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ESTUDO 2: ZONA DE PERIGO – PRINCÍPIO DOS LIMITES 
 
Na segunda parte desse estudo, abordaremos sobre limites, que são relevantes na jornada em 
busca da nossa melhor versão: a necessidade que temos em estabelecê-los, o processo em que 
nos perdemos quando não os utilizamos e as áreas em que devemos tê-los claramente 
definidos. Hoje temos o desafio de estabelecer limites, pois a sociedade tem entendido que 
liberdade está atrelada à ausência de limitações, os sentimentos têm governado as pessoas que 
têm criado suas próprias verdades, e a verdade de Deus deixou de ser o crivo utilizado para 
medir suas ações. 
 
E pediu-lhe: "Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto!" Por 
isso também foi chamado Edom. Respondeu-lhe Jacó: "Venda-me primeiro o seu 
direito de filho mais velho". Disse Esaú: "Estou quase morrendo. De que me vale 
esse direito?" Jacó, porém, insistiu: "Jure primeiro". Então ele fez um juramento, 
vendendo o seu direito de filho mais velho a Jacó. Então Jacó serviu a Esaú pão 
com ensopado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e se foi. Assim Esaú 
desprezou o seu direito de filho mais velho. (Gênesis 25:30-34) 
 
Esaú foi levado pelo estado de fome e abriu mão da maior benção que tinha - a primogenitura. 
Como não impôs limite ao seu desejo, foi tomado por sentimentos e entregou para seu irmão o 
que tinha de mais valioso. Isso ocorre com várias pessoas, os sentimentos estão sendo 
idolatrados e todos têm suas verdades. Muitos estão perdendo coisas que realmente 
importam, resultados a longo prazo, acreditando em verdades irreais. Vamos nos aprofundar 
nesse tema? 
 
1. Limites que libertam 
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 Estudos de GC – Um novo eu 
 
 
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Ao contrário do que muitos pensam, limites nos proporcionam uma verdadeira liberdade. 
Imagine um bangeejumping... A pessoa utiliza várias proteções e é instruída para realizar o 
salto, e o principal: a pessoa é segurada por uma corda, grande e espessa, testada muitas vezes, 
com a capacidade de suportar uma quantidade grande de massa. Se o bangee não tivesse essa 
corda, o pulo resultaria em morte, pois não haveria nada para segurar a pessoa e fazê-la voltar. 
Da mesma forma funciona com os limites, imagine-se no local do salto, a grande corda está 
segurando-o e, apesar do medo, você decide pular, pois sabe que tem uma corda perfeita para 
garantir a sua vida. Quando precisamos agir em ocasiões extremas, a nossa corda é o limite que 
estipulamos, é o que nos garante que estaremos seguros, caso contrário poderá ser nosso fim. 
 
“Assim como a corda do bangee, limites não existem para nos limitar, e sim para nos 
libertar”. 
 
Estamos todos os dias trilhando um caminho que sempre exige movimento. Não se mover é 
como decidir não saltar e perder a sensação de liberdade que o esporte proporciona. Não fazer 
nada é tolice, Deus nos deu uma vida e um propósito para vivê-la e, para aproveitá-la vamos 
precisar “saltar”, mas sempre com a sabedoria de colocar uma “corda” que nos segure, os 
limites. 
Não mude de lugar os antigos marcos que limitam as propriedades e que foram 
colocados por seus antepassados. (Provérbios 22:28) 
 
Se uma mãe vê seu filho indo pular de uma mesa e exclama “não pule”, aquele limite 
estabelecido não serve para prender a criança, e sim para salvá-la, manifestando amor e zelo. 
Da mesma forma, quando Deus estabelece princípios e limites em Sua Palavra, Ele o faz para 
nos proteger. Com os limites estabelecidos, podemos experimentar a verdadeira liberdade que 
é viver, seguindo a vontade de Deus e agindo. 
 
2. Uma coisa leva à outra 
 
Nenhuma decisão é tomada de repente. Tudo que realizamos culmina de um processo. Se parar 
para analisar, grandes erros que você já viveu começou de um convite, uma amizade, o tempo 
passou, uma coisa levou a outra e, no final, você disse: “nunca mais farei isso”. Além disso, 
todas as nossas decisões são, antes, fruto também do que se dá dentro de nós. Tiago explica 
isso: 
 
Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: "Estou sendo tentado por Deus". 
Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Cada um, porém, é 
tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Então a cobiça, 
tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a 
morte. (Tiago 1:13-15) 
 
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https://www.bibliaonline.com.br/nvi/tg/1/13-15+
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A comparação feita entre a tentação e a gestação nos revela que, assim como no período de 
gestação, a tentação se dá de modo interno, a partir de uma sequência de fases: 
 Fase 1: o desejo (é normal desejar, o problema é quando, para saciá-los, utilizamos fontes 
ilícitas, contrárias à vontade de Deus). 
 Fase 2: a imaginação (todo desejo se torna um pensamento que alimentamos). 
 Fase 3: a justificativa (uma mentira dada pelo inimigo de que merecemos o prazer de 
curtir). 
 Fase 4: a ilusão (relativizamos as consequências e nos convencemos de que “não será nada 
demais”). 
 Fase 5: a escolha (é fruto de um desejo, nutrido por imaginações e ilusões, se materializa). 
 
A questão não é tomar decisões, mas esquecer a importância dessas escolhas. A verdadeira 
queda não consiste em uma tentação que caímos, mas nas múltiplas más decisões que 
fazemos. Cada pequena escolha nos leva a um destino, precisamos aprender a vigiar para que 
não erremos o alvo: “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!” (1 
Coríntios 10:12). 
 
3. Colocando defensas 
 
Em rodovias, à margem da pista, existe uma estrutura chamada defensa, que direciona os 
automóveis e protege os condutores. Muitos acidentes são evitados pela sua presença, pois 
evita que os carros ultrapassem os limites da rodovia. Infelizmente alguns acidentes fatais 
acontecem por sua ausência e muitos só percebem sua necessidade quando o pior já 
aconteceu. 
 
Existem barreiras na nossa vida e limites são necessários para que não ultrapassemos essas 
barreiras por caminhos que nos façam cair. O rei Salomão foi um exemplo de homem que 
sofreu por não ter posto certas defensas em sua jornada, mesmo considerado a pessoa mais 
sábia de todos os tempos (1 Reis 3:11-14),tomou várias decisões erradas, adorou a outros 
deuses e começou a satisfazer desejos errados, afastando-se da vontade do Senhor. Defensas 
devem ser colocadas em pontos estratégicos longe das margens, assim nossos limites devem 
ser postos em áreas que necessitamos, longe do perigo, ou seja, “o meu limite é estar longe 
dos meus limites”. Seguem algumas áreas em que precisamos esclarecer limites: 
 Os olhos: desperta muito desejo e pode nos levar a pecar, por isso precisamos cuidar do 
que estamos vendo, pois determina o que pensamos e como seremos (Mateus 6:22-23). 
Proteja seus olhos das pequenas coisas lhe incitam a pecar, estabeleça limites claros. 
 Os ouvidos: o que ouvimos tem muito poder e podem nos manipular. Quando ouvimos 
algo, precisamos filtrar bem, ter cuidado para que nada tóxico entre em nosso coração e 
contamine-o (Provérbios 18:21). Precisamos nos atentar para as palavras que temos dado 
atenção, algumas alimentam a nossa alma com saúde, enquanto outras adoecem o 
coração. 
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 Os ambientes: a questão que envolve essa área vai muito além do local físico em si, trata-
se das companhias, práticas e influências do lugar (Mateus 5:14). Certas vezes teremos de 
ir em lugares em que as companhias não são boas, então precisamos ter maturidade para 
exercer influência, também para entender que, nem sempre estamos bem emocional e 
espiritualmente para estar em certos locais, e impor limites para não estarmos neles. E 
finalmente, discernimento para entender que existem ambientes que não nos convém. 
 
Por fim, as nossas zonas de perigo existem e precisamos ter cuidado, vigiar constantemente 
para estarmos o mais longe possível delas. Devemos ver liberdade em estabelecer limites, 
cuidar para não cair em tentações e sempre colocar as “defensas” necessárias nas áreas que 
precisamos. 
 
PARA DISCUTIR: 
1. Como você percebe que estão os limites nas áreas de sua vida? 
2. Elenque 03 limites que você já tem e como eles auxiliam você a manter equilíbrio e 
santidade. 
3. Em quais momentos de sua jornada você percebeu que errou por não ter estabelecido 
limites? 
4. Como você percebe liberdade e benefícios em ter limites? 
5. Vemos o quanto é importante estar fora da nossa zona de perigo, quais dentre as áreas 
abordadas você percebe que ainda precisa melhorar? 
 
DINÂMICA: (papel/caneta). Listar áreas que têm precisado cuidar mais, estabelecendo limites 
claros e reais para cada uma. (ex.: área emocional – problema de comparação e autopunição; 
limite: tempo em redes sociais, evitar conversas ou excluir uma conta temporariamente) 
 
 
OBS: Este estudo foi retirado de: CAMINHA, João Victor – Um novo eu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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