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AV1 - DIREITO ADMINISTRATIVO II

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PROVA B AV1 - 2021.1 - DIREITO ADMINISTRATIVO II 
 
 
OBS - As respostas das questões objetivas e discursivas devem ser fundamentadas 
com a fonte normativa. 
 
 
1. Em relação a lei 8987/95, analise os itens abaixo: 
 
I - Princípio da mutabilidade que reconhece ao poder concedente a faculdade de 
inovar, unilateralmente as normas de serviço, adaptando-as às estipulações 
contratuais às novas necessidades e anseios do usuário. Artigo 58, inciso I, da lei nº 
8.666/93 e Artigo 65 da lei nº 8.666/93 
 
 
II - As concessões têm como natureza jurídica o ato administrativo, que será 
materializado por meio de um ato solene que formaliza o ajuste firmado. errada 
 
 
III - É função estatal intervir na concessão quando houver má prestação, paralisação 
indevida, adequação do contrato e etc. A intervenção é formalizada por meio de 
decreto. Artigo 32, caput e §único, da lei nº 8987/95 
 
 
IV - A concessionária poderá contratar terceiros para execução de atividades 
complementares ao serviço concedido, sem licitação, trata-se da subconcessão. Artigo 
25, §§ 1ºe 2º, da lei nº 8.987/95 
 
 
A) Apenas o item I está certo. 
B) Apenas o item II está certo. 
XC) Apenas os itens I e III estão certos. 
D) Apenas os itens II e III estão certos. 
E) todos os itens estão corretos. 
 
 
2. Em relação às formas de intervenção restritivas. Analise e indique a opção que 
determina a denominação dada ao ônus real de uso instituído pela administração 
pública sobre determinado imóvel privado para atendimento do interesse público, 
mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados e comprovados. 
 
 
A) Limitação administrativa 
B) Tombamento 
XC) Servidão administrativa Artigo 40, decreto-lei nº 3.365/1941. 
D) Ocupação temporária 
E) Requisição administrativa 
 
 
3. A respeito do terceiro setor, assinale V verdadeiro e F falso 
 
 
(V) Terceiro Setor é composto por organizações de natureza “privada” (sem o 
objetivo do lucro) dedicadas à consecução de objetivos sociais ou públicos, embora 
não seja integrante do governo (Administração Pública direta ou indireta). Artigo1º 
da lei º 9.637/98 
 
 
(V) A doutrina conceitua como terceiro setor o conjunto de pessoas jurídicas de 
direito privado, institucionalizadas e constituídas conforme a lei civil, sem fins 
lucrativos, que perseguem finalidades de interesse público. 
 
 
(F) O termo Organização Social – refere-se também a uma qualificação concedida a 
pessoas jurídicas de direito público, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam 
dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção 
e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, conforme previsto na Lei 
Federal nº 9.637/98. Artigo1º da lei º 9.637/98 
 
 
(V) A qualificação da entidade privada como organização social é ato administrativo 
discricionário do Poder Público. No âmbito federal, o exame da conveniência e 
oportunidade da medida cabe ao Ministro ou titular do órgão supervisor ou 
regulador da área de atividade correspondente ao objeto social da entidade 
pretendente, assim como ao Ministro da Administração. Artigo 2º, inciso II, lei nº 
9.637/98 
 
 
(F) O Poder Executivo também poderá desqualificar a entidade privada, retirando-lhe 
o título de organização social, mas essa providência há de estar baseada no 
descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão e devidamente 
apuradas em processo administrativo, contudo, não será assegurado o direito de 
defesa dos dirigentes da organização diante da ilegalidade na utilização dos recursos. 
Artigo 16, §§1º E 2º, lei nº 9.637/98 
 
 
4ª - A limitação administrativa sobre determinado bem constitui modalidade de 
intervenção restritiva na propriedade de caráter 
 
 
a) exclusivo, com obrigações positivas, e pode dar ensejo a indenização de natureza 
jurídica de direito real em favor do proprietário, ainda que não seja demonstrada a 
efetiva redução do valor econômico do bem em função da referida limitação. 
 
b) geral e condição inerente ao exercício do direito de propriedade, inexistindo 
hipóteses de indenização. 
 
c) geral, mas que pode dar ensejo a indenização em favor do proprietário na hipótese 
de a limitação causar redução do valor econômico do bem, independentemente do 
momento em que tenha sido instituída a restrição. 
 
d) exclusivo e pode dar ensejo a indenização de natureza jurídica de direito real em 
favor do proprietário, desde que a aquisição do bem tenha ocorrido anteriormente à 
instituição da restrição. 
 
Xe) geral, pela qual o Poder Público impõe a proprietários indeterminados 
obrigações de fazer ou de não fazer, com o fim de garantir que a 
propriedade atenda a sua função social, excepcionalmente que pode dar 
ensejo a indenização de natureza jurídica de direito pessoal, se a limitação 
causar redução do valor econômico do bem e a sua aquisição tiver ocorrido 
anteriormente à instituição da restrição. REsp 920170 PR 2007/0018531-8 
 
 
5ª Acerca do instituto da desapropriação, assinale a opção correta. 
 
 
a)A declaração de utilidade pública de determinada propriedade privada não afasta o 
direito à indenização por benfeitorias necessárias e úteis realizadas no imóvel 
posteriormente ao referido ato, mesmo que feitas sem a autorização do 
expropriante. 
 
b)De acordo com o STF, é condição para a imissão provisória da posse de imóvel 
objeto de desapropriação por utilidade pública o pagamento prévio e integral da 
indenização. 
 
Xc)Declarada a utilidade pública do bem objeto de decreto expropriatório, 
o poder público deve atender ao prazo de cinco anos para efetivar a 
desapropriação, o que pode ocorrer mediante acordo ou por via judicial, 
sob pena de caducidade. Artigo 10º, da lei n 3.365/41. 
 
d)Na hipótese de o poder expropriante não dar ao imóvel a destinação prevista no 
decreto expropriatório, o expropriado tem direito real de reivindicar a propriedade 
do bem. 
 
e)Na desapropriação indireta, sobre o valor da indenização a ser paga devem incidir 
juros compensatórios pela perda antecipada da posse do imóvel, salvo em se tratando 
de propriedade improdutiva. 
 
 
6ª Apesar dos esforços para se implantar no setor público elementos originários da 
gestão privada, há diferenças claras e significativas entre os dois ambientes, que 
possuem implicações diretas no momento em que buscam se relacionar. O acordo 
firmado entre a Administração Pública e pessoa do setor privado com o objetivo de 
implantação ou gestão de serviços públicos, com eventual execução de obras ou 
fornecimento de bens, mediante financiamento do contratado, contraprestação 
pecuniária do Poder Público e compartilhamento dos riscos e dos ganhos entre os 
pactuantes, é denominado 
(A) termo de fomento. 
(B) termo de colaboração. 
X(C) contrato de parceria público-privada. Lei nº 11.079/2004 e artigos. 
(D) contrato de concessão comum. 
(E) contrato de gestão 
 
 
 
7ª Questão - 1,5 pontos - Aponte as principais diferenças entre formas de extinção do 
contrato de concessão de serviços públicos. 
 
R: As formas de extinção do contrato de concessão de serviços públicos estão 
previstas nos artigos 35 e seguintes, da lei nº 8.987/95. 
Dentre as formas de extinção, temos: 
 
1- Advento do termo contratual – artigo 35, inciso I: ocorre quando o 
prazo previsto em contrato atinge sua finalidade, ou seja, o contrato 
se extingue automaticamente quando seu prazo acaba. 
2- Encampação – artigo 35, inciso II: consiste na extinção da concessão 
pelo Poder Concedente por razões de interesse público, fazendo com 
que haja a retomada do serviço durante o prazo da concessão. Nesta 
forma de extinção, é necessária autorização legislativa e após prévio 
pagamento da indenização, conforme artigo 37. 
3- Caducidade – artigo 35, inciso III: consiste na extinção da concessão 
pelo Poder Concedente considerando o descumprimentototal ou 
parcial do contrato de concessão pelo concessionário, nos termos do 
artigo 38 e, também, das normas dispostas em acordo entre as 
partes. 
4- Rescisão – artigo 35, inciso IV: consiste na extinção da concessão 
pelo concessionário em razão de descumprimento das obrigações 
legais e contratuais pelo Poder Concdente, inviabilizando o 
prosseguimento do contrato, nos moldes do artigo 39. 
5- Anulação – artigo 35, inciso V: é o desfazimento do contrato de 
concessão em razão de vício constatado no contrato em si ou no 
processo de licitação que o antecedeu. 
6- Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou 
incapacidade do titular, no caso de empresa individual – artigo 35, 
inciso VI: como o próprio nome já diz, a falência ou extinção da 
empresa inviabilizará o mantimento do contrato de concessão. 
 
 
 
 
8ª - Questão - 1,5 pontos 
STF julgará se indenização em caso de desapropriação é compatível com regime de 
precatórios 
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se a indenização prévia em dinheiro para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, prevista no artigo 5º, inciso 
XXIV, da Constituição Federal, se compatibiliza com o regime de precatórios, 
instituído pelo artigo 100 da Carta. A questão será analisada no Recurso 
Extraordinário (RE) 922144 que, por unanimidade, teve repercussão geral reconhecida 
pelo Plenário Virtual. O relator do recurso é o ministro Luís Roberto Barroso. 
No caso dos autos, o Município de Juiz de Fora (MG) ajuizou ação de desapropriação 
por utilidade pública com o objetivo de construir hospital e indicou como valor dos 
imóveis a quantia total de R$ 834.306,52 que, depositada, possibilitou a imissão 
provisória na posse dos bens. Após a instrução processual em primeira instância, com 
realização de perícia nos imóveis, o pedido de desapropriação foi julgado procedente, 
e fixada a indenização em R$ 1.717.000,00, com correção monetária, juros de mora e 
juros compensatórios. 
Inicialmente, o juízo de primeira instância determinou que a diferença entre o valor 
final e o depositado para imissão provisória na posse fosse complementada via 
depósito judicial. Após embargos de declaração opostos pelo município, a sentença 
foi alterada e reconhecida a necessidade de se observar o regime de precatórios. As 
duas partes apelaram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), que manteve a 
sentença. 
Em relação a desapropriação ordinária responda: 
 
1. Quais são os requisitos para o deferimento da IPP? 
 
R: A imissão provisória na posse é possível desde que o Poder Público 
expropriante alegue urgência na desapropriação e, também, há 
necessidade de depósito da quantia arbitrada, nos termos do artigo 15, do 
Decreto-lei nº 3.365/41, e artigos 874 e 875 do CPC. Com a concessão da 
IPP, ao final da ação de desapropriação será concedido ao proprietário 
expropriado direito ao recebimento de juros compensatórios, conforme 
súmula 408 do STJ, súmula 618 do STF, e ADIN 2.332. 
 
 
2. Quais são as controvérsias em relação à indenização? 
 
R: O quantum indenizatório normalmente se compõe de 2 parcelas, uma, a 
que já foi objeto de depósito judicial, quando ocorreu a IPP, e a outra, 
corresponde à diferença entre o valor que a sentença fixou, com os devidos 
acréscimos. 
No caso da segunda parcela, a indenização ocorrerá na fase de 
cumprimento da sentença, obedecendo as suas regras. 
Conforme a Constituição Federal, a indenização é um direito fundamental 
por inteligência do artigo 5º, inciso XXIV, devendo ser justa, prévia e em 
dinheiro. Assim, tendo em vista a relevância econômica da perda do direito 
à propriedade, a desapropriação poderá colocar em risco a subsistência do 
expropriado. 
De outro modo, a norma estruturante que disciplina a respeito do regime 
de precatórios esclarece que tal regime abrange os entes públicos, quais 
sejam, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nos termos do artigo 
100, da CF/88. 
Por todo o exposto, a discussão a respeito da indenização gira em torno da 
necessidade iminente de indenizar o proprietário expropriado e a 
necessidade de aplicação do regime de precatórios nas execuções 
referentes à ações em que a Fazenda Pública é parte executada, onde 
deverá ser aplicado a execução de sentença, conforme o CPC e normas 
pertinentes, ou o regime de precatórios, conforme artigo 100, da CF/88. 
 
 
 
3. Com a decisão de IPP, surgem quais efeitos? 
 
R: A imissão na provisória na posse provoca total impedimento para que o 
proprietário volte a usufruir do bem e, consequentemente, desobrigando-o 
às obrigações tributárias decorrentes do bem imóvel, conforme artigo 34-
A, do Decreto-lei nº 3.365/1941. 
Assim, uma vez deferida a imissão provisória, a posse do imóvel é 
transferida para o poder expropriante, ainda que de modo provisório. 
 E neste sentido, cessa o direto de acesso do proprietário ao imóvel objeto 
da desapropriação, constituindo direitos reais ao expropriante. 
Ademais, conforme artigo 1.196 do Código Civil, possuidor é aquele que 
tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à 
propriedade.

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