Buscar

higiene_laboral_unidade3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Antes de iniciar a gestão de riscos é preciso re-
alizar um planejamento que contemple preliminar-
mente a avaliação dos riscos presentes e que poderão 
surgir na empresa. A avaliação de riscos é uma meto-
dologia que tem como objetivo caracterizar os tipos 
de efeitos possíveis para a saúde dos trabalhadores 
resultante de determinada exposição de agentes no-
civos, bem como calcular a probabilidade de que se 
produzam estes efeitos na saúde, com diferentes ní-
veis de exposição. É também usado para caracterizar 
situações concretas de risco. Suas etapas são:
a) Identificação de riscos;
b) Descrição da relação da exposição-efeito; e
c) Avaliação da exposição para caracterizar o risco.
O primeiro estágio se refere à identificação de 
um agente, por exemplo, uma substância química, 
como causadora de um efeito nocivo para a saúde 
(ex.: câncer ou intoxicação sistêmica). A segunda 
etapa estabelece os níveis de segurança e limite de 
exposição, bem como suas consequências (efeito) 
sobre a saúde das pessoas expostas. Esses conheci-
mentos são essenciais para interpretar os dados ob-
tidos a partir da avaliação da exposição.
A avaliação a exposição caracteriza-se como 
34
uma parte da avaliação de riscos. Ela serve para ob-
ter dados para caracterizar uma situação de riscos e 
também para obter dados para determinar a relação 
da exposição-efeito baseando-se em estudos epide-
miológicos. Neste último caso, a exposição de um 
determinado lugar determina o efeito relacionado. 
Estas causas ambientais da exposição devem ser ca-
racterizadas com exatidão para garantir a confiabili-
dade da correlação entre a exposição e seus efeitos 
para a saúde dos trabalhadores.
A avaliação dos riscos é fundamental para mui-
tas decisões que são tomadas. Os benefícios da hi-
giene laboral relacionados à proteção da saúde dos 
trabalhadores serão limitados a menos que as ações 
de prevenção se concretizem. Ações essas voltadas 
para a eliminação ou redução ao máximo de fontes 
de riscos ambientais, como por exemplo, contami-
nantes químicos, radiações, etc.
A avaliação de riscos é um processo dinâmico, 
sendo comum o desenvolvimento de novos conhe-
cimentos que gradativamente revelam os efeitos no-
civos de substâncias que anteriormente eram con-
sideradas relativamente inócuas. Desta maneira, o 
higienista laboral deve ter constantemente acesso à 
informação toxicológica atualizada. Outra implica-
ção da higiene laboral é que as exposições devem 
ser controladas sempre ao nível mais baixo possível.
De maneira resumida os elementos para a ava-
35liação dos riscos são:
• Características do lugar de trabalho:
o Instalações;
o Atividades, processos, operações;
o Fontes de emissão;
o Agentes.
• Características da Exposição:
o Grupos expostos;
o Tarefas de cada grupo;
o Vias de exposição;
o Agentes perigosos e exposição estimada nos 
grupos expostos.
• Avaliação do risco:
o Avaliação dos efeitos dos produtos ou agen-
tes para a saúde;
o Classificação dos grupos expostos (efeitos 
leves ou efeitos graves).
Gestão de riscos 
Nem sempre se podem eliminar todos os agen-
tes de riscos para a saúde no local de trabalho, por-
que alguns deles são inerentes de processos indis-
pensáveis de trabalho. No entanto, os riscos podem 
e devem ser gerenciados.
36
A avaliação de risco fornece uma base para a 
gestão riscos. Apesar da avaliação de riscos ser um 
procedimento científico, a gestão de riscos é mais 
pragmática e envolve decisões e ações orientadas 
para a prevenção, ou reduzir para níveis aceitáveis a 
presença de agentes que podem ser perigosos para 
a saúde dos trabalhadores, para as comunidades no 
entorno da empresa e para o meio ambiente.
A gestão de riscos no local de trabalho requer 
informação e conhecimentos sobre:
• Riscos para a saúde e sua magnitude, descritos 
e classificados de acordo com os resultados da ava-
liação de riscos;
• Normas e requisitos legais;
• Viabilidade tecnológica, do ponto de vista da 
tecnologia de controle disponível e aplicável;
• Aspectos econômicos, tais como os custos de 
concepção, implementação, operação e manutenção 
de sistemas de controle e análise de custo-benefício;
• Recursos humanos disponíveis e necessários;
• Saúde pública e contexto socioeconômico 
para base para a tomada de decisões relativas;
• Definição dos objetivos de controle;
• Seleção de estratégias e tecnologias de contro-
le adequadas;
• Alocação de prioridades de ação, levando-se 
em conta a situação de risco, o contexto socioeconô-
37mico e de saúde pública, para executar ações como:
o Identificação e busca por recursos financeiros 
e humanos;
o Concepção de medidas específicas de con-
trole, para ser adequadas para proteger a saúde dos 
trabalhadores e o meio ambiente, salvaguardando o 
máximo possível os recursos naturais;
o Aplicação de medidas de controle, incluindo 
disposições relativas aos procedimentos de opera-
ção, manutenção e de emergência apropriados;
o Estabelecimento de um programa de preven-
ção e controle de risco, com gestão adequada, in-
cluindo a monitorização periódica.
Tradicionalmente, a área da segurança do tra-
balho responsável pela maior parte destas decisões 
e ações é a higiene laboral (ou higiene do trabalho, 
industrial, ocupacional).
Uma decisão chave da gestão de riscos refere-se 
ao risco aceitável (que efeito pode ser aceitável, que 
porcentagem da população trabalhadora é aceitável). 
Normalmente esta decisão é baseada nos limites de 
tolerância impostos pela legislação de saúde e segu-
rança do trabalho nacional, estadual e municipal (mi-
nistério do trabalho, ministério da saúde, vigilância 
sanitária, etc.) e, se for o caso, limites de tolerância 
de agências internacionais.
O higienista do trabalho deve conhecer os re-
38
quisitos legais e é responsável, normalmente, para 
definir os objetivos de controle no local de trabalho. 
No entanto, pode ocorrer que o próprio higienista 
laboral tenha que tomar decisões sobre o risco acei-
tável no local de trabalho, por exemplo, quando não 
existem normas aplicáveis ou estas não englobam 
todas as possíveis exposições.
Todas estas decisões e ações devem ser inte-
gradas num plano realista, que exija coordenação e 
colaboração de várias equipes. Embora a gestão de 
riscos envolva abordagens pragmáticas, a sua efici-
ência deve ser avaliada cientificamente. 
As atividades relacionadas à gestão de riscos 
são, na maioria dos casos, um compromisso entre 
o que deve ser feito para evitar todos os riscos e o 
melhor que pode ser feito na prática, considerando 
as limitações econômicas e de outros tipos.
A gestão dos riscos relacionados com o local de 
trabalho e com o meio ambiente em geral deve ser 
coordenada. Estas duas áreas não são apenas com-
plementares, mas na maioria das vezes o sucesso de 
uma está vinculado com o êxito da outra.
Programas de higiene laboral
Um programa de higiene laboral deve ter a ca-
pacidade de realizar estudos preliminares adequados, 
39fazer amostras, realizar medições e análises para ava-
liar e controlar os riscos, assim como para recomen-
dar medidas de controle ou projetá-las.
Os elementos chave de um programa de higie-
ne laboral são os recursos humanos e financeiros, os 
sistemas de informação, as instalações e os equipa-
mentos. Estes recursos devem ser organizados e co-
ordenados através de um planejamento cuidadoso e 
de gestão eficiente, também devem incluir a garantia 
da qualidade e uma avaliação da continuidade do pro-
grama. O sucesso dos programas de higiene laboral 
depende do apoio e compromisso da alta direção.
O principal ativo de um programa são os re-
cursos humanos adequados, sendo prioritário con-
tar com eles. Todas as pessoas devem conhecer 
claramente suas responsabilidades e as descrições 
dos postos de trabalho. Caso necessário, devem ser 
tomadas medidas relacionadas ao treinamento e a 
educação. Os requisitos básicos dos programas de 
higiene laboral são:
Higienistas laborais: além de conhecimento ge-
ral sobre a identificação,avaliação e o controle de 
riscos ocupacionais, os higienistas laborais podem se 
especializar em áreas específicas, tais como a química 
analítica ou a ventilação industrial; o ideal é ter uma 
equipe de profissionais com formação adequada em 
todos os aspectos da prática de higiene do trabalho e 
em todas as áreas técnicas necessárias;
40
• Equipe de laboratório, profissionais da área de quí-
mica (dependendo da amplitude do trabalho analítico);
• Técnicos e auxiliares, para estudos de campo 
e de laboratório, bem como para a manutenção e re-
paração dos instrumentos;
• Especialistas em informação e apoio administrativo.
Um aspecto importante é a qualificação profis-
sional, que não só deve ser adquirida, mas também 
mantida. A educação contínua, dentro ou fora do 
programa deve incluir, por exemplo, atualizações 
legislativas, novos avanços e técnicas de conheci-
mento. A participação em conferências, simpósios e 
seminários também ajuda a manter as competências 
do pessoal.
A saúde e a segurança de todos os membros da 
equipe devem ser garantidas nos estudos de cam-
po, nos laboratórios e nos escritórios. Os higienis-
tas podem ser expostos a riscos graves e devem usar 
equipamentos de proteção individual adequados. 
Dependendo do tipo de trabalho, talvez seja preci-
so que eles sejam vacinados. Se for um trabalho em 
áreas rurais e, dependendo da região, deverão ser 
disponibilizados, por exemplo, soros contra picadas 
de cobras.
Os riscos profissionais em escritórios não devem 
ser subestimados, pois há riscos, por exemplo, em se 
trabalhar com computadores, impressoras, fotocopia-
41doras ou sistemas de ar condicionado com falta de 
manutenção. Os fatores ergonômicos e os riscos psi-
cossociais também devem ser considerados.
As instalações incluem escritórios, salas de reu-
nião, laboratórios e equipamentos, sistemas de infor-
mação e biblioteca. As instalações devem ser projeta-
das corretamente, levando-se em conta as necessida-
des futuras, visto que alterações e adaptações subse-
quentes são geralmente mais custosas e demoradas.
Os laboratórios de higiene laboral devem ter, 
em princípio, capacidade de realizar avaliações qua-
litativas e quantitativas da exposição a poluentes at-
mosféricos (substâncias químicas e poeiras), agentes 
físicos (ruído, estresse térmico, radiação, iluminação) 
e agentes biológicos. Para a maioria dos agentes bio-
lógicos, as avaliações qualitativas são suficientes para 
recomendar controles, e geralmente não é necessá-
rio realizar avaliações quantitativas, as quais normal-
mente são mais difíceis.
Embora alguns instrumentos de leitura dire-
ta da poluição do ar possam fornecer resultados 
limitados para efeitos de avaliação da exposição, 
são extremamente úteis na identificação de riscos e 
suas fontes, determinar as concentrações máximas 
e servir de base de dados para projetar medidas de 
controle e verificar controles como em sistemas de 
ventilação. Em relação aos sistemas de ventilação, os 
instrumentos também servem para comprovar a ve-
42
locidade do ar e pressão estática.
 Possíveis estruturas de laboratórios de higiene la-
boral contêm os seguintes materiais e equipamentos:
• Equipamentos de campo (amostragem, lei-
tura direta);
• Laboratório de análises;
• Laboratório de partículas;
• Equipamentos de análises de agentes físicos 
(ruído, temperatura, iluminação e radiação);
• Oficina para a manutenção e reparação 
de instrumentos.
Ao selecionar uma equipe de higiene laboral, 
além das características de desempenho, devem-se 
ser considerados os aspectos práticos relacionados 
com as condições previstas de utilização, por exem-
plo, infraestrutura disponível, clima, localização. Al-
guns destes aspectos são a possibilidade de transpor-
tar o equipamento, a fonte de energia necessária, os 
requisitos de calibração e de manutenção e a dispo-
nibilidade de respostas aos consumidores.
Os equipamentos só devem ser adquiridos se:
a) Existir uma necessidade real;
b) Dispor-se de pessoal qualificado para ga-
rantir a correta operação, manutenção e reparação 
de equipamentos;
43c) Desenvolver um procedimento completo, 
visto que não faria sentido comprar, por exemplo, 
um equipamento para amostragem de bombas, se 
não houvesse um laboratório para analisar as amos-
tras (ou ao menos um acordo com um laboratório 
externo para executar tal análise).
A calibração de todas as medições e amostras 
de higiene laboral assim como dos equipamentos 
analíticos, devem fazer parte de qualquer processo e 
é necessário dispor dos equipamentos para tal.
A manutenção e os reparos são essenciais para 
prevenir as que os equipamentos permaneçam pa-
rados por muito tempo. Os fabricantes de equipa-
mentos deve garantir este tipo de serviço, seja por 
assistência técnica ou apoio à formação da equipe 
de trabalho.
Se um programa completamente novo for de-
senvolvido, inicialmente só deverão ser adquiridos 
os equipamentos básicos, adquirindo-se novos equi-
pamentos de acordo com as necessidades, com o 
objetivo de garantir as capacidades operacionais pre-
viamente planejadas. No entanto, mesmo antes de 
dispor de equipamentos e de laboratório, muito do 
progresso operacional pode ser feito através de con-
troles nos locais de trabalho, a fim de avaliar qualita-
tivamente os riscos para a saúde e recomendar medi-
das para reduzir ou eliminar os riscos identificados.
44
A falta de capacidade para realizar avaliações 
quantitativas dos riscos no deve justificar a passivi-
dade frente às exposições obviamente perigosas. Isto 
é especialmente verdadeiro em situações em que os 
riscos não são controlados no local de trabalho.
Não se pode fazer no desenvolvimento de um 
programa de higiene laboral sem considerarmos o 
planejamento, o qual deve ser pontual e sua execu-
ção minuciosa. A gestão e a avaliação periódica de 
um programa são essenciais para garantir o sucesso 
dos objetivos e metas, fazendo o melhor uso dos re-
cursos disponíveis.
O planejamento deve considerar a análise das 
seguintes informações:
• Natureza e extensão dos riscos, a fim de esta-
belecer prioridades;
• Requisitos legais (leis, normas, regulamentações);
• Recursos;
• Serviços de infraestrutura e de apoio.
Os processos de planejamento de organização 
incluem as seguintes etapas:
• Definir o objetivo do programa, definindo os 
objetivos e o âmbito de atuação, considerando a de-
manda prevista e os recursos disponíveis;
• Alocação de recursos;
• Definição da estrutura organizacional;
• Perfil dos recursos humanos e seus planos 
45de desenvolvimento;
• Atribuição clara das responsabilidades aos di-
ferentes serviços, equipamentos e pessoas;
• Concepção e adaptação de instalações;
• Seleção de equipamentos;
• Requisitos operacionais;
• Estabelecimento de mecanismos de comuni-
cação dentro e fora do serviço;
• Cronograma.
Os custos operacionais não devem ser subesti-
mados, uma vez que a falta de recursos pode preju-
dicar gravemente a continuidade de um programa. A 
seguir seguem alguns requisitos que não podem ser 
negligenciados:
• Solicitação de suprimentos, tais como filtros, 
tubos indicadores, tubos de carvão vegetal, reagen-
tes, peças para reposição de equipamentos, etc.
• Manutenção e reparação dose equipamentos;
• Transporte (veículos, combustível, manuten-
ção) e viagens;
• Atualização de informações.
Os recursos devem ser maximizados através 
de um estudo cuidadoso de todos os elementos a 
serem considerados como parte integrante de um 
programa completo. Para o sucesso de qualquer 
46
programa é essencial alocar recursos de forma equi-
librada entre as diferentes unidades (medições de 
campo, amostragem, laboratórios de análises, etc.) e 
os componentes (instalações e equipamentos, pesso-
as, aspectos operacionais). Além disso, a distribuição 
dos recursos deve permitir alguma flexibilidade, uma 
vez que é possível que os serviços de higiene laboral 
tenham de se adaptar para atender às necessidades 
reais, as quais devem ser avaliadas periodicamente.Comunicar, compartilhar e colaborar são pala-
vras-chave para o sucesso do trabalho em equipe e o 
desenvolvimento de habilidades individuais. Deve-se 
dispor de mecanismos eficazes de comunicação den-
tro e fora do programa, para conseguir uma abor-
dagem interdisciplinar que requeira a proteção e a 
promoção da saúde dos trabalhadores.
Deve haver uma estreita interação com outros 
profissionais de saúde no trabalho, especialmente 
com profissionais médicos e de enfermagem do tra-
balho, ergonomistas e psicólogos ocupacionais, bem 
como profissionais de segurança. No contexto do 
local de trabalho, eles também devem envolver os 
trabalhadores, a equipe de produção e os gerentes.
A implementação de programas eficazes é um 
processo gradual. Portanto, na fase de planejamento, 
um cronograma realista deve ser elaborado, em con-
formidade com as prioridades estabelecidas e consi-
derando os recursos disponíveis.
47Falando agora sobre gestão, devemos compre-
ender que ela consiste em tomar decisões referentes 
aos objetivos que devem ser alcançados e as medi-
das que devem ser adotadas para tal. Isto inclui a 
participação de todos os interessados, assim como 
a necessidade de prever e evitar, reconhecer e resol-
ver os problemas que podem criar obstáculos para 
a realização das tarefas necessárias. Nota-se que os 
conhecimentos científicos não garantem necessaria-
mente as competências de gestão necessárias para 
executar um programa eficiente.
A importância de implementar e seguir os pro-
cedimentos corretos e uma garantia de qualidade é 
fundamental, uma vez que existe uma grande dife-
rença entre o trabalho realizado e um trabalho bem 
feito. Além disso, os objetivos reais, e não as etapas 
intermediárias devem servir de referência. A eficiên-
cia de um programa de higiene laboral não deve ser 
medido pelo número de estudos, mas pelo núme-
ro de estudos que conduzam a ações concretas para 
proteger a saúde dos trabalhadores.
Uma boa gestão deve ser capaz de distinguir 
entre o que chamamos de atenção e o que é im-
portante. Os estudos muito detalhados, incluindo 
amostragem e análises e que geram resultados muito 
precisos podem ser impressionantes, mas o que re-
almente importa são as decisões e medidas tomadas 
em consequência deles.

Continue navegando