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Aniclei TCC II

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ATENAS
ANICLEI GONÇALVES PIMENTA
MEDICAMENTOS GENÉRICOS: Percepção, conhecimento e utilização 
Paracatu
29
2020
ANICLEI GONÇALVES PIMENTA
MEDICAMENTOS GENÉRICOS: Percepção, conhecimento e utilização. 
Monografia apresentada ao Curso de Farmácia do Centro Universitário Atenas, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
Orientadora: Profª. Msc. Maria Jaciara Ferreira Trindade
Paracatu
2020
ANICLEI GONÇALVES PIMENTA
MEDICAMENTOS GENÉRICOS: Percepção, conhecimento e utilização. 
Monografia apresentada ao Curso de Farmácia do Centro Universitário Atenas, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
Orientadora: Profª. Msc. Maria Jaciara Ferreira Trindade
Banca Examinadora:
Paracatu-MG, _______ de____________________de_______.
Prof. MSc. Maria Jaciara Ferreira Trindade
Faculdade Atenas		 
Prof.
Prof.
Dedico primeiramente a Deus e a nossa Senhora, por terem segurado a minha mão, pois sem o auxílio de Deus eu não teria chegado até aqui.
Á minha mãe por me ensinar tanto sobre a vida, por ser a minha base e a razão de nunca ter me deixado desistir do nosso sonho. Sempre me apoiando, incentivando, e me encorajando durante todos esses anos de longa trajetória. 
AGRADECIMENTOS
(FORMATAR)
Á cinco anos atrás dei início a um sonho, a caminho desta conquista vivi muitas experiências, ampliei minha visão e meus conhecimentos. Passei por momentos que me abrigou emoções indescritíveis, porém me proporcionou experiências singulares. Grandes foram as lutas, maiores serão as vitórias. 	 Sei que agora surge uma nova jornada... Um ciclo que se encerra, outro que se inicia.		 										Difícil encontrar palavras que traduzem minha gratidão e expressam minha felicidade. Quero agradecer ao meu bom Deus, e a Nossa Senhora, por terem me guiado, e me dado forças até aqui.						 		À minha mãe Cleonice, por ser a minha motivação diária, minha base, a razão de eu nunca ter desistido desse sonho que não é só meu, mas sim também o dela. 		Aos meus irmãos Anderson e Valéria, por de uma forma ou de outra terem contribuído para a realização deste sonho.							Ao meu namorado Guilherme, por toda paciência, incentivo, e companheirismo durante toda essa trajetória.							 Aos meus familiares, minha tias queridas Sideny e Sueli pelo apoio e orações a meu favor que me sustentaram até aqui.							Aos meus amigos que mesmo longe se fizeram presentes, me ajudando e dando forças nos momentos de fraqueza, em especial Luciene, Carol e Nathália.	Aos colegas de sala, pelo tempo em que compartilhamos juntos, vivenciando experiências e dividindo sonhos.									 A minha orientadora Maria Jaciara, por todo empenho, carinho e paciência na ajuda e desenvolvimento do meu trabalho de conclusão.
“Entregue o seu caminho ao senhor, confia nele, e o mais ele fará”
Salmos 37:5
RESUMO
A política de medicamentos genéricos no Brasil foi lançada em 1999 com o intuito de incentivar a concorrência comercial, melhorar a qualidade dos medicamentos e facilitar a aquisição da população ao tratamento medicamentoso eficaz, seguro e mais barato. Uma alternativa para o mercado brasileiro, já que os medicamentos genéricos de acordo com a lei 9.787 de 1999 devem ser pelo menos 35% mais barato que o medicamento de referência. Os medicamentos genéricos não possuem nome comercial ou marca, podem ser identificados pela tarja amarela, e na própria embalagem vem escrito o nome do princípio ativo. Os medicamentos genéricos só podem ser produzidos após a expiração da patente do medicamento de referência, que dura em média, vinte anos. Os medicamentos genéricos, deve possuir o mesmo princípio ativo, forma farmacêutica, dosagem, e via de administração dos medicamentos de referência. Os medicamentos genéricos, também passam por testes de bioequivalência e biodisponibilidade o que asseguram a eficácia do medicamento e traz mais segurança ao consumidor
Palavras-chave: Medicamento genérico. Intercambialidade. Política de medicamentos genéricos.
QUAL O PROBLEMA DE PESQUISA?
QUAL A METODOLGIA USADA?
QUAIS OS PONTOS MAIS DESTACÁVEIS DA SUA PESQUISA?
ABSTRACT
	The generic drug policy in Brazil was launched in 1999 with the aim of encouraging commercial competition, improving the quality of drugs and facilitating the population's acquisition of effective, safe and cheaper drug treatment. An alternative for the Brazilian market, since generic drugs according to Law 9,787 of 1999 must be at least 35% cheaper than the reference drug. Generic drugs do not have a trade name or brand, they can be identified by the yellow stripe, and the name of the active ingredient is written on the packaging itself. Generic drugs can only be produced after the expiration of the patent for the reference drug, which lasts an average of twenty years. Generic drugs must have the same active ingredient, dosage form, dosage, and route of administration of the reference drugs. Generic drugs also undergo bioequivalence and bioavailability tests, which ensure the effectiveness of the drug and bring more safety to the consumer
	Keywords: Generic medication, interchangeability, generic medication policy.
	
	
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA	Agência Nacional de Vigilância sanitária
BPF		Boas Práticas de Fabricação 
CDI		Conselho de Desenvolvimento Industrial
CEME		Criação da Central de Medicamentos
CNPq		Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
DCI		Denominação Comum Internacional
DCB		Denominação Comum Brasileira
MG		Medicamento Genérico
MS 		Ministério da Saúde
MIP’S		Medicamentos isentos de prescrisção
OMS		Organização Mundial da Saúde
PNM		Política Nacional de Medicamentos
PIB		Produto Interno Bruto
RDC		Resolução da Diretoria Colegiada
SUS		Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	11
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA	12
1.2 HIPÓTESES	13
1.3 OBJETIVOS	14
1.3.1 OBJETIVO GERAL 	14
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	15
1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO	16
1.5 METODOLOGIA DO ESTUDO 	17
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ..........................................................................18
2. POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS ................................19
3. DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS ...22
4. ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO E ACEITAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS.................................................................................24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................27
REFERÊNCIAS..........................................................................................................	.28
1 INTRODUÇÃO
Em 1990, a política de medicamentos genéricos foi vista como uma maneira viável para o mercado farmacêutico, afim de reduzir os preços dos medicamentos. Sendo publicada em 10 de fevereiro de 1999 a lei dos genéricos, n° 9.787, que foi divulgada pelo governo assegurando a redução dos custos dos tratamentos realizados com medicamentos genéricos. Que é um medicamento similar ao de referência, sendo este o intercambiável. Que só pode ser produzido e levado ao mercado, após a expiração patentária ou outros direitos de exclusividade, sendo comprovada sua segurança, eficácia e qualidade (PAOLA ZUCCHI et al., 2006)
De acordo com a RDC (COLOCAR O SIGNIFICADO) n°210/ANVISA (COLOCAR O SIGNIFICADO), a intercambialidade do medicamento genérico com o medicamento de referência é certificada por testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência, que são realizados por laboratórios autorizados pela ANVISA, e sua qualidade pela monitoração das unidades que produzem quanto ao atendimento das boas práticas de fabricação (GADELHA et al., 2007).
Para a maioria dos consumidores, a maior dificuldade é distinguir os medicamento genéricos dos medicamentos de referência, conhecidos como os demarca ou similares. As informações são simples e estão na própria embalagem (CICCHELERO et al., 2020).
Medicamento genérico é todo aquele que em sua formulação, contém o mesmo princípio ativo, via de administração e forma farmacêutica idêntica ao medicamento de referência, porém em sua embalagem não consiste em nome fantasia, apenas o princípio ativo, com a tarja amarela e a letra G de genérico (SEBBEN, et al,. 2019).
A criação de medicamentos genéricos, foi um ganho para o mercado farmacêutico brasileiro, além de provocar uma redução no custeamento dos valores do mesmo. Porém, não causou redução nos valores da maioria dos medicamentos de referência. Os genéricos foram introduzidos no mercado com preços de 35% a 40% mais baixos (SILVA, et al.,2019).
JUNTAR OS ITENS 1.1 A 1.6 (NÃO DEIXAR OS ESPAÇOS)
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA
Quais os desafios encontrados na atualidade, para que o consumidor sinta segurança em adquirir medicamentos genéricos?
1.2 HIPÓTESES
a) Entende-se que parcelas dos consumidores não confiam na eficácia dos medicamentos genéricos, em razão do desconhecimento da sua equivalência terapêutica. Supõe-se que seria interessante serem criados programas de conscientização que abrangessem a população, consumidor e profissionais de saúde.
b) Supõe-se que o medicamento genérico, é um produto novo que chega ao mercado com preço mais acessível á população, mesmo princípio ativo, dose, forma farmacêutica, e indicação terapêutica idêntica ao medicamento de referência. 
c) Estima-se que os medicamentos genéricos tem contribuído para a redução de gastos de tratamento dos pacientes, e tem ganhado o mercado o farmacêutico.
d) Acredita-se que os medicamentos genéricos devem ser submetidos a testes de biodisponibilidade e bioequivalência, o que garantem o efeito farmacológico semelhante ao medicamento inovador.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 OBJETIVO GERAL
Explanar sobre a importância do medicamento genérico no cenário farmacêutico atual e abordar os fatores relacionados a aceitabilidade por parte da população.
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Abordar os aspectos regulamentares da política de medicamentos
genéricos como estratégia para a promoção do acesso ao medicamento. 
b) Conscientizar o consumidor sobre a eficácia dos medicamentos genéricos e sua equivalência terapêutica, e assim garantir sua aceitabilidade no mercado.
 c) Descrever a atuação do profissional farmacêutico como o promotor do uso dos medicamentos genéricos.
1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
As dúvidas encontradas por (pelos) consumidores em torno da escolha de medicamentos genéricos, similares e referência tornam necessário (a) a elaboração do estudo, que justifica-se a esclarecer aos usuários a melhor opção diante das alternativas oferecidas pelo mercado. 
De acordo com a Lei 9.787 de Fevereiro de 1999, o medicamento genérico possui características similares e capazes de substituir o medicamento de referência ou inovador. O objetivo do Estado ao criar a lei de medicamentos genéricos foi estimular a concorrência comercial, melhorar a qualidade da produção e facilitar o acesso dos consumidores aos produtos (ARAÚJO, et al., 2010).
O baixo custo do medicamento genérico, facilitou a melhoria de vida da população, pois o mesmo deve ser no mínimo 35% mais barato que o medicamento inovador. Pois não é exigido do medicamento genérico, que os fabricantes realizem o mesmos testes que foram realizados quando se desenvolve um medicamento inovador.
A chegada do medicamento genérico ao mercado, contribuiu também para reduzir os valores do medicamento de referência, pois as indústrias vêem o medicamento genérico como “concorrente”.
1.5 METODOLOGIA DO ESTUDO 
A presente pesquisa desenvolvida neste trabalho baseia-se em revisão bibliográfica do tipo descritiva e explicativa, tendo como objetivo maior compreensão sobre o tema abordado. 
O referencial teórico foi extraído de artigos científicos, encontrados na página do Google Acadêmico, Scielo e portal ANVISA. As palavras-chave utilizadas na busca da pesquisa foram: Medicamentos genéricos, intercambialidade dos medicamentos genéricos, lei dos genéricos, políticas públicas, política de medicamentos.
Acrescentar o período de abrangência dos materiais encontrados na pesquisa.
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO
	O trabalho foi dividido em 05 (cinco) capítulos.
	O primeiro capítulo apresenta a introdução do projeto de pesquisa, o problema, as hipóteses, os objetivos, a justificativa e a metodologia.
	No segundo capítulo, foi apresentada a política de medicamentos genéricos.
	No terceiro capítulo foi conceituado sobre a rotina de produção e testes dos medicamentos genéricos.
	No quarto capítulo foi abordado sobre a atuação do profissional farmacêutico, e a aceitação de medicamentos genéricos pela população.
	O quinto capítulo, consiste nas considerações finais sobre o trabalho.
2. POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS E ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS
Com o objetivo de implantar uma maneira viável de oferecer medicamentos com valores mais acessíveis à população, foi criada a Política Nacional de Medicamentos Genéricos (PNMG) através da portaria nº 3.916 de 30 de outubro de 1998.
Essa política foi implantada no Brasil no ano de 1999, com o intuito de promover um tratamento medicamentoso completo, seguro, e mais barato para que todos possam ter acesso. Tem também como objetivo, criar uma concorrência comercial para a melhora e evolução da qualidade dos medicamentos (SILVA et al., 2016).
Os medicamentos genéricos foram regulamentados no Brasil através da portaria 9.787/99, mas só a partir do ano 2000 que passaram a ser comercializados. Foi com esta medida que o governo brasileiro teve o intuito de criar uma concorrência no mercado farmacêutico nacional, que até então não existia. 
Com a chegada dos medicamentos genéricos, a população brasileira começou a ter acesso aos medicamentos com preços acessíveis e de qualidade (NISHIJIMA et al., 2014).
A Política Nacional de medicamentos (PNM) visa garantir a eficácia, qualidade e segurança dos medicamentos, tendo como objetivo racionalizar seu uso, e um fácil acesso à população. Sendo incluso, a ascensão do uso de medicamentos genéricos, abrangendo a comercialização, produção, prescrição e uso. Mesmo com mais de 20 anos no mercado brasileiro e a implantação da PNM, observa-se que os medicamentos genéricos, ainda não são conhecidos, e consequentemente não são aceitos e utilizados pela população. Estima-se que os mesmos não sabem diferenciar o medicamento genérico do de referência, e similar (BUCCO SEBBEN, 2019; CARVALHO FERNANDES, 2019).
A lei dos genéricos determina que a aquisição do medicamento, e a prescrição médica realizada pelo SUS, sejam utilizadas a denominação do princípio ativo, e as compras realizadas sejam dadas preferências aos medicamentos genéricos, quando se tratar de igualdade de valores (QUENTAL et al., 2008).
A questão dos medicamentos genéricos, vem sendo cada vez mais, enfatizada, no intuito de representar uma alternativa para priorizar a disponibilidade de medicamentos com preços mais baixos, segundo a OMS a implantação do Programa de ação de medicamentos essenciais em 1981 buscam colaborar com os países na produção de políticas e programas para assegurar a disponibilidade desses medicamentos essenciais (FEFER et al,. 1993).
A discussão sobre os medicamentos genéricos no Brasil, começou na década de 70, porém, só no ano de 1999 foi regulamentada a lei nº 9.787 de 10/02/1999. Foi após a publicação deste decreto que foram criadas as maneiras de produção e comercialização dos medicamentos genéricos. Antes de chegar ao consumidor, os medicamentos genéricos, passam por testes de bioequivalência e equivalência farmacêutica que comprovam sua eficácia, qualidade e segurança, sendo assim, intercambiável (ANVISA, 2018).
Os medicamentos genéricos, ou “produto farmacêutico intercambiável”segundo a OMS, é um medicamento inovador que surgiu no mercado, com o intuito de atender pessoas com difícil acesso, ou totalmente impossibilitados de realizarem um tratamento medicamentoso devido ao alto custo dos medicamentos. O genérico é aquele que contém mesmo princípio ativo, mesma forma farmacêutica e mesma dose que o medicamento de referência. Surgindo assim os medicamentos intercambiáveis, popularmente conhecidos como “medicamentos genéricos”, que por sua vez, deve ser 35% mais barato que o medicamento de referência, sendo assim mais acessível à população. O medicamento genérico só pode ser fabricado, e colocado à venda no mercado, após a expiração patentária do medicamento de referência. Sendo comprovada sua eficácia, segurança e qualidade na formulação (JORGE BERMUDEZ et al.,2010).
Antes dos medicamentos genéricos serem fabricados, existiam apenas os medicamentos de referência, que são aqueles, protegidos pela patente por um determinado tempo. Estes são realizados os testes de bioequivalência e biodisponibilidade, o que tornam o medicamento mais caro. Até então, a expiração dessa proteção patentária, para que possa ser produzido o medicamento intercambiável, que não passa por tantos testes como o primeiro que já foi lançado ao mercado, gerando assim, menos gastos, e um custo mais acessível (PALÁCIOS et al,.1962).
A lei dos genéricos impõe que as prescrições médicas e as aquisições dos medicamentos genéricos pelo SUS, adotem a denominação do princípio ativo, dando preferência ao medicamento genérico quando houver igualdade nos valores (QUENTAL et al.,2010).
O governo apoiou os medicamentos genéricos, através dos esclarecimentos da população, onde o varejista abriu mais espaço para os medicamentos genéricos de acordo com a demanda, o que levou ao sucesso de vendas no mercado (VANDERGRIFT et al., 2008).
O Brasil está entre os 10 mercados farmacêuticos maiores do mundo. A adesão da política de medicamentos genéricos em 1999, fez com que o crescimento aumentasse em algumas empresas nacionais (HASENCLEVER et al.,2010).
O objetivo da política de medicamentos, é o oferecimento de medicamentos mais baratos, com garantia de qualidade e segurança aos consumidores. Ficando claro assim que foi um ganho para a sociedade, a criação da lei dos genéricos, que abordou as principais dificuldades encontradas pela população.
3. DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS
A utilização de medicamentos tornou-se essencial para a qualidade de vida da população, gerando um aumento nos atendimentos em unidades básicas de saúde. Com isso, surgiu a melhoria nas condições de assistência à saúde da população, e a garantia de que todos os pacientes atendidos pelo SUS teriam acesso aos medicamentos. (BRASIL, 1998).
Iniciou-se a fabricação dos primeiros medicamentos genéricos nos Estados Unidos, na década de 1960, sendo o país pioneiro na adesão da legislação dos medicamentos genéricos. Em seguida, países como a Holanda, Alemanha, Dinamarca, Japão, Grã-Betanha e Canadá aplicaram a mesma política. (ROSENBERG, et al.,).
No ano de 2000, quando se iniciou a produção e comercialização dos genéricos no Brasil, o setor farmacêutico viveu uma ruptura, pois o consumidor começou a ter a opção de produtos equivalentes, com grande diferença de preços. Com essa modificação na demanda, inúmeras empresas nacionais de porte pequeno, passaram a ser mais dinâmicas, em vez das líderes multinacionais. Empresas que estavam em fase de crescimento, conseguiram rapidamente se adaptarem a essas mudanças e aderirem o novo mercado de medicamentos genéricos. Já as empresas multinacionais, sofreram os impactos da concorrência e tiveram dificuldade em se ajustarem ao novo mercado. (NISHIJIMA, et al,. 2014).
Grande parte da população mundial, tem dificuldades de acesso aos medicamentos, devido ao custo elevado e a dificuldade de regulação do mercado farmacêutico. Sendo assim, em vários países, os medicamentos são utilizados como agentes reguladores desse mercado, devido ao grande poder na demanda e na oferta. (CARVALHO et al., 2006).
Um dos principais mecanismos de acesso aos medicamentos no Brasil foi o Programa de medicamentos genéricos, o que proporcionou um tratamento adequado principalmente aos portadores de doenças crônicas, pois possibilitou uma melhora na qualidade de vida, sem comprometer o financeiro. (PROGENÉRICOS, 2016).
Devido ao avanço da expectativa de vida no Brasil, em que aumentam excessivamente o consumo de medicamentos, e ao grande número de tratamentos de saúde, faz com o que setor farmacêutico aprimore seus métodos e busque pesquisas de novos princípios ativos, para que sejam lançados no mercado novos produtos. (ARAÚJO, et al., 2010).
A patente foi instituída pela indústria farmacêutica, como instrumento de proteção, de modo, que compensem os gastos, investimentos, e riscos envolvidos. A proteção patentária é válida geralmente por cerca de 20 anos. O desenvolvimento do medicamento conta com testes na fase pré-clínica, e depois se estende por muitos anos na fase de testes clínicos, e aprovação governamental. Este processo leva em média 10 anos para ser concluído. (CAPANEMA, 2006).
Os testes de biodisponibilidade consistem na velocidade da absorção do princípio ativo, de uma forma farmacêutica, como determinado tempo na excreção da urina, ou circulação sistêmica. E os testes de bioequivalência, asseguram que o medicamento é equivalente terapêutico do medicamento de referência, ou seja, apresente a mesma eficácia clínica para a doença que esteja sendo tratada.
Os medicamentos genéricos estão ganhando espaço no mercado, e vêem crescendo na desenvoltura de medicamentos novos para o mercado, além de estarem contribuindo para a redução de custos nos tratamentos. O impacto da política de genéricos, tem como objetivo aumentar a concorrência no mercado farmacêutico, para que seja avaliado uma possível redução nos valores dos medicamentos de marca e inovadores (FERRAZ et al., 2012)
4. ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO E ACEITAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS 
O comportamento do consumidor diante da aquisição dos medicamentos genéricos pode ser observado por alguns aspectos como idade e gênero. A escolha entre medicamentos genéricos e medicamentos de referência é feita por consumidores mais jovens e com maior nível de instrução, estes por apresentarem mais conhecimentos sobre os medicamentos genéricos têem maior tendência em realizar essa substituição (GAITHER, et al., 2001).
A decisão de compra dos consumidores também são influenciadas pelas estratégias de marketing das empresas farmacêuticas. A divulgação e promoção dos medicamentos genéricos é falha. Os profissionais de saúde também são influenciadores na decisão dos consumidores ao adquirirem os medicamentos genéricos. Pois o farmacêutico é o gatilho principal para o direcionamento da substituição dos medicamentos de referência, pelos medicamentos genéricos (FERREIRA et al., 2017).
Estão relacionados ao aumento dos gastos de saúde, diversos fatores como por exemplo, o aumento da expectativa de vida no Brasil e o decorrente envelhecimento da população, o que gera custos mais altos incluindo gastos medicamentosos, assistências médicas e farmacêuticas (OLIVEIRA, et al.,2020).		Entender o conceito de equivalência dos medicamentos genéricos é fundamental para sua concepção. Os mesmos já passaram por testes científicos, nos quais foram comprovada sua eficácia terapêutica e segurança em relação ao medicamento de referência (DIAS, 2006).							Os medicamentos genéricos ingressaram no mercado abrangendo um caminho extremamente importante, quando as políticas principiaram seu uso entre a população (CARNEIRO, 2009).										Os medicamentos de referência, possuem eficácia, segurança, qualidade e são testados cientificamente, assim como os medicamentos genéricos, o que difere um do outro é que o medicamento genérico não possui nome de marca, somente a denominação química, de acordo com a denominação comum brasileira (DCB). O medicamentode referência pode ser substituído pelo medicamento genérico pelo profissional farmacêutico e vice e versa (BRASIL, 1998).			Esta contribuição por parte das autoridades da saúde, referente a prescrição de medicamentos genéricos tem sido uma boa saída, porém tem causado uma fonte de imprecisão por alguns profissionais, como médicos, sobre sua qualidade farmacológica. Visto que, geram dúvidas sobre a bioequivalência dos medicamentos genéricos e inovadores, pois desconfiam que os resultados clínicos sejam distintos entre as categorias. Tendo a maior parte dos medicamentos genéricos sendo inferiores (BECARO, 2002.)									Alguns fatores que interferem na adesão terapêutica, são alguns acontecimentos que médicos e pacientes asseguram que os medicamentos genéricos não responderam ao tratamento, como por exemplo, dano ao controle de glicemia, hipertensão arterial, efeito menor de analgésicos e anestésicos, entre outros. Culpando os medicamentos genéricos por essa redução do efeito terapêutico (CARNEIRO, 2009).										Já foram provados por meio dos ensaios devidos que o medicamento genérico apresenta o mesmo perfil de segurança e eficácia dos medicamentos de referência. Já os medicamentos similares ainda se encontram em fase de testes e confirmação científica de seus efeitos terapêuticos (PRÓ GENÉRICOS, 2005).		Medicamentos de referência e Genéricos, são bioequivalentes se são farmacologicamente equivalentes e suas biodisponibilidades, subsequentemente administração de uma dose molar idêntica, são adequadamente parecidas, em razão de segurança e eficácia (DIAS, 2006.)							Foi constatado um avanço expressivo no número de empresas nacionais, totalizando 90% da produção de medicamentos genéricos no País. Dados da Associação Brasileira de das Indústrias de Medicamentos Genéricos afirmam que 34% dos medicamentos mais vendidos, são os genéricos. A Associação considera também que 85% dos medicamentos dispensados pelo programa farmácia popular, fazem parte do grupo de medicamentos genéricos (OLIVEIRA, et al., 2010).			Foi realizado em Teresina (PI) no ano de 2020 um estudo quantitativo, levantamento amostral em um estabelecimento farmacêutico sobre os medicamentos genéricos, onde a partir dos dados, foi observado que 92% dos participantes, já usaram, ou fazem uso de medicamentos genéricos ao longo da vida. O acesso aos medicamentos genéricos por meio de prescrição médica foi de 56%. Contudo, 60% dos entrevistados mencionam que perguntam sobre os genéricos, ou o próprio médico já informa. E ao chegarem na farmácia tiram suas dúvidas com o profissional farmacêutico. Enfim, a aceitação dos medicamentos genéricos foi 73% dos usuários, que relatam que preferem o medicamento genérico no momento da aquisição (OLIVEIRA, et al., 2020).
O farmacêutico é um profissional habilitado para realizar a indicação de medicamentos, se qualificado, pode também realizar a prescrição de MIP’s (Medicamentos Isentos de Prescrição), que são medicamentos aprovados pelas autoridades sanitárias, que tratam males de pequena proporção e podem ser comercializados sem prescrição médica, sendo usado devidamente conforme a bula (OLIVEIRA, et al., 2020).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve por finalidade explanar sobre os medicamentos genéricos, identificar os principais desafios pelo qual, parte da população não adquire os medicamentos genéricos para o tratamento medicamentoso em sua vida cotidiana.
Foi relatado sobre os testes de bioequivalência e biodisponibilidade, o que garantem a eficácia, e a segurança do medicamento genérico para que as pessoas possam sentir confiança e fazerem um tratamento seguro usando esses medicamentos.
Foi abordado o papel do farmacêutico á frente dos medicamentos genéricos, o que se conclui que ninguém melhor como o profissional farmacêutico para ser o promotor de uso racional dos medicamentos e também aquele que pode tanto indicar, como explicar a funcionalidade dos medicamentos genéricos, dando a opção de substituir os medicamentos de referência pelos medicamentos genéricos, onde asseguramos que o paciente obterá o mesmo efeito farmacológico desejado, pois o medicamento genérico possui a mesma forma farmacêutica, dosagem e via de administração do medicamento de referência, diferindo apenas, sua embalagem que não contém marca, ou nome comercial, apenas a tarja amarela seguida do nome do princípio ativo. 
Sendo assim, o paciente poderá escolher fazer um tratamento viável com menor custo, pois os medicamentos de referência, são obrigatoriamente mais baratos pelo menos 35% que os medicamentos de referência.
	
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, L. U.; ALBUQUERQUE, K. T.; KATO, K. C.; SILVEIRA, G. S.; MACIEL, N. R.; SPÓSITO, P. A.; et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama histórico e legislação. Rev Panam Salud Publica. 28(6):480–92, 2010. 
ARAÚJO, ULHÔA, L.; et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama histórico e legislação. 2010. 
BORGES, A importância dos medicamentos genéricos. 2012
CAPANEMA, L. X. L. A indústria farmacêutica brasileira e a atuação do BNDES. 2006.
CICCHELERO LM, TONITATO APC, El al. Conhecimentos e percepções sobre medicamentos genéricos por usuários de PSF em fronteiras triplas. 2020
FEFER, E., El programa regional de medicamentos esenciales de la Organización Panamericana de la Salud y Organización Mundial de la Salud. Boletin Informativo de Medicamentos, Bolívia, 8: 2-3, 1993.
GAVA, C. M.; BERMUDEZ, J. A. Z., PEPE, V. L. E., & REIS, A. L. A. D. Novos medicamentos registrados no Brasil: podem ser considerados como avanço terapêutico?. Ciência & Saúde Coletiva, 15, 3403-3412, 2010. 
GADELHA, et al. Medicamentos genéricos no Brasil: Impactos das políticas públicas sobre a empresa nacional. 2007
GAITHER, et al. Análise de atributos na preferência entre consumo de medicamentos genéricos e similares ou medicamentos de referência. Revista gestão organizacional, v. 13, n. 2, 1983-6635, 2020.
HASENCLEVER, L., et al. O instituto de patentes pipeline e o acesso a medicamentos: aspectos econômicos e jurídicos deletérios à economia da saúde. Revista de direito sanitário, v. 11, n. 2, p. 164-188, 2010.
JÚNIOR, FREITAS, SANTOS, et al. A importância dos medicamentos genéricos no Brasil. Revista eletrônica de trabalhos acadêmicos, ano 2, n.4, 2017.
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