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Economia e Mercados [2021 ETEPAC] (2)

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Economia e Mercados 
Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda 
 
Curso Técnico em Administração 
Educação a Distância 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Economia e Mercados 
Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda 
 
Curso Técnico em Administração 
 
 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
2.ed. | Mai. 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
 
Professor Autor 
Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda 
 
Revisão 
Lucinea Maria de Lima Freire Lacerda 
 
Coordenação de Curso 
Letícia Alves Melo 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 4 
1.Competência 01 | Conhecer a definição e a importância da economia para organizações .............. 5 
1.1 Os Notáveis da Economia ........................................................................................................................... 5 
1.2 Significado da palavra economia ................................................................................................................ 7 
1.3 Um pouco da história da economia ............................................................................................................ 8 
1.4 Conceitos Econômicos .............................................................................................................................. 11 
1.4.1 As Necessidades Humanas. ................................................................................................................... 11 
1.4.2 Os Bens Econômicos .............................................................................................................................. 11 
1.4.3 Fatores de Produção .............................................................................................................................. 13 
1.4.4 Agentes Econômicos .............................................................................................................................. 14 
1.5 Questões-chave da Economia................................................................................................................... 17 
1.6 Custo de oportunidade ............................................................................................................................. 20 
1.7 O funcionamento da economia ................................................................................................................ 21 
2.Competência 02 | Classificar os mercados, conhecendo os conceitos de demanda e oferta ......... 28 
2.1 O Mercado ................................................................................................................................................ 28 
2.2 Conceitos de Demanda e Oferta ............................................................................................................... 31 
2.2.1 Curva de Demanda................................................................................................................................. 31 
2.2.2 Curva de Oferta ...................................................................................................................................... 34 
2.2.3 Ponto de Equilíbrio ................................................................................................................................ 38 
2.2.4 Dinâmica de mercado ............................................................................................................................ 39 
3.Competência 03 | Compreender os fundamentos da macroeconomia ........................................... 43 
3.1 Indicadores de Desempenho da Macroeconomia .................................................................................... 45 
3.3 Prosperidade Econômica .......................................................................................................................... 48 
3.4 Das Flutuações do Produto Agregado ...................................................................................................... 50 
3.4.1 Oferta Agregada ..................................................................................................................................... 51 
 
 
 
 
 
 
3.4.2 Demanda Agregada ............................................................................................................................... 52 
3.4.3 Taxas de Variação dos Preços ................................................................................................................ 53 
3.4.4 Níveis de Emprego ................................................................................................................................. 63 
3.5 As funções do governo na economia ........................................................................................................ 66 
4.Competência 04 | Entender a teoria e a prática em operações cambiais ........................................ 69 
4.1 Taxa de Câmbio ......................................................................................................................................... 69 
4.2 Taxa de Câmbio Nominal .......................................................................................................................... 69 
4.3 Taxa de Câmbio Real ................................................................................................................................. 70 
4.4 Taxa de Câmbio Real Efetiva. .................................................................................................................... 71 
4.5 Câmbio Fixo ............................................................................................................................................... 72 
4.6 Regime de Taxas Flutuantes ..................................................................................................................... 73 
4.6.1 Mercado de Câmbio............................................................................................................................... 74 
4.6.2 Política Cambial...................................................................................................................................... 75 
4.7 Banco Central do Brasil – BC ..................................................................................................................... 76 
4.8 FMI – Fundo Monetário Internacional...................................................................................................... 78 
4.9 Blocos Econômicos.................................................................................................................................... 80 
Conclusão ............................................................................................................................................. 82 
Referências ........................................................................................................................................... 83 
Minicurrículodo Professor ................................................................................................................... 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Introdução 
 
Olá, Estudante! 
Que bom que você está a seguir a trilha da ampliação do conhecimento! E isso, por si só, 
já é um tipo de atitude que faz o estudante estar mais preparado para os desafios que o mercado 
reserva. Seja, como estágio, contratado ou ainda mais empreendendo ao montar seu próprio 
negócio! Assim, este e-book tem a missão de apresentar a você estudante um panorama geral do que 
é economia e mercado! Como a economia está presente no cotidiano e como as decisões do agente 
econômico família reverbera no mercado, por exemplo. Seja pela decisão de adquirir ou não 
determinado produto-serviço (processo de escolha). Pois sim, a depender de como está à situação 
econômica de um país, ou mesmo de uma região, o agente econômico: família, Governo e até mesmo 
as empresas investirão os recursos que dispõem conforme suas necessidades ou demandas de 
mercado. Você sabia disso? Então, quero fazer uma proposta: que tal marcar o seu avanço nessa 
trilha, na trilha do e-book de Economia e Mercado? É bem fácil! Basta você registrar aí no calendário 
do seu celular, agenda do computador ou mesmo em um calendário impresso a data que você iniciou 
e finalizou a leitura das competências desse e-book! Assim, você elabora sua meta nesse processo de 
aprendizagem e não deixa passar nenhum compromisso relacionado a sua trajetória do 
conhecimento. Assim, você pode inclusive se autopremiar a medida que for concluindo às 
competências! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
5 
 
1.Competência 01 | Conhecer a definição e a importância da economia 
para organizações 
Agora que você já sabe do que se trata este e-book, compete na presente competência, 
uma apresentação, de alguns nomes de estudiosos que se debruçaram sobre o tema Economia e 
Mercado. Assim, como quando alguém é apresentado pela primeira vez e se sabe apenas o nome 
dessa pessoa, pode ser o caso desse tema, para algumas pessoas. Por isso você será apresentado (ou 
reencontrará) alguns personagens históricos, definições e conceitos relacionadas ao tema aqui 
tratado. Toma-se por premissa, que ao longo dos tempos, o estudo da economia teve início em algum 
ponto da história. Em que pese a limitação do tempo para tratar de tema tão amplo e animado às 
discussões, optou-se por iniciar a competência 1 com uma breve apresentação daqueles que de 
algum modo contribuíram para com os estudos referentes ao sistema econômico. Aqui eles foram 
denominados de os notáveis da economia, por auxiliarem na compreensão de mundo econômico. 
 
1.1 Os Notáveis da Economia 
O primeiro notável é Adam Smith! Este filósofo: 
 
Foi considerado o pai da teoria econômica e para ele a economia se move pelo 
interesse privado dos indivíduos. Exemplo: um trabalhador não se levanta toda 
manhã apenas porque ama seu trabalho ou deseja praticar o bem. Ele sabe que 
precisa desta ocupação para sobreviver. No entanto, com este gesto, ele ajuda toda 
a sociedade, pois graças ao seu esforço, as pessoas que dependem dele, também são 
beneficiadas”. Disponível em: Toda Matéria. 
 
De acordo com o mestre em economia Lucio Sanches (s.d.) “A Economia surgiu como 
ciência a partir de 1.776, com a publicação da obra de Adam Smith, A Riqueza das Nações. Com o 
Mercantilismo e a Fisiocracia, as ideias econômicas começam a ter um pequeno desenvolvimento”. 
Na sequência os estudiosos: Karl Marx, John Maynard Keynes, David Ricardo, Alfred Marshall, Irving 
Fisher, Joseph Schumpeter, Friedrich Hayek, Joan Robinson, Milton Friedman, Douglass North e 
Robert Solow. São apontados como estudiosos da economia, cujas contribuições foram reunidas no 
livro: The Great Economists (ou os Grandes Economistas, em tradução livre) da autora: Linda Yueh, 
https://www.bbc.com/portuguese/geral-46655386
https://www.youtube.com/watch?v=nafM5aUClbA
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
6 
publicado em 2018. Em seu livro, a autora, também economista, evidenciou um ponto em comum, 
nos estudos dos autores que pesquisou. Em entrevista à BBC News (2019), ela afirmou, que cada um 
dos economistas que estudou: 
“Observaram os desafios econômicos mais importantes de sua época, os 
examinaram, analisaram e encontraram formas de nos ajudar a entender melhor o 
que estava ocorrendo. E mais importante, ainda explicaram o que podia ser feito a 
esse respeito", afirmou a autora. Fonte: BBC, 2019. 
 
Realizada a breve apresentação, dos principais nomes referentes ao estudo da economia 
e mencionado uma obra que tratou de reunir estes grandes pensadores, de diferentes épocas da 
história em uma obra contemporânea, da economista Linda Yueh faz-se necessário, um “salto” para 
os estudos mais recentes da economia, e da inter-relação desta com as outras áreas das ciências. Pois 
o importante nesse momento da leitura é que você tenha captado a ideia de que antes do que é 
possível observar a partir da presente compreensão de economia, mercado e mundo, há um 
conhecimento anterior, um legado que precisa ser referenciado, que auxilia aos líderes mundiais, 
gestores de grandes empresas e empreendedores, a aprender com o passado, vivenciarem o 
momento presente e planejar o futuro de uma empresa e até mesmo de uma nação. Pois a economia 
não é uma matéria isolada, estática. Ela é fluída e influenciada por os mais diferentes fatores: 
políticos, sociais, ambientais etc. Cuja interrelação, com as mais diferentes áreas do conhecimento 
foi assim sintetizada pelo economista Kenneth Boulding citado por Rossetti (2007, p.31) 
 
Os problemas econômicos não têm contornos bem delineados. Eles se estendem 
perceptivelmente pela política, pela sociologia e pela ética, assim como há questões 
políticas, sociológicas ou éticas que são envolvidas ou mesmo decorrentes de 
posturas econômicas. Não será exagero dizer que a resposta final às questões cruciais 
da economia encontra-se em algum outro campo. Ou que a resposta a outras 
questões humanas, formalmente tratadas em outras esferas das ciências sociais, 
passará necessariamente por alguma revisão de ordenamento real da vida 
econômica ou do conhecimento econômico. 
 
Na citação apresentada, ela iniciou com a frase: problemas econômicos, e faz referência 
que estes se estendem pela política, sociologia e ética. Assim, vale mencionar que determinadas 
políticas relacionadas à renda, território e aplicação dos recursos que tenha tido êxito em 
determinados, países, estados, municípios, comunidades não necessariamente podem ser 
implementados tal qual em outros lugares. Pois há de se considerar primordialmente a necessidade 
https://www.bbc.com/portuguese/geral-46655386
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
7 
prioritária, do momento, de para qual área deve ser elaborado, implementado políticas ou liberação 
de recursos econômicos, que venham a combater, minimizar ou solucionar os problemas econômicos 
de alguma região ou país. Seja na área da saúde, educação, meio ambiente etc. 
Ainda tecendo essa teia do conhecimento sobre economia e para que se façam os nós 
que ligam o conhecimento economia e mercado tem-se o significado da palavra economia. 
 
1.2 Significado da palavra economia 
De acordo com o dicionário Priberam (2020) a palavra economia vem do grego: 
oikonomía, -atos, gestão da casa e se entende por: 
 
• Regra e moderação nos gastos. 
• Habilidade em administrar os bens ou rendimentos. 
• Conjunto de leis que presidem à produção e distribuição das riquezas. 
• Proveito que resulta de gastar pouco. 
• Harmonia entre as diferentes partes de um corpo organizado e seu funcionamento 
geral. 
• Leis que regulam esse funcionamento. 
 
Por sua vez, no dicionário Aurélio (2020) a palavra economia é apresentada no seu 
aspecto relativo à ciência. Onde economia quer dizer: 
Ciência que analisa e estuda os mecanismos referentes à obtenção,à produção, ao 
consumo e à utilização dos bens materiais necessários à sobrevivência e ao bem-
estar. Poupança; contenção ou diminuição das despesas e dos gastos. Organização 
de uma casa financeira e materialmente: economia doméstica. No sentido figurado 
quer dizer: moderação no consumo; controle de excessos; economia de forças [...]. 
 
Assim, das definições apresentadas é possível compor um entendimento inicial de que a 
economia, enquanto ciência, trata de: “Estudar os mecanismos referentes à obtenção, à produção, 
ao consumo e à utilização dos bens materiais necessários à sobrevivência e ao bem-estar” (AURÉLIO, 
2020). 
 
https://dicionario.priberam.org/economia
https://www.dicio.com.br/economia/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
8 
Note, que o entendimento apresenta em sua composição a palavra: mecanismos. Mas 
que mecanismos são estes, que proporcionam os bens materiais necessários à sobrevivência e ao 
bem-estar? Pode-se dizer que são mecanismos econômicos! Mas quais são estes mecanismos 
econômicos? Para melhor compreensão tome-se como referência a história da evolução da 
humanidade, permeada pela das civilizações. 
 
1.3 Um pouco da história da economia 
Pelo tema estudado ser economia, dentro de um curso técnico de Administração, não 
cabe aqui tratar da evolução histórica da humanidade, outrossim, essa seção valer-se-á da técnica de 
realizar vez ou outro algum recorte epistemológico1 na história que embase o entendimento sobre o 
tema. A história da economia aqui, faz referência a contribuição do Império Romano. O economista 
Lucio Sanches (s.d), recorda, em seus estudos sobre a história da economia, que: 
 
A Idade média ou Idade Medieval surgiu com o declínio do Império Romano por volta de 
476 D.C. Esse período, um dos mais longos da história, durou dos anos 500 a 1500. E com a Idade 
Média, abriu-se uma nova era para a humanidade. [Onde] Na base do sistema feudalista, estava o 
servo, que trabalhava nas terras de um senhor, o qual devia lealdade a um senhor mais poderoso, e 
este a outro, até chegar ao Rei (SANCHES, s.d. p.6). 
Dessa forma, o servo trabalhava na terra, mas não era proprietário dela. A cidade era 
cercada por muros e aqueles que conseguiam produzir excedentes, utilizam estes para troca. Assim 
fazendo, um salto na história para um momento mais contemporâneo, o economista, Aiub (2009) 
afirmou que: 
Cada sujeito geralmente possui habilidades e recursos diferentes dos demais e deseja 
consumir bens diversificados. Por isso, a tendência natural é colocar-se em contato entre si para 
trocar aquilo que se possui abundância pelo que não se tem e beneficiar-se mutuamente pelo 
intercâmbio (AIUB, 2009, p.49). 
 
1 É um conceito fundamental no interior da epistemologia de Gaston Bachelard. Designa e explica as ruturas ou as mudanças súbitas que 
acontecem ao longo do processo de evolução do conhecimento científico na busca de uma crescente objetividade, em que o racional, que é 
construído, se vai sobrepondo num esforço constante ao consciencial, que é meramente subjetivo. Fonte: Infopédia, 2020. 
https://www.infopedia.pt/$corte-epistemologico
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
9 
Destaca-se então, que: “O intercâmbio faz possível a especialização e a divisão de 
trabalho, e esta contribui para a eficiência, entendida como a obtenção do maior volume de produção 
possível com a menor quantidade de recursos” (AIUB, 2009, p.49). 
No campo das trocas, aquilo que determinado grupo produzia em excedente servia, para 
o escambo. Ou seja, para a troca por outros bens de consumo com outros grupos. Cujo tema é mais 
bem tratado nos estudos referentes a história das civilizações. No entanto, ao considerar que essa 
dinâmica das trocas tem origem nas necessidades dos grupos e/ou indivíduos, vale um recorte 
referente as necessidades básicas, já elencadas nos estudos da Teoria da Motivação publicada por 
Maslow (1954), que indicava, o que se pode considerar: o mínimo necessário à um indivíduo. 
Para os estudos da economia, desse e-book, destaca-se inicialmente como necessidade 
básica do indivíduo: a moradia, o alimento e o mínimo necessário para a sobrevivência, como 
vestuário, por exemplo. Pois, o atendimento a essas necessidades consideradas básicas, na 
contemporaneidade advém por vezes do trabalho. Atividade na qual o indivíduo emprega sua força 
humana e/ou intelectual na produção de algum bem ou serviço em troca de um valor monetário 
denominado salário. Cujo valor acordado entre contratante e contratado deveria ser suficiente para 
atender a necessidades físicas e de segurança do trabalhador, ao menos. 
Em que pese a reflexão, de que por vezes, o salário seja suficiente apenas para as 
despesas básicas, não se pode perder de vista, que o tempo atual é de uma sociedade capitalista de 
consumo, que teve suas bases fundamentadas lá pelos idos do século XVIII com a Revolução 
Industrial, período no qual os indivíduos “vendiam” à força de trabalho em troca de um salário, com 
a finalidade, mais uma vez, de trocar este por bens e serviços necessários a sobrevivência ou mesmo 
para satisfazer desejos, como os de pertencimento e estima, por adquirir bens e/ou consumir artigos 
que o distingue-se da classe trabalhadora. Conforme tratado ao longo da história do capitalismo, 
pelos estudiosos Karl Marx (1867), Bourdieu (1982) e mais contemporâneo por Souza (2010) que 
tratam das necessidades humanas, trabalho, distinção de classe entre outros temas, para deixar aqui 
referenciados alguns autores, que melhor embasam a discussão: capital x trabalho. 
Após esse breve recorte e voltando ao século XXI e ao tema economia é possível assim, 
sintetizar, que a economia estuda os mecanismos necessários à sobrevivência. E que parte desses 
https://books.google.com.br/books?id=SV2HDwAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=a+theory+of+human+motivation&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiCiNvt-_7qAhWBC9QKHdpZCwAQ6AEwAHoECAUQAg#v=onepage&q=a%20theory%20of%20human%20motivation&f=false
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
10 
mecanismos são as relações de troca. E essas trocas2 são intermediadas, algumas vezes, por dinheiro 
(moeda). 
Pense um pouco no seu cotidiano! Provavelmente alguém da sua família ou você mesmo, 
têm alguma renda que gera entrada de dinheiro para a família. Essa renda pode ser por algum 
trabalho / serviço prestado ou até mesmo de algum programa social! Para fazer esse curso, na 
modalidade à distância é preciso ter acesso ao menos a um celular com internet, por exemplo. Mas, 
supondo, que o serviço de internet não seja gratuito é necessário se pagar por este. Logo, mesmo 
que o acesso à internet seja por emprestado de algum vizinho ou instituição, ainda assim, alguém 
paga por este serviço. E para tal precisa-se de se ter alguma renda (quando pessoa física) e/ou recurso 
financeiro (quando de instituições). Estabelecendo-se assim, uma relação de troca (consumidor-
serviço), na modernidade. 
E aproximando esta seção um pouco mais do tema economia, o economista Rossetti 
(2007, p.30) atribui à economia estudar “a ação econômica do homem, envolvendo essencialmente 
o processo de produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio e a acumulação”. 
Por sua vez, a definição de economia diz que esta é: A ciência que estuda os mecanismos 
referentes à obtenção, à produção, ao consumo e à utilização dos bens materiais necessários à 
sobrevivência e ao bem-estar e que se move pelo interesse privado dos indivíduos (adaptado de 
AURÉLIO, (s.d); SMITH (s.d)). 
Então, se diz que a economia estuda a ação do homem. E se não for da vontade do homem 
(pessoa ou empresa) investir em processos de produção, criar mecanismos para geração de renda, 
gastar (investir) ou acumular o capital a economia trava? Pense um pouco a respeito, converse com 
algumas pessoas sobre o tema proposto e tente fazer algumas anotações que possam colaborar para 
ampliar o entendimento sobre a ação econômica do homem ao longo da história. 
Porcerto, não há uma resposta simples e isolada para a reflexão proposta anteriormente. 
A de se considerar diferentes variáveis e o tempo e contexto histórico político, social e econômico, 
no qual se debruça a reflexão, pois a de se considerar, também, que os recursos são escassos à 
exploração do homem. O que remete a próxima seção que trata dos conceitos econômicos. 
 
2 Primeiramente, as trocas entre agentes econômicos processavam-se pelo escambo. Eram trocas diretas, produto por produto. Depois 
evolui-se para a prática de trocas indiretas, com a utilização de um instrumento monetário. As primeiras formas de moeda foram mercadorias 
de grande valor de uso e consequentemente por sua ampla e irrestrita aceitação, também tinham grande valor de troca: produtos têxteis, 
gado, cereais, metais, sal [...] (R0SSETTI, 2007, p.198). 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
11 
1.4 Conceitos Econômicos 
Os conceitos econômicos tratam dos mecanismos que sustentam a economia. Por assim 
dizer. Basicamente são compostos por: 1. As necessidades Humanas, 2. Os Bens Econômicos, 3. 
Fatores de Produção e 4. Agentes Econômicos. 
 
1.4.1 As Necessidades Humanas. 
Sendo referência recorrente no curso de Administração, quando se trata do tema 
necessidades humanas, Abraham Maslow (1954) hierarquizou as necessidades humanas em: 
fisiológicas, segurança, sociais, autoestima e autorrealização. Por sua vez, no campo da economia as 
necessidades humanas são apontadas como: Advindas da sensação de carência ou do desejo de 
obter algum produto ou serviço. [Com o propósito] de atender as necessidades das mais diferentes 
ordens, do ser humano. Que são: alimentação, vestuário, transporte, educação e cultura, saúde, 
segurança e lazer. Essas necessidades são consideradas ilimitadas (Adaptado de Lásara Rodrigues, 
2012). 
Cujas necessidades humanas, geralmente são supridas por aquisição de bens e serviços. 
O que mais uma vez, sinaliza que a necessidade humana e econômica possui alguma correlação, pois 
a família e/ou indivíduos precisam ter os recursos necessários para acesso à bens econômicos das 
mais diferentes ordens. 
 
1.4.2 Os Bens Econômicos 
Os Bens Econômicos são os que têm algum valor. São geralmente escassos e empregam 
alguma força de trabalho humano para ser produzido. Os Bens Econômicos subdividem-se em: bens 
de consumo e bens de produção. Logo, os bens são classificados em: 
 
a) Bens livres: abundantes, postos à disposição pela natureza (não produzidos pelo 
homem). 
Exemplo: ar, água. 
http://www.scielo.br/pdf/rae/v20n3/v20n3a05
https://www.youtube.com/watch?v=JnhxuT78bIg
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
12 
b) Bens econômicos: bens escassos, geralmente produzidos pelo homem. São 
classificados como bens de consumo ou de produção. 
o Bens de consumo: voltados para o consumo final (podem ser duráveis ou 
não). Exemplo: peças do vestuário, televisão, carros. 
o Bens de produção: destinados à produção de outros bens. Podem ser bens 
de capital ou bens intermediários. 
o Bens de capital: bens de produção que podem ser utilizados várias vezes. 
Exemplo: máquinas, computadores de alta tecnologia, fornos industriais. 
 
Que ainda se desdobram nos subconjuntos que as modernas sociedades empregam no 
processo de produção: Infraestrutura econômica, infraestrutura social, construções e edificações, 
equipamentos de transporte, máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas e, agro capitais. 
 
o Bens intermediários: bens de produção que são utilizados uma única vez 
(são transformados durante o processo produtivo). Exemplo: alguns 
artigos agrícolas, como o trigo e a soja. 
Fonte: Rossetti (2007, p.123); Vieira (2019, p.10). 
 
Assim, com exceção dos bens livres os demais bens têm intervenção ou são utilizados pelo 
homem em processos de transformação e/ou aquisição para atender as necessidades humanas por 
bens e de serviços. No entanto, importa chamar atenção para o equilíbrio entre o processo de 
produção e a exploração dos recursos naturais. Situação evidenciada na citação a seguir: 
 
Em suas atividades de produção, os sistemas econômicos empregam o trabalho 
humano, as reservas naturais e recursos instrumentais – mais simplificadamente, 
capital. Estes últimos permitem um volume de produção maior e mais diversificado, 
comparativamente a uma situação em que se aplicassem apenas o trabalho humano 
e as reservas naturais. Uma das bases decisivas do progresso conseguido pela 
humanidade, da pré-história aos dias atuais, fundamenta-se, precisamente na maior 
disponibilidade e na maior perfeição dos instrumentos com que se realiza a produção. 
Há, todavia limitações à continuidade infinita desse processo. A destruição das 
reservas naturais, a explosão demográfica ou a instrumentação inadequada poderão 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
13 
comprometer as bases da atividade de produção e, consequentemente, a própria 
sobrevivência da humanidade (NAPOLEONI citado por ROSSETTI, 2007, p.90). 
 
Ao confirmar, por meio da citação recém apresentada, que há limitações à continuidade 
infinita no processo de produção ao atendimento da necessidade humana, compete tratar 
imediatamente dos fatores de produção. 
 
1.4.3 Fatores de Produção 
Os recursos de produção são também denominados fatores de produção. O economista 
Rossetti, diz que os recursos de produção são: 
 
Dádivas da natureza, pela população economicamente mobiliável, pelas diferentes 
categorias de capital e pelas capacidades tecnológicas e empresarial. Que 
usualmente recebem estas denominações: Terra , Trabalho, Capital, Tecnologia e 
Empresariedade (ROSSETTI, 2007, p.91). 
 
• Do fator de produção Terra tem-se que: os sistemas econômicos utilizam-se das 
“reservas naturais e constituem a base sobre a qual se exercem as pressões e as 
atividades dos demais recursos”. Destes são explorados: O solo, o subsolo, as águas, 
a pluviosidade do clima, a flora e a fauna e fatores extraplanetários. Alguns autores 
ainda vão trazer o conceito do fator terra como: expansão e limitação. Basicamente 
a expansão trata das bases das reservas naturais aproveitáveis e as limitações das 
condições que restringem a ação do homem sobre as reservas naturais 
economicamente aproveitáveis (ROSSETTI, 2007, p. 93-94). 
 
• Do fator de produção Trabalho tem-se que: é constituído de uma parcela da 
população total: a economia mobilizável. Definida por duas faixas etárias: a pré-
produtiva e a pós-produtiva. A parcela não economicamente mobilizável não se 
inclui, assim, no conceito e na caracterização convencional de recursos humanos. 
Estes são delimitados pela faixa etária apta para o exercício da atividade de produção. 
(ROSSETTI, 2007, p. 92-94;102-103). 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
14 
• Do fator de produção Capital tem-se que: compreende o conjunto das riquezas 
acumuladas pela sociedade; e é com o emprego delas que a população ativa se 
equipa para o exercício das atividades de produção. Esse conjunto de riquezas dá 
suporte às operações produtivas que existem em todas as sociedades 
economicamente organizadas, independente de seus estágios de desenvolvimento 
econômico. O economista Rossetti (2007, p.123) chama a atenção que o fator capital 
constitui-se sempre das diferentes categorias de riqueza acumulada, empregadas 
na geração de novas riquezas. 
 
O economista afirma ainda que: 
As riquezas acumuladas que se encaixam no conceito [de fatores econômicos], 
incluem, além de máquinas, equipamentos e instrumentos e ferramentas, outros 
subconjuntos que também se caracterizam pelo mesmo destino. Resultantes do 
processo de acumulação da sociedade, destinam-se também à produção de novas 
riquezas, materiais e imateriais (ROSSETTI, 2007, p. 123). 
 
Não se pode perder de vista, portanto, que o uso – finalidade dos fatores de produção 
movimentam-se por a vontade dos indivíduos / empresas. Que para o sistema econômico são 
denominados de agentes econômicos.Mas o que são agentes econômicos e como suas decisões 
reverberam na economia? 
 
1.4.4 Agentes Econômicos 
Os agentes econômicos têm qualificações e funções importantíssimas dentro do sistema 
econômico. Pois são os tomadores de decisão das “formas de emprego e de destinação dos recursos 
e composição dos produtos gerados” (ROSSETTI, 2007, p.158). Estes agentes são: 
 
• As unidades familiares 
• As empresas 
• O governo 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
15 
 
• Do agente econômico Unidades Familiares: Engloba todos os tipos de unidades 
domésticas, unipessoais ou familiares, com ou sem laços de parentesco, segundo os 
quais a sociedade como um todo se encontra segmentada. Considera-se que as 
unidades familiares têm pessoas economicamente ativas. Sejam por serem 
empregadores ou empregados. Ou que trabalham por conta própria. Mesmo as 
unidades familiares que têm pessoas sem emprego, ainda assim estas participam do 
fluxo econômico, por recursos que a sociedade lhes transfere, como os pagamentos 
dos sistemas de previdência social, por exemplo. Cada unidade familiar decide 
administrar de forma independente, seus próprios orçamentos. [Ou seja] Decidem 
sobre dispêndios correntes de consumo, sobre aumento de seus ativos ou a 
diminuição de seus passivos. Este poder decisório é uma das principais características 
econômicas desse agente. 
 
• Do agente econômico Empresas (ou unidades de produção): As empresas são 
agentes econômicos para os quais convergem os recursos de produção disponíveis. 
As empresas empregam e combinam os recursos para a geração dos bens e serviços 
que atenderão às necessidades de consumo e de acumulação da sociedade. O 
conjunto de empresas que compõem o sistema econômico varia sob os aspectos: 
tamanhos, estatutos jurídicos, origens e controle, formas de gestão e natureza dos 
produtos, entre outros atributos (amplitude geográfica de atuação, objetivos 
societários e graus de integração vertical). As empresas reúnem pelo menos três 
características em comum, que a tornam agentes econômicos: 
 
o Característica 1. Se empregam, se reúnem, se organizam e remuneram os 
fatores de produção – são então pólos de atração dos recursos que 
dispõem os sistemas econômicos. 
o Característica 2. Resulta da interatividade entre as empresas. Pois como 
unidades de produção, elas não subsistem isoladamente. Ou seja, umas 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
16 
dependem da outra. Como por exemplo, as indústrias extrativas mineral 
ou de transformação e outras. 
o Característica 3. Diz respeito a perpetuidade: esta depende, para todas as 
empresas, da sanção dos agentes econômicos para os quais sua produção 
é destinada. 
 
• Do agente econômico Governo: O governo é um agente coletivo que contrata 
diretamente o trabalho de unidades familiares e que adquire uma parcela da 
produção das empresas para proporcionar bens e serviços úteis à sociedade como 
um todo. Trata-se, pois de um centro de produção de bens e serviços coletivos. Suas 
receitas resultam de retiradas compulsórias do poder aquisitivo das unidades 
familiares e das empresas, feitas por meio do sistema tributário; e a maior parte de 
suas despesas se caracteriza por pagamentos efetuados aos agentes envolvidos no 
fornecimento dos bens e serviços à sociedade. 
 
(ROSSETI, 2007, p. 158-p.168) 
 
Apresentados os agentes econômicos e como estes estão inseridos no sistema econômico 
faz-se necessário avançar os estudos da economia junto ao mercado. De modo a entender como os 
agentes econômicos interagem na economia. Pois, segundo o economista Rossetti: 
A interação entre os agentes econômicos decorre de dois fatores fundamentais: 1. Da 
diversidade das necessidades humanas, que conduz à organização de sistemas de 
trocas. E 2. Da diversidade de capacitações das pessoas e nações, determinadas por 
heranças culturais ou por vocações naturais, que conduz à especialização e a divisão 
social do trabalho (ROSSETTI, 2007, p.168). 
 
Vale citar que o espaço de interação entre os agentes econômicos é denominado de 
mercado. Que é o local físico ou não onde é estabelecida a interação entre compradores (demanda) 
e produtores (oferta) de um determinado bem ou serviço. E as transações realizadas no mercado, são 
reguladas por leis. Estas leis recebem o nome de Leis Econômicas. Estas servem para regular o 
funcionamento do mercado e as possíveis mudanças de comportamento, dos consumidores ou 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
17 
compradores, na busca por determinados bens ou serviços e os efeitos deste comportamento sobre 
a economia (VIEIRA, 2019). 
 
Um exemplo de “uso” de Lei Econômica, foi quando no ano de dois mil e vinte houve a 
necessidade de uma maior atenção à higienização das mãos, nos mais diferentes espaços de 
convivência, sendo necessário disponibilizar aos transeuntes, o produto álcool em gel. A 
consequência, em termos de mercado foi um aumento na procura por esse produto. Para regular o 
preço de mercado, alguns Estados criaram leis com a finalidade de regular as relações de consumo 
(vide notícia: Crimes relacionados à pandemia do coronavírus) referentes a demanda x oferta desse 
produto nos estabelecimentos comerciais. 
 
Vale destacar que as Leis Econômicas se subdividem em dois tipos de leis: Leis 
Econômicas Gerais e Leis Econômicas Específicas. 
 
• Leis gerais: válidas para qualquer estágio de evolução da sociedade; 
• Leis específicas: próprias de cada modo de produção ou de cada formação 
socioeconômica. 
 
Um exemplo das leis econômicas aparece no estudo dos mercados de bens e serviços. 
São as leis da oferta e da demanda (ou procura). Pois o comportamento dos agentes econômicos, 
sobretudo, famílias causam efeitos sobre a economia. Logo, as decisões econômicas têm 
singularidades no que se refere à necessidade, limitação dos recursos e atendimento a demanda. 
Situação que Adam Smith tratou como: “a mão invisível. Isto é, da autorregulação do mercado”. O 
que para Rossetti (2007, p.199) está fortemente relacionado com quatro questões-chave da 
economia: a eficiência produtiva, a eficácia alocativa, a justiça distributiva e o ordenamento 
institucional. Tratadas a seguir: 
 
1.5 Questões-chave da Economia 
Das questões-chave da economia entende-se, por tanto, que: 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11579/Crimes-relacionados-a-pandemia-do-coronavirus
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
18 
• Eficiência Produtiva: Tem a ver com o emprego de fatores de produção. 
• Eficácia Alocativa: Tem a ver com os produtos gerados. 
• Justiça Distributiva: Tem a ver com as rendas. 
• Ordenamento Institucional: Tem a ver com as instituições que regularão e 
disciplinarão o funcionamento do sistema como um todo e a interação dos agentes 
econômicos. 
Fonte: ROSSETTI (2007, p.190) 
 
Ao que tem relação com a eficiência produtiva, a economista Vieira (2019) ressalta que: 
A eficiência produtiva deve atentar a responder a tríade dos problemas centrais e seu 
inter-relacionamento referentes à economia procurando responder a três questões: 
o 1. O que produzir e em que quantidade? 2. Como os bens devem ser produzidos? 3. 
Para quem os bens são produzidos? [...] A depender da forma como as sociedades 
respondem as essas três questões, temos diferentes sistemas de organização 
econômica como resultado. E que os dois extremos dessas formas seriam: economias 
centralizadas e economias de mercado. (VIEIRA, 2019, p.16-19) 
 
A economista Vieira (2019, p.19) define os dois tipos de economia: 
 
• Economia Centralizada: regulamenta-se pelos sistemas planificados socialistas. Pelas 
leis de mercado que são suprimidas ou mitigadas ao máximo e pela tomada de 
decisões econômicas pelo poder público. 
• Economia Descentralizada: é regida pela livre concorrência e iniciativa e atua no 
atendimento às leis de mercado 
 
Deixando um pouco a eficiência produtiva e passando para a eficiência alocativa, toma-
se porbase, o conceito de Ótimo ou Eficiência de Pareto. “Segundo a teoria, o Ótimo de Pareto 
representa o ponto no qual para se favorecer um dos elementos do sistema, obrigatoriamente deve-
se prejudicar outro”. Para melhor entendimento, observe o caso, a seguir: 
 
 
https://maisretorno.com/blog/termos/o/otimo-de-pareto
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
19 
 
ESTUDO DE CASO 1 
 
Distribuindo a riqueza entre os filhos 
Considerando que o Ótimo de Pareto é denominado como a Lei da Eficiência de Pareto 
e que a dinâmica estabelecida por Pareto se baseia, sumariamente, no poder dos sistemas 
(econômico, computacional etc.) de alocar os seus recursos, distribuindo-os entre os agentes 
[econômicos] envolvidos da melhor maneira possível, temos, por exemplo, uma unidade familiar, 
na qual a mãe tenha apenas R$120 reais para distribuir livremente entre os seus 03 filhos. Cuja 
distribuição pela mãe foi realizada da seguinte forma: O filho mais velho recebeu R$ 60,00, o filho 
do meio recebeu R$ 40,00 e o filho mais novo recebeu apenas R$ 20,00. Por esta distribuição a 
mãe alocou todos os seus recursos, garantindo que todos eles recebessem parte do valor e fossem 
beneficiados pela sua riqueza. 
Mas, após a “riqueza” ter sido distribuída, a partir desse ponto, para que um dos filhos 
tenha mais dinheiro, é necessário que a mãe retire parte dos ganhos de outro. 
Considere ainda, que a mãe, pode ter se baseado nas necessidades de cada um dos 
filhos para distribuir as quantias da melhor forma possível. Talvez enquanto o mais velho precise 
de mais dinheiro para passeios, festas, transportes e outros, o mais novo esteja interessado apenas 
em comprar um sorvete e completar o seu álbum de figurinhas. Mas, excluído o critério utilizado 
para distribuição da riqueza, se a mãe tirar R$ 20,00 reais do primogênito para dar ao caçula 
garantiria que todos tivessem montantes iguais. Assim, nesse tipo de transação: onde um perde 
para outro ganhar, pode-se afirmar que há aqui um exemplo da Lei da Eficiência de Pareto? 
(Adaptado de Mais Retorno). 
 
 
A resposta é que sim! A dica aqui era recordar a afirmação: “para se favorecer um dos 
elementos do sistema, obrigatoriamente deve-se prejudicar outro”. O que remete ao conceito de 
Ótimo ou Eficiência de Pareto. 
 
 
https://maisretorno.com/blog/termos/o/otimo-de-pareto
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
20 
 
 
Ainda sobre eficiência alocativa, “em um mundo onde há escassez qualquer escolha que 
se faça implica, necessariamente, na renúncia de diversas alternativas disponíveis. Esta renúncia 
representa um custo, que é um dos conceitos mais importantes da economia: o custo de 
oportunidade” (VIEIRA, 2019). 
Para Vieira (2019), o custo de oportunidade implica nas escolhas que os agentes 
econômicos realizam. Ou seja, nas decisões de comprar algo em detrimento de outro, com dispêndio 
financeiro semelhante. Por exemplo: Optar por comprar uma bolsa em detrimento de desistir de 
comprar um par de sapatos ou vice-versa. O que é corroborado pôr o economista Rossetti (2007, 
p.192) que diz que: “a escassez implica escolhas. E as escolhas implicam em custos de oportunidade 
– expressão que, neste caso, tem a ver com os desejos e as necessidades que deixam de ser atendidos 
sempre que outros são priorizados”. 
 
1.6 Custo de oportunidade 
Imagine que todos os agentes econômicos, têm aspirações ilimitáveis, mas têm também 
a realidade dos recursos escassos e definidos por orçamentos restritos. E por sua vez, adquirir uma 
casa de praia, por exemplo, envolve um custo de oportunidade, como o de abrir mão de uma casa 
de campo. E mesmo que as pessoas disponham de fortunas, elas não escapam da inexorabilidade3 
 
3 Substantivo feminino. Característica ou particularidade do que é inexorável; qualidade daquilo que é inflexível. Etimologia (origem da 
palavra inexorabilidade). Do latim inexorabilitas. atis. Sinônimos de Inexorabilidade Inexorabilidade é sinônimo de: austeridade, inflexibilidade. 
Antônimos de Inexorabilidade: Inexorabilidade é o contrário de: flexibilidade, brandura. Fonte: Dicionário Online de Português. 
 
Você sabia? 
Que existe a alocação ineficiente no sentido de Pareto? É a situação na qual é 
possível melhorar o estado (situação de riqueza) de um indivíduo sem piorar (reduzir 
a riqueza) de um indivíduo B. Como? O governo pode por programas 
socioeconômicos dar ao indivíduo A, um determinado valor que aumente a situação 
de riqueza do indivíduo A, sem que isso implique em uma retirada (redução da 
riqueza) do indivíduo B. Dessa forma ocorre a melhora de um agente econômico sem 
a piora do outro. E esta situação recebe o nome de alocação ineficiente no sentido 
de Pareto 
(Adaptado de VIEIRA, 2019, p.20). 
https://www.youtube.com/watch?v=uqUVSAVnv_4
https://www.dicio.com.br/austeridade/
https://www.dicio.com.br/inflexibilidade/
https://www.dicio.com.br/flexibilidade/
https://www.dicio.com.br/brandura/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
21 
dos custos de oportunidade. Pois mesmo que possam ter as duas casas, ainda assim não poderão 
usufruir das duas ao mesmo tempo. Pois, mesmo as mais altas satisfações possíveis são finitas e 
competem com outras, também finitas. Logo, o custo de oportunidade é o valor do que você 
renuncia ao tomar uma decisão. 
O mesmo princípio referente à tomada decisão e o que envolve o custo de oportunidade, 
acontece no setor público. Quando a prefeitura de um município tem uma capacidade de produção 
de bens e serviços públicos, limitada por sua dotação orçamentária. Por exemplo. A cada ano fiscal 
empregará recursos em redes de iluminação ou postos de saúde ou praças de esporte. Pois a escassez 
de recursos sacrificará alguma coisa em detrimento de outra. E por sua vez, as prioridades decididas 
trazem sempre um custo de oportunidade (ROSSETTI, 2007, p.214). Por sua vez, os também 
estudiosos da economia, Krugman e Well (2007, p.140) chamam a atenção que: o verdadeiro custo 
de algo é aquilo do que precisamos abrir mão para obtê-lo! Compreende-se então, que a tomada 
de decisão e o custo de oportunidade são indissociáveis no funcionamento da economia. 
 
1.7 O funcionamento da economia 
Para tratar do funcionamento da economia é preciso dizer que a economia possui 
modelos econômicos. Mas o que é um modelo econômico? Para os economistas Krugman e Well 
(2007, p.18), “um modelo é qualquer representação da realidade usada para entender situações da 
vida real”. Nas palavras do administrador Tiago Reis (2018): 
Modelos econômicos são simplificações das interações entre os agentes econômicos 
da vida real. Através dessas simplificações, é possível ter uma melhor compreensão 
de que como as pessoas interagem na economia, e qual o equilíbrio de longo prazo para 
qual um mercado caminha. É importante ressaltar que os modelos econômicos são 
simplificações, assim, podem não retratar fielmente a realidade. No entanto, mesmo 
os modelos mais simples ajudam os economistas a chegarem a conclusões que 
impactam os negócios na vida real. 
 
E para que a economia “funcione” se faz necessário que ocorra interação, ao menos entre estes 
quatro agentes econômicos: as famílias, as firmas ou empresas, o governo e o resto do mundo. E o 
espaço onde ocorre esta interação entre os agentes econômicos recebe o nome de mercado. Vale 
 
Disponível em: https://www.dicio.com.br/inexorabilidade/. Acesso em: abril, 2020. 
 
https://www.dicio.com.br/indissociavel/
https://www.dicio.com.br/inexorabilidade/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
22 
recordar que para economia, o mercado como o conhecemos tem o entendimento de “abstração”, 
pois deixou de ter uma conotação geográfica. O mercado por sua vez, ainda se divide em: mercado 
de trabalho, mercado financeiro e mercado de capitais. E todos estes se desenham pela existência 
de oferta e procura dos recursos correspondentes a cada um destes. É no mercado que os agentes 
econômicos procedem à troca de bens por uma unidademonetária ou por outros bens. 
 
Em uma economia, existirão três mercados-chave: bens e serviços (onde são comercializados os bens 
destinados ao consumo final), fatores Produtivos (onde são comercializados fatores necessários à 
produção, como trabalho, terra e capital) e ativos financeiros (ROSSETTI, 2007, p.395; VIEIRA, 2019). 
De acordo com a economista Amanda Vieira (2019) a interação do mercado de bens e serviços, 
acontece entre dois agentes econômicos: as empresas e as famílias. Conforme citação a seguir: 
Considere que as empresas produzem bens e serviços e os ofertam no mercado de 
bens e serviços. Esses produtos serão adquiridos pelas famílias que, para poder pagar 
por esses bens, precisam ofertar seus fatores às empresas. Assim, a terra, o capital e 
o trabalho, que são de propriedade das famílias, serão utilizados pelas empresas para 
produzir bens e serviços que serão consumidos pelas famílias, seguindo um fluxo 
indefinido que se retroalimenta (VIEIRA, 2019). 
 
E para aquisição de bens ou usufruto dos serviços entre empresas e família e vice-versa existe um 
fluxo monetário. São efetuados pagamentos na moeda corrente: as empresas remuneram as famílias 
quando adquirem os fatores de produção e as famílias pagam as firmas pelo consumo dos bens e 
serviços produzidos. Essas operações compõem o fluxo monetário. Logo, toda renda dos agentes 
econômicos se deve a alguma contribuição sua no processo produtivo. Por isso, o fluxo econômico 
também é denominado de fluxo circular da renda (VIEIRA, 2019), conforme consta na figura: Fluxo 
Circular de Renda. 
 
 
https://www.dicionariofinanceiro.com/o-que-e-fluxo-circular-de-renda/
https://www.youtube.com/watch?v=6vKYbvUJdlw
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
23 
 
 
Figura 01: Fluxo Circular de Renda. 
Fonte: Dicionário Financeiro, 2020. 
Descrição da imagem: A figura representa o sistema circular de quatro elementos: “Famílias”, “Mercados de Bens e 
Serviços”, “Empresas” e “Mercado de Fatores de Produção”, em que setas azuis mostram o fluxo de “Pagamento”, 
“Renda” , “Despesas” e “Receitas”; já as setas vermelhas, no sentido inverso, mostram “Oferta de Bens e Serviços”, 
“Demanda de Bens e Serviços”, “Oferta de Fatores de Produção” e “Pagamento dos Fatores de Produção”. 
Disponível em: Dicionário Financeiro, 2020. 
 
 
 
Voltando a interação entre os agentes econômicos, nota-se que na realidade, além dos 
agentes econômicos: empresas e famílias há outro agente econômico, lembra? O agente econômico 
Governo. Vale chamar atenção que o Governo não se comunica diretamente com as empresas. O único 
contato que o agente Governo estabelece é com o outro agente, família. Ele representa o papel de 
regulador e de cobrir as falhas do mercado. Compete ao mesmo maximizar inclusive o bem-estar 
social. 
 
Você sabia? 
Que os bens e serviços são ofertados no mercado por organizações e que são 
itens necessários às famílias, que oferecem ao mercado fatores de produção, 
necessários às empresas para gerar serviços e bens é denominado de fluxo real? 
(REIS, 2018). 
https://www.todamateria.com.br/estado-de-bem-estar-social/
https://www.todamateria.com.br/estado-de-bem-estar-social/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
24 
 
 
Mas, como tudo tem um custo, para atingir o objetivo de reduzir as desigualdades sociais, 
o Governo precisa ter acesso a recursos que permitam proporcionar este “Estado de Bem-estar 
Social”. O que se dá por meio dos impostos, incluindo os que são pagos pelas empresas. Onde o 
agente econômico Governo interage diretamente com o agente econômico, família (beneficiárias das 
políticas governamentais para famílias de baixa renda, por exemplo), mas não interage diretamente 
com o agente econômico, empresas. A única forma que o governo tem de se “comunicar” com as 
empresas é através do mercado de bens e serviços. Vale lembrar que o Governo também compra das 
empresas bens e serviços necessários ao atendimento de demandas públicas: construção de escolas, 
hospitais e outros materiais, por exemplo. Veja o exemplo de fluxo circular da riqueza na figura a 
seguir. 
 
 
 
Você sabia? 
Que o “Estado de Bem-estar Social” (do inglês, Welfare State), é uma perspectiva 
de Estado para o campo social e econômico, na qual a distribuição de renda para 
a população, bem como a prestação de serviços públicos básicos, é vista como 
uma forma de combate às desigualdades sociais? (REIS, 2018). 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
25 
 
Figura 02: Fluxo circular da riqueza de uma economia fechada e com governo. 
Fonte: VIEIRA (2019, p. 25). 
Descrição da imagem: A figura representa a relação entre os elementos: “Famílias”, “Mercado de Bens e Serviços”, 
“Firmas” e “Marcado de Fatores”, como uma relação circular mediada pelo governo. 
 
 
Porém, se o objetivo principal da cobrança de impostos é basicamente fazer com que o 
cidadão contribua financeiramente com serviços que utiliza frequentemente, 
como saúde e transporte público, para citar apenas alguns. O dinheiro revertido em impostos seria, 
então, para manter com eficiência e qualidade as frotas de ônibus do sistema público de transporte 
do país, hospitais, postos de saúde e prontos-socorros de todo o território nacional, concorda? 
(ORGANIZZE). 
Até aqui foram referenciados três agentes econômicos: as famílias, as empresas e o 
Governo. E o agente econômico, resto do mundo? Basicamente a interação deste agente na 
economia, faz com que ela passe de uma economia fechada (do que foi apresentado até agora) para 
uma economia aberta. Pois o agente econômico resto do mundo interage na economia por meio do 
mercado de bens e serviços, comprando produtos nacionais e vendendo produtos de outras 
nacionalidades. Ou seja: quando o resto do mundo adquire mercadorias brasileiras no mercado de 
bens e serviços, o Brasil está exportando. E quando o resto do mundo vende bens no mercado 
brasileiro de bens e serviços, o país (Brasil) está importando. O que está traduzido na figura: Mundo 
Conectado. Das interações do agente econômico, resto do mundo (VIEIRA, 2019; VICECONTI, 2013). 
 
 
http://financaspessoais.organizze.com.br/vale-a-pena-fazer-um-plano-de-saude/
http://financaspessoais.organizze.com.br/quais-os-custos-a-serem-considerados-antes-de-comprar-um-carro-2/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
26 
Figura 03: Mundo Conectado 
Fonte: TRADEWORKS, 2019. 
Descrição da Imagem: A figura representa todo o processo percorrido por uma mercadoria, quando da realização de 
uma compra por plataforma online. Apresentando da esquerda para a direita com setas em linha e em fluxo de vai e 
vem interligando os desenhos que a compõem. Da esquerda para à direita apresenta um bloco de anotação sobreposto 
por um lápis, seguido da imagem representativa de um relógio, depois de uma representação de uma folha de 
calendário, uma figura em sombra de um caminhão, seguida da representação de uma figura em sombra de um avião, 
de um navio e de um trem. O ciclo contínuo com a figura de um monitor sobreposto por uma lupa, seguido da figura de 
uma sacola média e de uma sacola pequena, interligados por setas em linha no sentido vai e vem em curva, seguido por 
desenho de um celular com sinal de wi-fi,um microchip, o desenho de uma ampulheta e a sombra de um carrinho de 
compras, com quatro figuras de retângulos em cima do mesmo, como se fossem mercadorias, sobreposto por um 
polegar de uma mão que com dedo indicador sobreposto em uma parte de uma representação de um mapa. 
 
 
É importante ainda mencionar, que as compras: 
 
de bens de consumo e serviços pelas famílias constituem o chamado CONSUMO DAS 
FAMÍLIAS ou CONSUMO PESSOAL. As compras de bens de consumo e serviços 
realizados pelo governo, o CONSUMO DO GOVERNO ou CONSUMO DAS 
ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS. As compras de bens de capital novos pelas empresas e 
pelo governo, FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO ou INVESTIMENTO. A VARIAÇÃO 
DE ESTOQUES é considerada compras das empresas para si mesmas,e as compras 
efetuadas pelo resto do mundo são chamadas de EXPORTAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS 
(VICECONTI). 
Esta categorização referente ao consumo dos agentes econômicos é para apresentar mais 
um termo. O Produto Interno Bruto (PIB). O cálculo do PIB acontece da seguinte forma: quando se 
soma os gastos de consumo com bens e serviços, os gastos de investimentos pelas firmas, as compras 
governamentais de bens e serviços e as exportações e, em seguida, subtrai-se o valor das 
importações, o fluxo total de riqueza representado por esse gasto é o gasto total com bens e serviços 
produzidos em um país, uma variável muito importante para uma economia. De modo equivalente, 
esse é o valor de todos os bens e serviços produzidos no país, isto é, o Produto Interno Bruto (PIB) 
da economia. 
Síntese da Competência 1. 
Na competência 1 do e-book economia e mercado você aprendeu sobre: os notáveis da 
economia. Aqueles estudiosos que se debruçaram sobre este tema e se tornaram referência no 
assunto. Visitou uma breve história da economia, conheceu um conceito econômico, e compreendeu 
https://administradores.com.br/artigos/pib-produto-interno-bruto
https://administradores.com.br/artigos/pib-produto-interno-bruto
https://administradores.com.br/artigos/pib-produto-interno-bruto
https://administradores.com.br/artigos/pib-produto-interno-bruto
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
27 
que a economia é um sistema movido por diferentes engrenagens, obviamente! E que o motor 
propulsor desta são as necessidades humanas (consideradas por alguns economistas como: infindas), 
que são supridas por bens econômicos, que por vezes depende dos fatores de produção e que se 
concretiza pela interação entre os agentes econômicos: família-empresa, família-governo, mas não 
governo e empresas diretamente. E que no processo de interação entre os agentes econômicos, da 
sociedade capitalista de consumo, na qual se vive atualmente, a transação monetária é condição 
primordial das relações de troca. Conheceu também questões-chave da economia: Eficiência 
Produtiva, Eficiência Alocativa, Justiça Distributiva e Ordenamento Institucional. E mais um termo 
importante, que foi o custo de oportunidade. Exemplificado pelo estudo de caso 1. Distribuindo a 
riqueza entre os filhos. 
E posteriormente, o modelo de economia aberta, por a interação com o agente 
econômico resto do mundo, por aquisição de mercadorias brasileiras no mercado de bens e serviços. 
E por último, mas não menos importante, o que significa o termo e o papel na economia do PIB – 
Produto Interno Bruto. 
Muito bem! Você concluiu a primeira fase na busca pelo conhecimento no que se refere 
à economia e mercado! Compartilhe essa conquista nas suas redes e incentive aos seus colegas a 
fazerem o mesmo! 
 
 
 
 
 
 
28 
Competência 02 
2.Competência 02 | Classificar os mercados, conhecendo os conceitos de 
demanda e oferta 
Olá! Você chegou na competência 2, do seu e-book de Economia e Mercado! Nesta 
competência você compreenderá: O conceito econômico de mercado (em sua abstração econômica) 
e os conceitos de demanda e oferta. Boa trilha! 
 
2.1 O Mercado 
Considere que você já conhece, ao menos uma definição de mercado. Que é: um lugar determinado 
onde os agentes econômicos realizam suas transações. E que desde a globalização o conceito de 
mercado foi evoluindo e atualmente, compreende-se mercado, como uma abstração, pois já não 
existe a conotação geográfica (ROSSETTI, 2007). Embora em economia seja tratado um único 
mercado, no mercado de bens e serviços existem algumas “estruturas” inerentes ao modus operandis 
deste mercado que são (VIEIRA, 2019): 
• Concorrência Perfeita: caracteriza-se por condições ideais, como a atomização dos 
agentes a homogeneidade dos produtos, a perfeita mobilidade dos concorrentes, a 
total permeabilidade para ingresso e saída, a plena transparência e apenas um preço, 
definido, pelas forças da oferta e da procura, ao qual todos se submetem. 
• Concorrência Monopolística: estruturas que se apresentam moleculares (a oferta e 
a procura exercida por poucos) ou monopolísticas (quando exercidas apenas por um). 
• Oligopólio: geralmente há pequenos números de concorrentes. Em suas mais 
variadas definições são empregadas as palavras: limitados, poucos, alguns, vários. 
• Monopólio: caracteriza-se por unicidade, insubstitutilidade, barreira, poder, extra 
preço e opacidade. 
• Oligopsônio: é um mercado no qual há poucos compradores para certo produto ou 
serviço. 
• Monopsônio: é a estrutura de mercado em que há um comprador para diversos 
vendedores de um bem ou serviço. 
Fonte: ROSSETI (2007); (VIEIRA, 2019). 
https://www.youtube.com/watch?v=1JnFqa8bJps
 
 
 
 
 
 
29 
Competência 02 
 
Apresentadas algumas “estruturas de mercado”, compete tratar da estrutura de mercado 
denominada de concorrência perfeita. Para Rossetti (2007, p.401) uma estrutura de mercado, para 
ser considerada uma concorrência perfeita deve ter as seguintes condições: atomização, 
homogeneidade, mobilidade, permeabilidade, preço-limite, extra preço e transparência. Mas o que 
significa cada uma delas? É o que vem a seguir, no quadro, que trata das condições para Estrutura do 
Mercado de Concorrência Perfeita. 
 
CONDIÇÕES ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS CONDIÇÕES 
Atomização 
O número de agentes e vendedores é de tal ordem que nenhuma delas possui 
condições para influenciar o mercado. A expressão de cada uma é 
insignificante. Suas decisões qualquer que sejam em nada interferem no 
mercado [...] 
Homogeneidade 
Bem ou serviço, no mercado de produtos ou o fator de produção, no mercado 
de fatores, é perfeitamente homogêneo. Nenhuma empresa pode diferenciar 
o produto que oferece [...] 
Mobilidade 
Cada agente comprador e vendedor atua independentemente de todos os 
demais. A mobilidade é livre e não há quaisquer acordos entre os que 
participam do mercado [...] 
Permeabilidade 
Não há quaisquer barreiras para entrada ou saída dos agentes que atuam ou 
querem atuar no mercado. Barreiras técnicas, financeiras, legais, emocionais 
ou de qualquer outra ordem não existem sob situação de perfeita concorrência 
[...] 
Preço-limite 
Nenhum vendedor de produto ou recurso pode praticar preços acima daquele 
que está estabelecido no mercado, resultante da livre atuação das forças de 
oferta e de procura [...] 
Extra preço 
Não há qualquer eficácia em formas de concorrência fundamentadas em 
mecanismos extra preço. A oferta de quaisquer vantagens adicionais, 
associáveis ao produto ou ao fator, não faz qualquer sentido [...] 
 
 
 
 
 
 
30 
Competência 02 
Transparência 
Por fim, o mercado é absolutamente transparente. Não há qualquer agente que 
detenha informações privilegiadas ou diferentes daquelas que todos detêm [...] 
 
Quadro 01: Condições para Estrutura do Mercado de Concorrência Perfeita 
Fonte: ROSSETTI (2007, p. 402). 
 
 
 
Ainda sobre as estruturas de mercado, a economista Amanda Vieira (2019) diz que: é 
importante que você note que esses mercados podem ter falhas e que, quando essas falhas 
acontecem, cabe ao governo fazer intervenções através de um processo regulatório! 
Um exemplo de uma situação na qual poderia ocorrer um processo regulatório do 
Governo Federal, foi quando do início da Pandemia (COVID – 19) no ano de dois mil e vinte no Brasil, 
os preços dos produtos utilizados como forma de prevenção (álcool em gel e máscaras cirúrgicas, por 
exemplo) tiveram uma significativa alta nos preços que estavam sendo comercializados. Na ocasião, 
o jornalista Felipe Andretta do site UOL, no mês de março do mesmo ano entrevistou economistas 
para saber sobre os fatores positivos e negativos, caso o Governo Federal passasse a regular o preço 
dos produtos mencionados. Um dos economistas entrevistados, Pedro Bastos, afirmou que caso: “O 
corona vírus levar a uma crise de abastecimento, o Brasil deveria adotar três medidas: regular preços,limitar o número de itens que cada cidadão pode comprar e investir na oferta pública de bens e 
serviços essenciais (ECONOMIA. DO UOL). 
A quem chame atenção para o fato de que a regulação por parte do governo também não 
garanta evitar o mercado paralelo dos produtos tabelados. Deixa-se aqui a reflexão: em momentos 
de alta demanda por determinado produto e de baixa oferta deste nas prateleiras do mercado, o que 
costuma acontecer? Pense um pouco e converse com a sua família, se em algum momento já 
passaram por a experiência de ter o dinheiro, mas não conseguir encontrar determinado produto 
e/ou só puderam comprar uma quantidade limitada do item, como leite, por exemplo. 
 
Você sabia? 
Com exceção da concorrência perfeita, em todas as demais estruturas de 
mercado prevalecem elementos de viscosidade , ora atuando sobre as condições 
da oferta, ora sobre as da procura. Esses elementos traduzem situações 
efetivamente encontradas no mundo e identificam diferentes graus de 
imperfeições concorrenciais (ROSSETTI, 2007, p. 402). 
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/03/12/governo-controle-precos-tabelar-mascara-alcool-gel-agua-coronavirus.htm
 
 
 
 
 
 
31 
Competência 02 
Retomando o que já se sabe sobre mercado e algumas das características da estrutura de 
mercado da concorrência perfeita é importante ter em mente que praticamente em todos “os 
mercados” como afirma Rossetti (2007, p.402): prevalecem, ainda que em graus variados situações 
conflituosas de interesse. As próprias forças da oferta e da procura definem-se por pressupostos 
conflituosos. O que remete a seção 2.1 Conceitos de Demanda e Oferta. 
 
2.2 Conceitos de Demanda e Oferta 
Para tratar deste tema: demanda e oferta somam-se ao time, mais dois economistas: Paul 
Krugman e Robin Wells (2007,49). Os autores apresentam a compreensão de demanda e oferta, 
considerando um mercado competitivo4. Eles enfatizam que em um mercado competitivo há cinco 
elementos-chave: 1. Curva de Demanda, 2.Curva de Oferta, 3. O Conjunto de Fatores (que faz com 
que a curva de demanda se desloque), 4. O Preço de Equilíbrio, 5. A maneira pela qual o preço de 
equilíbrio muda quando as curvas de oferta e de demanda se deslocam. Para tratar desses elementos-
chave de forma mais didática, se fará alusão à situações e/ou processos decisórios que acontecem na 
vida real. 
 
2.2.1 Curva de Demanda 
Considere quantas pessoas queriam comprar bilhetes para o show “nossa história” de 
Sandy e Júnior, no estado de São Paulo ano de 20195. Sabendo que aquela era uma oportunidade 
única! Você pode pensar que todos os fãs da dupla que ainda não tinham um ingresso estariam 
dispostos a pagar qualquer preço para obter um bilhete. Mas, muitos fãs poderiam não estar 
dispostos (ou não terem o valor suficiente) para comprar um ingresso para este show. Embora 
quisessem muito. Pois, de um modo geral, as pessoas que querem comprar um ingresso para um 
show, ou qualquer outro bem, consideram ao menos, uma variável: depende do preço. Pois na 
economia, quanto mais alto o preço, menor o número de pessoas que querem (ou podem) comprar 
o bem; quanto mais baixo o preço, maior o número de pessoas que querem comprar o bem. 
 
4 Mercado competitivo é um cenário em que muitas empresas vendem os mesmos tipos de produtos e serviços, criando uma alta concorrência e a 
impossibilidade de uma única companhia influenciar os preços. Fonte: Capital Research, 2020. 
5 Quem são Sandy e Júnior? 
https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/mercado-competitivo/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20mercado%20competitivo,%C3%BAnica%20companhia%20influenciar%20os%20pre%C3%A7os.
https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2019/03/22/fas-de-sandy-e-junior-acampam-e-fazem-fila-para-comprar-ingressos-em-sao-paulo.ghtml
https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2019/03/22/fas-de-sandy-e-junior-acampam-e-fazem-fila-para-comprar-ingressos-em-sao-paulo.ghtml
https://blog.capitalresearch.com.br/investimentos/sconcorrencia-imperfeita/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sandy_%26_Junior
 
 
 
 
 
 
32 
Competência 02 
Assim, a resposta à questão: “quantas pessoas vão querer comprar um ingresso para o 
show “nossa história” de Sandy e Júnior em São Paulo? Seria: depende do preço do ingresso. 
E ainda sem saber o preço do ingresso, seria possível fazer uma tabela de quantidade de 
ingressos que as pessoas comprariam por diferentes preços. Sabia? Essa tabela é conhecida como 
tabela de demanda e que por sua vez, pode ser usada para desenhar a curva de demanda (Krugman 
e Wells, 2007). Observe a figura: Tabela de Demanda e Curva de Demanda, de um exemplo de vendas 
de entrada para um jogo de hóquei. 
 
 
Figura 04: Tabela de Demanda e Curva de Demanda 
Fonte: Krugman e Wells (2007, p. 50) 
Descrição da Imagem: Há uma representação gráfica onde o eixo vertical se refere ao preço de entrada iniciada no eixo 
zero e que se move para cima em intervalos de cinquenta reais. Iniciando no valor monetário cinquenta até trezentos e 
cinquenta. Na horizontal a partir do eixo 0 representa-se a quantidade que inicia em cinco mil unidades e segue em 
intervalos de cinco mil unidades a até vinte mil. No interior do gráfico apresenta-se a curva de demanda. Onde se 
observa que à medida que o preço sobe, a quantidade demandada cai. 
 
 
Ainda de acordo com Krugman e Wells (2007, p. 50): 
“A curva e demanda e a tabela de demanda refletem a lei de procura ou a lei de 
demanda: à medida que o preço sobe, a quantidade demandada cai. De modo similar, 
 
 
 
 
 
 
33 
Competência 02 
uma queda no preço aumenta a quantidade demandada. Em consequência, a curva 
de demanda tem inclinação para baixo, da esquerda para a direita. 
 
 
A dinâmica de deslocamentos da curva da demanda está representada na Figura: Fatores 
que deslocam as curvas de demanda. 
 
Figura 05: Fatores que deslocam as curvas de demanda 
Fonte: KHAN ACADEMY, 2020. 
Descrição da Imagem: Há duas representações gráficas onde o eixo vertical se refere ao preço e o eixo horizontal se 
refere a quantidade. No gráfico a: estão descritos dentro do gráfico fatores que aumentam a demanda. No gráfico b: 
estão descritos dentro do gráfico fatores que diminuem a demanda. 
No gráfico a: Fatores que aumentam a demanda: Mudança de gosto para uma maior 
popularidade, a probabilidade de a população comprar aumenta, a receita aumenta (para um 
produto normal), o preço dos substitutos aumenta. O preço dos complementos diminui, expectativas 
futuras incentivam a compra. 
 
Você sabia? 
Deslocamentos da curva de demanda: Qualquer evento que aumente a 
demanda desloca a curva de demanda para a direita, refletindo um aumento na 
quantidade demandada a qualquer preço dado. Um evento que reduz a 
demanda desloca a curva de demanda para a esquerda, refletindo uma queda na 
quantidade demandada a qualquer preço dado. Em síntese: Os economistas 
acreditam que há quatro fatores principais que deslocam a curva de demanda 
por um bem: Mudanças nos preços de bens relacionados, Mudanças de renda, 
Mudanças de gosto ou Mudanças nas expectativas. (KRUGMAN e WELLS, 2007, 
p. 52). 
 
 
 
 
 
 
34 
Competência 02 
No gráfico b: Fatores que diminuem a demanda: Mudança de gosto para uma menor 
popularidade, a probabilidade de a população comprar diminui, a receita diminui (para um produto 
normal), o preço dos substitutos diminui, o preço dos complementos aumenta, expectativas futuras 
desencorajam as compras. 
Agora que você estudou sobre deslocamento de curva de demanda, pense um pouco, em 
alguma situação do seu cotidiano para a qual você possa elaborar uma curva de demanda. Pense por 
exemplo: Como seria o deslocamento de uma curva de demanda, considerando que as pessoas 
estivessem dispostas a pagar mais caro, por guarda-chuvas em um dia de chuva? (Adaptado de 
Krugman e Wells (2007, p. 54)). 
 
2.2.2 Curva de Oferta 
Para esta seção, que trata de curva de oferta lembredo exemplo anterior, da venda de 
ingressos para o show: nossa história de Sandy e Júnior. Suponha, que alguns fãs tenham desistido 
de ir ao show, por algum motivo, e agora decidiram vender os ingressos que compraram. Comumente 
um dos meios mais rápidos de se fazer isso é vender os ingressos à cambistas. Em síntese: 
 
a decisão de vender ou não seu próprio ingresso a um cambista depende em parte do 
preço oferecido, tanto mais é provável que uma pessoa esteja disposta a vender. 
Assim como a quantidade de entradas que as pessoas estão dispostas a comprar 
depende do preço que são obrigadas a pagar, a quantidade que as pessoas estão 
dispostas a vender, a quantidade ofertada, depende do preço pago por ela 
(KRUGMAN e WELLS, 2007, p.54). 
Os autores mencionados explicam que na situação apresentada, a “nova” oferta de 
ingressos no mercado é dos ingressos vendidos por cambistas. E que o número de lugares no local do 
show, 
permanece o mesmo, independente do preço. E acrescentam que: da mesma forma que 
a tabela de demanda pode ser representada graficamente por uma curva de demanda, também a 
tabela de oferta pode ser representada por uma curva de oferta, conforme representado na tabela 
de oferta e curva de oferta. 
 
 
 
 
 
 
35 
Competência 02 
 
 
Figura 06: Tabela de Oferta e Curva de Oferta 
Fonte: Krugman e Wells (2007, p. 54). 
Descrição da imagem: Há uma representação gráfica onde o eixo vertical se refere ao preço de entrada iniciada no eixo 
zero e que se move para cima em intervalos de cinquenta reais. Iniciando no valor monetário cinquenta até trezentos e 
cinquenta. Na horizontal a partir do eixo 0 representa-se a quantidade que inicia em duas mil unidades e segue em 
intervalos de cinco, sete, oito, oito e quinhentos e oito e oitocentos. No interior do gráfico apresenta-se a curva de 
oferta. Onde se observa que à medida que o preço sobe, a quantidade de oferta sobe. 
 
Na figura Fatores que deslocam as curvas de demanda os autores Krugman e Wells (2007, 
p. 54) construíram uma tabela de oferta para entradas, de uma disputada partida, de um jogo de 
hóquei para obterem a curva de oferta que mostra quanto de um bem as pessoas estão dispostas a 
vender a qualquer preço dado. A curva de oferta e a tabela de oferta refletem o fato de que as curvas 
de oferta normalmente são inclinadas para cima: a quantidade ofertada aumenta quando aumenta 
o preço. 
 
 
 
 
 
 
 
36 
Competência 02 
 
 
Na Tabela de Oferta e Curva de Oferta há uma representação de deslocamentos de curva 
de oferta. Pois alguns fatores, podem deslocar a curva de oferta para direita ou para à esquerda. 
 
 
Figura 07: Fatores que deslocam as curvas de oferta 
Fonte: KHAN ACADEMY, 2020 
Descrição: Há duas representações gráficas onde o eixo vertical se refere ao preço e o eixo horizontal se refere a 
quantidade. No gráfico a: estão descritos dentro do gráfico fatores que aumentam a oferta. No gráfico b: estão 
descritos dentro do gráfico fatores que diminuem a oferta. 
 
No gráfico a: Fatores que aumentam a oferta: Condições naturais favoráveis à produção, 
queda nos preços dos insumos, avanço tecnológico, queda nos valores dos impostos / regulações do 
produto. 
 
Você sabia? 
Deslocamentos da curva de oferta: quando os economistas falam de “aumento 
na oferta”, eles estão se referindo a um deslocamento para a direita da curva de 
oferta: a qualquer preço dado, as pessoas irão ofertar uma quantidade do bem 
maior do que antes. E quando os economistas falam sobre uma “redução na 
oferta”, eles querem dizer que houve um deslocamento para esquerda da curva 
de oferta: a qualquer preço dado, as pessoas irão ofertar uma quantidade menor 
do bem do que antes. 
 
 
 
 
 
 
37 
Competência 02 
No gráfico b: Fatores que diminuem a oferta: condições naturais desfavoráveis à 
produção, aumento nos preços dos insumos, declínio tecnológico (incomum), aumento nos valores 
dos impostos / regulações do produto. 
Após estudar os fatores que aumentam ou diminuem a oferta, estude o caso 2 que trata 
de oferta e demanda de um item popularmente consumido: o feijão. 
 
 
ESTUDO DE CASO 2 
 
 
Tradicionais na mesa, arroz e feijão estão pesando bem mais no bolso dos 
consumidores 
Por Leonardo Cabral em 04 de junho de 2020 
Acompanhamento indispensável em boa parte das refeições, o arroz, item que já faz 
parte do dia a dia no prato do brasileiro, está bem mais “salgado”. Os preços, dependendo da 
marca, assim como de outros produtos, entre eles a cebola e o feijão, apresentaram um aumento 
que afeta o orçamento do consumidor. 
O pacote de arroz de 10 kg, o mais adquirido pelas famílias, antes comercializado nos 
supermercados entre R$ 8,00 e R$ 10,00 podendo chegar até R$ 11,00 dependendo da marca, 
agora é encontrado pelo valor que varia de R$ 13,00 a R$ 16,00. 
Para esse aumento de um dos produtos principais da cesta básica, assim, como o 
feijão, a explicação, de acordo com o consultor de empresas, Aldo Barrigosse, está ligada a uma 
conjuntura de fatores, entre elas, a exportação para outros países, a alta do câmbio e até mesmo 
o clima e o frete, fator que está relacionado com o cenário vivenciado pelo país por conta da 
pandemia de coronavírus. 
Fonte: DIÁRIO ONLINE, (2020). 
 
Após analisar o estudo de caso 2, considere os fatores que aumentam ou diminuem a 
oferta, e tome como unidade de análise, a situação referente ao feijão, neste caso. Reflita um pouco 
e responda: para qual lado se deslocaria a curva de oferta do caso em discussão? 
 
 
 
 
 
 
38 
Competência 02 
Isso mesmo! Haveria um deslocamento para a esquerda da curva, considerando, por 
exemplo, o clima (condição desfavorável à produção) como um dos fatores de redução na oferta do 
feijão no mercado. 
Assim é preciso registrar, que o que foi visto até aqui, embora com alguma referência à 
fatores externos, se refere ao campo da economia, denominado de microeconomia. A 
microeconomia é uma área que: 
se encarrega de estudar os detalhes. Estamos nos referindo aos indivíduos e suas 
ações, às empresas e outras partes do processo produtivo. A microeconomia 
desenvolve estudos a partir de construções teóricas importantes: a teoria do 
consumidor, que busca entender o comportamento e as escolhas das pessoas na 
economia; a teoria de empresa, focada nas corporações e na relação entre capital 
e trabalho; e a teoria da produção, que analisa minuciosamente a evolução do processo 
produtivo. Fonte: Politize. 
 
Em síntese. As decisões de compra das unidades econômicas geram impacto na economia 
e na oferta dos produtos e/ou serviços disponibilizados no mercado. Pois, geralmente são as unidades 
econômicas que detém o poder decisório de onde despenderão o resultado dos seus ganhos. 
Note que até este ponto a demanda e a oferta foram referenciadas em situações de 
relativo contraste. Como, quando há demanda de consumo, pode haver menor oferta de produtos 
ou os preços podem ser aumentados, conforme a demanda. Ou pode haver oferta de produtos, com 
baixa demanda de consumo, o que pode reduzir o preço de comercialização, pela oferta dele no 
mercado. Como por exemplo: qual a necessidade de adquirir um guarda-chuva em um dia ensolarado, 
não é mesmo? No entanto é possível haver um ponto de equilíbrio na economia, sabia? 
 
2.2.3 Ponto de Equilíbrio 
O que significa ponto de equilíbrio na economia? 
Considera-se que um mercado está em equilíbrio quando a quantidade demandada 
de um produto se iguala à quantidade ofertada, ou seja, quando a economia encontra 
o seu ponto de equilíbrio. E continua [...] A quantidade demandada e a ofertada de 
https://www.youtube.com/watch?v=yjGG2pARmMk
https://www.youtube.com/watch?v=yjGG2pARmMk
https://economiafenix.wordpress.com/tag/teoria-da-empresa/
https://www.politize.com.br/clt-o-que-e/
 
 
 
 
 
 
39 
Competência 02 
um bem dependem de seu preço. Então, há um preço para o qual a quantidade de 
oferta

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