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Educação em saúde bucal

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Programa de educação em saúde bucal 
Introdução: 
Segundo Bertachini (2012) a saúde seria a promoção de qualidade de vida. No Brasil, a 
promoção da saúde baseada no SUS, tem como princípios a universalidade, integralidade 
e equidade. Lembrando que a universalidade consiste na garantia de atenção à saúde a 
todo e qualquer cidadão; a integralidade reconhece cada indivíduo como um todo integral, 
biopsicossocial e indivisível, integrante de uma comunidade, valorizando as ações 
preventivas, de riscos e agravos; a equidade é a segurança de que ações e serviços sejam 
feitos de acordo com a complexidade de cada caso, sem privilégios ou barreiras. 
De acordo com Monti (2019) visto que o contingente desses idosos vem crescendo no Brasil 
nas últimas décadas, o interesse da odontologia pela terceira idade tende a aumentar, 
obrigando os profissionais e serviços de saúde a estarem preparados para o trabalho com 
essas pessoas. A odontologia geriátrica como o ramo da odontologia que enfatiza o cuidado 
bucal da população idosa, especificamente tratando do atendimento preventivo e curativo 
de pacientes com doenças ou condições de caráter sistêmico e crônico associadas a 
problemas fisiológicos, físicos ou patológicos (ROSA, 2008). 
Para Presa e Matos (2014) a saúde geral do idoso tem sido foco de muitos estudos tanto 
em âmbito populacional como de novas alternativas com a expectativa de aumentar a 
qualidade de vida ao envelhecer. É notável que, nas últimas décadas, a saúde bucal tem 
sido relegada ao esquecimento pelas pessoas em geral quando se diz respeito às 
condições de saúde da população idosa. Assim supõe-se que esta parcela da população 
deva apresentar baixos níveis de saúde bucal, tendo como principal problema a perda de 
dentição, necessitando do uso de próteses para suprir suas necessidades mastigatórias. 
As condições da saúde bucal e o estado dos dentes são, sem dúvida, um dos mais 
significativos sinais de exclusão social. Seja pelos problemas de saúde localizados na boca, 
seja pelas imensas dificuldades encontradas para conseguir acesso aos serviços 
assistenciais, dentes e gengivas registram o impacto das precárias condições de vida de 
milhões de pessoas em todo o País (BRASIL, 2004). 
Dos problemas bucais existentes no paciente da terceira idade, a perda de dentes é um 
dos mais frequentes. Em decorrência disso, a reabilitação protética torna-se fator 
importante para o restabelecimento das condições bucais ideais do paciente. A perda da 
dentição permanente influenciará na mastigação e, consequentemente, na digestão, bem 
como na gustação, na pronúncia e na estética (ROSA, 2008). 
Um dos estudo mais recentes realizados no Brasil, constatou que: o fato de ser mulher 
aumenta em 65% a chance de edentulismo se comparado aos homens; a cada ano de 
idade, após os 65 anos o acréscimo da chance de não ter dentes é da ordem de 5%; a 
cada 100 dólares a mais na renda a chance de não ter dentes sofre uma redução de 7,6%; 
as patologias crônicas como, a diabetes mellitus não se mostraram associadas ao 
edentulismo; no primeiro inquérito 54,9% dos idosos apresentaram falta total de dentes e 
86,3% usavam próteses, no segundo inquérito a prevalência de edentulismo foi de 56% e 
de uso de prótese foi de 84,8% (PUCCA, 2002). 
Existe uma falta de percepção quanto à necessidade de tratamento odontológico, tanto por 
parte do paciente idoso como pelos seus familiares, pessoal de apoio e demais profissionais 
consultados por ele. Os idosos devem ser conscientizados de que existe uma necessidade 
contínua de cuidados bucais, mesmo que apresentem poucos ou nenhum dente 
remanescente. Um treinamento especial de cirurgiões-dentistas e pessoal de apoio e o 
desenvolvimento de programas especiais de cuidados devem ser realizados, visto que 
idosos que comparecem a consultas periódicas são mais receptivos ao tratamento 
preventivo (ROSA, 2008). 
Segundo uma pesquisa feita por Saliba (2007) em um asilo em Araçatuba, constatou-se, 
ainda, que, apesar de 77,7% dos cuidadores de idosos já terem participado de treinamento 
sobre o cuidado com idoso, a maioria nunca recebeu orientação sobre cuidados bucais na 
terceira idade. Sendo um ponto chave para o agravo da saúde bucal desses idosos que 
não possuem acesso independente ao sistema odontológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
1. BERTACHINI, L. A comunicação terapêutica como fator de humanização da 
Atenção Primária. O Mundo da Saúde, São Paulo - 2012;36(3):507-520. 
2. BRASIL. Ministério da Saúde. 3ª conferência nacional de saúde bucal: acesso e 
qualidade superando a exclusão social. Brasília, 2004. 
3. PRESA. S; MATOS, J. Saúde bucal na terceira idade. Revista UNINGÁ, Maringá 
– PR, n.39, p. 137-148 jan./mar. 2014 
4. ROSA, L.B. et al. Odontogeriatria – a saúde bucal na terceira idade. RFO, v. 13, n. 
2, p. 82-86, maio/agosto 2008. 
5. ROSA, A.G.F. et al. Condições de saúde bucal em pessoas de 60 anos ou 
mais no Município de São Paulo (Brasil). Revista Saúde Pública, S. Paulo, 26: 155-
60. 1992. 
6. PUCCA Junior, G.A. Saúde bucal do idoso: aspectos demográficos e 
epidemiológicos. Med Odontogeriatria e Gerontologia; 2002. 
7. MONTI, Lira Marcela et al . Análise comparada da saúde bucal do idoso na cidade 
de Araçatuba-SP, Brasil. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro , v. 9, n. 2, p. 
35-47, Aug. 2006 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
98232006000200035&lng=en&nrm=iso>. access on 13 Nov. 2020. Epub Oct 24, 
2019. https://doi.org/10.1590/1809-9823.2006.09024. 
8. SALIBA, Nemre Adas et al . Perfil de cuidadores de idosos e percepção sobre saúde 
bucal. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 11, n. 21, p. 39-50, Apr. 2007 . Available 
from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
32832007000100005&lng=en&nrm=iso>. access 
on 13 Nov. 2020. https://doi.org/10.1590/S1414-32832007000100005. 
 
https://doi.org/10.1590/1809-9823.2006.09024
https://doi.org/10.1590/S1414-32832007000100005

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