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Casoo concreto Direito Administrativo I

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Universidade Estácio de Sá
	Caso concreto: Direito Administrativo I
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	Matrícula: 
DIREITO ADMINISTRATIVO I
2021.1 –20/04/2021
CASO CONCRETO -SEMANA 9.(VALOR 1,5 PONTOS) 
A lei federal nº 1.234 estabeleceu novas diretrizes para o ensino médio no país, determinando a inclusão de Direito Constitucional como disciplina obrigatória. Para regulamentar a aplicação da lei, o Presidente da República editou o Decreto nº 101 que, a fim de atender à nova exigência legal, impõe às escolas públicas e particulares, a instituição de aulas de Direito Constitucional, de Direito Administrativo e de Noções de Defesa do Consumidor, no mínimo, de uma hora semanal por disciplina, com professores diferentes para cada uma. Com base na hipótese apresentada, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) Considerando o poder regulamentar, conferido à Administração Pública, de editar atos normativos gerais para complementar os comandos legislativos e permitir sua aplicação, é válido o Decreto nº 101, expedido pelo Chefe do Poder Executivo? 
Não, a Administração Pública é detentora do poder regulamentar de editar atos normativos gerais para complementar a lei a fim de permitir sua aplicação, mediante a isto compete privativamente ao Presidente da República, sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; conforme Art 84 IV CF/88. Não cabe a administração pública criar nova obrigação. 
B) O ato expedido pelo Chefe do Poder Executivo está sujeito a controle pelo Poder Legislativo?
Sim, o congresso Nacional possui competência constitucional para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa conforme Art. 49, V da CF/88. O ato expedido pelo Chefe do Poder Executivo fere claramente o princípio da legalidade do direito administrativo onde o mesmo em ato exorbitante do poder de regulamentar, onde compete expressamente ao Presidente da República, também em meu entendimento ferindo o princípio da eficiência. 
Referências bibliográficas:
Manual de direito administrativo / José dos Santos Carvalho Filho. – 34. ed. – São Paulo: Atlas, 2020.
Constituição Federal 1988
Jurisprudência: 
ADI 1435 MC
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Relator(a): Min. FRANCISCO REZEK
Julgamento: 07/11/1996
Publicação: 06/08/1999
Ementa
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA LIMINAR. DECRETO 1.719/95. TELECOMUNICAÇÕES: CONCESSÃO OU PERMISSÃO PARA A EXPLORAÇÃO. DECRETO AUTÔNOMO: POSSIBILIDADE DE CONTROLE CONCENTRADO. OFENSA AO ARTIGO 84-IV DA CF/88. LIMINAR DEFERIDA. A ponderabilidade da tese do requerente é segura. Decretos existem para assegurar a fiel execução das leis (artigo 84-IV da CF/88). A Emenda Constitucional nº 8, de 1995 - que alterou o inciso XI e alínea a do inciso XII do artigo 21 da CF - é expressa ao dizer que compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei. Não havendo lei anterior que possa ser regulamentada, qualquer disposição sobre o assunto tende a ser adotada em lei formal. O decreto seria nulo, não por ilegalidade, mas por inconstitucionalidade, já que supriu a lei onde a Constituição a exige. A Lei 9.295/96 não sana a deficiência do ato impugnado, já que ela é posterior ao decreto. Pela ótica da maioria, concorre, por igual, o requisito do perigo na demora. Medida liminar deferida.

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