da cavidade nasal O endoturbinado I é o turbinado mais extenso situado mais dorsalmente e o que mais se prolonga no interior da cavidade nasal. Ele forma a base óssea da concha nasal dorsal. O endoturbinado II é adjacente ao primeiro e forma a parte óssea da concha nasal média. Embora as conchas nasais dorsal e média sejam formadas pelos Medicina Veterinária Anatomia 2 @RebecaWoset 2 Sistema Respiratório endoturbinados, a concha nasal ventral é parte da maxila. MEATOS NASAIS O meato nasal dorsal é a passagem entre o teto da cavidade nasal e a concha nasal dorsal. Ele conduz diretamente ao fundo da cavidade nasal e canaliza o ar para a mucosa olfativa. O meato nasal médio situa-se entre as conchas nasais dorsal e ventral e se comunica com os seios paranasais. O meato nasal ventral é o caminho principal para o fluxo de ar que conduz à faringe e situa-se entre a concha nasal ventral o assoalho da cavidade nasal. O meato nasal comum é o espaço longitudinal de cada lado do septo nasal. Ele se comunica com todos os outros meatos nasais. SEIOS PARANASAIS Os seios paranasais são divertículos da cavidade nasal que formam cavidades preenchidas com ar entre as lâminas externa e interna dos ossos do crânio. Bastante desenvolvido no bovino e equino. Os seios paranasais são revestidos pela mucosa respiratória. Os seguintes seios paranasais podem ser encontrados no crânio de animais domésticos: Seio maxilar Seio frontal Seio palatino Seio esfenoidal Seio lacrimal em suínos e em ruminantes Seio da concha dorsal e seio da concha ventral no suíno, em ruminantes e no equino Células etmoidais em suínos e em ruminantes. LARINGE Ela protege a entrada para a traqueia e impede a aspiração de corpos estranhos pelo trato respiratório inferior, além de ser importante para a vocalização. Durante a deglutição, a epiglote pende para trás com a finalidade de cobrir parcialmente a abertura rostral da laringe. Caudalmente, a cavidade laríngea une-se ao lúmen da traqueia. CARTILAGENS DA LARINGE A cartilagem epiglótica forma a base da epiglote, seu ápice livre está voltado para a direção rostral e é pontiagudo em carnívoros e no equino, porém mais arredondado em ruminantes e no suíno. O pecíolo está conectado à cartilagem tireóidea. Formada por cartilagem eslástica. A cartilagem tireóidea contém cartilagem hialina, a qual pode e ossificar com o avançar da idade, e forma as paredes laterais e o assoalho da laringe. No equino, o processo rostral é separado da lâmina por uma fissura. As cartilagens aritenóideas são formadas de cartilagem hialina e são as únicas Medicina Veterinária Anatomia 2 @RebecaWoset 3 Sistema Respiratório cartilagens laríngeas pares que se encontram dorsalmente para cobrir a abertura deixada aberta pela lâmina da cartilagem tireóidea, e desse modo formam a maior parte do teto da laringe. A cartilagem cricóidea forma um anel completo na extremidade caudal da laringe. Ela possui o formato de um anel de sinete com uma lâmina (lamina) dorsal expandida e um arco ventral mais estreito. A lâmina dorsal se articula com as cartilagens aritenóideas enquanto o arco ventral se articula com os processos caudais da cartilagem tireóidea. Formada de cartilagem hialina, a qual também pode se ossificar com a idade. VASCULARIZAÇÃO DA LARINGE A laringe é irrigada pelo ramo laríngeo da artéria tireóidea cranial, a qual se prolonga desde a extremidade cranial da artéria carótida comum. PULMÃO O pulmão direito e o pulmão esquerdo são basicamente semelhantes e se conectam um ao outro na bifurcação da traqueia. Uma cavidade estreita preenchida com líquido está presente entre a pleura visceral e a pleura parietal, a qual serve para reduzir o atrito durante a respiração. A área de cada pulmão que recebe o brônquio principal, acompanhado pelos vasos pulmonares (artéria e veia pulmonares, artéria e veia brônquicas, vasos linfáticos) e nervos é conhecida como raiz do pulmão ou hilo pulmonar. Os pulmões são mantidos no lugar devido à sua fixação à traqueia, aos vasos sanguíneos, ao mediastino e à pleura, a qual emite o ligamento pulmonar dorsomedialmente para conectar os pulmões com o mediastino e o diafragma. ESTRUTURA DOS PULMÕES Os pulmões compõem-se de parênquima e interstício (estroma). O parênquima pulmonar é o órgão em que o oxigênio da atmosfera e o dióxido de carbono do sangue são trocados. Ele compreende os bronquíolos e seus ramos, e os alvéolos pulmonares terminais. O interstício compõe-se de tecido mole elástico e colágeno, onde se inserem glândulas mistas, fibras musculares lisas, fibras nervosas, vasos sanguíneos e linfáticos. As faces dos pulmões são cobertas pela pleura pulmonar. Sob a pleura, uma cápsula fibrosa envolve o órgão e forma septos entre os lóbulos, os quais são mais (no bovino) ou menos (no equino) distintos, dependendo da espécie. A elasticidade do tecido intersticial é responsável pela capacidade do pulmão de se expandir com a inspiração e de se comprimir com a expiração. Medicina Veterinária Anatomia 2 @RebecaWoset 4 Sistema Respiratório ÁRVORE BRÔNQUIA Os brônquios se dividem nos pulmões de forma dicotômica ou tricotômica. A árvore brônquica pode ser dividida em duas partes, conforme seu funcionamento: Vias respiratórias o Brônquios principais o Brônquios lobares o Brônquios segmentares o Brônquios verdadeiros o Bronquíolos verdadeiros e bronquíolos terminais Locais de troca gasosa com os pulmões: o Bronquíolos respiratórios o Ductos alveolares o Sacos alveolares o Alvéolos pulmonares. LOBOSPULMONARES Pulmão Direito Pulmão Esquerdo Cão e Gato Lobo cranial Lobo médio Lobo caudal Lobo acessório Lobo cranial (dividido) Lobo caudal Suíno Lobo cranial Lobo médio Lobo caudal Lobo acessório Lobo cranial (dividido) Lobo caudal Ruminantes Lobo cranial (dividido) Lobo médio Lobo caudal Lobo acessório Lobo cranial (dividido) Lobo caudal Equino Lobo cranial Lobo caudal Lobo acessório Lobo cranial Lobo caudal
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