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SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO - FAEF PESQUISA EXPLORATÓRIA DAS DIFICULDADES DO AGRICULTOR FAMILIAR NA PRODUÇÃO DE ORGÂNICOS NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA (SP) Ana Caroline Marques Geraldo Garça – São Paulo – Brasil 2019 SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO - FAEF PESQUISA EXPLORATÓRIA DAS DIFICULDADES DO AGRICULTOR FAMILIAR NA PRODUÇÃO DE ORGÂNICOS NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA (SP) Ana Caroline Marques Geraldo Orientadora: Claudia Maria Bernava Aguillar Trabalho apresentado à Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF, mantido pela Sociedade Cultural e Educacional de Garça, como parte das obrigações para a obtenção do título de Bacharel em Agronomia. Garça – São Paulo – Brasil 2019 PESQUISA EXPLORATÓRIA DAS DIFICULDADES DO AGRICULTOR FAMILIAR NA PRODUÇÃO DE ORGÂNICOS NO MUNICÍPIO DE MARÍLIA (SP) RESUMO A agricultura é um dos setores do Brasil que mais cresce. Este crescimento de quantidade ocorre principalmente, por conta das tecnologias desenvolvidas na agricultura convencional, porém nesse contexto de alta, a agricultura orgânica também tem crescido e apresentado melhores resultados no mercado consumidor. A agricultura orgânica é muito importante, pois seus produtos apresentam diversos benefícios tanto para a saúde humana quanto à ambiental. Diante disso, análises foram feitas com produtores familiares por meio de questionários com o objetivo de conhecer a situação atual de suas propriedades e compreender as dificuldades que os mesmos enfrentavam em seus processos produtivos. Foi constatado que, para todos os entrevistados, a principal dificuldade foram fatores externos (chuva e seca), mas também falta de crédito para investimentos (dois entrevistados), nesse contexto, os produtores participam de cooperativas que os auxiliam na venda de seus produtos, além de fornecer treinamentos e cursos para seus afiliados. O trabalho apontou que a agricultura orgânica está sendo feita dentro de núcleos familiares e com processos essencialmente manuais, além de contar com uma produção diversificada entre grãos, horticultura e fruticultura. Palavras-chave: Agricultura orgânica, Cooperativas, Finanças, Sustentabilidade. EXPLORATORY RESEARCH ON DIFFICULTIES OF FAMILY FARMERS IN ORGANIC PRODUCTION IN MARÍLIA (SP) ABSTRACT Agriculture is one of the fastest growing sectors of Brazil. This increase in quantity occurs mainly due to the technologies created in conventional agriculture, but in this context, organic agriculture also has growth and shows better results in the consumer market. Organic agriculture is very important because its products have many benefits for both human health and the environment. Therefore, this paper analyzes family farmers through questionnaires in order to know the current situation of their characteristics and understand the difficulties that they faced in their production processes. The results indicates that, for all respondents, one of the main difficulties are environmental situations, but also lack of credit for investments (two respondents). In this situation, the family farmers join cooperatives that help them in the sale of their products, besides providing training and courses for their affiliates. The work indicates that organic agriculture occurs within family farm and with manual processes, besides having a diversified production among grains, horticulture and fruit production. Keywords: Organic agriculture, Cooperatives, Finance, Sustainability. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Distribuição percentual do número e área de estabelecimentos agropecuários não familiares e familiares - Brasil – 2006 ....................................................................................... 3 Figura 2 - Alimentos orgânicos embalados para comercialização ............................................. 3 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Produtos derivados da produção familiar e suas respectivas porcentagens de produção .................................................................................................................................... 4 Tabela 2 – Questionário socioeconômico e agroambiental de Agenor Alves da Silva ........... 13 Tabela 3 – Questionário socioeconômico e agroambiental de Carlos Alexandre Scarcele ...... 16 Tabela 4 – Questionário socioeconômico e agroambiental de Hermes Beznos ...................... 19 SÚMARIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 2 2.1 Agricultura familiar .......................................................................................................... 2 2.2 A importância da agricultura familiar .............................................................................. 4 2.3 Preservação dos recursos naturais .................................................................................... 4 2.4 Vantagens e desvantagens ................................................................................................ 5 2.5 Agricultura convencional ................................................................................................. 7 2.6 Vantagens e desvantagens ................................................................................................ 7 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Materiais e métodos ........................................ 7 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ 8 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 10 APÊNDICES ........................................................................................................................... 13 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIOS SOCIOECONÔMICOS E AGROAMBIENTAIS ..... 13 APÊNDICE B - ROTEIROS DE ENTREVISTAS COM AGRICULTORES FAMILIARES ......................................................................................................................... 22 1 1 INTRODUÇÃO No Brasil, principalmente na área agrícola, o debate sobre sustentabilidade vem tornando-se relevante. Isso tem ocorrido por causa dos avanços da agricultura moderna que trouxe problemas, tais como os impactos ambientais, desigualdades sociais, insustentabilidade, inclusive na agricultura familiar. O que cria dúvidas em relação à viabilidade desse modelo no decorrer do tempo (STOFFEL, J. A.; COLOGNESE, S. A.; SILVA, R. N. B., 2014). Em um contexto de impacto ambiental e social, temos a partir da década de 1980 um crescimento na importância de políticas voltadas para a agricultura familiar. O que ganhou força nos anos de 1990, com a redemocratização do País. Junta-se a isto uma maior pressão internacional por métodos mais sustentáveis de produção, em eventos como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1992. Neste contexto de pressão política, o produtor familiar recebe a missão de ser um agente estratégicopara a aplicação de práticas sustentáveis no campo, na tentativa de equilibrar problemas ambientais e desigualdades sociais. É neste período também que é criado o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, em 1996, o qual demonstra a preocupação do governo com a agricultura familiar (IBGE, 2011). Os avanços continuaram nos anos seguintes, sendo que, em 2006 foi elaborada a Lei 11.326/2006, a qual denomina como agricultor familiar e empreendedor familiar todo aquele grupo/pessoa que atue no meio rural, atendendo aos seguintes critérios: I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. (BRASIL, 2006) Dentro da conjuntura da produção agrícola familiar, temos um tipo de produção que também representa parte dos solicitações por sustentabilidade que são feitas pelos consumidores no século XXI, sendo assim, Castro Neto et al. (2010) afirmam que a questão da agricultura orgânica está presente no debate sobre sustentabilidade, pois trata-se de uma das exigências da sociedade para os produtores de alimentos e matérias-primas que a produção além de ser em quantidade suficiente, consiga manter o equilíbrio do meio ambiente e a equidade social. A produção orgânica como sistema de cultivo iniciou-se no Brasil em pequena escala ao fim década de 1970, com expansão à partir dos anos 1990 com a criação do Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural (IBD). Com o auxílio deste Instituto apenas no período 2 1994 a 2000, houve um aumento nas vendas de orgânicos que ultrapassou 1600% da produção inicial. Dados estes avanços e as perspectivas de crescimento do mercado com a demanda por método de produção mais sustentáveis, temos um campo fértil para a migração da produção familiar convencional para a agricultura orgânica (CASTRO NETO et al., 2010). Partindo do que foi exposto, este trabalho objetivou abordar o cenário do produtor rural de produtos orgânicos, suas dificuldades no campo e as soluções para melhorar os resultados da colheita, levando em consideração a preservação dos recursos naturais. Também tem por objetivo descrever a importância dos produtos rurais orgânicos na sociedade dominada pelo avanço científico e tecnológico. Diante disso, uma pesquisa exploratória foi realizada com produtores familiares, por meio da aplicação de questionários para a compreensão das dificuldades que eles enfrentavam. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Agricultura familiar Entende-se como agricultura familiar a prática de se produzir alimentos no núcleo familiar, para a subsistência da própria família ou até para comercialização dos produtos. Pode- se dizer que o produtor familiar é um camponês, pois as práticas de produção acontecem com o uso mínimo de maquinário, ou seja, o trabalho manual é o predominante (MAESTRI, 2016). Neste contexto, Görgen (2016) acrescenta que a agricultura familiar é o trabalho realizado pela família, sem a mediação do salário, apresentando uma produção diversificada, tanto animal como vegetal durante todo os períodos do ano. No Brasil, as propriedades que se enquadram no grupo de agricultura familiar apesar de representarem uma parcela elevada do número total de propriedades rurais no Brasil (84%), quando consideramos a área que estas propriedades ocupam do território brasileiro, elas representam pouco percentualmente (24%). Sendo assim, a análise da imagem abaixo (IBGE, 2011) permite evidenciar que no Brasil existe uma grande concentração de estrutura fundiária, já que mesmo que as propriedades familiares sejam inúmeras elas representam pouco em nosso território, que é ocupado por grandes empresas latifundiárias: 3 Figura 1 - Distribuição percentual do número e área de estabelecimentos agropecuários não familiares e familiares - Brasil - 2006 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006. Outra característica que identifica a agricultura familiar é a produção orgânica, pois as práticas manuais prevalecem contribuindo para a qualidade do produto. O uso de agrotóxicos e outros componentes prejudiciais à saúde não são utilizados. Há um esforço dos produtores na utilização de métodos naturais que possam ajudar no controle de pragas, de doenças e, também, na nutrição da planta (PENTEADO, 2001). Fonte: Penteado, 2001 Figura 2 – Alimentos orgânicos embalados para comercialização. 4 2.2 A importância da Agricultura Familiar Dos produtos comercializados para a alimentação, praticamente 70% vêm da agricultura familiar. Assim, este tipo de agricultura está ligado diretamente a segurança alimentar e nutricional da população brasileira. A agricultura familiar também auxilia na melhora das economias locais e no desenvolvimento rural sustentável, por estabelecer uma relação forte com a família em seu local de morada e produção (BITTENCOURT, 2018). Tomaz (2017), confirma a informação da origem dos produtos comercializados para a alimentação, ao analisar os dados do IBGE, isto é, o Censo agropecuário de 2017, ele mencionou o percentual do mercado de consumo nacional que era atendido pela agricultura familiar: Tabela 1 – Produtos derivados da produção familiar e suas respectivas porcentagens de produção. Fonte: TOMAZ, 2017. Além disso, este setor é um dos que sempre geram emprego e apresenta uma boa produção no caso para autoconsumo, isso mostra que geralmente há um impacto social mais elevado em relação à parte econômica. Outro ponto importante é que a agricultura familiar auxilia na geração de riqueza para o setor agropecuário e também para o país, atuando na distribuição de renda (AZZONI et al., 2005). 2.3 Preservação dos recursos naturais A produção orgânica também ajuda a preservar os recursos naturais pelo fato de não utilizar práticas convencionais de cultivo da terra, sempre se baseando em princípios PRODUTO PRODUÇÃO (%) MANDIOCA 87% FEIJÃO 70% CRIAÇÃO DE SUÍNOS 59% LEITE 58% CRIAÇÃO DE AVES 50% MILHO 46% CAFÉ 38% ARROZ 34% CRIAÇÃO DE BOVINOS 30% 5 ecológicos. Ela se compromete sempre valorizar a saúde, a ética e a cidadania do ser humano, contribuindo principalmente em preservar a vida e a natureza. São utilizadas formas racionais dos recursos naturais, empregando métodos de cultivos tradicionais e também utilizando as tecnologias ecológicas mais recentes (PENTEADO, 2001). Além da agricultura familiar, existem agriculturas alternativa, biológica, orgânica, natural, biodinâmica, permacultura, agroflorestais, etc, que também partem do mesmo princípio, que é a preservação do meio ambiente, e no mundo todo, os alimentos providos de tais práticas são conhecidos como alimentos orgânicos (PENTEADO, 2001). 2.4 Vantagens e desvantagens Segundo o Tomaz (2017) existem muitas vantagens em se utilizar produtos derivados da agricultura familiar, no caso ela citou 7, que são: • Segurança alimentar e nutricional Auxilia na produção em uma quantidade que atenda a demanda da população, sempre com o intuito de manter a qualidade do produto, ajudando assim na redução da fome. • Alimentos diversificados Há uma diversificação de alimentos durante o ano todo mesmo tendo uma produção pequena a oferta é sempre regular assim tendo um acesso contínuo. • Preservação de hábitos alimentarese culturais Agricultura familiar ainda mantém a cultura típica da região por preservar a tradição e a cultura do local mesmo diante de mudanças na alimentação mundial. • Uso dos recursos naturais de forma sustentável São utilizadas práticas sustentáveis que preservam o meio ambiente, por utilizar uma pequena escala de produção permite que os produtores façam um maior uso de energia 6 renovável do que a fóssil. Além disso, este tipo de agricultura confere aos seus produtos melhor qualidade apresenta melhor responsabilidade socioambiental. • Geração de empregos e fonte de renda Devido a agricultura familiar ser em pequenas propriedades, os resultados financeiros apresentam um diferencial, isso é de grande ajuda para quem mora no campo, longe de centros industriais, sendo assim uma alternativa para os mesmos, e pelo fato de que o uso de maquinas e químicos no campo é mínima, ocorre uma alta geração de empregos devido a ter mais mão- de-obra. • Produtores com mais benefícios As políticas públicas beneficiam tais agricultores de uma forma específica, tanto municipal, estadual ou federal, que são juntas com programas que incentivam à comercialização agrícola, ajuda financeira para investimentos ou para custear suas safras, além de seguros de produção e aquisição de terras. • Alimentos com melhor qualidade Os alimentos providos por tal agricultura são também chamados de orgânicos, devido a não haver um grande uso de agrotóxicos, assim sempre adotando práticas sustentáveis. Desta forma, os consumidores terão facilidade para adquirir alimentos mais frescos, e mais saudáveis do que os que são produzidos em larga escala por usar agroquímicos. Em relação as desvantagens a principal é o tempo de produção, pelo fato de que são só utilizadas formas manuais de manejo nesse tipo de agricultura, além de não fazer uso de agrotóxicos, e isso pode resultar em diminuição da renda devido a ser uma pratica que exige tempo, outro ponto é que alguns produtores podem utilizar o fogo para limpar suas áreas para não ter que usar agrotóxicos para tal função, isso pode resultar em prejuízo para o meio ambiente, nesse caso recomenda-se o uso do plantio direto para benefício de ambos os lados, e outra desvantagem é a falta de capital para investimento de certos produtores onde acaba dificultando o aumento de sua produção (SCHIMITZ, 2011). 7 2.5 Agricultura convencional A agricultura convencional está ligada ao uso excessivo de maquinários agrícolas, além de agrotóxicos para a alta produção e lucro elevado, totalmente diferente da agricultura familiar. A mesma dispõe de grandes áreas para produção, e a mão-de-obra é terceirizada, isso significa que cada um envolvido no trabalho recebe seu próprio salário assim com os demais setores da economia. O que mais chama atenção na agricultura convencional é a alta tecnologia empregada, sendo que no familiar o objetivo sempre é diversificar suas produções para que supram suas necessidades, mas na agricultura convencional dá-se mais importância à produção do mesmo produto em grande escala visando um alto lucro (CUNHA, GONÇALVES, MÜZEL, VAZ, 2014). 2.6 Vantagens e desvantagens As principais vantagens da agricultura convencional são as margens de lucro, menos utilização de mão-de-obra porque são usados agrotóxicos para evitar o crescimento de plantas daninhas no local, e também para combater ataques de pragas. Além disso, todos os processos são realizados com máquinas, agilizando cada tipo de trabalho tendo assim uma alta produção. Outras vantagens para este sistema são menor tempo entre sacas, menor custo final do produto, facilidade de revenda no mercado em grandes quantidades e vegetais e grãos maiores (SCHERER, 2019). Mas, mesmo tendo tais vantagens, o uso deste sistema apresenta consequências para o local como, danos ao meio ambiente devido ao excesso de agrotóxicos, manejo inadequado, e descarte indevido de embalagens de agrotóxicos, pode ocorrer de haver vários funcionários que não apresentam qualificações para a operação do maquinário, é necessário uma grande quantidade de capital para investir na área e cumprir a demanda que for determinada, a qualidade nutricional é afetada pelo uso de produtos químicos, sabor menos acentuado dos produtos e alto custo na compra de fertilizantes e pesticidas (SCHERER, 2019). 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Materiais e métodos Para realizar este trabalho a pesquisa exploratória foi escolhida como a mais adequada, pois tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias. Como diz Gil (2002, p. 41), este tipo de pesquisa possibilita considerar os mais variados aspectos do tema estudado. “Na maioria 8 dos casos, essas pesquisas envolvem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão”. Assim, algumas pesquisas foram realizadas para encontrar os questionários que se encaixassem nas características dos produtores familiares. Com isso encontrou-se o questionário de Campo Econômico Social e Ambiental, da autora Paz (2017) e, também, o questionário de Entrevista para Agricultores Familiares, da Revista UFPR (2019). Portanto, antes de se realizar as entrevistas, os dois questionários foram analisados e adaptados. A pesquisa foi realizada na feira orgânica na cidade de Marília (SP). Foram entrevistados 3 produtores rurais do local. Os questionários foram deixados com eles para o preenchimento e recolhidos no prazo de uma semana para análise. 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Como observado nas respostas aos questionários, os chefes desses núcleos de agricultura familiar são homens, com média de idade de 56 anos e que trabalham com agricultura desde a infância. Todos eles se enquadram no conceito de pequeno produtor e também de agricultor familiar com base na Lei 11.326/2006 (BRASIL, 2006), isto pois, sua renda provém principalmente das atividades desenvolvidas na propriedade rural, são atividades desenvolvidas essencialmente pelos membros das famílias e a área da propriedade rural não ultrapassa quatro módulos fiscais, dado que a média das propriedades é de 7 hectares. Além disso, a pesquisa apontou que todas as três famílias residem na propriedade rural, sendo que, duas delas possuem outros imóveis não-rurais. Dentre os três entrevistados, a atividade de agricultura prevalece entre os três, porém eles praticam também a pecuária, sendo que, eles informaram que a grande mudança percebida por eles deste sua infância na atividade rural foi o impacto da tecnologia sobre a atividade. Bovinos, suínos, aves, feijão, mandioca, horticultura e fruticultura são as principais atividades com as quais os entrevistados trabalham. Mas também houve caso em que havia o cultivo de milho e a criação de cabras. Estes resultados vão de encontro com o que foi apresentado por Tomaz (2017), ao utilizar informações do Censo Agropecuário de 2017 do IBGE o autor mencionou as principais culturas que eram desenvolvidas no ambiente das propriedades familiares, sendo assim, este trabalho reforça a tese apresentada pelo Instituto e divulgada pelo Autor. 9 Do ponto de vista financeiro, a pesquisa mostrou que as vendas são feitas, basicamente, em feiras e porta-a-porta, sendo que, os intervalos de rendas mensais informados pelos entrevistados foram iguais, todos informaram receber entre 1 e 3 salários mínimos e que não recebem ajuda de programas governamentais, como o bolsa família, por exemplo. Ambos informaram fazer uso de recursos do PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar), sendo estes recursos destinados a investimentos na propriedade. Além disso, houve um entrevistado que informou possuir financiamento de habitação. Do ponto de vista do processo de produção, todos realizam cultivono processo de agricultura orgânica. Para os entrevistados, o grade impacto deste tipo de método é que ele é mais sustentável do que a agricultura convencional. Quanto à utilização de mecanização, todos informaram utilizar tratores e implementos, além de que, em 100% dos casos os entrevistados informaram que utilizam irrigação nas suas propriedades rurais. No caso da principal força de trabalho utilizada nas etapas da produção (preparo da terra, plantio, controle de pragas e colheita) foi demonstrado que dois dos três entrevistados utilizam apenas processos manuais e que em um caso, o entrevistado tem auxílio da mecanização. Como todos os entrevistados realizam o cultivo ecológico, foi questionado os impactos para utilização desse método de produção e em todos os casos, foi informado que não houve grandes mudanças, visto que, eles já conheciam as técnicas utilizadas. Além disso, todos informaram que participam de organizações de apoio à produção orgânica, sendo que os entrevistados afirmaram vender até 50% de sua produção com o apoio dessas instituições, tendo informado que como impacto dessa filiação foi a melhora na renda familiar, além de melhora de perspectivas e de conhecimento. Além disso, dois dos entrevistados informaram receber ajuda de técnicos do SENAR e da Sindicato de produtores rurais de Marília-SP. A principal reclamação dos entrevistados, as quais eles mencionaram que dificultam a realização de suas atividades diárias foi a adversidade ambiental, tanto o excesso de chuva, como a seca, sendo que, essa reclamação proveu dos três agricultores. Outra reclamação comum, em dois casos, foi a falta de crédito que possibilite investimentos na propriedade e no processo de produção orgânica. CONCLUSÃO Foi constatado durante este trabalho que a principal dificuldade dos produtores orgânicos é a falta de renda para que possam assim se expandir no setor, pois hoje em dia a parte de empréstimo está cada vez mais difícil e apresenta juros abusivos, tornando assim a vida 10 do produtor complicada, pois ficam sem condições de investir para terem uma fonte de renda melhor. É uma realidade que está ganhando espaço, pouco a pouco, e a área orgânica além de preservar o meio ambiente, ajuda a saúde dos consumidores. Já existem vários pequenos produtores investindo nesse processo produtivo, pois o valor de venda do produto acaba se tornando um pouco mais caro e trazendo maior retorno financeiro a eles. Uma ajuda à esses produtores, atualmente, provem das associações, as quais fornecem cursos que geram inúmeras informações relevantes, fortalecendo ainda mais o conhecimento e a modernização para os produtores. Além disso, algumas dessas associações compram o produto de quem é vinculado para que possa ser repassado para entidades, criando uma taxa de serviços para o bem da população. Outra coisa que foi notada durante a pesquisa foi que muitos produtores se queixavam dos mesmos assuntos, que era a falta de capital, de estrutura, além da falta de conhecimento governo ou da prefeitura de seus municípios para os produtores orgânicos, e isso causa certo desanimo entre eles. Foi possível também notar que cada produtor age e pensa diferente, mas sempre trazendo benefício a si e ao meio ambiente. Uns produzem mais para que consigam atingir sua meta e satisfazer seus clientes, outros que possuem pequenas áreas acabam comprando de terceiros para completar a oferta de seus produtos. O que mais chama a atenção é que todos já apresentam uma trajetória parecida, pois já trabalharam na roça com seus pais ou são filhos de agricultores que resolveram dar continuidade naquilo que viveram e aprenderam com seus pais e decidiram se tornarem produtores familiares e ter sua própria terra onde tiram o sustento para a família. Todos decidiram se tornar produtores orgânicos pelo mesmo motivo que é preservar a saúde de quem consome seus alimentos, além do meio ambiente, trazendo assim benefícios para as gerações futuras. REFERÊNCIAS AZZONI, C. R. et al. A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL E EM SEUS ESTADOS. Illinois, 2005, p. 18. BITTENCOURT, D. AGRICULTURA FAMILIAR, DESAFIOS E OPORTUNIDADES RUMO À INOVAÇÃO. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/- /noticia/31505030/artigo---agricultura-familiar-desafios-e-oportunidades-rumo-a-inovacao>. Acesso em 13 de agosto de 2019. 11 BRASIL. LEI Nº 11.326, DE 24 DE JULHO DE 2006. ESTABELECE AS DIRETRIZES PARA A FORMULAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES RURAIS. Brasília, DF, out 2011. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004- 2006/2006/Lei/L11326.htm >. Acesso em: 10 out. 2019. CASTRO, N. N.; DENUZI, V. S. S.; RINALDI, R. N. E.; STADUTO, J. A. R. PRODUÇÃO ORGÂNICA: UMA POTENCIALIDADE ESTRATÉGIA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR. Revista Percurso, v. 2, n. 2, p. 73-95, 2010. CUNHA, F. E.; GONÇALVES, E, V.; MÜZEL, B. C.; VAZ, D. F. C. A DIFERENÇA EN- TRE A AGRICULTURA FAMILIAR E A AGRICULTURA CONVENCIONAL QUANTO SUA INSERÇÃO NO MERCADO AGROINDUSTRIAL. Faculdade de Ciên- cias Sociais e Agrárias de Itapeva, 2014, p. 10. GIL, A. C. COMO ELABORAR PROJETOS DE PESQUISA. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. GÖRGEN, F. S. A. AGRICULTURA CAMPONESA. In: STERDILE. João Pedro (Org.). A questão agrária no Brasil: interpretações sobre o camponês e o campesinato. São Paulo, Expressão Popular, 2016, p. 101-104. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. ATLAS DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO. Rio de Janeiro: IBGE; 2011. MAESTRI, M. A FORMAÇÃO DO CAMPESINATO NO BRASIL. In: STERDILE. João Pedro (Org.). A questão agrária no Brasil: interpretações sobre o camponês e o campesinato. São Paulo Expressão Popular, 2016, p. 71-100. PAZ, F. MODELO QUESTIONÁRIO CAMPO ECONÔMICO SOCIAL E AMBIENTAL. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/341870890/Modelo- Questionario-Campo-Economico-Social-e-Ambiental>. Acesso em 19 de maio de 2019. PENTEADO, S.R. DEFENSIVOS ALTERNATIVOS E NATURAIS: PARA UMA AGRICULTURA SAUDÁVEL. 3. ed. Campinas: Via Orgânica, 2001. REVISTA UFPR. ROTEIRO DE ENTREVISTAS COM AGRICULTORES FAMILIARES. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br › made › article › downloadSuppFile>. Acesso em 19 de maio de 2019. SCHERER. DESCUBRA QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA AGRICULTURA CONVENCIONAL. Disponível em: <https://www.scherer.ind.br/noticias/detalhe/descubra-quais-as-vantagens-e-desvantagens-da- agricultura-convencional>. Acesso em 10 setembro de 2019. SCHIMITZ, L. OS PROBLEMAS DA AGRICULTURA FAMILIAR. Disponível em :< https://jornalggn.com.br/economia/agricultura/os-problemas-da-agricultura-familiar/>. Acesso em 03 de setembro de 2019. 12 STOFFEL, J. A.; COLOGNESE, S. A.; SILVA, R. N. B. A SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA FAMILIAR E AS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVAS EM CONTEXTOS LOCAIS. Revista Tempo da Ciência, vol. 21, n. 42, p. 53-67, 2014. TOMAZ, D. 7 VANTAGENS PARA VOCÊ ESCOLHER E INCENTIVAR A AGRICULTURA FAMILIAR. Disponível em: <https://energienutricao.com.br/blog/incentivar-a-agricultura-familiar>. Acesso em 19 de agosto de 2019. 13 APÊNDICES APÊNDICE A - QUESTIONÁRIOS SOCIOECONÔMICOS E AGROAMBIENTAIS Nº do questionário: 01 Nome do entrevistador: Ana Caroline Marques Data de aplicação: ( 08 / 08 / 2019 ) 1 – IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO 1. Denominação da Propriedade: Amadeu Amaral 2. Município: Marília - SP 3. Tamanho da Área: 2,35 ha 2 – IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO(A) 4. Nome: Agenor Alves da Silva Idade: 55 5. Como é conhecido(a) na comunidade: Agenor Sexo: M ( X ) F ( ) 3 - IDENTIFICAÇÃO DO INFORMANTE 6. Nome: Jaqueline Correia da Silva Idade: 21 7. Como é conhecido (a) na comunidade: Jaque Sexo: M ( ) F ( X ) 4 – PERFIL DAFAMILIA ASSENTADA 8. Origem: 9. Sobre o regime de utilização da área? 10. Qual sua atividade principal? 11. Reside na Propriedade? 1. Sim ( X ) 2. Não ( ) 12. Fatores que dificultam a produção. 1. Rural ( X ) 2. Urbana ( ) 1. Peq. proprietário ( X ) 2. Trabalhador do imóvel desapropriado ( ) 3. Parceiro ( ) 4. Posseiro ( ) 5. Assalariado ( ) 6. Diarista ( ) 7. Arrendatário ( ) 8. Trabalhador rural ( ) 9. Outros ( ) __________________ ( X ) Agricultura ( X ) Pecuária ( ) Intermediário ( ) ___________________________ 13. Quem? 1. Toda família 2. Proprietário(a) 3. Outros ( 1 ) ( X ) Seca ( ) Excesso de chuva ( ) Solo ( ) água para criação ( ) Falta de Crédito ( ) Pragas ( ) Falta Informação 14 5 – SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 14. Frequência do Consumo e Aquisição de Alimentos 1. Diário, 2. Semanal, 3. Mensal, 4. Esporadicamente. A. Produzido, B. Comprado, C. Doações 15. Qual a qualidade dos produtos? Feijão ( 1, B ) Arroz ( 1, B ) Farinha ( 2, B ) Milho ( 2, B ) Macarrão ( 2, B ) Beiju ( 1, B ) Batata-doce ( 3, A ) Leite ( 1, A ) Pão ( 1, A ) Banana da Terra ( 4, C ) Café ( 1, B ) Carne de frango ( 2, A ) Carne de suíno ( 2, A ) Carne de boi ( 2, A ) Peixe ( 4, B ) Carne caprino/ovino ( 4, B ) Mel ( 3, B ) Aipim ( 2, A ) Bolacha ( 2, B ) Inhame ( 4, C ) Alface ( 2, A ) Tomate ( 2, B ) Batatinha ( 2, B ) Cenoura ( 2, A ) Quiabo ( 4, A ) Chuchu ( 2, A ) Frutas ( 1, A ) Outros: _____________________ ( ) _____________________ ( ) _____________________ ( ) _____________________ ( ) Boa ( X ) Média ( ) Ruim ( ) 6 – PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL DO BENEFICIÁRIO (A) – No período de um ano 16. Produção animal? 17. Total de animais? 18. N° de animais consumidos? 19. Nº de animais vendidos? 20. Valor médio de cada animal? (cabeça) 21. Local de Comercialização 22. Produção vegetal? 23. Área utilizada 24. Quantidade colhida? 25. Quantidade consumida? 26. Quantidade vendida? 27. Local de Comercialização 28. Valor de cada produto? (Por Unid.) 1 - Bovinos 50 1 10 R$ 1200 Terceiros 1 - Feijão 1500 4 sacos 1 saco 3 sacos Terceiros R$ 200,00 2 - Suínos 10 2 0 R$ 1200 Terceiros 2 - Milho 3 - Caprinos 3 - Mandioca 2500 10000 kg 400 kg 9600 kg associação R$ 7,00 (kg) 4 - Ovinos 4 - Horticultura 3000 6000 mç 300 mç 5.7 mç Feira R$ 5,00 (mç) 5 - Aves 30 5 0 R$ 1200 Terceiros 5 - Fruticultura 2000 500 kg 50 kg 450 kg Feira R$ 7,00 (kg) 6 - Extrativismo 7 – ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO NA PROPRIEDADE – Por um ano 29. Derivados das atividades? 30. Unidade do produto? (Unid.) 31. Quantidade consumida? 32. Quantidade vendida? 33. Valor de cada produto? (Por Unid.) 34. Local de beneficiamento? 1. No Assentamento 2. Associação 3. Cooperativa 4. Terceiros 5. Outros 35. Local de comercialização 1. No Assentamento 2. Feira livre 3. Centro de abastecimento 4. banca na BR 324 5. Box na BR 324 6. Outros 36. Sistema de produção? 1. Individual 2. Coletivo 3. Misto 4. Outro 1 - Farinha 2 - Leite 50 L 15 35 R$ 1,00 2 3 2 3 - Ovos 100 30 70 R$ 10,00 4 2 1 4 - Doces 5 - Cachaça 6 - Pães 15 2 13 R$ 9,00 4 2 1 15 8 – NÍVEL TECNOLÓGICO PRÁTICAS NA PRODUÇÃO ANIMAL 37. Principal método de criação? 38. Quais Vacinas Utiliza? 39. Cultiva forrageira ou capineira? 41. Qual a área p/ produção animal? 42. Área Preservada de Mata 1 - Extensiva ( X ) 2 - Semi-extensivo ( ) 3 - Confinado ( ) 4 - Soga (corda) ( ) 1 - Aftosa ( ) 2 - Brucelose ( ) 3 - Raiva ( ) 4 - Todas ( X ) 5 - Outras ( ) ___________________ 6 - Nenhuma ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 40. Qual a forma de Utilização? Feno ( ) Silo ( ) Cortada no Cocho ( X ) Outros ( ) ____________________________ Unidade em m2 39550 m² Tem ( X ) 2,08 ha Não Tem ( ) PRATICAS PREDOMINANTES NA PRODUÇÃO VEGETAL 43. Principal força de trabalho? (Preparo da terra) 44. Principal força de trabalho? (Plantio) 45. Principal força de trabalho? (Controle de Ervas) 46. Principal força de trabalho? (Colheita) 47. Principal procedência de sementes ou mudas? 48. Principais defensivos agrícolas utilizados? 49. Principal adubação utilizada? 50. Faz correção do solo? 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 4 - Herbicida ( ) 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 1 - Própria ou vizinho ( X ) 2 - Não certificada ( X ) 3 - Certificada ( X ) 1 - Apenas orgânico ( X ) 2 - Agroquímico ( ) 3 - Nenhum ( ) 1 - Química ( ) 2 - Orgânica ( X ) 3 - Nenhuma ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 51. Que tipo de correção é feita? 52. Sua área permite irrigação? 53. Você utiliza irrigação? 54. Possui máquinas e/ou equipamentos? 55. Recebeu algum tipo de Assistência Técnica? 56. Qual a frequência? 57. Trouxe vantagens? 0 - Não faz ( ) 1 - Calcário ( X ) 2 - Gesso ( ) 3 - Calcário e gesso ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) • Sim ( X ) • Não ( ) Qual? (Trator, implementos e ferramentas) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 1 - Semanal ( ) 2 - Mensal ( ) 2 - Semestral ( ) 3 - De vez em quando ( X ) 4 - Não recebeu ( ) 1 - Pouca ( ) 2 - Muita ( X ) 3 - Não trouxe ( ) 9 – PRINCIPAIS FONTES DE RENDA FAMILIAR 58. Possui renda financeira regular? 59. Qual o valor da renda familiar total? 60. Recebe algum tipo de auxilio governamental? 61. Possui imóvel próprio? (1 - Sim ou 2 - Não) 62. Existe algum membro da família que recebe? (1 - Sim ou 2 - Não) 63. Recebeu algum tipo de credito? 64. Qual? 1. Sim 2. Não 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 1 - (< 1 Salár. Mínimo) ( ) 2 - (1 a 3 Salár. Mínimo) ( X ) 3 - (> 3 Salár. Mínimo) ( ) 1 - Bolsa Família ( ) 2 - Auxilio Gás ( ) 3 - Bolsa Escola ( ) 4 - Cesta Básica ( ) 5 - Não ( X ) Apenas este ( 2 ) Imóvel Rural ( 1 ) Terreno ( 2 ) Em Outro Município ( 2 ) Aposentadoria ( 2 ) Pensão ( 2 ) Ajuda de familiares distantes ( 2 ) Outros ( 2 ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) Apoio ( 2 ) PRONAF ( 1 ) Habitação ( 2 ) Outros ( )_ __________ 16 Nº do questionário: 02 Nome do entrevistador: AnaCaroline Marques Data de aplicação: ( 08 / 08 / 2019 ) 1 – IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO 1. Denominação da Propriedade: Sítio Paraíso 2. Município: Marília - SP 3. Tamanho da Área: 2 ha 2 – IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO(A) 4. Nome: Carlos Alexandre Scarcele Idade: 39 5. Como é conhecido(a) na comunidade: Carlos Sexo: M ( X ) F ( ) 3 - IDENTIFICAÇÃO DO INFORMANTE 6. Nome: Idade: 7. Como é conhecido (a) na comunidade: Sexo: M ( ) F ( ) 4 – PERFIL DA FAMILIA ASSENTADA 8. Origem: 9. Sobre o regime de utilização da área? 10. Qual sua atividade principal? 11. Reside na Propriedade? 1. Sim ( X ) 2. Não ( ) 12. Fatores que dificultam a produção. 1. Rural ( X ) 2. Urbana ( ) 1. Peq. proprietário ( X ) 2. Trabalhador do imóvel desapropriado ( ) 3. Parceiro ( ) 4. Posseiro ( ) 5. Assalariado ( ) 6. Diarista ( ) 7. Arrendatário ( ) 8. Trabalhador rural ( ) 9. Outros ( ) __________________ ( X ) Agricultura ( X ) Pecuária ( ) Intermediário ( ) ___________________________ 13. Quem? 1. Toda família 2. Proprietário(a) 3. Outros ( 1 ) ( ) Seca ( X ) Excesso de chuva ( ) Solo ( ) água para criação ( X ) Falta de Crédito ( ) Pragas ( ) Falta Informação 17 5 – SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 6 – PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL DO BENEFICIÁRIO (A) – No período de um ano 16. Produção animal? 17. Total de animais? 18. N° de animais consumidos? 19. Nº de animais vendidos? 20. Valor médio de cada animal? (cabeça) 21. Local de Comercialização 22. Produção vegetal? 23. Área utilizada 24. Quantidade colhida? 25. Quantidade consumida? 26. Quantidade vendida? 27. Local de Comercialização 28. Valor de cada produto? (Por Unid.) 1 - Bovinos 28 0 40 R$ 1000 Terceiros 1 - Feijão 1000 3 sacos 1 saco 2 sacos Feira R$ 18000 2 - Suínos 2 - Milho 1000 2 sacos 2 sacos - - - 3 - Caprinos 3 - Mandioca 1000 5000 kg 300 kg 4700 kg Cooperativa R$ 3,00 (kg) 4 - Ovinos 4 - Horticultura 2000 5000 mç 200 mç 4800 mç Feira R$ 6,00 (mç) 5 - Aves 5 - Fruticultura 2000 400 kg 30 kg 370 kg Feira R$ 4,00 (kg) 6 - Extrativismo 7 – ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO NA PROPRIEDADE – Por um ano 14. Frequência do Consumo e Aquisição de Alimentos 1. Diário, 2. Semanal, 3. Mensal, 4. Esporadicamente. A. Produzido, B. Comprado, C. Doações 15. Qual a qualidade dos produtos? Feijão ( 3, A ) Arroz ( 3, B ) Farinha ( 3, B ) Milho ( 3, A ) Macarrão ( 2, B ) Beiju ( 2, B ) Batata-doce ( 3, B) Leite ( 1, A ) Pão ( 1, A ) Banana da Terra ( 3, B ) Café ( 1, A ) Carne de frango ( 2, B ) Carne de suíno ( 3, B ) Carne de boi ( 2, B ) Peixe ( 2, B ) Carne caprino/ovino ( 3, B ) Mel ( 3, B ) Aipim ( 3, A ) Bolacha ( 2, B ) Inhame ( 3, B ) Alface ( 2, A ) Tomate ( 2, A ) Batatinha ( 3, B ) Cenoura ( 2, A ) Quiabo ( 2, A ) Chuchu ( 2, A ) Frutas ( 2, A ) Outros: _____________________ ( ) _____________________ ( ) _____________________ ( ) _____________________ ( ) Boa ( X ) Média ( ) Ruim ( ) 29. Derivados das atividades? 30. Unidade do produto? (Unid.) 31. Quantidade consumida? 32. Quantidade vendida? 33. Valor de cada produto? (Por Unid.) 34. Local de beneficiamento? 1. No Assentamento 2. Associação 3. Cooperativa 4. Terceiros 5. Outros 35. Local de comercialização 1. No Assentamento 2. Feira livre 3. Centro de abastecimento 4. banca na BR 324 5. Box na BR 324 6. Outros 36. Sistema de produção? 1. Individual 2. Coletivo 3. Misto 4. Outro 1 - Farinha 2 - Leite 30 L 2 L 28 L R$ 1,15 (L) 4 3 2 3 - Ovos 4 - Doces 5 - Cachaça 6 - ___________ 18 8 – NÍVEL TECNOLÓGICO PRÁTICAS NA PRODUÇÃO ANIMAL 37. Principal método de criação? 38. Quais Vacinas Utiliza? 39. Cultiva forrageira ou capineira? 41. Qual a área p/ produção animal? 42. Área Preservada de Mata 1 - Extensiva ( ) 2 - Semi-extensivo ( X ) 3 - Confinado ( ) 4 - Soga (corda) ( ) 1 - Aftosa ( X ) 2 - Brucelose ( X ) 3 - Raiva ( X ) 4 - Todas ( X ) 5 - Outras ( X ) Vermífugo 6 - Nenhuma ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 40. Qual a forma de Utilização? Feno ( ) Silo ( ) Cortada no Cocho ( X ) Outros ( ) ____________________________ Unidade em m2 38000 m² Tem ( X ) 2 ha Não Tem ( ) PRATICAS PREDOMINANTES NA PRODUÇÃO VEGETAL 43. Principal força de trabalho? (Preparo da terra) 44. Principal força de trabalho? (Plantio) 45. Principal força de trabalho? (Controle de Ervas) 46. Principal força de trabalho? (Colheita) 47. Principal procedência de sementes ou mudas? 48. Principais defensivos agrícolas utilizados? 49. Principal adubação utilizada? 50. Faz correção do solo? 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 4 - Herbicida ( ) 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 1 - Própria ou vizinho ( ) 2 - Não certificada ( X ) 3 - Certificada ( ) 1 - Apenas orgânico ( X ) 2 - Agroquímico ( ) 3 - Nenhum ( ) 1 - Química ( ) 2 - Orgânica ( X ) 3 - Nenhuma ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 51. Que tipo de correção é feita? 52. Sua área permite irrigação? 53. Você utiliza irrigação? 54. Possui máquinas e/ou equipamentos? 55. Recebeu algum tipo de Assistência Técnica? 56. Qual a frequência? 57. Trouxe vantagens? 0 - Não faz ( ) 1 - Calcário ( X ) 2 - Gesso ( ) 3 - Calcário e gesso ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) • Sim ( X ) • Não ( ) Qual? (Trator e implementos) 1 - Sim ( ) 2 - Não ( X ) 1 - Semanal ( ) 2 - Mensal ( ) 2 - Semestral ( ) 3 - De vez em quando ( ) 4 - Não recebeu ( X ) 1 - Pouca ( ) 2 - Muita ( ) 3 - Não trouxe ( X ) 9 – PRINCIPAIS FONTES DE RENDA FAMILIAR 58. Possui renda financeira regular? 59. Qual o valor da renda familiar total? 60. Recebe algum tipo de auxilio governamental? 61. Possui imóvel próprio? (1 - Sim ou 2- Não) 62. Existe algum membro da família que recebe? (1 - Sim ou 2 - Não) 63. Recebeu algum tipo de credito? 64. Qual? 1. Sim 2. Não 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 1 - (< 1 Salár. Mínimo) ( ) 2 - (1 a 3 Salár. Mínimo) ( X ) 3 - (> 3 Salár. Mínimo) ( ) 1 - Bolsa Família ( ) 2 - Auxilio Gás ( ) 3 - Bolsa Escola ( ) 4 - Cesta Básica ( ) 5 - Não ( X ) Apenas este ( 2 ) Imóvel Rural ( 1 ) Terreno ( 1 ) Em Outro Município ( 2 ) Aposentadoria ( 2 ) Pensão( 2 ) Ajuda de familiares distantes ( 2 ) Outros ( 2 ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) Apoio ( 2 ) PRONAF ( 1 ) Habitação ( 2 ) Outros ( ) _____ __________ 19 Nº do questionário: 03 Nome do entrevistador: Ana Caroline Marques Data de aplicação: ( 08 / 08 / 2019 ) 1 – IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO 1. Denominação da Propriedade: Sítio São José 2. Município: Júlio Mesquita - SP 3. Tamanho da Área: 17 ha 2 – IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO(A) 4. Nome: Hermes Beznos Idade: 73 5. Como é conhecido(a) na comunidade: Hermes Sexo: M ( X ) F ( ) 3 - IDENTIFICAÇÃO DO INFORMANTE 6. Nome: Idade: 7. Como é conhecido (a) na comunidade: Sexo: M ( ) F ( ) 4 – PERFIL DA FAMILIA ASSENTADA 8. Origem: 9. Sobre o regime de utilização da área? 10. Qual sua atividade principal? 11. Reside na Propriedade? 1. Sim ( X ) 2. Não ( ) 12. Fatores que dificultam a produção. 1. Rural ( X ) 2. Urbana ( ) 1. Peq. proprietário ( X ) 2. Trabalhador do imóvel desapropriado ( ) 3. Parceiro ( ) 4. Posseiro ( ) 5. Assalariado ( ) 6. Diarista ( ) 7. Arrendatário ( ) 8. Trabalhador rural ( ) 9. Outros ( ) __________________ ( X ) Agricultura ( X ) Pecuária ( ) Intermediário ( ) ___________________________ 13. Quem? 1. Toda família 2. Proprietário(a) 3. Outros ( 1 ) ( X ) Seca ( ) Excesso de chuva ( ) Solo ( ) água para criação ( X ) Falta de Crédito ( ) Pragas ( ) Falta Informação 20 5 – SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 6 -PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL DO BENEFICIÁRIO (A) – No período de um ano 16. Produção animal? 17. Total de animais? 18. N° de animais consumidos? 19. Nº de animais vendidos? 20. Valor médio de cada animal? (cabeça) 21. Local de Comercialização 22. Produção vegetal? 23. Área utilizada 24. Quantidade colhida? 25. Quantidade consumida? 26. Quantidade vendida? 27. Local de Comercialização 28. Valor de cada produto? (Por Unid.) 1 - Bovinos 20 2 10 R$ 2000 Terceiros 1 - Feijão 10000 20 sacos 2 sacos 18 Terceiros R$ 280,00 2 - Suínos 30 5 20 R$ 300 Terceiros 2 - Milho 24200 250 sacos 100 sacos 150 Terceiros R$ 32,00 3 - Caprinos 2 0 - - - 3 - Mandioca 48400 120 t 20 sacos 119,98 t Terceiros R$ 190,00 (t) 4 - Ovinos 4 - Horticultura 15000 10000 kg 10 kg 9990 Feira R$ 3,00 5 - Aves 50 10 15 R$ 30,00 Terceiros 5 - Fruticultura 1000 40 caixas 2 caixas 38 Feira R$ 20,00 6 - Extrativismo 7 – ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO NA PROPRIEDADE – Por um ano 29. Derivados das atividades? 30. Unidade do produto? (Unid.) 31. Quantidade consumida? 32. Quantidade vendida? 33. Valor de cada produto? (Por Unid.) 34. Local de beneficiamento? 1. No Assentamento 2. Associação 3. Cooperativa 4. Terceiros 5. Outros 35. Local de comercialização 1. No Assentamento 2. Feira livre 3. Centro de abastecimento 4. banca na BR 324 5. Box na BR 324 6. Outros 36. Sistema de produção? 1. Individual 2. Coletivo 3. Misto 4. Outro 1 - Farinha 2 - Leite 50 L 4 L 46 L R$ 1,17 5 (Laticínio) 3 1 3 - Ovos 300 10 20 R$ 10,00 4 2 1 4 - Doces 5 - Cachaça 6 - _____________ 21 8 – NÍVEL TECNOLÓGICO PRÁTICAS NA PRODUÇÃO ANIMAL 37. Principal método de criação? 38. Quais Vacinas Utiliza? 39. Cultiva forrageira ou capineira? 41. Qual a área p/ produção animal? 42. Área Preservada de Mata 1 - Extensiva ( X ) 2 - Semi-extensivo ( ) 3 - Confinado ( ) 4 - Soga (corda) ( ) 1 - Aftosa ( ) 2 - Brucelose ( ) 3 – Raiva ( ) 4 - Todas ( X ) 5 – Outras ( ) ___________________ 6 - Nenhuma ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 40. Qual a forma de Utilização? Feno ( ) Silo ( X ) Cortada no Cocho ( ) Outros ( ) ____________________________ Unidade em m2 30000 m² Tem ( X ) 400 ha Não Tem ( ) PRATICAS PREDOMINANTES NA PRODUÇÃO VEGETAL 43. Principal força de trabalho? (Preparo da terra) 44. Principal força de trabalho? (Plantio) 45. Principal força de trabalho? (Controle de Ervas) 46. Principal força de trabalho? (Colheita) 47. Principal procedência de sementes ou mudas? 48. Principais defensivos agrícolas utilizados? 49. Principal adubação utilizada? 50. Faz correção do solo? 1 - Manual ( ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( X ) 1 - Manual ( ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( X ) 1 - Manual ( X ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( ) 4 - Herbicida ( ) 1 - Manual ( ) 2 - Animal ( ) 3 - Mecânica ( X ) 1 - Própria ou vizinho ( ) 2 - Não certificada ( ) 3 - Certificada ( X ) 1 - Apenas orgânico ( X ) 2 - Agroquímico ( ) 3 - Nenhum ( ) 1 - Química ( ) 2 - Orgânica ( X ) 3 - Nenhuma ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 51. Que tipo de correção é feita? 52. Sua área permite irrigação? 53. Você utiliza irrigação? 54. Possui máquinas e/ou equipamentos? 55. Recebeu algum tipo de Assistência Técnica? 56. Qual a frequência? 57. Trouxe vantagens? 0 - Não faz ( ) 1 - Calcário ( ) 2 - Gesso ( ) 3 - Calcário e gesso ( X ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) • Sim ( X ) • Não ( ) Qual? (Tratores, implementos, etc.) 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 1 - Semanal ( ) 2 - Mensal ( X ) 2 - Semestral ( ) 3 - De vez em quando ( ) 4 - Não recebeu ( ) 1 - Pouca ( ) 2 - Muita ( X ) 3 - Não trouxe ( ) 9 – PRINCIPAIS FONTES DE RENDA FAMILIAR 58. Possui renda financeira regular? 59. Qual o valor da renda familiar total? 60. Recebe algum tipo de auxilio governamental? 61. Possui imóvel próprio? (1 – Sim ou 2 - Não) 62. Existe algum membro da família que recebe? (1 - Sim ou 2 - Não) 63. Recebeu algum tipo de credito? 64. Qual? 1. Sim 2. Não 1 - Sim ( X ) 2 - Não ( ) 1 - (< 1 Salár. Mínimo) ( ) 2 - (1 a 3 Salár. Mínimo) ( X ) 3 - (> 3 Salár. Mínimo) ( ) 1 - Bolsa Família ( ) 2 - Auxilio Gás ( ) 3 - Bolsa Escola ( ) 4 - Cesta Básica ( ) 5 - Não ( X ) Apenas este ( 2 ) Imóvel Rural ( 2 ) Terreno ( 1 ) Em Outro Município ( 2 ) Aposentadoria ( 2 ) Pensão ( 2 ) Ajuda de familiares distantes ( 2 ) Outros ( 2 ) 1 - Sim ( ) 2 - Não ( X ) Apoio ( 2 ) PRONAF ( 2 ) Habitação ( 2 ) Outros ( ) _____ __________ 22 APÊNDICE B - ROTEIROS DE ENTREVISTAS COM AGRICULTORESFAMILIARES Nome completo: Agenor Alves da Silva Idade e sexo: 55, masculino Estado civil: Casado Lugar de residência atual: Sítio Amadeu Amaral - Marília 1) Como você iniciou a vida com o trabalho na agricultura? Atualmente quem trabalha no estabelecimento? Com meu pai em lavouras de café. Eu e minha esposa. 2) Percebe modificações nas formas de trabalho na agricultura desde o tempo de seus avós até o de seus filhos? Quais as principais? Sim, no início o trabalho era só manual, e atualmente com o avanço da tecnologia as grandes lavouras foram mecanizadas. 3) Qual(is) sua(s) principal(is) fonte(s) de renda? Nosso principal meio de renda vem da venda dos nossos produtos orgânicos e da venda do leite que produzimos. 4) Você faz parte de uma ou mais organizações da agricultura familiar (cooperativa, associação, grupo informal)? Por quê? Sim, porque acredito que em grupos algumas coisas se tornam mais fáceis de serem conquistadas. 5) Como teve conhecimento dessa(s) organização(ões)? O vínculo com uma organização interferiu no conhecimento de novas organizações? Quais? Procurei pela feira e lá tive a informação que precisaria participar. Não. 6) Depois que ingressou na(s) organização(ões) teve que modificar suas técnicas de trabalho na agricultura? Quais? Por quê? Enfrentou dificuldades? Não, porque quando comecei a participar eu já entendia os requisitos. 7) O seu cultivo é feito de forma ecológica? Por quê? Sim, porque temos área de preservação e cultivamos de forma que não prejudique ou estrague o meio ambiente. 23 8) Onde comercializa sua produção? Em feiras pela cidade e o leite é vendido no laticínio. 9) Da sua produção total, quanto (%) é comercializado com auxílio da organização? não procuro vender apenas o que produzimos? 5% 10) Você geralmente precisa complementar sua produção com produtos advindos de outros agricultores para atender a demanda dessa(s) organização(ões) ou de outras formas de comercialização? Não, procuro vender apenas o que produzimos. 11) Está vinculado a algum programa do governo como o PAA, PNAE, PRONAF ou Bolsa Família? Como conseguiu vincular-se? Qual a importância desse programa para você? Sim, PRONAF e para nós foi de grande importância por ser um investimento de início, quando resolvemos mudar para o sítio houve necessidade de compra algumas coisas. 12) Recebe assistência de extensionistas ou técnicos rurais? De quais instituições? Essa assistência é suficiente? Por quê? Sim, SENAR, porém não é suficiente por não ser permanente e sim apenas de vez em quando. 13) Participa de cursos ou troca de experiências? Com que frequência você participa? Sim procuro sempre me atualizar nas técnicas orgânicas, bimestral. 14) Esses cursos são promovidos por quais instituições ou organizações? SENAR junto ao sindicato rural dos trabalhadores de Marília. 15) Qual a importância desses espaços de formação para você? O aprendizado, porque desta forma aprendemos técnicas que não conhecemos e assim troco experiências. 16) Depois de integrado à(s) organização(ões) verificou em sua família algumas mudanças relacionadas à qualidade de vida? Quais? Não 24 17) Quais perspectivas futuras a família possui com relação ao seu trabalho na agricultura? Essas perspectivas se relacionam com sua participação na(s) organização(ões)? Pretendemos diversificar nossos produtos para melhor atender aos nossos clientes. sim, pois vendemos em feiras. 18) Os outros agricultores envolvidos nos grupos em questão compartilham dessa perspectiva? Sim todos nós buscamos diversificar. 19) Em sua opinião, qual a relação entre participar dessa(s) organização(ões) e construir processos de desenvolvimento rural que não estão preocupados somente com os ganhos econômicos? As organizações são importantes para que nós agricultores compreendamos o nosso papel na sociedade e a importância do mesmo. 20) Em poucas palavras, o que entende por agricultura? Para mim nós pequenos produtores somos de extrema importância para a sociedade pois boa parte dos alimentos são fornecidos por nós. então compreendo a agricultura como uma profissão de respeito. 25 Nome completo: Carlos Alexandre Scarcele Idade e sexo: 39, masculino Estado civil: Casado Lugar de residência atual: Sítio paraíso - Marília 1) Como você iniciou a vida com o trabalho na agricultura? Atualmente quem trabalha no estabelecimento? Desde criança, eu e minha esposa. 2) Percebe modificações nas formas de trabalho na agricultura desde o tempo de seus avós até o de seus filhos? Quais as principais? Pelos avançamos da tecnologia que vem se modernizando todos os dias, e pelas novas fórmulas de agrotóxico. 3) Qual(is) sua(s) principal(is) fonte(s) de renda? Leite e horticultura. 4) Você faz parte de uma ou mais organizações da agricultura familiar (cooperativa, asso- ciação, grupo informal)? Por quê? Sim, porque é mais uma renda para minha família. 5) Como teve conhecimento dessa(s) organização(ões)? O vínculo com uma organização interferiu no conhecimento de novas organizações? Quais? Através de amigos, não. 6) Depois que ingressou na(s) organização(ões) teve que modificar suas técnicas de traba- lho na agricultura? Quais? Por quê? Enfrentou dificuldades? Não. 7) O seu cultivo é feito de forma ecológica? Por quê? Sim porque eu me preocupo com o meio ambiente. 8) Onde comercializa sua produção? Em feiras. 26 9) Da sua produção total, quanto (%) é comercializado com auxílio da organização? não procuro vender apenas o que produzimos? 15% 10) Você geralmente precisa complementar sua produção com produtos advindos de outros agricultores para atender a demanda dessa(s) organização(ões) ou de outras formas de comer- cialização? Sim, porque a demanda acaba sendo muita, e minha área é pequena para plantar e atende todos os pedidos. 11) (Em caso afirmativo) De quantos agricultores você adquire produtos? Em sua opinião, o que leva esses agricultores a não participarem diretamente dessa(s) organização(ões)? 1, acredito que seja por falta de informação, pois tais organizações são de grande auxílio para nós produtores rurais. 12) Está vinculado a algum programa do governo como o PAA, PNAE, PRONAF ou Bolsa Família? Como conseguiu vincular-se? Qual a importância desse programa para você? PRONAF, através do banco do Brasil. 13) Recebe assistência de extensionistas ou técnicos rurais? De quais instituições? Essa as- sistência é suficiente? Por quê? Não recebo. 14) Participa de cursos ou troca de experiências? Com que frequência você participa? Participo do SENAI. 15) Esses cursos são promovidos por quais instituições ou organizações? FETAESP 16) Qual a importância desses espaços de formação para você? Trocas de experiência. 17) Depois de integrado à(s) organização(ões) verificou em sua família algumas mudanças relacionadas à qualidade de vida? Quais? Não, porque continua a mesma coisa, só que temos uma ajuda a mais. 27 18) Quais perspectivas futuras a família possui com relação ao seu trabalho na agricultura? Essas perspectivas se relacionam com sua participação na(s) organização(ões)? Melhora no modo de vida e ajuda financeira, sim. 19) Os outros agricultores envolvidos nos grupos em questão compartilham dessa perspec- tiva? Sim pois a organização nos ajuda a ampliar as nossas perspectivas. 20) Em sua opinião, qual a relação entre participar dessa(s) organização(ões) e construir processos de desenvolvimento rural que não estão preocupados somente com os ganhos econô- micos? As organizações são importantes pois ajuda o produtor a entenderque o meio ambiente é importante e que a produção orgânica colabora com a preservação do mesmo. 21) Em poucas palavras, o que entende por agricultura? Produzir o alimento sem prejudicar o meio ambiente e à saúde de quem consome. 28 Nome completo: Hermes beznos Idade e sexo: 73, masculino Estado civil: Solteiro Lugar de residência atual: Sítio São José 1) Como você iniciou a vida com o trabalho na agricultura? Atualmente quem trabalha no estabelecimento? Sou filho de agricultores, 2 familiares. 2) Percebe modificações nas formas de trabalho na agricultura desde o tempo de seus avós até o de seus filhos? Quais as principais? Sim, percebo melhoras tecnológicas. 3) Qual(is) sua(s) principal(is) fonte(s) de renda? Pecuária leiteira e hortifrutis. 4) Você faz parte de uma ou mais organizações da agricultura familiar (cooperativa, asso- ciação, grupo informal)? Por quê? Associações e OCS (Organização de Controle Social), para escoar os produtos sem atravessadores. 5) Como teve conhecimento dessa(s) organização(ões)? O vínculo com uma organização interferiu no conhecimento de novas organizações? Quais? Através de amigos, não. 6) Depois que ingressou na(s) organização(ões) teve que modificar suas técnicas de traba- lho na agricultura? Quais? Por quê? Enfrentou dificuldades? Sim, passei a ter um maior conhecimento dos manejos aplicados. 7) O seu cultivo é feito de forma ecológica? Por quê? Sim, porque entendo a necessidade de preservarmos o meio ambiente para vivermos de uma forma melhor. 8) Onde comercializa sua produção? Venda direta ao consumidor. 29 9) Da sua produção total, quanto (%) é comercializado com auxílio da organização? não procuro vender apenas o que produzimos? 50% 10) Você geralmente precisa complementar sua produção com produtos advindos de outros agricultores para atender a demanda dessa(s) organização(ões) ou de outras formas de comer- cialização? Não, pois tenho uma alta produtividade onde não preciso comprar produtos de tercei- ros. 11) Está vinculado a algum programa do governo como o PAA, PNAE, PRONAF ou Bolsa Família? Como conseguiu vincular-se? Qual a importância desse programa para você? Não estou. 12) Recebe assistência de extensionistas ou técnicos rurais? De quais instituições? Essa as- sistência é suficiente? Por quê? Não tenho assistência técnica, quando preciso eu procuro me informar. 13) Participa de cursos ou troca de experiências? Com que frequência você participa? Sim participo de alguns do meu interesse sempre que tem. 14) Esses cursos são promovidos por quais instituições ou organizações? Sindicato rural dos trabalhadores de Marília em parceria com SENAR. 15) Qual a importância desses espaços de formação para você? Muito importantes, pois me ajuda muito em tanto em sentido financeiro quanto produ- tivo. 16) Depois de integrado à(s) organização(ões) verificou em sua família algumas mudanças relacionadas à qualidade de vida? Quais? Sim, notei que melhorou bastante a parte financeira. 30 17) Quais perspectivas futuras a família possui com relação ao seu trabalho na agricultura? Essas perspectivas se relacionam com sua participação na(s) organização(ões)? Ter uma vida melhor e sempre conquistar lugares onde possamos fornecer nossos pro- dutos cada vez mais, sim. 18) Os outros agricultores envolvidos nos grupos em questão compartilham dessa perspec- tiva? Sim eles compartilham de suas experiências assim podemos expandir nossos conheci- mentos. 19) Em sua opinião, qual a relação entre participar dessa(s) organização(ões) e construir processos de desenvolvimento rural que não estão preocupados somente com os ganhos econô- micos? A maior preocupação é com a terra por fazer tratos culturais que melhoram a condição do solo e assim possamos ganhar mais. 20) Em poucas palavras, o que entende por agricultura? Agricultura é a base da estrutura do nosso país, sem ela não há como sobrevivemos dependemos dela.
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