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Prova AO2 Antropologia_

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Prévia do material em texto

(sem assunto) 
1 mensagem
juciara freitas <juciara.davifreitas@outlook.com> seg, 7 de jun de 2021 às 01:58
Rascunho para: juciara.davifreitas@outlook.com
AO2
Entrega  16 jun em 23:59
 
Pontos  6
 
Perguntas  10
 
Disponível  7 jun em 0:00 - 16 jun em
23:59 10 dias
 
Limite de tempo  Nenhum
Instruções
Importante:
Caso você esteja realizando a atividade
através do aplicativo "Canvas Student", é
necessário que você clique em "FAZER
O QUESTIONÁRIO", no final da página.
Histórico de tentativas
Tentativa Tempo Pontuação
MAIS
RECENTE
Tentativa
1
18
minutos 6 de 6
https://famonline.instructure.com/courses/12921/quizzes/46412/history?version=1
0,6 / 0,6 pts
Pontuação deste teste: 6 de 6
Enviado 7 jun em 1:56
Esta tentativa levou 18 minutos.
 
Pergunta 1
Leia os textos e veja a imagem a seguir:
 
Texto 1:
 
Depois da independência do Brasil, e
sob pressão de nações europeias,
especialmente da Inglaterra, vários
acordos e leis foram aprovados no
sentido de extinguir o tráfico de
escravos. Assim, o tratado de aliança e
amizade entre o príncipe regente D João
VI e Jorge III da Inglaterra reconhecia a
injustiça do comércio de escravos e
prometia sua abolição gradual [...] o
tráfico foi proibido formalmente pela lei
de 7 de novembro de 1831, mas
somente foi suprimido real e
definitivamente em 4 de setembro de
1850, pela Lei Eusébio de Queirós, como
ficou conhecida.
 
MOURA, C.. Dicionário da escravidão
negra no Brasil. Edusp, 2004. p. 241.
 
Imagem:
Escravo com escarificações no rosto.
Foto de Augusto Stahl. Cerca de 1864.
Fonte: http://fotografia.ims.com.br
 (Links para um site externo.). Acesso
em 10 jul. 2019.
 
Texto 2:
 
A PNAD Contínua de 2017 mostra que
há forte desigualdade na renda média
do trabalho: R$ 1.570 para negros, R$
1.606 para pardos e R$ 2.814 para
brancos. O desemprego também é fator
de desigualdade: a PNAD Contínua do
3º trimestre de 2018 registrou um
desemprego mais alto entre pardos
(13,8%) e pretos (14,6%) do que na
média da população (11,9%). Dados
também da PNAD só que mais antigos,
http://fotografia.ims.com.br/
de 2015, mostram que apesar dos
negros e pardos representarem 54% da
população na época, a sua participação
no grupo dos 10% mais pobres era
muito maior: 75%. Já no grupo do 1%
mais rico da população, a porcentagem
de negros e pardos era de apenas
17,8%.
 
CALEIRO, J. P. Os dados que mostram a
desigualdade entre brancos e negros no
Brasil. Revista Exame. 20 nov. 2018.
Disponível
em: https://exame.abril.com.br/brasil/os-
dados-que-mostram-a-desigualdade-
entre-brancos-e-negros-no-brasil/
 (Links para um site externo.). Acesso
em 10 jul. 2019.
Dentre os marcos que colocaram fim à
escravidão no país, a Lei Eusébio de
Queirós, de 1850, e a Lei Áurea, de 1888,
foram fundamentais para impor o fim do
tráfico de pessoas negras e a abolição
do regime escravista. Na foto acima,
temos uma imagem que data
aproximadamente de 1864 e que
apresenta um homem negro com
marcas provavelmente decorrentes das
torturas sofridas enquanto pessoa
escravizada. Considerando o conjunto
de discussões realizadas a respeito das
relações étnico-raciais no Brasil, é
possível afirmar que:
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/
  
Concedida pela Princesa Isabel, a
liberdade dos negros escravizados
instaurou uma nova dinâmica de
concorrência equilibrada entre negros
e brancos no mercado de trabalho e
no acesso a bens e serviços.
 
  
O fim do tráfico de pessoas negras
escravizadas e a Abolição delimitaram
um recomeço digno para os negros no
país, deixando para trás todos os
estigmas definidos pela escravidão.
 
  
A estrutura étnico-racial decorrente do
período escravista não se reproduziu
durante a Primeira República, uma vez
que foram empreendidos notáveis
esforços para a integração dos ex-
escravizados e a restauração de sua
dignidade na sociedade brasileira, bem
como patamares adequados de renda
e consumo.
 
  
As marcas deixadas pelo sistema
escravista no Brasil foram
progressivamente se apagando devido
à intensa miscigenação entre brancos
e negros.
 
Correto!Correto!
0,6 / 0,6 pts
  
As marcas deixadas pela escravidão
no Brasil permaneceram mesmo após
o encerramento oficial do tráfico de
pessoas escravizadas, bem como
após a Abolição, consolidando-se
como elemento estrutural de nossa
cultura.
 
Esta alternativa está correta. As 
relações étnico-raciais 
consolidadas durante a sociedade 
escravista ainda permanecem 
produzindo efeitos sociais, 
instaurando-se como estrutura de 
exclusão dos negros mesmo em 
períodos democráticos.
 
Pergunta 2
[...] Algumas famílias brasileiras
rejeitaram, e até mesmo hospitalizaram,
membros masculinos que se desviaram
das normas sociais aceitas por uma
sociedade heterocêntrica, enquanto
outros lares mantiveram filhos
transviados em seu seio [...] Além do
mais, as correntes migratórias de
homossexuais masculinos do Nordeste
para o Rio e São Paulo, ou do campo
para a cidade, desafiam o modelo
padrão apresentado por sociólogos e
historiadores, segundo o qual as
pessoas dependem essencialmente de
laços familiares para mudar-se de uma
área do Brasil para outra. Para muitos
jovens que fugiram do controle e
condenação da família, dos parentes e
de uma cidade pequena em busca do
anonimato das metrópoles, a amizade
baseada numa identidade
compartilhada e em experiências
eróticas similares propiciou laços mais
fortes que os sanguíneos.
GREEN, J. Além do Carnaval: a
homossexualidade masculina no Brasil
do século XX. Trad. de Cristina Fino e
Cássio Arantes Leite. São Paulo: Unesp,
1999. pp. 34-35.
De acordo com o texto, analise as
afirmações a seguir:
 
I. Determinadas identidades, como a
identidade homossexual, possibilitam a
criação de vínculos afetivos e de
compartilhamento de experiências que,
em muitos casos, sobrepõem-se aos
laços definidos pela consanguinidade.
 
II. Segundo James Green, os violentos
processos de segregação decorrentes
de ações homofóbicas podem resultar
em migrações forçadas de pessoas que
buscam a autopreservação física e
identitária.
 
III. Diferente do que certos padrões
migratórios apontam, a transferência de
localidades por determinadas pessoas
pode ser também motivada por
questões identitárias.
 
IV. As cidades grandes possibilitam um
certo anonimato que pode ser visto
como algo positivo para quem deseja se
distanciar de grupos que compartilham
práticas e posicionamentos
homofóbicos.
 
É correto apenas o que se afirma em:
  I, II e III. 
Correto!Correto!
  I, II, III e IV. 
Esta alternativa está correta, pois 
todas as afirmações são 
verdadeiras. O autor afirma que a 
identidade homossexual pode 
oferecer um reconhecimento de 
grupo mais forte do que vínculos 
familiares. A marginalização da 
identidade homossexual pode 
resultar em processos migratórios 
que têm como horizonte a 
tentativa de reconhecimento 
identitário em outras regiões. 
Conforme o texto, muitos jovens 
homossexuais brasileiros optam 
por deixar suas comunidades de 
origem em busca de locais que 
possam garantir a preservação de 
suas identidades e a garantia de 
segurança contra práticas 
homofóbicas. O texto indica a 
existência de fluxos migratórios de 
jovens homossexuais brasileiros 
que buscam se afastar de práticas 
e posicionamentos 
discriminatórios em relação a suas 
identidades.
  II e IV. 
  IV. 
  I e III. 
0,6 / 0,6 pts
 
Pergunta 3
Leia o texto a seguir:
 
Do etnocentrismo à relativização, a
Antropologia foi criando seus
instrumentos de abertura. Ideias,
métodos, teorias de compreensão da
diferença foram fazendo das
sociedades do “outro” um espelho para
a sociedade do “eu” e não um fantasma
a ser exorcizado. O “outro” é, cada vez
mais, a “diferença” feita alternativa
possível de existência.
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo.
São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 29.
Com base no texto e em seus
conhecimentos sobre Antropologia, é
correto afirmar que:
Correto!Correto!
  
A Antropologia é um campo de
estudos que prioriza a alteridade,sendo este conceito entendido como o
reconhecimento da identidade do
“outro”.
 
Esta alternativa está correta. A 
Antropologia se constituiu como 
campo de estudos que procura 
evidenciar a diversidade e as 
diferenças entre as culturas, de 
maneira a reconhecer a pluralidade 
de possibilidades culturais 
produzidas pela ação humana.
  
Embora os estudos antropológicos
tenham como objeto de investigação a
diversidade humana, essa diversidade
não é a diversidade do “outro”, mas
sim a do próprio meio cultural do qual
o antropólogo faz parte.
 
  
De acordo com o texto, o “outro” passa
a ser compreendido pela Antropologia
como aquele individuo ou grupo em
estágio de evolução necessariamente
distinto das sociedades industriais e
urbanas.
 
  
A passagem da visão etnocêntrica
para a visão relativista, na
Antropologia, ocorreu sem mudanças
significativas dos métodos e técnicas
empregados pelos antropólogos.
 
0,6 / 0,6 pts
  
Ao investigar os seus próprios padrões
culturais, o antropólogo deve deixar de
lado os métodos e as técnicas
utilizadas para a análise dos grupos
distantes.
 
 
Pergunta 4
Leia o texto a seguir:
 
Concebo na espécie humana dois tipos
de desigualdade: uma a que chamo
natural ou física, por se estabelecida
pela natureza, e que consiste na
diferença das idades, da saúde, das
forças do corpo e das qualidades do
espírito ou da alma; a outra, a que se
pode chamar desigualdade moral ou
política, por depender de uma espécie
de convenção e ser estabelecida, ou
pelo menos autorizada, pelo
consentimento dos homens. Esta
consiste nos diferentes privilégios que
alguns usufruem em prejuízo dos
outros, como de serem mais ricos, mais
reverenciados, mais poderosos do que
eles, ou mesmo em se fazerem
obedecer por eles.
 
ROUSSEAU, J. Discurso sobre a origem
e os fundamentos da desigualdade
entre os homens. Tradução de Maria
Ermantina Galvão. São Paulo: Martins
Fontes, 1999. p. 159. 
Considerando esse contexto, avalie as
seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. A partir dos escritos de Rousseau, e
com base nas atualizações
modernas realizadas pela
Antropologia, é possível afirmar a
existência de ao menos dois tipos de
desigualdades humanas.
 
PORQUE
 
2. Os seres humanos possuem
características naturais e físicas que os
tornam desiguais, bem como também
características morais e políticas,
nomeadas nos dias de hoje como
culturais e sociais.
 
A respeito dessas asserções, assinale a
opção correta:
  
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
  
As asserções I e II são proposições
falsas.
 
  
A asserção I é uma proposição falsa, e
a II é uma proposição verdadeira.
 
0,6 / 0,6 pts
  
A asserção I é uma proposição
verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
 
Correto!Correto!
  
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
 
Esta alternativa está correta, pois 
as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. O autor procura 
evidenciar que nem todas as 
desigualdades são naturais, pois 
algumas delas são históricas, 
sociais e culturais, definidas por 
Rousseau como desigualdades 
morais e políticas.
 
Pergunta 5
Leia o texto a seguir:
 
Os resultados da pesquisa científica, em
qualquer ramo do conhecimento
humano, devem ser apresentados de
maneira clara e absolutamente honesta.
Ninguém sonharia em fazer uma
contribuição às ciências físicas ou
químicas sem apresentar um relato
detalhado de todos os arranjos
experimentais, uma descrição exata dos
aparelhos utilizados, a maneira pela
qual se conduziram as observações o
número de observações, o tempo a elas
devotado e, finalmente, o grau de
aproximação com que se realizou cada
uma das medidas”.
 
MALINOWSKI, B.. Argonautas do
Pacífico ocidental: um relato do
empreendimento e da aventura dos
nativos nos arquipélagos da Nova Guiné
melanésia. Traduções de Anton P. Carr e
Lígia Aparecida Cardieri Mendonça. São
Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 18.
Considerando esse contexto, avalie as
seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. A Antropologia se distancia do senso
comum cotidiano e se define como
ciência.
 
PORQUE
 
2. A Antropologia apresenta
procedimentos específicos de
investigação sistemática, incluindo
relatos detalhados e rigor na
observação empírica realizada.
 
A respeito dessas asserções, assinale a
opção correta:
  
A asserção I é uma proposição
verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
 
Correto!Correto!
  
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
 
Esta opção está correta, pois as 
asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. A antropologia 
procura investigar os fenômenos 
culturais a partir de estudos 
aprofundados sobre interações 
humanas empíricas – ou seja, 
baseadas na experiência – 
compartilhadas entre os grupos.
  
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
  
A asserção I é uma proposição falsa, e
a II é uma proposição verdadeira.
 
  
As asserções I e II são proposições
falsas.
 
0,6 / 0,6 pts
 
Pergunta 6
Leia o trecho a seguir, extraído de uma
entrevista concedida pela historiadora e
antropóloga Lilia Schwarcz, sobre a
Abolição da escravidão, para a BBC
Brasil:
 
Lilia Schwarcz - A lei simplesmente
abolia. Dizia que a partir desta data não
há mais escravos no Brasil. Ponto final.
A República, que viria um ano e meio
depois, tentaria colocar uma pedra no
tema da escravidão. Como se tivesse
ficado morto no passado junto com o
Império. Temos um hino da República,
aquele que canta "liberdade, liberdade,
abre as asas sobre nós". E há uma
estrofe que diz: "Nós nem cremos que
escravos outrora tenha havido em tão
nobre país". Ou seja, um ano e meio
depois, (os republicanos) afirmavam
não acreditar mais (que tivesse havido
escravidão). Era um processo de
amnésia nacional.
 
BBC Brasil - Quais foram as
consequências imediatas desta
abolição sem salvaguardas?
 
Lilia Schwarcz - O (momento) pós-
emancipação não teve nenhuma
preocupação com inclusão dessas
populações (de ex-escravos). Eu me
refiro a educação, saúde, habitação,
todos os problemas estruturais.
 
Mas isso não quer dizer que a gente só
deva culpar o passado. O que vemos
hoje no país é uma recriação, uma
reconstrução do racismo estrutural. Nós
não somos só vítimas do passado. O
que nós temos feito nesses 130 anos é
não apenas dar continuidade, mas
radicalizar o racismo estrutural.
 
Brasil viveu um processo de amnésia
nacional sobre a escravidão, diz
historiadora. BBC Brasil, 10 mai. 2018.
Disponível
em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-
44034767  (Links para um site
externo.). Acesso em 13 jul. 2019.
Considerando esse contexto, avalie as
seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. O racismo estrutural está presente na
sociedade brasileira contemporânea.
 
PORQUE
 
2. O país não soube lidar com o
passado escravista, de modo que a
mentalidade escravista ainda
permanece em nosso presente, pois
atualmente não ocorrem esforços
suficientes por parte da sociedade de
compreensão dos efeitos perversos da
escravidão em nosso país.
 
A respeito dessas asserções, assinale a
opção correta:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767
  
A asserção I é uma proposição
verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
 
Correto!Correto!
  
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
 
Esta alternativa está correta, pois 
as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. No que concerne 
aos efeitos sociais e culturais do 
passado escravista, a crítica 
apresentada pela historiadora e 
antropóloga aponta tanto para as 
ações insuficientes ocorridas no 
passado, quanto também para as 
ações insuficientes do presente.
  
As asserções I e II são proposições
falsas.
 
  
A asserção I é uma proposição falsa, e
a II é uma proposição verdadeira.
 
  
As asserçõesI e II são proposições
verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
0,6 / 0,6 pts
 
Pergunta 7
Leia o texto a seguir:
 
Etnocentrismo é uma visão do mundo
onde o nosso próprio grupo é tomado
como centro de tudo e todos os outros
são pensados e sentidos através dos
nossos valores, nossos modelos,
nossas definições do que é a existência.
No plano intelectual, pode ser visto
como a dificuldade de pensarmos a
diferença; no plano afetivo, como
sentimentos de estranheza, medo,
hostilidade etc.
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo.
São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 5.
 
Considerando as afirmativas abaixo e
seus conhecimentos em antropologia,
analise as afirmações a seguir:
 
I. O etnocentrismo pode ser
compreendido tanto como uma
perspectiva culturalmente demarcada
como uma forma de lidar com as
diferenças existentes entre diferentes
culturas.
 
II. A perspectiva etnocêntrica tende a
tornar desiguais as diferenças, ou seja,
hierarquizar como “centrais” e
“marginais” os padrões culturais dos
“outros”.
 
III. A definição de etnocentrismo
apresentada não pode ser relacionada
ao conceito de xenofobia, uma vez que
este não prevê o estabelecimento de
desigualdades entre culturas distintas.
 
IV. A Antropologia Cultural, enquanto
disciplina que procura investigar
diferentes modos de produção
simbólica entre grupos humanos, tende
a se distanciar da visão etnocêntrica
para compreender as culturas em seus
próprios termos.
 
É correto o que se afirma apenas em:
  IV. 
  II, III e IV 
  I, II e III. 
  I e III. 
Correto!Correto!
  I, II e IV. 
0,6 / 0,6 pts
Esta alternativa está correta, pois 
apenas as afirmações I, II e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é 
verdadeira, pois, conforme o texto, 
o etnocentrismo é uma visão de 
mundo e uma ação que não 
procuram relativizar a 
compreensão das diferenças. A 
afirmação II é verdadeira, pois o 
etnocentrismo define as diferenças 
culturais como hierarquizadas 
através de julgamentos 
dicotômicos, tais como 
inferiores/superiores, boas/más, 
centrais/marginais, 
normais/anormais etc. A 
afirmação III é falsa, pois o 
conceito de xenofobia indica a 
aversão de um determinado grupo 
ou individuo sobre origens étnicas 
e culturais distintas. Desse modo, 
o etnocentrismo serve de base 
para a construção dos 
preconceitos xenófobos. A 
afirmação IV é verdadeira, pois a 
antropologia moderna parte da 
noção de que é necessário 
relativizar as produções 
simbólicas, sendo necessária a 
suspensão provisória dos valores 
adotados pelo antropólogo em seu 
cotidiano cultural.
 
Pergunta 8
Leia o texto a seguir:
 
Um xamã ou cacique, embora tenha um
nome próprio, ao falar com os brancos
fala de si como “índio” porque quer se
fazer entender pelos não-índios. Assim
as mulheres e as feministas que já
desconstruíram o natural também falam
de si com intenção política, e também
didática, de fazer o outro entender. Foi a
partir daí que se começou a sustentar a
ideia de um lugar de fala atualmente em
voga na vida contemporânea. Ora, uma
característica de nossa época é a
sustentação da singularidade, a forma
subjetiva que expressa a existência de
cada um como um ser de diferença. Por
meio da singularidade fica claro que
cada um quer conquistar um lugar. Esse
lugar tornou-se, pela autoafirmação da
singularidade que se expressa, um lugar
de fala.
 
TIBURI, M. Lugar de fala, lugar de dor. 29
mar. 2017. Revista Cult. Disponível
em: https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-
de-fala-e-etico-politica-da-luta/  (Links
para um site externo.). Acesso em 10
jul. 2019.
A propósito da noção de “lugar de fala”,
analise as afirmações a seguir.
 
I. Trata-se de uma noção que busca
tornar indiscernível o espaço de
produção de certos discursos
produzidos por grupos específicos.
 
II. É uma noção voltada à censura,
impedindo que pessoas deem suas
opiniões sobre temas específicos
relacionados a grupos particulares.
 
III. Possibilita uma identificação da
posição que um determinado
https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-luta/
enunciador ocupa ao proferir seu
discurso.
 
IV. Contribui para a delimitação do
universo social e cultural que
determinadas pessoas ocupam. Não se
trata de impedir que outras pessoas
falem sobre certos grupos, mas sim de
reconhecer os limites aos quais
determinados discursos estão
circunscritos.
 
É correto apenas o que se afirma em:
Correto!Correto!
  III e IV. 
0,6 / 0,6 pts
Esta alternativa está correta, pois 
apenas as afirmações III e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é falsa, 
pois se trata de noção que procura 
evidenciar os limites sociais e 
culturais de cada discurso. A 
afirmação II é falsa, pois não se 
refere à censura, uma vez que 
procura ressaltar justamente o 
componente democrático dos 
posicionamentos sociais, 
identificando as origens dos 
discursos e sua relação com as 
experiências das pessoas que os 
enunciam. A afirmação III é 
verdadeira, pois se trata de noção 
que evidencia a origem e os limites 
dos discursos sociais. A afirmação 
IV é verdadeira, pois a noção de 
“lugar de fala” procura associar 
certos discursos aos seus espaços 
sociais de produção, ou seja, 
procura tornar evidentes a posição 
e a tomada de posição de pessoas 
e grupos no espaço público.
  I e IV. 
  I, II e III. 
  I e II. 
  II, III e IV. 
 
Pergunta 9
Leia o texto a seguir:
 
O interesse teórico e epistemológico de
articular sexo e raça, por exemplo, fica
claro nos achados de pesquisas que
não olham apenas para as diferenças
entre homens e mulheres, mas para as
diferenças entre homens brancos e
negros e mulheres brancas e negras,
como fica claro nos trabalhos realizados
no Brasil, mobilizando raça e gênero
para explicar desigualdades salariais ou
diferenças quanto ao desemprego
(GUIMARÃES, 2002; GUIMARÃES;
BRITTO, 2008). A partir dos dados da
pnad 1989 e 1999, Nadya Araújo
Guimarães mostra que, considerando
sexo e raça, os homens brancos
possuem os salários mais altos; em
seguida, os homens negros e as
mulheres brancas; e, por último, as
mulheres negras têm salários
significativamente inferiores
(GUIMARÃES, 2002, p. 13).
 
HIRATA, H. Gênero, classe e raça:
interseccionalidade e
consubstancialidade das relações
sociais. Revista Tempo Social. São
Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73, 2014.
Considerando esse contexto, avalie as
seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. As mulheres negras recebem salários
inferiores aos salários recebidos por
homens negros, mulheres brancas e
homens brancos.
 
PORQUE
 
2. As mulheres negras são mais
afetadas nas relações de trabalho e nas
dinâmicas de exploração e
desigualdades no Brasil
contemporâneo.
 
A respeito dessas asserções, assinale a
opção correta:
  
As asserções I e II são proposições
falsas.
 
  
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
Correto!Correto!
  
As asserções I e II são proposições
verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
 
Esta alternativa está correta, pois 
as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. Segundo o texto, 
as análises de Nadya Guimarães 
apontam que as mulheres negras 
recebem salários inferiores 
àqueles recebidos por homens 
negros, mulheres brancas e 
homens brancos e são mais 
afetadas nas relações de trabalho 
e nas dinâmicas de exploração e 
desigualdades no Brasil 
contemporâneo.
0,6 / 0,6 pts
  
A asserção I é uma proposição falsa, e
a II é uma proposição verdadeira.
 
  
A asserção I é uma proposição
verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
 
 
Pergunta 10
Leia os textos a seguir:
 
Texto 1:
 
Imagine-se o leitor sozinho, rodeado
apenas de seu equipamento, numa praia
tropical próxima a uma aldeia nativa,
vendo a lancha ou barco que o trouxe
afastar-se no mar até desaparecer de
vista [...]. Imagine-se entrando pela
primeira vez na aldeia, sozinho ou
acompanhado de seu guia branco.
Alguns dos nativos se reúnem ao seu
redor – principalmente quando sentem
cheiro de tabaco.Outros, os mais velhos
e de maior dignidade, continuam
sentados onde estão.
 
MALINOWSKI, B. Argonautas do
Pacífico ocidental: um relato do
empreendimento e da aventura dos
nativos nos arquipélagos da Nova Guiné
melanésia. Traduções de Anton P. Carr e
Lígia Aparecida Cardieri Mendonça. São
Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 19.
 
Texto 2:
 
Falar em encontro etnográfico é falar
numa particular aventura marcada pelo
duplo esforço, de uns para contar, e de
outros para compreender, tal como – na
leitura de Ítalo Calvino, em As Cidades
Invisíveis – protagonizaram Marco Polo
e Kublai Khan – seu objetivo: a busca de
um código compartilhado para entender
e apreciar as diferenças entre as
inúmeras cidades do vasto império e
que, no fundo, eram uma só.
 
MAGNANI, J. G. C. O (velho e bom)
caderno de campo. Disponível
em: http://nau.fflch.usp.br/  (Links para
um site externo.). Acesso em 13 jul.
2019.
 
Considerando os textos e seus
conhecimentos de Antropologia, analise
as afirmações a seguir:
 
I. A etnografia, enquanto técnica de
registro sistemático dos códigos
compartilhados pelas pessoas,
consolidou-se como uma das principais
formas de se compreender a dimensão
simbólica dos grupos humanos
estudados pela antropologia.
 
II. Ao procurar a interpretação adequada
dos códigos compartilhados pelos
http://nau.fflch.usp.br/
grupos humanos, o antropólogo
necessita se distanciar dos códigos
culturais nativos, de modo a projetar
sobre eles seus próprios valores.
 
III. Quando o antropólogo ingressa em
território por ele desconhecido, passa a
se confrontar com a contínua
relativização de seus juízos de valor,
uma vez que os grupos humanos se
organizam de acordo com formas
culturais diferentes das dele.
 
IV. Os dois textos citados apresentam
dilemas que caracterizam a etnografia,
ou seja, a necessidade de estabelecer
contatos com os grupos estudados, de
maneira a compreender e desenvolver
com os nativos uma relação que
possibilite a compreensão de seus
códigos culturais específicos.
 
É correto o que se afirma em:
  I e II 
  I, II e III 
  III e IV 
Correto!Correto!
  I, III e IV 
Esta alternativa está correta, pois 
apenas as afirmações I, III e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é 
verdadeira, pois a Antropologia 
encontra na etnografia uma 
maneira de se aproximar das 
ideias, valores e comportamentos 
compartilhados pelas pessoas 
pertencentes aos grupos 
estudados. A afirmação II é falsa, 
pois o antropólogo, quando de sua 
inserção no campo de estudos, 
necessita confrontar seus valores, 
de maneira a suspendê-los 
temporariamente para, daí então, 
compreender quais são os 
referenciais culturais específicos 
das categorias nativas. A 
afirmação III é verdadeira, pois ao 
atuar em campo, buscando realizar 
a etnografia das práticas culturais 
dos grupos estudados, o 
antropólogo se vê despojado de 
seus referenciais culturais 
particulares, uma vez que é preciso 
compreender os códigos culturais 
por ele estudados a partir dos 
referenciais específicos dos 
grupos que serão objetos de 
análise antropológica. A afirmação 
IV é verdadeira, pois os dois textos 
apresentam a perspectiva do 
antropólogo, uma vez que a 
etnografia exige o esforço de 
estabelecer contatos e relações 
complexas necessárias para a 
compreensão das interações 
culturais dos grupos estudados.
  II e IV 
Pontuação do teste: 6 de 6

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