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Nematoides intestinais de importância médica

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Os helmintos ou vermes são ordenados em dois grandes grupos,
apresentados em filos:
Nematelmintos - vermes redondos 
Platelmintos - vermes achatados
Os helmintos constituem um grupo numeroso de animais, incluindo
espécies de vida livre e de vida parasitária.
As ocorrências de helmintos no homem são muito comuns. Cerca de
20% da população humana do mundo está parasitada por
ancilostomídeos, o que equivale a mais de 1 bilhão de pessoas. A
situação é equivalente em relação ao Ascaris lumbricoides. Estas
infecções, em geral, resultam, para o hospedeiro, em danos que se
manifestam de formas variadas.
Os nematoides, são vermes com simetria bilateral, cilíndricos e
alongados que apresentam aparelho digestório completo e não
possuem aparelho circulatório.
O ciclo de vida, ou ciclo biológico básico dos nematoides compreende
o ovo, quatro estádios juvenis(J1 a J4) e a forma adulta (macho ou
fêmea). O verme, durante o período de crescimento(estádios juvenis
até adulto), passa por quatro ecdises, ou seja, por trocas periódicas
do pele. Esse processo também ocorre nos insetos e você, com
certeza, já viu a “casca” das cigarras presa em troncos de árvores;
aquela ‘casca’, como chamada pelo povo, é o tegumento ou a “pele”
trocada pelo inseto ao passar do último estádio juvenil ao adulto. Os
nematoides abandonam também as suas “peles velhas” no ambiente em
que vivem, mas, como são no geral animais microscópicos, ninguém as
percebe.
Os vermes deste filo apresentam tamanho variável, de poucos
milímetros a dezenas de centímetros, e dimorfismo sexual bem
acentuado (fêmea e macho), sendo o macho menor do que a
fêmea.
Os machos podem apresentar a extremidade posterior recurvada
ou uma bolsa copuladora, já as fêmeas apresentam a
extremidade posterior retilínea.
 
O Enterobius vermiclaris é um parasito cosmopolita( que
significa que ele pode ser encontrado praticamente em qualquer
lugar do mundo).
Aproximadamente 209 milhões de pessoas se encontram
infectadas em todo o mundo.
 O Enterobius vermicularis ou Oxiurus vermicularis, é um
helminto nematódeo (verme) de forma cilíndrica e cor branca,
que mede cerca de 1 cm (as femeas ou machos mede cerca de
5mm) e provoca uma verminose intestinal denominada
enterobíase, oxiuríase ou oxiurose. Na linguagem popular, o
oxiúrus é conhecido como tuxina.
A enterobiose tem maior prevalência em países temperados e
alta prevalência em crianças com idade escolar.
O principal sintoma é a uma coceira anal, geralmente intensa e
com predomínio noturno, o que costuma atrapalhar o sono dos
indivíduos acometidos. Após o acasalamento, o macho morre e é
eliminado pelas fezes. As fêmeas grávidas permanecem no ceco
e, à noite, se movem através do intestino em direção ao ânus,
local onde costumam implantar seus ovos. Cada fêmea pode
colocar até 10.000 ovos. O Ovo mede cerca de 50mm de
comprimento por 20mm de largura. Apresenta o aspecto
grosseiro de um D.
O ciclo é monóxeno, onde o hospedeiro se infecta ingerindo ovo
embrionado através de água ou alimentos contaminados ou,
ainda, levando os ovos da região perianal à boca.
A infecção costuma seguir três caminhos:
 
1. Autoinfecção
Se o paciente coçar a região do ânus, ele pode contaminar suas
mãos e unhas com os ovos do verme. Se a mão contaminada for
levada à boca em algum momento, o paciente volta a se
contaminar.
 
2. Retroinfecção
 
Após 3 semanas, os ovos implantados na região perianal
eclodem e dão origem a novos vermes. Estes vermes podem
entrar pelo ânus e seguir em direção ao ceco, onde irão se
acasalar novamente.
 
3. Heteroinfecção
 
A transmissão do oxiúrus para outras pessoas pode ocorrer
através de mãos contaminadas com ovos.
O paciente coça o ânus, contamina suas mãos e pode transmitir
os ovos ao preparar alimentos, manipular objetos ou
cumprimentar outros indivíduos.
Pessoas que moram no mesmo ambiente de pacientes
contaminados são as que têm mais riscos de serem contaminadas.
Toalhas e roupas de cama estão frequentemente infectados com
ovos de Enterobius vermicularis, o que facilita o contágio dos
cônjuges.
Os ovos começam a perder a capacidade de infectar após 1 ou 2
dias sob condições quentes e secas, mas podem sobreviver por
mais de duas semanas em ambientes frescos ou úmidos.
Os vermes adultos podem migrar para locais além do ânus, como
a região vaginal. Nas mulheres pode haver vulvovaginite
(inflamação da vulva e da vagina), coceira e corrimento vaginal.
O exame laboratorial indicado é o Método da fita adesiva ou
de GRAHAM:
https://www.mdsaude.com/ginecologia/infeccao-ginecologica/corrimento-vaginal/
A maioria dos paciente infectados pelo oxiúrus não apresenta
sintomas. Em geral, os sintomas surgem quando o paciente já se
reinfectou sucessivamente, a ponto de ter uma grande quantidade
de vermes no seu trato intestinal, o que pode ocorrer somente
meses depois da contaminação inicial.
Quando o verme provoca sintomas, o mais comum é a coceira
anal. Em alguns casos, a coceira é intensa e deixa o paciente
inquieto e com dificuldade de dormir.
Nesse caso as medidas preventivas são:
 
Saneamento básico;
Educação sanitária;
Lavar roupa e roupa de cama;
Manter unhas cortadas.
 
O medicamento utilizado para enterobiose é o Albendazol
400mg em dose única e é 100% eficaz.
 
 
 
 
 
A tricuríase também é um parasito cosmopolita e
aproximadamente 604 milhões de pessoas se encontram
infectada em todo o mundo. É a 3ª infecção parasitária mais
comum. A tricuríase tem maior prevalência em regiões tropicais e
subtropicais e alta prevalência em crianças com idade escolar.
Acomete principalmente pessoas desfavoráveis
socioeconomicamente. 
Os vermes adultos medem de 3 cm a 5 cm, possuem bocas sem
lábios na extremidade anterior.
O esôfago mede dois terços do corpo sendo fino e delgado e os
órgãos reprodutores ocupam um terço é a porção alargada,
terminando no intestino e ânus.
O ovo apresenta um formato elíptico característico, com poros
salientes e transparentes em ambas as extremidades,
preenchidos por material lipídico.
O habitat é o intestino grosso (ceco e colón) e podem sobreviver
de 2 a 3 anos.
O diagnóstico da tricuríase é feito a partir da identificação dos
ovos de Trichuris trichiura nas fezes, sendo também levado em
consideração os sintomas apresentados pela pessoa.
Caso seja verificada a presença de vários ovos no exame
parasitológico de fezes, pode ser indicado pelo médico a
realização de endoscopia para que o intestino possa ser avaliado
e, assim, ser possível verificar a presença dos vermes adultos
aderidos da parede do intestino.
 
 
 
 
O Ciclo de vida é monóxeno (em um único hospedeiro) ,tem início
quando os ovos desse parasita são liberados nas fezes para o
ambiente. No solo, os ovos passam por um processo de
maturação, até que se tornam infectantes. Esses ovos maduros
podem ser ingeridos pelas pessoas através do consumo de água e
alimentos contaminados e eclodem no intestino, onde sofrem
processo de maturação e diferenciação entre macho e fêmea, que
reproduzem-se e dão origem a novos ovos.
A maioria dos casos de tricuríase são assintomáticos, no entanto
quando a quantidade de parasitas é muito alta podem surgir
alguns sintomas, como:
 
Diarreia;
Dor ou desconforto ao defecar;
Vontade frequente para defecar;
Náuseas e vômitos;
Perda de peso sem razão aparente, devido à má absorção
causada pela presença do parasita na parede do intestino;
Anemia ferropriva;
Dor de cabeça constante. 
 Em casos mais graves pode haver prolapso retal, em que parte
do intestino passa para fora do ânus, sendo essa complicação
grave mais frequente em crianças.
 
 
 
1. Infecção leve (até 1000 ovos), geralmente assintomática;
 
2. Infecção moderada (1000 a 9999 ovos), que causa dor de
cabeça, dor epigástrica, diarreia e vômitos;
 
3. Infecção intensa (acima de 10000 ovos), que causa reação
inflamatória, ulcerações na mucosa intestinal e sangramento
(colite e apendicite);
 
Nesse caso as medidas preventivas são:
 
Destinação adequada aos dejetos humanos;
Educação sanitária;Higiene das mãos e alimentos;
Água Filtrada;
Tratamento dos doentes e assintomáticos.
 
O tratamento para tricuríase é o Albendazol 400mg em dose
única. Pode ser administrado também Mebendazol 100mg em
duas doses diárias por 3 dias consecutivos.
 
Ascaridíase é uma parasitose de ocorrência mundial e há em
torno de 1,5 milhões de pessoas infectadas é causada pelo verme
nematoda Ascaris lumbricoides, denominado popularmente
lombriga. Pode ser encontrado em todo o mundo, sendo mais
comum nas regiões tropicais.
Por ser um geo-helminto (São os helmintos ou vermes que
necessitam, obrigatoriamente, para completar o seu ciclo
evolutivo, de um estágio no solo.), assim como Trichuris
trichiura, necessita de condições climáticas e ambientais
(embriogênese 27 - 30oC e 70% oxigênio).
Este patógeno, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar
até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais
robustas que os machos.
 Macho e fêmeas apresentam cor leitosa, vestíbulo bucal com
três lábios e dentículos. A fêmea apresenta extremidade
posterior retilínea e o macho apresenta a extremidade posterior
recurvado com dois espículos. Surpreendentemente, um único
hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos.
 Os ovos originalmente são brancos e adquirem cor castanha
devido ao contato com as fezes, medem cerca de 50mm de
diâmetro, ovais e com cápsula espessa, em razão da membrana
externa mamilonada, secretada pela parede uterina e formada
por mucopolissacarídeos. Frequentemente pode-se encontrar
nas fezes ovos inférteis, são mais alongados, possuem membrana
mamilonada mais delgada e o citoplasma granuloso
 
 
O ciclo de vida do Ascaris lumbricoides é monóxeno e seu habitat
é o intestino delgado.
A fêmea, após ser fecundada, libera os ovos ainda no intestino
delgado. Os ovos não embrionados saem pelas fezes. No solo,
sob ação da temperatura ambiente, umidade e oxigênio o ovo
sofre embriogênese.
Dentro do ovo, forma-se a larva L1 do tipo rabditoide, ou seja,
possui esôfago com duas dilatações, uma em cada extremidade e
uma constrição no meio.
A larva L1 muda para larva L2 ainda do tipo rabditoide. Após
sofrer outra muda, a larva L2 rabditoide passa para larva L3 do
tipo filarioide, ou seja, que possui esôfago retilíneo.
O ovo tem a larva L3 infectante para o homem. Após a ingestão,
os ovos contendo a L3, atravessam todo o trato digestivo e as
larvas eclodem no intestino delgado. As larvas, uma vez
liberadas, atravessam a parede intestinal na altura do ceco,
caem nos vasos linfáticos e nas veias e invadem o fígado, depois
a parte direita do coração e, por fim, chegam ao pulmão, trajeto
conhecido como Ciclo de Loss.
No pulmão, as larvas L3 sofrem mudança para L4, chegando à
faringe, podendo ser expelidas ou deglutidas.
Quando deglutidas, atravessam o estômago e se fixam no
intestino delgado. Transformam-se em adultos jovens 20 a 30
dias após a infecção.
O mecanismo de transmissão ocorre por meio da ingestão de
água ou alimentos contaminados com ovos contendo a L3.
Poeira, aves e insetos (moscas e baratas) são capazes de
veicular mecanicamente ovo de A. lumbricoides.
 
As larvas, após atravessarem a parede intestinal, podem invadir
o fígado causando lesões hepáticas com pequeno foco
hemorrágico e necrose.
Ao passarem pelos alvéolos pulmonares, sofrem a mudança de
L3 para L4, causando pontos hemorrágicos e ativando o sistema
imunológico.
Dependendo do número de formas presentes, pode-se ter um
quadro pneumônico com febre, tosse, disporia e eosinofilia.
Há edemaciação dos alvéolos com infiltrado parenquimatoso
eosinofilico, manifestações alérgicas, febre, bronquite e
pneumonia (a este conjunto de sinais denomina-se síndrome de
Loeffler).
Os vermes adultos causam os problemas gastrointestinais por
meio da ação:
Tóxica - antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do
hospedeiro levam a quadros de edema, urticária e convulsão.
 
Espoliadoras - consumo de proteínas, carboidratos, lipídeos e
vitaminas A e C, causando quadros de desnutrição que levam a
debilidades física e mental. 
 
Mecânica - irritação na parede intestinal e enovelamento na luz
intestinal, podendo causar obstrução.
 
O diagnóstico laboratorial baseia-se no exame parasitológico de
fezes com pesquisa de ovos do parasito. Os vermes adultos
podem ser encontrados ao exame macroscópico das fezes. Na
fase de migração larvária podem ser encontradas larvas no
escarro.
https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/diagnostico/helmintoses-protozooses/parasitologico-fezes/
https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/
Nesse caso as medidas preventivas são:
 
Educação sanitária;
Destinação adequada aos dejetos humanos;
Higiene das mãos antes da alimentação;
Tratamento dos doentes;
Proteção dos alimentos contra insetos (vetor mecânico).
 
 
O Tratamento para tricuríase é o Albendazol 400mg em dose
única. Pode ser administrado também Mebendazol 500mg
dose única.
 
Ancilosmoses humanas é causada por Ancylostoma duodenale e
Necator americanos e, geralmente, são negligenciadas.
Já foi estimado que cerca de 900 milhões de pessoas no mundo
são parasitadas por A. duodenale e N. americanus, inclusive em
paises desenvolvidos e que, desta população, 60 mil morrem,
anualmente. São encontrados na África, na Ásia e nas Américas.
Somente A. duodenale é encontrado no Oriente Médio, no norte
da África e no sul da Europa. N. americanus predomina nas
Américas e na Austrália; já foi amplamente distribuída no sul dos
Estados Unidos e ainda é endêmica nas ilhas do Caribe e nas
Américas Central e do Sul.
Ambas as espécies de ancilostomídeos têm ciclos de vida
semelhantes, apresentam um ciclo biológico direto, não
necessitando de hospedeiros intermediários.
Os ovos dos ancilostomídeos depositados pelas fêmeas (após a
cópula), no intestino delgado do hospedeiro, são eliminados
para o meio exterior através das fezes. Ovos eliminados nas
fezes eclodem em 1 a 2 dias (se depositados em local aquecido e
úmido em solo livre) e liberam larvas rabditiformes, que
evoluem e se tornam larvas filariformes em 5 a 10 dias. As
larvas podem sobreviver 3 a 4 semanas se as condições
ambientais forem favoráveis. Larvas filariformes ou larva
infectante, só ocorre no homem quando penetra ativamente, na
pele, conjuntiva e mucosa, ou, passivamente, por via oral. Elas
penetram a pele humana quando as pessoas andam descalças
em solo ou entram em contato direto com solo infectado. 
 
 
Da pele, as larvas alcançam a circulação sanguínea e/ou
linfática e chegam ao coração, indo pelas artérias pulmonares.
Nos pulmões, atingem os alvéolos, dos brônquios atingem a
faringe e são ingeridas, alcançando o seu habitat (intestino
delgado). Nele, a larva começa a exercer o parasitismo, por
meio da cápsula bucal maceram tecidos e realizam o
hematofagismo. Ainda no intestino delgado, muda para a fase
adulta e iniciando a cópula. A fêmea, assim, começa a eliminar os
ovos pelas fezes.
Infecções por ancilostomídeos zoonóticos também são comuns.
Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum são
ancilostomídeos que têm os gatos e cachorros como principais
hospedeiros. Não podem completar seu ciclo de vida nos seres
humanos. Se as larvas penetram a pele humana, normalmente
elas vagam pela pele, causando larva migrans cutânea em vez
de migrar para o intestino.
Raramente, larvas de A. caninum migram para o intestino, no
qual podem provocar enterocolite eosinofílica. No entanto, não
provocam perda significativa de sangue e anemia; em razão de
não amadurecerem até a idade adulta, não colocam ovos
(tornando difícil o diagnóstico). A infecção pode ser
assintomática ou causar dor abdominal aguda e eosinofilia.
A infecção por ancilostomídeo é frequentemente assintomática.
Contudo, exantema papulovesicular pruriginosa (coceira de
chão) pode se desenvolver no local da penetração da larva. 
 
 
 
A migração de um grande número de larvas através dos pulmões
ocasionalmente provoca a síndrome de Löffler, com tosse,eosinofilia, sibilos e, às vezes, hemoptise. Durante a fase aguda,
vermes adultos no intestino podem causar dor epigástrica,
anorexia, flatulência, diarreia e perda ponderal.
Os vermes adultos são cilindriformes e cor róseo-avermelhada.
O macho apresenta na extremidade posterior a bolsa copuladora
e a fêmea apresenta a extremidade posterior afilada. Há dois
tipos:
 
A. duodenale
 
Extremidade anterior curvada dorsalmente;
Cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes ventrais na
margem interna da boca; e
Um par de lancetas ou dentes triangulares subventrais no fundo
da cápsula bucal.
 
N. americanus
 
Extremidade cefálica bem recurvada dorsalmente;
Cápsula bucal profunda, com duas lâminas cortantes,
seminulares, na margem interna da boca, de situação subventral;
e duas outras lâminas cortantes na margem interna, subdorsal;
Fundo da cápsula bucal com um dente longo, ou cone dorsal,
sustentado por uma placa subdorsal e duas lancetas
(dentículos), triangulares, subventrais.
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7as-pulmonares-intersticiais/s%C3%ADndrome-de-l%C3%B6ffler
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/hematologia-e-oncologia/dist%C3%BArbios-eosinof%C3%ADlicos/eosinofilia
Ovos
 
Apresentam casca fina, em formato oval.
Quando liberados, não são segmentados, sofrendo posterior
clivagem no meio ambiente, onde requerem um ambiente propício,
principalmente com boa oxigenação, alta umidade (> 90%) e
temperatura elevada, para que ocorra a embrionia.
O ovo de A. duodenale dentes cortantes e N. americanus são
idênticos.
 
Nesse caso as medidas preventivas são:
 
Engenharia e educação sanitária;
Suplementação alimentar de Fe em zonas endêmicas;
Diagnóstico e tratamento precoce do indivíduo parasitado;
Uso de calçados;
 
O tratamento para ancilostomíase aplica o Mebendazol e
Albendazol. Já o tratamento do quadro de anemia faz uso de
suplementação de ferro (alimentação e sulfato ferroso).
 
 
A estrongiloidíase está presente no mundo todo, especialmente
nas regiões tropicais e subtropicais. Temos, aproximadamente,
100 milhões de infectados no mundo.
É uma infecção causada pelo nematelminto Strongyloides
stercoralis, que penetra no corpo quando a pele entra em
contato com o solo contaminado com o verme.
Geralmente, as pessoas são infectadas ao andar descalças em
solo contaminado.
 A maioria das pessoas com esta infecção não apresenta
nenhum sintoma, mas algumas têm erupção cutânea, tosse,
sibilos, dor abdominal, diarreia e perda de peso.
Em casos raros, desenvolve-se uma infecção grave, com risco à
vida, em pessoas que têm um sistema imunológico enfraquecido
devido a um distúrbio (como câncer) ou a medicamentos que
suprimem o sistema imunológico.
Os médicos diagnosticam a infecção achando larvas em uma
amostra de fezes ou detectando anticorpos ao Strongyloides no
sangue.
O Strongyloides stercoralis apresenta várias formas evolutivas:
 
Fêmea partenogenética;
Fêmea de vida livre;
Macho de vida livre;
Ovos;
Larvas rabditoides; e
Larvas filarioides.
 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0139/aula2.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0139/aula2.html
A fêmea partenogenética possui extremidade anterior
arredondada e posterior afilada, boca com 3 lábios, esôfago
filarioide e elimina na mucosa intestinal o ovo já larvado. 
Os ovos da fêmea de vida livre e da fêmea partenogenética são
idênticos aos ovos dos ancilostomídeos.
As larvas L1 e L2 possuem esôfago rabditoide, vestíbulo bucal
curto, primórdio genital nítido e cauda pontiaguda. Já as larvas
L3 possuem esôfago filarioide, vestíbulo bucal curto, cauda
entalhada, e é a forma infectante, penetrando na pele ou mucosa.
São parasitas triploides (3n) e podem produzir,
simultaneamente, três tipos de ovos, dando origem a três tipos de
larvas rabditoides:
 
 Larvas rabditoides triploides (3n), que se transformam em
larvas filarioides triploides infectantes, completando o ciclo
direto;
 Larvas rabditoides diploides (2n), que originam as fêmeas de
vida livre; e
Larvas rabditoides haploides (1n) que evoluem para macho de
vida livre.
Diploides e haploides completam um ciclo indireto.
 
Ciclo direto
 
As larvas rabditoides no solo ou sobre a pele da região perineal,
depois de 24 a 72 horas, transformam-se em larvas filarioides
infectantes.
 
 
Ciclo indireto
 
As larvas rabditoides sofrem 4 transformações no solo,
produzindo fêmeas e machos de vida livre.
Os ovos originados do acasalamento das formas adultas de vida
livre serão triploides, e as larvas rabditoides evoluem para
larvas filarioides (3n) infectantes.
Os ciclos direto e indireto se completam pela penetração ativa
das larvas L3 na pele ou mucosa oral, esofágica ou gástrica do
hospedeiro.
Algumas larvas, ao penetrarem a pele, morrem no local, mas o
ciclo continua pelas larvas que atingem a circulação venosa e
linfática e através destes vasos seguem para o coração e
pulmões.
Chegam aos capilares pulmonares, onde se transformam em L4,
atravessam a membrana alveolar e, por meio da migração pela
árvore brônquica, chegam à faringe.
Podem ser deglutidas, atingindo o intestino delgado, onde se
transformam em fêmeas partenogenéticas. Os ovos são
depositados na mucosa intestinal e as larvas alcançam a luz
intestinal.
Em caso de infecções leves, o parasitismo por S. stercoralis
pode apresentar-se assintomático. Os casos sintomáticos
apresentam inicialmente alterações cutâneas com pontos
eritematosos, que aparecem nos lugares de penetração das
larvas, acompanhadas de prurido, edema local e urticária.
 
 
A migração larvária pelos pulmões pode causar tosse,
expectoração, ligeira febre e broncopneumonia, caracterizando a
Síndrome de Loeffler, que cursa com eosinofilia sanguínea
elevada. As manifestações intestinais são: diarréia, dor
abdominal, constipação, anorexia, náuseas, vômitos e dor
epigástrica que pode simular quadro de úlcera péptica.
Nos casos de hiperinfecção ocorrem quadros diarréicos graves
com várias evacuações diárias, causando desnutrição,
desidratação, síndrome de má absorção e acentuada perda de
peso. Em indivíduos imunodeprimidos a doença pode
desenvolver-se de forma severa, com disseminação larvária a
múltiplos órgãos, caracterizando a estrongiloidíase disseminada.
 
Nesse caso as medidas preventivas são:
 
Programa de controle;
Tratamento aos doentes;
Destinação adequada dos dejetos humanos;
Higiene das mãos e alimentos;
Uso de calçados.
 
Há suas opções de tratamento para estrongiloidíase,
Albendazol 400mg/dia por 3 dias consecutivos, Invermectina
dose única oral de 200µm/kg.

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