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APELAÇÃO ADESIVA

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__________________________________________________________________
AO JUÍZO 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA Z
Processo n.: ...
	TÍCIO PEREIRA, ora apelante, já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado (procuração anexa), inconformado com a sentença, vem a presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 1.009 c/c art. 997, §2º, ambos do Código de Processo Civil, interpor
APELAÇÃO ADESIVA
	Requerendo, na oportunidade, que o Apelado seja intimado para, querendo, oferecer as contrarrazões e, ato contínuo, sejam as razões anexas remetidas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ... para os fins de mister.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, 29 de abril de 2020.
OAB
ÉGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ...
Apelante: Tício Pereira
Apelado: Mévio da Silva
Processo nº.: ...
I – BREVE SÍNTESE DO PROCESSO
Trata-se de ação proposta pelo Apelado, o qual requereu pensão vitalícia no valor de um salário mínimo em face do Apelante, em virtude de um atropelamento em que o aquele foi vítima.
Em sede de contestação, o réu, ora Apelante, afirmou que o acidente ocorreu por culpa exclusiva do Apelado. O laudo realizado em primeiro grau atestou que o Apelante estava dentro do limite de velocidade, as testemunhas informaram que o Apelado estava embriagado e, uma delas, afirmou que o Apelado atravessou fora da faixa de pedestres. 
O magistrado proferiu sentença, na qual julgou parcialmente procedente o pedido, condenando o Apelante ao pagamento de 20% de seus ganhos a título de pensão vitalícia.
Interposta apelação pelo Apelado, o Apelante foi intimado para apresentar contrarrazões e manifestou interesse em recorrer. 
II – DA CULPA EXCLUSIVA DO AUTOR
A r. sentença proferida pelo juiz a quo não merece ser mantida, tendo em vista, Excelência, que o atropelamento no qual o Apelado foi vítima ocorreu por culpa exclusiva deste.
O fato de o Apelante ter atropelado o Apelado não deve ser visto de maneira objetiva, uma vez que a responsabilidade civil imprescinde de demonstração do nexo causal entre o dano e a ação. No presente caso não o há, uma vez que o dano sofrido pelo Apelado não decorreu de ação do Apelante e sim por uma excludente de responsabilidade civil, qual seja de culpa exclusiva da vítima. 
O art. 186 do Código Civil preleciona: “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Vê-se, então, que não houve qualquer voluntariedade do Apelante quanto ao dano sofrido pelo Apelado.
Ora, pelas provas carreadas aos autos, vê-se claramente que o acidente se deu por culpa exclusiva do Apelado, uma vez que ele atravessou a rua fora da faixa de pedestres, estava embriagado como as testemunhas ouvidas em Juízo informaram. 
Veja-se que o Apelante estava conduzindo seu veículo dentro dos limites de velocidade estabelecido na via e se surpreendeu com o um infortúnio, quando o Apelado atravessou a via repentinamente e fora da faixa de pedestres. 
Não há, aqui, nexo causal, nesse sentido também entende a jurisprudência pátria:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ATROPELAMENTO. MORTE. PEDESTRE. TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA COMPROVADA. TRAVESSIA FORA DA FAIXA DE PEDESTRES. RISCO DE LESÃO ASSUMIDO PELA VÍTIMA. EXCESSO DE VELOCIDADE NÃO COMPROVADO. RESPONSABILIDADE DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICO AFASTADA. SENTENÇA MANTIDA. 1. As pessoas jurídicas de direito privado, que exploram o serviço público de transporte coletivo de passageiros, respondem objetivamente pelos danos causados a terceiros, usuários ou não do serviço. 2. Para que a concessionária de transporte coletivo tenha a obrigação de indenizar, basta a verificação da conduta administrativa, do resultado danoso e do nexo causal entre este e o fato lesivo, a qual pode ser afastada quando comprovada a ocorrência de força maior ou de caso fortuito, ou, ainda, a culpa exclusiva da vítima. 3. O conjunto probatório demonstra que a vítima, a despeito da existência de sinalização horizontal (faixa de pedestres) próximo ao local que trafegava, adentrou via preferencial sem adotar as cautelas necessárias para efetuar a travessia da via, evidenciando a culpa exclusiva da vítima, razão pela qual imperioso o julgamento de improcedência do pedido inicial. 4. Caberia à parte autora/apelante trazer aos autos elementos de convicção que demonstrassem a responsabilidade da empresa apelada, cumprindo com o seu ônus probatório (artigo 373, I, CPC). 5. Não há provas nos autos que atestem a ilicitude da conduta atribuída ao motorista da requerida, mas, ao contrário, os elementos de informação indicam que a vítima ingressou em via sem os cuidados e atenção necessários, interceptando o livre curso do veículo que naquela trafegava, circunstância que se revela a causa preponderante da colisão e evidencia a culpa exclusiva da vítima. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.
(TJGO, Apelação (CPC) 5331653-18.2016.8.09.0051, Rel. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 20/11/2019, DJe de 20/11/2019)
APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO – ACIDENTE DE TRÂNSITO EM RODOVIA – ATROPELAMENTO – CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA – AUSENCIA DO DEVER DE INDENIZAR – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO 
Versa o art. 186 do Código Civil que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Segundo dispõe o art. 69 do CTB, o pedestre ao cruzar a pista de rolamento deverá tomar precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos. Havendo provas nos autos de que o atropelamento foi causado pelo próprio comportamento da vítima, que adentrou de inopino a pista de rolagem, não há falar em dever indenizatório, pois ausente conduta ilícita por parte do condutor do veículo.
(TJ-MS – AC: 08110283120148120001 MS 0811028-31.2014.8.12.0001, Relator: Juiz Luiz Antônio Cavassa de Almeida, Data de Julgamento> 04;03/2020, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação: 06/03/2020).
Diante todo o exposto, deve a sentença apelada ser reformada, uma vez que presente os elementos caracterizadores da culpa exclusiva do Apelado no evento danoso, afastando-se, assim, qualquer dever indenizatório por parte do Apelante. 
III – PEDIDO
	A vista do evidenciado, o Apelante requer que a presente apelação seja CONHECIDA e, quando de seu julgamento, seja totalmente provida para reformar a sentença recorrida com o afastamento do dever de pagar pensão vitalícia do Apelante.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, 29 de abril de 2020.
OAB

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