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FORMAÇÃO ÉTNICA DO POVO BRASILEIRO

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1.
		A construção da identidade nacional brasileira se efetivou de forma distinta de outras identidades construídas na Europa, como a inglesa, por exemplo, abordada por Stuart Hall (2005), cuja formação seria calcada na ideia de pureza.
Marque a alternativa que não pode ser considerada como verdadeira, em relação à construção da identidade nacional brasileira.
	
	
	
	O que nos surpreende, ao retomarmos as teorias explicativas sobre o Brasil, elaboradas em fins do século XIX e início do XX, é a sua implausibilidade, quer dizer, como foi possível a existência de tais interpretações racistas, legitimadas pela ciência.
	
	
	O momento-chave para compreender a identidade no Brasil foi, sem dúvida, a independência política de 1822.
	
	
	Gilberto Freyre foi responsáveis pela criação da ideia de um Brasil que se definiria pela harmonia racial, pela tropicalidade e afetividade.
	
	
	No Brasil, a identidade nacional se forjou na ideia de mistura, materializada na miscigenação (biológica) ou na mestiçagem (cultural).
	
	
	Várias concepções foram criadas em diversos momentos históricos, porém, em nenhum momento as relações étnico-raciais foram conflituosas e desiguais a ponto de subalternizar povos indígenas e a população negra dentro do território nacional.
	
Explicação:
O momento chave para compreender a identidade no Brasil foi, sem dúvida, a independência política, em 1822. É verdade que várias concepções foram criadas sobre a identidade nacional brasileira em diversos momentos de nossa história, porém, ao contrário do que afirma a alternativa, em todos esses momentos, as relações étnico-raciais foram conflituosas e desiguais, subalternizando, sempre, a figura da população indígena e negra em território nacional. Esta visão da formação do povo brasileiro começa com a explicação biologizante da mistura de três raças: a branca, a indígena e a africana. Mas, esta fábula de três raças surge ainda no Brasil Império, entre os pesquisadores naturalistas, e ganha a adesão de cronistas e escritores, em meio às teorias da época que reuniam os saberes biológicos com os sociais.  Os autores que formularam as impressões do que viam se consolidar no Brasil  voltavam-se para caminhos divergentes, mantendo, porém, uma matriz comum: a constatação da mestiçagem racial. Tal mestiçagem foi vista ora como uma elaboração bio-cultural inusitada e sublime, ora como algo perigoso e lamentável. Para alguns intelectuais brasileiros, dessa época (o século XIX), a mestiçagem seria, então, um entrave aos anseios progressistas da nação que pretendia desempenhar seu papel no mundo civilizado. Ela é, no primeiro momento, a marca racial para se tornar, então, a marca cultural do Brasil. Portanto, a sociedade brasileira se identifica com o traço multiétnico e cultural que lhe é constitutivo, mas vive este traço de forma tensa. Sabemos, por fim, que na prática, o Brasil branco e europeizado, mais tarde branco e americanizado, não soube como fazer com a diversidade cultural que a nossa formação configurou; não a integrou de fato, quando muito de direito.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		"O Português do Brasil, ligando as casas-grandes às senzalas, os escravos aos senhores, as mucamas aos sinhô-moços, enriqueceu-se de uma variedade de antagonismos que falta ao português da Europa. Um exemplo, e dos mais expressivos, que nos ocorre, é o caso dos pronomes. (...) Sem desprezarmos o modo português, criamos um novo, inteiramente nosso, caracteristicamente brasileiro: me diga, me faça, me espere. Modo bom, doce, de pedido. E servimo-nos dos dois." (FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala.)
Texto 2:"Dê-me um cigarro / Diz a gramática / Do professor e do aluno / E do mulato sabido / Mas o bom negro e o bom branco / Da Nação Brasileira / Dizem todos os dias / Deixa disso camarada / Me dá um cigarro." (ANDRADE, Oswald. Pronominais.)
Os discursos de Gilberto Freyre e Oswald de Andrade, no tocante ao emprego do pronome, revelam que diferentemente da nação lusitana o povo brasileiro se utiliza da Língua Portuguesa...
	
	
	
	com múltiplas perspectivas linguísticas e variações idiomáticas no processo de composição da fala e escrita
	
	
	com a nítida intenção de explorar os aspectos linguísticos com refinada ironia e irreverência
	
	
	tentando tornar o outro o mais próximo possível da linguagem do dia a dia.
	
	
	com improvisações verbais que se equilibram por sobre as construções sintáticas do idioma português
	
	
	com o intuito de desprezar a influência do idioma de Camões no âmbito da escrita e oralidade.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Depois da colonização, os portugueses trouxeram os negros para serem escravos no país. A partir daí, podemos afirmar que os principais grupos a viverem no país foram os índios, portugueses e negros. Eles ajudaram a construir a mistura de raças que compõe o país atualmente.
 
Assinale a alternativa correta sobre o conceito de "Raça" estudado em nossa aula.
 
	
	
	
	O conceito de raça é uma construção social forjada nas tensas relações entre brancos, negros e indígenas.
 
 
	
	
	Não tem uma conotação política e não é utilizado com frequência para informar determinadas características físicas.
 
 
	
	
	O conceito de raça é uma construção política forjada nas tensas relações entre brancos, negros e indígenas.
	
	
	Não tem uma conotação política, mas é utilizado com frequência para informar determinadas características físicas.
 
	
	
	Tinha uma relação com o conceito biológico de raça cunhado no século XIX.
 
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		"Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, miúdas que querem parecer de aljôfar, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar." ( Carta de Pero Vaz de Caminha).
 
    Um dos aspectos que mais chamam a atenção de Pero Vaz de Caminha é o fato de os índios brasileiros não vestirem roupas. Acerca disso, assinale a alternativa INCORRETA:
	
	
	
	O processo de colonização europeia no Brasil acarretaria uma mudança nas culturas indígenas, que adotam hábitos europeus, notadamente o de se vestirem.
	
	
	A atitude do escrivão decorre do espanto decorrente da diferença entre as duas culturas, entretanto não temos base científica para afirmar que uma delas seja superior à outra.
	
	
	Era um hábito que contrariava toda a moral católica que norteava as atitudes dos navegadores lusitanos.
	
	
	O fato de andarem nus representa, mais do que uma simples diferença de cultura, uma nítida superioridade para os indígenas, pelo fato de estarem mais adaptados ao clima tropical.
	
	
	Tratava-se de uma característica da cultura local, tendo causado estranheza nos portugueses.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		O Brasil passou por dois momentos históricos de miscigenação étnica, cultural e social. Foram eles:
	
	
	
	A colonização e a independência
	
	
	A colonização e a industrialização
	
	
	O descobrimento e a colonização
	
	
	O descobrimento e a independência
	
	
	A independência e a industrialização
	
Explicação:
Entre os séculos XVI e XVIII, consolidou-se a formação do povo brasileiro, com o entrecruzamento de índios, portugueses e africanos. Quando começou um sistema relativamente organizado de ocupação e exploração da colônia, por volta de 1530, iniciou-se o processo de imigração,acentuado a partir de 1534, momento em que o território foi dividido em capitanias hereditárias. Tratava-se de um movimento colonizador e povoador, ao mesmo tempo. Esse fato contribuiu para formar a população que se tornaria brasileira, num processo de miscigenação que envolvia portugueses, índios e negros africanos. 
Na primeira metade do século XX, período que começa a industrialização no Brasil, uma nova onda de imigração aconteceu no país. Pelo menos quatro milhões de imigrantes desembarcaram no território brasileiro. Grande parte deles era imigrantes europeus, de várias nacionalidades; mas houve também os asiáticos, entre eles os japoneses, sírios e libaneses. Esses imigrantes se juntaram aos brasileiros, intensificando a miscigenação desse povo. Além da introdução de novas técnicas,  esses povos muito contribuíram para o processo de industrialização do Brasil, sobretudo, nas regiões Sul e Sudeste. 
		
	Gabarito
Comentado
	
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Os principais teóricos brasileiros em cultura, a partir dos anos 1930, deixaram de tentar responder quem eram os brasileiros e passaram a querer entender: o porquê do Brasil ser pobre, qual a razão de seu atraso social, cultural e econômico.
Além disso, houve uma mudança no pensamento da elite cultural brasileira. Assim sendo, seria incorreto afirmar:
	
	
	
	Compreender cultura como algo construído pelos indivíduos, na sua diversidade e sua relação com a história da humanidade, também é compreender a si mesmo como sujeito histórico e consciente.
	
	
	A elite intelectual brasileira, especialmente as do campo sociológico e econômico, tomou cada vez mais consciência das desigualdades sociais, da miséria, dos desequilíbrios regionais, das debilidades políticas e morais, engajando-se na tarefa de explicar e transformar o país contemporâneo.
	
	
	Para se compreender a relação entre cultura e a construção das sociedades modernas, no caso da sociedade brasileira, deve-se partir das explicações acerca da Independência do Brasil, em 1822.
	
	
	O conhecimento de cultura permite uma visão mais crítica da realidade não só brasileira, mas global.
	
	
	Nunca é demais reiterar a importância do papel da Cultura na construção das sociedades modernas.
	
Explicação:
Sabemos que para se falar da formação étnica do povo brasileiro, é necessário que comecemos por diferenciar o conceito de “etnia” do conceito de “raça” e não, como aponta a alternativa, das explicações acerca da Independência do Brasil. É verdade que a elite intelectual brasileira, especialmente as do campo da sociologia e da economia, consciente das desigualdades sociais, da miséria, da fome, dos desequilíbrios regionais, das debilidades políticas e morais, presente no Brasil, volta-se para a tarefa de explicar o país, com vistas a torná-lo contemporâneo. No campo da sociologia, destaca-se a figura de Gilberto Freyre e de Sérgio Buarque de Holanda, este, embora historiador, volta-se para questões sociológicas; no campo da economia, o nome de Caio Prado Jr. é referência. Todos esses intelectuais compreendiam a cultura como uma construção humana, na sua diversidade e em sua relação com a história da humanidade. Entendiam, portanto, que compreender a cultura é compreender a si mesmo como sujeito histórico e consciente. Conhecer a cultura a fundo significa permitir uma visão crítica da realidade em termos globais, pois a cultura tem um papel fundamental na construção das sociedades modernas.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		 
A respeito da formação étnica do povo brasileiro, marque a alternativa INCORRETA:
 
	
	
	
	Os vários grupos étnicos, classes sociais e gêneros que constituem a nação são representados como pertencentes à mesma identidade nacional, suprimindo as múltiplas identidades culturais que perpassam os seus membros.
	
	
	O imaginário nacional instaura uma igualdade entre seus membros, que se confirma no espaço real, onde as desigualdades entre as classes sociais deixam de existir.
	
	
	A ideia de 'nação' age como um dispositivo discursivo que apazigua elementos diversos em uma aparente unidade.
	
	
	Não há nação sem identidade nacional, porém, tal identidade é construída permanentemente e nunca completada, e nesta construção estão envolvidos intelectuais, artistas, povo e Estado.
	
	
	O conceito nação é construído ao longo do tempo de acordo com as representações, nessa cultura nacional, de sua nacionalidade
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O conceito de luso-tropicalismo:
	
	
	
	Emerge na obra de Gilberto Freyre e faz uma crítica feroz à miscigenação racial e cultural derivada do choque entre os ameríndios e os portugueses.
	
	
	Foi cunhado por Gilberto Freyre e discute as possíveis interações entre a cultura portuguesa e a sua adaptação às vivências em regiões tropicais.
	
	
	Diz rspeito ao encontro e à transformação da intelectualidade europeia, frente à nova safra de interpretações sobre o processo de colonização surgidas na década de 40.
	
	
	Surge na década de 60, como resultado de experimentações na área da música e da poesia, no eixo Rio de Janeiro - São Paulo, e tem como nome mais expressivo Caetano Veloso.
	
	
	Aborda a adaptação da poesia portuguesa à estética brasileira, entre as décadas de 50 e 60, momento em que esteve em evidência no contexto acadêmico.

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