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poluição de Resíduos Sólidos

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Prévia do material em texto

2014
Poluição e Resíduos 
sólidos
Profª. Priscila Natasha Kinas
Prof. Edson Torres
Copyright © UNIASSELVI 2014
Elaboração:
Profª. Priscila Natasha Kinas
Prof. Edson Torres
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
 363.73
 K51p Kinas, Priscila Natasha 
 Poluição e resíduos sólidos / Priscila Natasha Kinas
 Indaial : Uniasselvi, 2014.
 214 p. : il
 
 ISBN 978-85-7830-863-6 
 1. Poluição.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
III
APResentAção
Caro(a) acadêmico(a)! O Caderno de Estudos de Poluição e Resíduos 
Sólidos abordará de maneira sistemática e prática os temas relacionados ao 
sistema de gestão de resíduos industriais, focados na nova política de resíduos 
sólidos e, também, nas questões relacionadas à poluição atmosférica.
De maneira inicial serão apresentados os conceitos fundamentais e 
legislações ambientais de âmbito federal relacionados a resíduos sólidos dos 
mais diversos tipos. Lembre-se de que este caderno é uma ferramenta de apoio. 
Você deverá sempre buscar atualizações nas legislações ambientais, além de 
verificar o plano diretor de seu munícipio.
Na Unidade 2 procuramos informar as tecnologias de armazenagem, 
transporte, destinação temporária e final dos resíduos, além de apresentar 
tecnologias alternativas de destinação final de resíduos. É importante lembrar 
também que para a destinação final alternativa, devem-se observar o fator 
econômico, ambiental e também, os quesitos legais envolvidos nesta dinâmica.
Através do estudo da Unidade 3 será possível desenvolver os 
conhecimentos acerca dos principais poluentes do ar, compreendendo as 
características dos gases e partículas das emissões atmosféricas, bem como, 
os processos de monitoramento destas.
Esperamos que você, acadêmico(a), faça uma ótima leitura!
Prof. Edson Torres
Profª. Priscila Natasha Kinas
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfi m, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é 
veterano, há novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
Bons estudos!
UNI
UNI
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
V
VI
VII
sumáRio
UNIDADE 1 - GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL ............................................... 1 
TÓPICO 1 - GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL ................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
2 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL – PANORAMA HISTÓRICO E 
TENDÊNCIAS ..................................................................................................................................... 4
3 DEFINIÇÕES DE RESÍDUOS .......................................................................................................... 11
4 CLASSIFICAÇÕES DE RESÍDUOS ................................................................................................ 12
5 QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO 
 AMBIENTE ........................................................................................................................................... 14
6 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS .............................................................................................. 17
7 CENTRAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAL .................................................................................... 22
RESUMO DO TÓPICO 1 ...................................................................................................................... 24
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 26
TÓPICO 2 - INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O PLANO NACIONAL DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS ....................................................................... 27
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 27
2 PANORAMA SOBRE A APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA NA GESTÃO 
 DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS ................................................................................... 30
3 LOGÍSTICA REVERSA: OBRIGATORIEDADE PARA RESÍDUOS 
 SÓLIDOS ESPECIAIS ....................................................................................................................... 33
4 LOGÍSTICA REVERSA X LIXO ELETRÔNICO .......................................................................... 35
RESUMO DO TÓPICO 2 ...................................................................................................................... 37
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 39
TÓPICO 3 - LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................. 41
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 41
2 RESÍDUOS SÓLIDOS – EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS ............................................... 41
3 RESÍDUOS SÓLIDOS – SERVIÇO DE SAÚDE .......................................................................... 43
4 RESÍDUOS SÓLIDOS – CONSTRUÇÃO CIVIL ......................................................................... 44
5 RESÍDUOS SÓLIDOS – URBANOS ............................................................................................. 49
6 RESÍDUOS SÓLIDOS – RADIOATIVOS .................................................................................... 50
7 RESÍDUOS SÓLIDOS – PILHAS E BATERIAS ........................................................................... 51
8 RESÍDUOS SÓLIDOS – PNEUS ..................................................................................................... 52
9 RESÍDUOS SÓLIDOS – COLETA SELETIVA ............................................................................. 53
LEITURA COMPLEMENTAR .....................................................................................................55
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................................... 58
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 59
UNIDADE 2 - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................ 61
TÓPICO 1 - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................ 63
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 63
VIII
2 ROTEIROS PARA APRESENTAÇÃO DO PGRS ........................................................................ 63
3 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL PARA O 
TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................... 65
RESUMO DO TÓPICO 1 ...................................................................................................................... 68
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 69
TÓPICO 2 - FORMAS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................... 71
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 71
2 ATERRO SANITÁRIO ....................................................................................................................... 72
3 INCINERAÇÃO .................................................................................................................................. 100
 3.1 IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS ........................................................................................... 101
 3.2 INCINERAÇÕES E A ILUSÃO DO REAPROVEITAMENTO ENERGÉTICO .................... 103
 3.3 O ALTO CUSTO DA INCINERAÇÃO ....................................................................................... 104
 3.4 IMPACTOS DA INCINERAÇÃO NA SAÚDE E MEIO AMBIENTE .................................... 106
4 COPROCESSAMENTO .................................................................................................................... 107
 4.1 TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS ....................................................... 107
 4.2 PRODUTOS E EMISSÕES ............................................................................................................ 109
 4.3 MONITORAMENTO .................................................................................................................... 110
5 COMPOSTAGEM ............................................................................................................................... 113
6 RECICLAGEM ..................................................................................................................................... 116
7 IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE ................................................................................................ 121
8 GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................................................... 123
 7.1 PLANILHA DE ASPECTO E IMPACTO AMBIENTAL .......................................................... 123
9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................ 129
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 131
RESUMO DO TÓPICO 2 ...................................................................................................................... 133
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 137
UNIDADE 3 - POLUENTES DE AR E AS PROPRIEDADES DOS GASES E SUAS 
PARTÍCULAS ............................................................................................................... 139
TÓPICO 1 - POLUENTES DO AR E AS PROPRIEDADES DOS GASES E SUAS 
 PARTÍCULAS ................................................................................................................................... 141
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 141
2 A ATMOSFERA ................................................................................................................................... 141
3 POLUENTES DO AR ......................................................................................................................... 142
 3.1 PRINCIPAIS POLUENTES DO AR ............................................................................................. 142
 3.1.1 Particulados .............................................................................................................................. 142
 3.1.2 Gasosos ...................................................................................................................................... 143
 3.2 POLUENTES INORGÂNICOS .................................................................................................... 145
 3.2.1 Monóxido de carbono ............................................................................................................. 145
 3.2.2 Óxidos de enxofre .................................................................................................................... 145
 3.2.3 Óxidos de nitrogênio ............................................................................................................... 146
4 FONTES DA POLUIÇÃO DO AR ................................................................................................... 146
 4.1 FONTES FIXAS .............................................................................................................................. 146
 4.2 FONTES MÓVEIS .......................................................................................................................... 147
5 PROBLEMAS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA POLUIÇÃO DO AR .................................. 147
 5.1 CHUVA ÁCIDA ............................................................................................................................. 147
 5.2 SMOG FOTOQUÍMICO ............................................................................................................... 148
 5.3 DEPLEÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO ................................................................................ 148
 5.4 EFEITO ESTUFA INTENSIFICADO, AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS 
 CLIMÁTICAS ................................................................................................................................. 149
IX
6 PROPRIEDADE DAS PARTÍCULAS ............................................................................................. 149
 6.1 COMPORTAMENTO DAS PARTÍCULAS ................................................................................ 150
 6.2 TAMANHO DA PARTÍCULA ..................................................................................................... 150
 6.3 ÁREA SUPERFICIAL .................................................................................................................... 150
 6.4 EVAPORAÇÃO E CONDENSAÇÃO ......................................................................................... 150
 6.5 DENSIDADE .................................................................................................................................. 151
 6.6 ADSORÇÃO ................................................................................................................................... 151
 6.7 ADESIVIDADE ..............................................................................................................................151
 6.8 CARGA ELETROSTÁTICA ......................................................................................................... 151
RESUMO DO TÓPICO 1 ...................................................................................................................... 152
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 153
TÓPICO 2 - PARÂMETROS E MODELOS DE QUALIDADE DO AR E 
 OS MÉTODOS DE MONITORAMENTO DE EMISSÕES .................................... 155
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 155
2 QUALIDADE DO AR ........................................................................................................................ 155
3 INDICADORES DA QUALIDADE DO AR .................................................................................. 156
4 PADRÕES DA QUALIDADE DO AR ............................................................................................ 157
5 ÍNDICE DA QUALIDADE DO AR ................................................................................................. 159
6 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR ........................................................................ 160
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................. 161
RESUMO DO TÓPICO 2 ...................................................................................................................... 163
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 164
TÓPICO 3 - MÉTODOS DIRETOS E INDIRETOS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO 
ATMOSFÉRICA ............................................................................................................... 165
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 165
2 CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS .............................................................................................. 165
 2.1 MEDIDAS INDIRETAS ................................................................................................................ 165
 2.2 MEDIDAS DIRETAS ..................................................................................................................... 166
3 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE 
 POLUIÇÃO DO AR (ECP) ................................................................................................................ 167
 3.1 TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE CONTROLE ........................................................................ 167
 3.1.1 Filtro manga .............................................................................................................................. 168
 3.1.2 Coletores gravitacionais .......................................................................................................... 170
 3.1.3 Lavadores de gás ...................................................................................................................... 170
 3.1.4 Ciclones ..................................................................................................................................... 173
 3.1.5 Pós-queimadores ...................................................................................................................... 174
 3.1.6 Precipitadores eletrostáticos ................................................................................................... 175
 3.1.7 Equipamentos de adsorção .................................................................................................... 177
 3.1.8 Condensadores ......................................................................................................................... 180
 3.1.9 Catalisador ................................................................................................................................ 180
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................................... 182
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 183
TÓPICO 4 - PRINCÍPIOS DE METEOROLOGIA E DISPERSÃO ATMOSFÉRICA ............... 185
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 185
2 METEOROLOGIA .............................................................................................................................. 185
3 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS .............................................................................................. 188
4 CONCENTRAÇÃO DE POLUENTES ............................................................................................ 191
 4.1 TOPOGRAFIA LOCAL ................................................................................................................ 191
 4.2 INVERSÃO TÉRMICA ................................................................................................................. 193
X
5 MODELOS DE DISPERSÃO ............................................................................................................ 194
 5.1 CLASSES DE MODELOS DE DISPERSÃO ............................................................................... 197
RESUMO DO TÓPICO 4 ...................................................................................................................... 199
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 200
TÓPICO 5 - PROBLEMAS DA POLUIÇÃO DO AR E SUA RELAÇÃO 
 COM A SAÚDE, MEIO AMBIENTE E ECONOMIA ............................................................... 201
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 201
2 DANOS CAUSADOS PELA POLUIÇÃO DO AR ....................................................................... 201
 2.1 DANOS À SAÚDE ........................................................................................................................ 202
 2.2 DANOS AO MEIO AMBIENTE .................................................................................................. 205
 2.3 DANOS À ECONOMIA ............................................................................................................... 206
RESUMO DO TÓPICO 5 ...................................................................................................................... 208
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................... 209
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 211
1
UNIDADE 1
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO 
BRASIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Com esta unidade, você será capaz de:
• Conceituar resíduos sólidos;
• Caracterizar suas fontes;
• Conhecer as pricipais ligações aplicáveis em âmbito federal ao que se refe-
re a resíduos sólidos.
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que no final de cada um 
deles, você encontrará atividades que favorecerão a fixação dos assuntos 
apresentados. Bons estudos! 
TÓPICO 1 – GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
TÓPICO 2 – INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O PLANO 
NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
TÓPICO 3 – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À GESTÃO DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
A geração deresíduos sólidos na sociedade tornou-se um problema de 
grande relevância, com reflexos que extrapolam a área ambiental, visto que a 
ausência de sustentabilidade do ciclo linear de produção e descarte de materiais 
esgota as reservas naturais de forma mais rápida e causam a degradação do meio 
ambiente. Estes reflexos da ausência de um criterioso planejamento de ações para 
o gerenciamento de resíduos sólidos impactam na área social, que está integrada 
aos aspectos ambientais do planeta.
Os estudos desta temática atualmente concluem que as questões ambientais 
envolvem três fatores principais: as influências políticas (relativas à legislação e 
obrigatoriedade na gestão de resíduos sólidos), influências econômicas (custos de 
produção e, posteriormente, de tratamento de resíduos) e influências ideológicas 
(educação, conscientização e atitudes). 
A revolução industrial conduziu a humanidade, por um lado, na direção 
de benefícios, facilidades e conforto. Por outro lado, alterou de forma significativa 
e cada vez mais intensa a relação entre homem e natureza. O crescimento 
populacional resultou na necessidade de mais recursos e produtos manufaturados. 
Para as atividades industriais, a demanda por recursos energéticos, insumos 
e matérias-primas levaram a sociedade a buscar estas alternativas na natureza. 
Consequentemente, a geração de resíduos de processo e produtos utilizados, 
que não são dispostos ou tratados de forma correta, contribuiu maciçamente nas 
alterações ambientais (GONÇALVES, 2005).
Historicamente, a preocupação com o impacto das atividades industriais 
e da ocupação urbana descontrolada no meio ambiente foi negligenciada. A 
partir da década de 1970, é que a população percebeu que os impactos destas 
atividades são graves em nosso planeta e que é necessário um planejamento de 
ações e pensamentos. Para que se inicie uma mudança de paradigmas na busca do 
equilíbrio entre atividades humanas e preservação ambiental, e assim, garantir para 
as gerações futuras as condições de sobrevivência em uma sociedade sustentável, 
é primordial que conceitos inerentes à geração e tratamento de resíduos sólidos 
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
4
(sejam eles urbanos ou industriais) sejam compreendidos e aplicados pelos 
profissionais da área de gestão ambiental, que serão os condutores e principais 
atuadores nesta mudança de pensamento e consequentemente mudança de 
atitudes (GONÇALVES, 2005). 
Caro(a) acadêmico(a)! Esperamos que você adquira conhecimentos teóricos 
que possibilitem a aplicação destes em seu campo de atuação, para que você, 
futuro profissional gestor ambiental, tenha a capacidade de promover e ser um 
contribuinte para a sustentabilidade das atividades humanas (industrial e urbana).
O termo “Gestão Ambiental” contempla o ato de planejar, gerir, atuar, administrar 
e negociar todas as atividades inerentes às questões ambientais específicas.
2 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL – PANORAMA 
HISTÓRICO E TENDÊNCIAS
No Brasil, o primeiro serviço regular preocupado com a limpeza urbana 
foi implantado em 1880, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império. 
Foi assinado o Decreto nº 3024, aprovando o contrato de "limpeza e irrigação" da 
cidade, executado por Aleixo Gary e Luciano Francisco Gary. 
O termo “gari” origina-se do sobrenome destes personagens, para designar os 
trabalhadores da limpeza urbana em muitas cidades brasileiras.
A definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para “lixo” ou 
“resíduos sólidos” é: “restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como 
inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semissólido 
ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional”.
NOTA
NOTA
NOTA
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
5
Com o passar das décadas e com a evolução nos processos industriais e 
o crescimento da população, os serviços de limpeza urbana e gerenciamento 
de resíduos industriais também evoluíram, embora não acompanhando o 
desenvolvimento destas duas áreas. Atualmente, a situação da gestão dos resíduos 
sólidos é um assunto muito específico em cada cidade brasileira, devido aos 
diversos programas e necessidades de cada região geográfica, influenciada pelos 
fatores já comentados (políticos, econômicos e ideológicos). Entretanto, a situação 
de forma geral é preocupante e necessita de muitos progressos. Considerada 
parte do saneamento básico, a gestão dos resíduos sólidos não tem sido tratada 
pelo poder público com a importância que merece. Com isso, comprometem-se 
os recursos naturais (solo e os recursos hídricos). A inter-relação dos conceitos 
de meio ambiente, saúde e saneamento é muito evidente hoje, reforçando a 
necessidade de integração das ações desses setores na melhoria da qualidade 
de vida da população brasileira e na segurança e sustentabilidade dos processos 
industriais. Como exemplo, atualmente mais de 70% dos municípios brasileiros 
possuem menos de 20 mil habitantes, e a concentração urbana da população no 
país ultrapassa 80%. Isso reforça as preocupações com os problemas ambientais 
urbanos e, entre estes, o gerenciamento dos resíduos sólidos, cuja atribuição 
pertence à esfera da administração pública local (SIQUEIRA, 2001).
 
No Brasil é competência do município a gestão dos resíduos sólidos 
produzidos em seu território (urbanos e da área de saúde), com exceção dos 
resíduos de natureza industrial. O município tem competência para estabelecer 
o uso do solo em seu território, assim, é ele quem emite as licenças para qualquer 
construção e o alvará de localização para o funcionamento de qualquer atividade, 
que são indispensáveis para a localização, construção, instalação, ampliação e 
operação de qualquer empreendimento em seu território. Portanto, o município 
pode perfeitamente estabelecer parâmetros ambientais para a concessão ou não 
destas licenças e alvará. A exigência de licenças ambientais municipais é amparada 
pela lei federal (SIQUEIRA, 2001).
A geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil é cerca de 0,9 kg/hab./
dia. Grande parte dos resíduos gerados no país não é adequadamente coletada, 
contribuindo para a poluição de habitações (principalmente nas áreas de baixa 
renda) logradouros públicos, terrenos baldios, encostas e cursos d'água. 
Algumas cidades, especialmente nas regiões Sul e Sudeste alcançam 
índices de produção de resíduos mais elevados, podendo chegar a 1,3kg/hab./
dia, considerando todos os resíduos manipulados pelos serviços de limpeza 
urbana (domiciliares, comerciais, de limpeza de logradouros, de serviços de 
saúde e entulhos).
 
De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), realizada em 1989 (Pesquisa Nacional do Saneamento Básico 
– PNSB), os domicílios particulares permanentes urbanos representavam 78,1% 
do total das moradias brasileiras; desses, 80,0% tinham seu lixo recolhido 
direta ou indiretamente pelos serviços municipais de coleta de lixo, restando, 
portanto, 19,9% dos domicílios fora do atendimento dos serviços municipais 
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
6
FONTE: Monteiro et al. (2001, p. 2)
Integram o sistema de limpeza urbana as etapas de geração, acondicionamento, 
coleta, transporte, transferência, tratamento e disposição final dos resíduos 
sólidos, além da limpeza de logradouros públicos.
A coleta de lixo é o segmento que mais evoluiu no sistema de limpeza 
urbana e o que abrange a maior parcela de atendimento junto à população. 
Este fato é comprovado pela melhora na eficiência da logística integrada e nos 
cronogramas de recolhimento de lixo e a uma demanda maior dos recursos 
municipais destinados a este serviço.
Esta evolução constante se deu muito devido à ação da população e pelo 
comércio (mercado logístico) para que se execute uma coleta regular. O simples fato 
de uma cidade apresentar ruas e calçadas limpas, por si só, já é um grande atrativo 
para a própria população e visitantes.É uma das formas de gerar receitas para o 
município a partir de um investimento em serviços básicos. Entre os benefícios 
mensuráveis podemos citar o incremento em atividades turísticas e redução nas 
medidas de remediação decorrentes da falta de política de gestão dos resíduos 
urbanos.
 
Apesar do avanço na gestão de resíduos urbanos, muitas vezes, ocorre 
um efeito seletivo sobre o sistema quando a administração municipal tem meios 
para oferecer o serviço a toda população. Neste caso, os setores comerciais são 
priorizados, as unidades de saúde e o atendimento à população de renda mais 
alta. A cobertura dos serviços básicos de gerenciamento de resíduos é ainda muito 
pautada em medidas alternativas e paliativas, principalmente em áreas deficientes 
em infraestrutura e com população carente.
Em grande parte das cidades brasileiras, o sistema de gerenciamento 
das atividades de saneamento ambiental urbano carece de melhorias. Apenas 
os municípios maiores contam, por exemplo, com serviços regulares de limpeza 
NOTA
de coleta. As diferenças regionais apontam para as regiões Sul e Sudeste como 
as que detêm a maior cobertura de atendimento de seus domicílios, com 87,0% 
e 86,6%, respectivamente, enquanto as regiões Norte e Nordeste têm apenas 
54,4% e 44,6%, respectivamente, de domicílios atendidos por tal serviço. Ainda 
de acordo com a PNSB, alguns dados evidenciam a dimensão da gravidade da 
situação do setor no país: dos então 4.425 municípios brasileiros no ano de 1989, 
3.216 possuíam serviços de coleta apenas no distrito-sede, enquanto 280 não 
dispunham de qualquer tipo de atendimento.
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
7
em toda a zona urbana, através de estudos preliminares e cronogramas e roteiros 
determinados. Em municípios com menores populações ou áreas urbanas menores, 
o serviço de saneamento urbano geralmente prioriza apenas o recolhimento de 
lixo em ruas pavimentadas ou dos setores comerciais da cidade. Estes serviços 
comumente se concentram em áreas centrais urbanas. Também são utilizadas 
equipes de trabalhadores com roteiros de limpeza que atendem as prioridades do 
município, executando primordialmente serviços de raspagem, capina e varrição.
Em consonância com a problemática da coleta de lixo, está o problema da 
disposição final deste lixo. Considerando apenas os resíduos urbanos, as ações 
e políticas por vezes implantadas pela administração pública referem-se apenas 
a postergar o tratamento e retirar este resíduo das áreas urbanas, através de 
aterros ou depósitos de lixos em áreas adjacentes ao perímetro urbano municipal. 
Muitas áreas se tornam receptoras destes resíduos, como por exemplo, encostas de 
florestas, manguezais, cursos de rios, baías e vales. Pesquisas apontam que cerca 
de 80% os municípios do Brasil dispõem seus resíduos em locais a céu aberto, 
em cursos d'água ou em áreas ambientalmente protegidas. Em conjunto a este 
panorama, inclui-se a presença de catadores (inclusive crianças), o que denuncia 
os problemas sociais que a carência em uma gestão adequada pode acarretar.
A participação de catadores na segregação informal do lixo, seja nas 
ruas ou nos vazadouros e aterros, é o ponto mais agudo e visível da relação do 
lixo com a questão social. Trata-se do elo perfeito entre o inservível – lixo – e 
a população marginalizada da sociedade que, no lixo, identifica o objeto a ser 
trabalhado na condução de sua estratégia de sobrevivência.
Outra relação delicada encontra-se na imagem do profissional que 
atua diretamente nas atividades operacionais do sistema. Embora a relação do 
profissional com o objeto lixo tenha evoluído nas últimas décadas, o gari ainda 
convive com o estigma gerado pelo lixo de exclusão de um convívio harmônico 
na sociedade. Em outras palavras, a relação social do profissional dessa área se 
vê abalada pela associação do objeto de suas atividades com o inservível, o que 
o coloca como elemento marginalizado no convívio social. 
Gerenciar o lixo de forma integrada demanda trabalhar integralmente 
os aspectos sociais com o planejamento das ações técnicas e operacionais do 
sistema de limpeza urbana.
FONTE: Monteiro et al. (2001, p. 3-4)
Os resíduos provenientes dos serviços de saúde também merecem idêntica 
preocupação. A discussão sobre o gerenciamento e tratamento destes resíduos 
ganhou consistência mais recentemente. Algumas prefeituras já implantaram 
sistemas específicos para a coleta destes materiais, porém, mais importante do 
que armazenar e dispor em local adequado é importante a correta manipulação 
dos resíduos dentro das unidades de saúde, separar resíduos com potencial de 
contaminação dos considerados lixo comum (SIQUEIRA, 2001).
 
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
8
Muitas alternativas já são implantadas para a destinação destes materiais, 
porém a falta de capacitação e consenso entre as atividades prejudica a 
evolução neste segmento. A grande parte dos resíduos da área de saúde ainda é 
disponibilizada em lixões, trazendo riscos aos manipuladores e não aproveitando 
o potencial atrativo de reciclagem destes materiais.
A partir da primeira década do século XXI, vêm se tornando cada vez mais 
comum no Brasil as unidades de compostagem e reciclagem. O fomento público 
nas pesquisas e estudos (da iniciativa privada e também em universidades) 
contribui para o surgimento de novas alternativas. Estas tecnologias mostram-se 
promissoras, embora enfrentem problemas de aplicação prática, principalmente 
os relacionados ao aumento da escala. Muitas unidades que foram instaladas 
estão hoje paralisadas e sucateadas, por dificuldade dos municípios em operá-las 
e mantê-las economicamente viáveis (SIQUEIRA, 2001).
 
Um exemplo disto são as usinas de incineração, utilizadas exclusivamente 
para incineração de resíduos de serviços de saúde e de aeroportos. Unidades deste 
gênero, geralmente, não atendem aos requisitos mínimos ambientais da legislação. 
Outras unidades, principalmente as de tratamento térmico ou termoquímico de 
resíduos, vêm sendo instaladas em algumas cidades brasileiras, mas os custos de 
investimento e operacionais ainda são muito elevados.
Em se tratando do gerenciamento e da disposição final dos resíduos 
industriais, uma temática menos conhecida e discutida nos meios de divulgação, 
porém não menos importante que os resíduos urbanos, a necessidade da atuação 
da gestão ambiental é certamente maior. 
No Brasil, a responsabilidade não cabe ao poder público na correta 
destinação destes tipos de resíduos, e sim ao gerador. O poder público municipal 
tem a função de fiscalização. Esta interação poder público/poder privado se dá 
através de órgãos de controle ambiental, que delega aos geradores a obrigação de 
sistemas de manuseio, de estocagem, de transporte e de disposição final adequadas. 
O conceito de reciclagem e reaproveitamento, em processos industriais, ganha 
importância devido aos benefícios que esta política gera. Atualmente, a logística 
reversa aplicada na indústria é uma excelente alternativa para reaproveitar insumos 
e minimizar a dependência de fontes energéticas tradicionais para condução das 
atividades de produção. O estudo da cadeia produtiva aplica-se para estabelecer 
metas e aplicações viáveis deste conceito (SIQUEIRA, 2001). 
A tendência percebida atualmente no gerenciamento municipal dos 
serviços de limpeza urbana em cidades de médio e grande porte é a privatização 
dos serviços. Este modelo cada vez mais adotado no Brasil e que significa a 
terceirização dos serviços que são de obrigatoriedade da administração municipal.
Essa modalidade de prestação de serviços se dá através da contratação 
através de licitações públicas, pela municipalidade, de empresas privadas, que 
passam a executar, em todos os níveis estabelecidos em contrato e com seus 
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
9
próprios meios (equipamentos e pessoal), a coleta, a limpeza, o tratamento e a 
destinação final dos resíduos (SIQUEIRA, 2001).
É também recorrentea contratação de serviços da limpeza urbana através 
de cooperativas ou associados a microempresas. Esta alternativa é muito aceitável 
em casos de municípios com políticas eficientes de geração de renda e inserção no 
mercado de trabalho de pessoas com baixa qualificação acadêmica.
Como a gestão de resíduos é uma atividade essencialmente municipal e 
as atividades que a compõem se restringem ao território urbano, não são muito 
comuns no Brasil os consórcios de operação, exceto quando se trata de destinação 
final em aterros (SIQUEIRA, 2001). 
Um exemplo deste tipo de operação se dá em municípios com áreas mais 
adequadas para a instalação de unidades operacionais, que se consorciam com 
cidades vizinhas para receber os seus resíduos, negociando algumas vantagens 
por serem os hospedeiros, tais como isenção do custo de vazamento ou alguma 
compensação urbanística, custeada pelos outros consorciados. 
 
A sustentabilidade econômica dos serviços de limpeza urbana, assim 
como qualquer atividade produtiva que requer gerência de planejamento, é um 
importante fator para a garantia de sua qualidade. Na maioria dos municípios 
brasileiros, os serviços de limpeza urbana são remunerados. Parte destes recursos 
provém de uma taxa cobrada ao contribuinte, geralmente no Imposto Predial e 
Territorial Urbano (IPTU), e tendo a mesma base de cálculo deste imposto, ou seja, 
a área do imóvel (área construída ou área do terreno).
 
Como não pode haver mais de um tributo com a mesma base de cálculo, 
essa taxa já foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, e assim 
sua cobrança vem sendo contestada em muitos municípios, que passam a não ter 
como arrecadar recursos para cobertura dos gastos dos serviços, que podem chegar, 
algumas vezes, a mais de 15% do orçamento municipal (BRASIL, 2010).
CURIOSIDADE: No Rio de Janeiro, a Companhia de Limpeza Urbana da Cidade 
do Rio de Janeiro (COMLURB), empresa de economia mista encarregada da limpeza urbana 
do Município, praticou, até 1980, a cobrança de uma tarifa de coleta de lixo (TCL), recolhida 
diretamente aos seus cofres. O Supremo Tribunal Federal, entretanto, decidiu que aquele 
serviço, por sua ligação com a preservação da saúde pública, era um serviço público essencial, 
não podendo, portanto, ser remunerado através de tarifa (preços públicos), mas sim por meio 
de taxas e impostos. No ano 2000, a Prefeitura do Rio de Janeiro extinguiu a taxa de limpeza 
urbana e criou a taxa de coleta de lixo, tendo como base de cálculo a produção de lixo per 
capita em cada bairro da cidade, e também o uso e a localização do imóvel. Conseguiu-se, 
com a aplicação desses fatores, um diferencial de sete vezes entre a taxa mais baixa e a mais 
alta cobrada no Município. (IBGE 2010).
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UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
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Uma conclusão deste tipo de política aplicada ao gerenciamento de 
resíduos urbanos é a carência de recursos disponíveis para os serviços de limpeza 
urbana e a necessidade de fomento através de outras fontes públicas (Tesouro 
Municipal) que assume o compromisso com verbas orçamentárias de outros 
setores essenciais, como saúde e educação, para a execução dos serviços de coleta, 
limpeza e destinação final do lixo.
Nesta realidade é criado um círculo vicioso difícil de ser rompido: a 
qualidade dos serviços prestados cai, a limpeza urbana é mal realizada, pois 
não dispõe dos recursos necessários e capacitação adequada. A população acaba 
sofrendo com o aumento em taxas e impostos. 
Nos últimos anos, os governos, tanto na esfera federal quanto estadual, têm 
aplicado mais recursos e criado programas e linhas de crédito para municípios. 
Isto tem acompanhado o fortalecimento em campanhas de conscientização sobre a 
importância da preservação ambiental relacionada ao tratamento de resíduos e o 
rigor na aplicação de sanções penais pelos órgãos de controle ambiental.
O profissional atuante na gestão ambiental é uma peça fundamental na 
condução das atividades discutidas sobre a realidade apresentada. Cabe a ele 
ter conhecimento para avaliação das alternativas disponíveis e aplicáveis à sua 
realidade.
Somos conhecedores da grande capacidade que nossa sociedade 
desenvolveu para contribuição na geração de resíduos. Sabemos que o aumento 
desordenado da população humana é uma grave problemática a ser levada em 
consideração nas populações humanas. 
A geração de resíduos ocorre no desenvolvimento social, tecnológico e 
cultural. É importante visualizar que em toda perda ou eficiência de matéria-prima 
ocorrerá um desequilíbrio de massa que gerará como consequência o resíduo. 
Devemos levar em consideração que os resíduos sólidos são os potenciais 
poluidores de água, solo e ar, representando uma grande variação de contaminantes, 
não só para a vida humana, mas também para a vida vegetal e animal.
A maneira inadequada de realizar o manejo destas perdas denominadas 
resíduos será sempre uma ameaça, principalmente social, pois é uma agravante 
fundamental na saúde pública, fator este que compromete a qualidade de vida de 
todas as sociedades humanas.
Caso o resíduo não receba a destinação final adequada pode-se considerar 
os seguintes aspectos de contaminação: 
Poluição do solo: alteração de suas características originais, tais como PH, 
compactação do solo, teor de matéria orgânica, entre outras características físicas 
e químicas. 
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
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Poluição da água: alteração da vida aquática através da percolação de 
lixiviado gerado pela matéria orgânica, ou até mesmo pela disposição em corpos 
hídricos de resíduos sólidos, podendo alterar padrões de potabilidade.
Poluição do ar: a formação de gases naturais no processo de decomposição 
dos resíduos, podendo ocasionar migração de gases, doenças respiratórias ou até 
explosões. 
Visto a importância de se desenvolver bem um PGRS ou PGRSI – Plano 
Gerencial de Resíduos ou Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais 
– ocorre a necessidade de explanação sobre alguns conceitos e fundamentações 
teóricas que serão apresentados nesta unidade com base na Lei nº 12.305/2010 – 
Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010). 
Lembrando que este capítulo tem como finalidade proporcionar 
conhecimento técnico de rápida visualização para que, nas unidades seguintes, 
sejam trabalhadas questões mais intensas como legislações, estudos de caso e 
modelos de gerenciamento de resíduos industriais.
3 DEFINIÇÕES DE RESÍDUOS
De acordo com o dicionário HOUAISS (2009, p. 1651), “resíduo é aquilo 
que resta de qualquer substância, resto”.
Podemos incluir como base a definição da enciclopédia Larousse Cultural 
que define resíduo como: o que resta, o que resta de substâncias submetidas à ação 
de agentes. 
A OMS (Organização Mundial da Saúde) define “resíduo” como qualquer 
coisa que seu proprietário não quer mais e que não possui valor comercial.
Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR 
10.004 (ABNT, 2004, p. 1), define resíduos sólidos como:
Resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que resultam de 
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, 
agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nessa definição os 
lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados 
em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como 
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu 
lançamento na rede pública de esgoto ou corpos de água, ou exijam 
para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à 
melhor tecnologia disponível.
Podemos incluir ainda a definição do Instituto Brasileiro de Administração 
Municipal (IBAM, 2004, p. 25) que define resíduos sólidos como: “Todo material 
sólido ou semissólido indesejável e que necessita ser removido por ter sido 
considerado inútil por quem o descarta em qualquer recipiente destinado a este ato.” 
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
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Tchobanoglous e Theisen(1993, p. xxi) incluíram os resíduos de origem 
animal em sua definição:
Resíduos sólidos são todos os resíduos resultantes da atividade 
humana e animal, normalmente sólidos, que são descartados como 
inúteis ou indesejados. Devido as suas propriedades intrínsecas são 
frequentemente reutilizáveis e podem ser considerados como recurso 
em outro contexto.
 
Porém, a mais nova definição foi tratada na Lei n° 12.305 de 2 de agosto de 
2010, que instituiu a PNRS, resume os conceitos anteriormente apresentados da 
seguinte forma:
Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades 
humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe 
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou 
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas 
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de 
esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou 
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível 
(BRASIL, 2010, p. 1).
4 CLASSIFICAÇÕES DE RESÍDUOS 
A classificação de resíduos sólidos e semissólidos industriais é regida pela 
NBR 10004/2004.
Esta norma tem como principal objetivo padronizar a classificação de 
resíduos industriais fortalecendo sua destinação adequada. Segundo a NBR 
10004/2004, a sua classificação se divide em duas classes: 
• Classe I – Resíduos perigosos
• Classe II – Resíduos não perigosos
• Classe I – Resíduos Perigosos
São todos aqueles que podem ocasionar danos à saúde pública, fauna e 
flora.
Devido suas propriedades físico-químicas ou infectocontagiosas podem 
desencadear riscos comprometendo o meio ambiente e a saúde humana e animal. 
Todos os resíduos perigosos apresentam pelo menos uma das seguintes 
características: corrosividade, patogenicidade, inflamabilidade, toxicidade ou 
reatividade.
Estas características estão descritas na NBR 10004.
Devemos ainda levar em consideração os anexos A e B da NBR 10004.
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
13
Os mais velhos resíduos do mundo foram encontrados na África do Sul e têm 
cerca de 140 mil anos de idade. Esse lixo milenar – que contém ossos, carvão, fezes e restos 
de cerâmica – oferece informações preciosas sobre os hábitos de vida do homem antigo. 
Disponível em: <http://www.resol.com.br/curiosidades/curiosidades2.php?id=2488>.
• Classe II – Resíduos não perigosos
São todos aqueles que não apresentam riscos ao meio ambiente ou 
ameaçam a saúde pública, tais como: papel, papelão, plástico e sucatas ferrosas 
não contaminadas.
Os resíduos não perigosos possuem uma subdivisão, ficando assim 
estabelecida:
• II A – NÃO INERTES
• II B – INERTES
Os resíduos II A – NÃO INERTES são todos aqueles que não estão 
enquadrados na classe I ou IIB. Podem possuir propriedades de biodegrabilidade, 
solubilidade ou combustibilidade em água.
Os resíduos II B – INERTES são qualquer resíduo que após avaliados em 
laboratório pelas normas NBR 10006 ou 10007 não apresentaram em nenhum dos 
seus componentes solubilizados a concentração recomendada para os padrões de 
potabilidade de água, levando em consideração as seguintes análises químicas: 
cor, turbidez, ph, sabor e dureza.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010) classifica os 
resíduos da seguinte maneira:
• Resíduos perigosos: são aqueles que em razão de suas características de 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, 
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade apresentam significativo 
risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento 
ou norma técnica.
• Resíduos sólidos não perigosos: aqueles não enquadrados como resíduos 
sólidos perigosos.
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UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
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5 QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO 
DO MEIO AMBIENTE
Todo o resíduo gerado está direcionado a algum processo de produção ou 
utilização e transformação de algum bem.
Atualmente, muitos dos resíduos sólidos produzidos são compostos 
de materiais recicláveis, o que proporciona um aproveitamento futuro destes 
materiais, ocasionando um ganho no processo de beneficiamento e retirado de 
matéria-prima e consumo de energias não renováveis como petróleo.
Segundo Baasch (1995), a origem do resíduo é o principal componente para 
a sua caracterização.
Segundo Monteiro et al. (2001), quanto à natureza ou à origem, podemos 
classificar os principais grupos geradores em:
 
• Resíduos sólidos urbanos: materiais recicláveis (metais, aço, papel, plástico, 
vidro etc.) e matéria orgânica.
• Resíduos da construção civil: gerados nas construções, reformas, reparos e 
demolições, bem como na elaboração de terrenos para obras.
• Resíduos com logística reversa obrigatória – resíduos sólidos especiais: pilhas e 
baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz 
mista, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, produtos eletroeletrônicos 
e seus componentes entre outros a serem incluídos.
• Resíduos industriais: gerados nos processos produtivos e instalações industriais. 
Normalmente, grande parte são resíduos de alta periculosidade.
• Resíduos sólidos do transporte aéreo e aquaviário: gerados pelos serviços 
de transportes, de naturezas diversas, como ferragens, resíduos de cozinha, 
material de escritório, lâmpadas, pilhas etc.
• Resíduos sólidos do transporte rodoviário e ferroviário: gerados pelos serviços 
de transportes, acrescidos de resíduos sépticos que podem conter organismos 
patogênicos.
• Resíduos de serviços de saúde: gerados em qualquer serviço de saúde.
• Resíduos sólidos de mineração: gerados em qualquer atividade de mineração.
• Resíduos sólidos agrossilvopastoris (orgânicos e inorgânicos): dejetos da criação 
de animais, resíduos associados a culturas da agroindústria, bem como da 
silvicultura, embalagens de agrotóxicos, fertilizantes e insumos.
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
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FIGURA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS SEGUNDO A FONTE 
GERADORA
FONTE: Cabral (2013, p.10)
• Características físicas 
Depois da classificação da origem do resíduo, é necessário averiguar as 
suas características físicas, pois elas revelam dados importantes sobre os resíduos, 
tais como: processo de compressão do resíduo, carregamento, acondicionamento 
temporário e final e destinação final (CABRAL, 2013).
São consideradas características físicas:
• Teor de umidade.
• Peso específico.
• Composição gravimétrica. 
• Compressividade.
Entende se por teor de umidade a quantidade de líquidos ou fluídos 
presentes no resíduo. Esta característica tem influência determinante, especialmente 
nos processos de tratamento e destinação do lixo. 
A composição gravimétrica demonstra o percentual de cada elemento em 
relação ao peso total do resíduo.
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
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O peso específico é o peso dos resíduos em função do volume por eles 
ocupados. A unidade de medida utilizada é kg/m3. A determinação do peso 
específico é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações 
utilizados para acondicionamento, transporte intermediário e final dos resíduos 
(IBAM, 2004).
Compressividade ou grau de compactação indica a redução de volume 
que uma massa de resíduo pode sofrer, quando submetida a uma determinada 
pressão. 
• Características químicas
As características químicas de um resíduo influenciam diretamente no seu 
tratamento final, pois através destas características podemos definir sua destinação 
final. 
A destinação final de um resíduo pode ser: 
• Reciclagem.
• Incineração.
• Coprocessamento. 
• Aterro sanitário. 
• Aterro industrial.
• Compostagem.
Cada subitem de destinação final será abordado na Unidade 3 deste 
Caderno de Estudos.
Dentre as características químicas mais importantes podemos selecionar:
• Poder calorífico.
• Potencial de hidrogênio.
• Teor de cinzas.
• Relação de carbono e hidrogênio.
Através do poder calorífico sabemos a capacidade potencial de um materialdesprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima.
O potencial de hidrogênio apresenta o teor de acidez ou alcalinidade do 
material.
Teores de cinzas representam a quantidade de matéria orgânica, carbono, 
nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo presentes no resíduo. 
A relação de carbono e nitrogênio ou relação C/N pode determinar um 
coeficiente de decomposição de matéria orgânica. Este coeficiente é de suma 
importância no tratamento final de resíduos.
• Características biológicas
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
17
As características biológicas de um resíduo estão relacionadas à formação 
de populações microbianas e de agentes patogênicos.
A destinação final de resíduos sólidos também depende da análise das 
características biológicas de cada resíduo.
6 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Segundo Leite (1997 apud CABRAL, 2013, p. 25), “o conceito de gestão de 
resíduos sólidos abrange atividades referentes à tomada de decisões estratégicas e à 
organização do setor para esse fim, envolvendo instituições, políticas, instrumentos 
e meios”. Já o termo gerenciamento de resíduos sólidos “refere-se aos aspectos 
tecnológicos e operacionais da questão, envolvendo fatores administrativos, 
gerenciais, econômicos, ambientais e de desempenho: produtividade e qualidade”. 
Tendo em vista a descrição de Leite (1997), o Plano de Gerenciamento de 
Resíduos Sólidos deverá apontar e descrever as ações relativas ao gerenciamento 
de resíduos sólidos, buscando minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar 
a segregação na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar 
o correto manuseio e destinação ou disposição final em conformidade com a 
legislação vigente.
Os principais pontos operacionais a serem abordados em um PGRS – Plano 
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos são:
• Tipologia do resíduo: 
• Nome completo do resíduo
• Categoria a que pertence
• Área geradora
• Segregação 
• Tipo de coletor
• Acondicionamento nas áreas
• Armazenagem intermediária
• Manuseio
• Identificação 
• Armazenamento temporário 
• Destinação final
A identificação do resíduo com sua nomenclatura é primordial para que 
ocorra o Plano de Gerenciamento de Resíduos.
Importante normatizar a nomenclatura de acordo com NBR 10004, pois 
facilitará a identificação do resíduo.
A etiqueta de identificação poderá observar o exemplo a seguir:
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
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 FIGURA 2 – ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS 
FONTE: NBR 10004/2004
• Categoria a que pertence
A identificação de a qual categoria o resíduo pertence é importante para 
todos os processos do PGRS, pois é através dessa classificação que se realiza todo 
o gerenciamento, desde o acondicionamento até a destinação final.
Recomenda-se que estes resíduos sejam separados dos demais na central 
temporária de acondicionamento devido suas características físicas, químicas e 
biológicas.
Ao etiquetar estes produtos recomenda-se possuir todos os dados possíveis 
para a sua identificação.
Verificar modelo de etiqueta a seguir:
FIGURA 3 – ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO DE CATEGORIA
FONTE: NBR 10004/2004
• Área geradora
A área geradora deve obter pleno controle da geração de seus resíduos.
O controle da geração não é só importante para quantificar a geração, mas 
para quantificar o quanto ocorre à necessidade de redução na geração de resíduos.
A área geradora deve promover educação ambiental visando à diminuição 
na geração dos resíduos.
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
19
Uma maneira de obter resultados na diminuição na geração de resíduos é 
fazer controle mensal de saída de resíduos para venda e resíduos depositados em 
aterro industriais.
• Manuseio 
O manuseio de resíduos CLASSE I ou II só deve ocorrer com a utilização 
de EPIs adequados conforme a periculosidade. O contato com os resíduos deve ser 
evitado devido suas características física, químicas e biológicas.
Antes de iniciar o manuseio devem-se seguir alguns procedimentos, tais 
como:
• Observar a etiqueta de identificação dos resíduos.
• Verificar a compatibilidade química entre os diferentes tipos de resíduos, pois 
caso este detalhe não seja verificado podem ocorrer reações indesejadas.
Caso o resíduo obtenha a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de 
Produtos Químicos), deverão sempre ser seguidos os procedimentos recomendados 
para manuseio, transporte, acondicionamento e destinação final.
• Segregação 
Segregação é a fase na qual todos os resíduos devem passar antes de serem 
destinados a sua disposição final.
A segregação deve ocorrer conforme a NBR10004 e devem receber a 
etiqueta de identificação conforme mostrado na figura anterior.
A segregação tem papel fundamental no gerenciamento de resíduos, pois 
esta garante a separação por tipologia e o acondicionamento adequado regido 
pela NBR 12235, que estabelece padrões de acondicionamento conforme suas 
características físico-químicas.
• Tipo de coletor
O tipo de coletor é uma das partes fundamentais de um gerenciamento 
de resíduos industriais, pois é através dele que o resíduo será acondicionado 
evitando que o mesmo seja disperso no ambiente proporcionando a segurança á 
saúde pública ou ao meio ambiente.
O tipo de coletor deve primeiramente obedecer à Resolução CONAMA nº 
275/01, que define as cores respectivas para cada resíduo, facilitando a segregação. 
Se a segregação é adequada na área geradora, o resíduo gerado terá um aumento de 
qualidade, ou seja, a quantidade recuperada ou reciclada será maior e a destinação 
final ou volume a ser tratado será menor.
Resolução CONAMA nº 275/01 estabelece o seguinte padrão de cor para a 
segregação de resíduos:
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
20
FIGURA 4 – PADRÃO DE COR PARA A SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS
FONTE: Disponível em: <http://www.tekplast.com.br/cores_da_coleta_seletiva.
html>. Acesso em: 4 abr. 2013.
A maior taxa oficial de reciclagem hoje pertence à Alemanha: 48%, na média de 
todos os materiais. Disponível em: 
<http : / /www.deecc .ufc .br /Download/Gestao_de_Res iduos_Sol idos_PGTGA/
CONSIDERACOES_SOBRE_RESIDUOS_SOLIDOS.pdf>.
• Acondicionamento 
Acondicionar resíduos é a maneira de prepará-los para a coleta 
sanitariamente adequada. 
A importância do acondicionamento adequado está em:
• Evitar acidentes.
• Evitar a proliferação de vetores.
• Minimizar o impacto visual e olfativo.
No que se refere ao acondicionamento temporário do resíduo, seja ele para 
a reciclagem ou destinação final, vai depender da sua tipologia.
UNI
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
21
Para acondicionamento temporário podem-se utilizar tambores, tanques, 
contêineres e a granel.
O armazenamento em contêineres, tambores, tanques e a granel pode ser 
utilizado desde que sejam atendidas as seguintes condicionantes:
Armazenamento em contêineres e/ou tambores
Deve-se observar se está em boas condições de uso, não contendo ferrugem 
e defeitos estruturais (amassados, rompimentos ou perfurações), sempre fechados, 
dispostos em locais que possam ser avaliados visivelmente. 
Não pode ser realizada nenhuma alteração estrutural conforme NBR 12325. 
As inspeções devem ocorrer diariamente e sempre estar dispostas dentro 
de bacia de contenção para evitar contaminação de solo e água.
Os contêineres ou tambores só poderão armazenar produtos caso estes 
já tenham sofrido processo de limpeza não proporcionando contato com outras 
substâncias.
Armazenamento em tanques
O armazenamento em tanques somente poderá ocorrer se apresentarem 
estruturas resistentes. Para garantir a qualidade no projeto de instalação devem-se 
incluir fundações, controle de espessura de paredes, devem possuir fechamento 
por controle de pressão e, caso o resíduo apresente características químicas de 
corrosão, o tanque deve possuir tratamentos adequados evitando a atividade em 
suas paredes.
Deve-se considerar também o suporte estrutural, sempre levando em 
consideração o peso específico do resíduo a ser acondicionado.
Para aconstrução e adequações do tanque, a NBR 7505 deve ser seguida. 
O processo de inspeção deve ser diário.
Armazenamento a granel
Os resíduos armazenados a granel devem conter suas estruturas 
impermeabilizadas (solo-cimento, concreto ou asfalto) possuindo sistemas de 
canaletas direcionando para caixas separadoras de densidades ou dimensionados 
ao sistema de tratamento de efluentes presentes nas unidades industriais, podendo 
estas estruturas estarem dentro ou fora de construções laterais (galpões).
A disposição em solo sem os tratamentos citados anteriormente pode ser 
realizado somente mediante autorização do órgão ambiental competente pelo 
licenciamento.
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
22
Para este tipo de acondicionamento devem-se observar as características 
físico-químicas tais como: umidade, densidade, tamanho da partícula, ângulo 
de repouso, abrasão, corrosividade, ângulo de deslizamento, ponto de fusão do 
material, temperatura de pressão e higroscopocidade.
7 CENTRAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAL
A diversidade dos parques industriais brasileiros nos garante uma gama 
de geração de resíduos em volumes e tipologia.
Por este processo estar diretamente ligado à cadeia produtiva dentro da 
indústria, verifica-se a necessidade de se realizar o armazenamento temporário 
destes resíduos industriais até que possam chegar a seu local de destinação final.
 
Porém, algumas medidas devem ser seguidas para garantir a qualidade de 
armazenamento sem que sejam comprometidos outros processos já mencionados.
Segundo a NBR 12235/1992, ao projetar-se uma central de resíduos é 
importante levar em consideração os seguintes fatores:
• Considerar as distâncias dos núcleos geradores.
• Considerar as condições de quaisquer operações industriais que possam gerar 
faíscas, vapores reativos, umidade excessiva etc.
• Verificar os riscos potenciais de fenômenos naturais ou artificiais como, chuva 
intensa, inundações, deslizamentos de terra etc.
• A área deve ser cercada para que o acesso seja somente de funcionários da 
central de resíduos e não permita a entrada de pessoas não autorizadas.
• Possuir sinalização de segurança nas baias de segregação que informe a 
instalação para os riscos de acesso ao local.
• Cobertura e ventilação dos recipientes, colocados sobre base de concreto ou 
outro material que impeça a lixiviação e percolação de substâncias para o solo e 
águas subterrâneas.
• Ter iluminação e energia que permitam uma ação de emergência.
• Ter um sistema de comunicação interno e externo.
• Conter sistema de controle de poluição e/ou sistema de tratamento de poluentes 
ambientais.
• Possuir sistema de contenção de vazamentos.
• Realização de treinamento mensal do plano de emergência.
• Inspeção deve ocorrer periodicamente em toda a área de armazenamento dentro 
e fora da central de resíduos.
• As bacias de contenção devem possuir a ligação com a estação de tratamento de 
efluentes. A bacia de contenção não pode apresentar avarias em sua estrutura, 
tais como rachaduras e buracos. 
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
23
A central de resíduos industriais deve ser projetada para uma capacidade 
sempre inferior sua geração, pois seu papel é acondicionamento temporário e de destinação 
adequada em um prazo curto de tempo.
NOTA
24
Caro acadêmico! Após a leitura do Tópico 1, você terá desenvolvido seus 
conhecimentos nos seguintes quesitos:
Definição de resíduo:
Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades 
humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder 
ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como 
gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o 
seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para 
isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia 
disponível. (BRASIL, 2010, p. 1).
Classificações de resíduos:
• Resíduos perigosos: são aqueles que em razão de suas características de 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, 
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade apresentam significativo 
risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento 
ou norma técnica.
• Resíduos sólidos não perigosos: são aqueles não enquadrados como resíduos 
sólidos perigosos. Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio 
ambiente:
• Resíduos sólidos urbanos: materiais recicláveis (metais, aço, papel, plástico, 
vidro etc.) e matéria orgânica.
• Resíduos da construção civil: gerados nas construções, reformas, reparos e 
demolições, bem como na elaboração de terrenos para obras.
• Resíduos com logística reversa obrigatória – resíduos sólidos especiais: pilhas 
e baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz 
mista, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, produtos eletroeletrônicos 
e seus componentes entre outros a serem incluídos.
• Resíduos industriais: gerados nos processos produtivos e instalações industriais. 
Normalmente, grande parte são resíduos de alta periculosidade.
• Resíduos sólidos do transporte aéreo e aquaviário: gerados pelos serviços 
de transportes, de naturezas diversas, como ferragens, resíduos de cozinha, 
material de escritório, lâmpadas, pilhas etc.
• Resíduos sólidos do transporte rodoviário e ferroviário: gerados pelos serviços 
de transportes, acrescidos de resíduos sépticos que podem conter organismos 
patogênicos.
• Resíduos de serviços de saúde: gerados em qualquer serviço de saúde
• Resíduos sólidos de mineração: gerados em qualquer atividade de mineração
• Resíduos sólidos agrossilvopastoris (orgânicos e inorgânicos): dejetos da 
criação de animais, resíduos associados a culturas da agroindústria, bem como 
da silvicultura, embalagens de agrotóxicos, fertilizantes e insumos.
RESUMO DO TÓPICO 1
25
Quanto suas características físicas:
• Teor de umidade.
• Peso específico.
• Composição gravimétrica. 
• Compressividade.
Quanto suas características químicas:
As características químicas de um resíduo influenciam diretamente no seu 
tratamento final, pois através destas características podemos definir sua destinação 
final. 
• Poder calorífico.
• Potencial de hidrogênio.
• Teor de cinzas.
• Relação de carbono e hidrogênio.
A destinação final de um resíduo pode ser: 
• Reciclagem.
• Incineração.
• Coprocessamento. 
• Aterro sanitário. 
• Aterro industrial.
• Compostagem.
Quanto suas características biológicas:
As características biológicas de um resíduo estão relacionadas à formação 
de populações microbianas e de agentes patogênicos.
A destinação final de resíduos sólidos também depende da análise das 
características biológicas de cada resíduo.
Além de aperfeiçoar seus conhecimentos no gerenciamento de resíduos 
que nesta unidade abordou os principais itens:
• Tipologia do resíduo. 
• Nome completo do resíduo.
• Categoria a que pertence.
• Área geradora.
• Manuseio. 
• Segregação. 
• Tipo de coletor.
• Acondicionamento. 
• Central de resíduos industrial.
26
1 Explique e conceitue as classes de resíduos sólidos.
AUTOATIVIDADE
2 Os resíduos apresentam seis características para que sejam 
considerados perigosos, cite-as e explique duas delas.
3 Cite as características para que um resíduo sólido seja 
considerado na classe IIA (não inerte) e explique uma delas.
4 Cite uma característica de resíduo sólido para que seja 
classificado como inerte.
5 Explique a diferença entre: inflamabilidade e combustibilidade.
6 Quais são os fatores que influenciam as características dos 
resíduos sólidos?
7 Comente a patogenicidade e corrosividade e dê exemplos de 
alguns materiais que tenham essas características.
27
TÓPICO 2
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O 
PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
INDUSTRIAIS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! Neste tópico serão abordadas algumas informações 
sobre a política nacional de resíduos sólidosindustriais, tendo por base as 
explicações de Donaire (1999). 
Programa reciclagem 
Terá como principal ferramenta o apoio aos municípios a instituírem planos 
de reciclagem que incentivarão a comunidade através de educação ambiental e 
programas sociais.
O programa visa também estabelecer pontos de coleta voluntária.
O programa terá um investimento inicial de 4,3 bilhões e os ministérios 
responsáveis pela fiscalização e enquadramento legal destas ações será o Ministério 
das Cidades e Ministério do Meio Ambiente. 
Programa Brasil sem Lixão
Este programa tem como base apoiar os estados e municípios a realizarem 
a construção de aterros sanitários controlados de maneira que minimizem os 
impactos ao meio ambiente, não permitindo problemas socioambientais tais 
como: criação de animais através de alimentos provenientes de lixões, uma vida 
mais digna aos catadores, pois através deste projeto será mais fácil a realização da 
triagem dos rejeitos e o aproveitamento dos resíduos que fortaleceram o programa 
já mencionado acima (Programa reciclagem).
Para este projeto estima-se um investimento de 4,86 bilhões. 
Será responsabilidade do Ministério das Cidades e Ministério de Meio 
Ambiente de acompanhar e distribuir a renda para a realização deste programa.
Vistas as preocupações bem definidas na política nacional de resíduos 
sólidos como num todo em nível Brasil fica assim estipulada a preocupação de cada 
município em realizar os seguintes passos para que a lei seja cumprida na integra:
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
28
FIGURA 5 – PASSOS PARA CUMPRIMENTO DA LEI
FONTE: Donaire (1999)
Plano de Gerenciamento de Resíduos só poderá dispor da ação de cooperativas 
de catadores quando estas mostrarem habilidades técnicas para exercer a atividade não 
apresentando qualquer indício de dano ao meio ambiente ou à saúde dos catadores 
envolvidos no processo de coleta, segregação, armazenamento e destinação final do resíduo.
Segundo Donaire (1999), alguns critérios que devem ser observados nesta 
política:
Dos objetivos:
• Proteção da saúde pública. 
NOTA
TÓPICO 2 | INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
29
Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos 
sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e 
com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado 
pelo órgão ambiental.
• Qualidade ambiental. 
• Não geração de resíduos em todas as esferas das cadeias produtivas.
• Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos. 
• Gestão integrada de resíduos sólidos. 
• Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos. 
• Garantir nas esferas públicas o consumo de bens provenientes recicláveis e 
reciclados.
• Valorização das usinas de reciclagem. 
• Estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável. 
Dos instrumentos:
• Educação ambiental. 
• Coleta seletiva. 
• Logística reversa. 
• O incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas. 
• O monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária. 
• A pesquisa científica e tecnológica. 
A Gestão da Política Nacional de Resíduos Sólidos deverá ser ministrada 
valorizando nesta ordem prioritária a gestão de resíduos:
• Não geração.
• Redução. 
• Reutilização. 
• Reciclagem. 
• Tratamento dos resíduos sólidos. 
• Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. 
Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, somente serão aceitos 
como Plano de Resíduos Sólidos os seguintes:
• Plano Nacional de Resíduos Sólidos. 
• Os planos estaduais de resíduos sólidos. 
• Os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos 
de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas. 
• Os planos intermunicipais de resíduos sólidos. 
• Os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos. 
• Os planos de gerenciamento de resíduos sólidos.
NOTA
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
30
Todos deverão conter ART do responsável técnico pela elaboração e aceito 
formal do órgão ambiental aprovador somente desta maneira o plano terá validade.
Das responsabilidades e penalidades:
A Lei n° 12.305/2010 (Política Nacional dos Resíduos Sócilidos - PNRS) 
altera: os termos do § 1° do artigo 56 da Lei n° 9.605/1998, que passa a vigorar com 
nova redação Parágrafo no 1°: Nas mesmas penas incorre quem:
§ 1º - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os 
utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de segurança;
§ 2º - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, 
recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da 
estabelecida em lei ou regulamento.
Penalidades – detenção, de seis meses a um ano e multa.
Valores das multas: de R$ 500,00 a R$ 2.000.000,00 (*). Os CONSUMIDORES 
que descumprirem as respectivas obrigações previstas nos Sistemas de Logística 
Reversa e de Coleta Seletiva estarão sujeitos à penalidade de advertência.
No caso de reincidência (consumidores) no cometimento da infração 
prevista no § 2°, poderá ser aplicada a penalidade de multa, no valor de R$ 
50,00 a R$ 500,00. A multa simples a que se refere o § 3° (consumidor) pode ser 
convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do 
meio ambiente.
Principais alterações no Decreto n° 6.514/2008 da Lei de Crimes Ambientais: 
os CONSUMIDORES que descumprirem as respectivas obrigações previstas nos 
Sistemas de Logística Reversa e de Coleta Seletiva estarão sujeitos à penalidade 
de advertência. No caso de reincidência (consumidores) no cometimento da 
infração prevista no § 2°, poderá ser aplicada a penalidade de multa, no valor de 
R$ 50,00 a R$ 500,00. A multa simples a que se refere o § 3° (consumidor) pode ser 
convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do 
meio ambiente. 
2 PANORAMA SOBRE A APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA 
NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
O grande desafio das décadas atuais é desenvolver um sistema integrando 
as novas políticas ambientais, pois estas solicitam o rastreamento do ciclo de vida 
sendo rastreado do início ao fim de sua vida útil.
 
NOTA
TÓPICO 2 | INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
31
Para a melhoria de controle destes fluxos foi criado pela lei 12.305/10 o 
sistema de Logística Reversa, que por sua vez delimita e controla todos os fluxos 
de matérias-primas favorecendo a implementação de sistemas de reuso e de 
reciclagem.
 
A logística reversa pós-venda revela um panorama importante sobre o 
fluxo de consumo e perfil dos consumidores de cada localidade, pois através dela 
podemos observar o fluxo físico das mercadorias, descarte dos resíduos e razões 
comerciais.
Na da logística reversa, o pós-consumo pode ser útil no processo de gestão 
ambiental de todas as organizações seja ela pública ou privada (LACERDA, 2012). 
Podemos apontar como principais assuntos voltados à logística reversa pós-
consumo: 
• Rastreamento de um produto após término de sua vida útil.
• Estruturação para que este produto possa voltar ao ciclo de mercado.
FIGURA 6 – RESUMO DE ALGUNS PRODUTOS QUE PODEM SER INCLUÍDOS NO 
PROGRAMA DE LOGÍSTICA REVERSA
FONTE: Disponível em: <http://www.uberaba.mg.gov.br/portal/acervo/meio_ambiente/
arquivos/capacitacao/Politicas_Residuos_Solidos.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2013.
Benefícios do Sistema de Logística Reversa 
 
Conforme Lacerda (2012) o sistema de logística reversa:
• Diminui a quantidade de resíduos encaminhados para aterros. 
• Estimula o uso eficiente dos recursos naturais. 
• Reduz as obrigações físicas e financeiras dos municípios para com a gestão de 
determinados resíduos.
• Desenvolve os processos de reutilização, reciclagem e recuperação de produtos 
e materiais. 
• Promove processos de Produção mais Limpa (P+L). 
UNIDADE 1 | GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
32
Logística reversa x inclusão social

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