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Resenha texto diários institucionais

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Nome: Isabella Ribeiro Santana
Resenha do texto “O diário institucional nas práticas profissionais em saúde”
	O pensamento cientificista dá pouca importância para diários, considerando-os irrelevantes ou até mesmo que atrapalham a produção de pesquisas e intervenções. Apesar disso, alguns pesquisadores que se aprofundam na articulação entre análise institucional e saúde coletiva se utilizam dessa ferramenta para produzir dados, seguindo a linha de Lourau, que diz que o diário de pesquisa já é parte da pesquisa.
	Há diversas formas, qualificações, para os diários, sendo algumas delas o pessoal, íntimo, de campo, de pesquisa, e, institucional, cada uma com suas finalidades, sendo a última a mais trabalhada ao longo do texto.
	O diário institucional foi proposto por Remi Hess, e serve como uma ferramenta de intervenção, como método de análise das implicações do pesquisador e/ou do analista institucional, e, consequentemente, como método para mudança, a partir da prática profissional, da intervenção e das vivências de trabalho. Sendo assim, essa forma de diário dimensiona o funcionamento de uma instituição, além de clarear as relações entre a prática, o indivíduo e o estabelecimento ou instituição ao permitir o contato do pesquisador com as próprias motivações e reações ao campo de intervenção.
	A análise das implicações se dá a partir do pressuposto de que estas existem independente das vontades do indivíduo, sendo importante então verificar como ocorrem, levando o pesquisador à reflexão. É importante salientar que as implicações vão além do campo individual, pois, assim como a prática, estão vinculadas, são atravessadas e até mesmo determinadas, por processos institucionais mais amplos, envolvendo o contexto sociopolítico, e o Estado, no qual indivíduo-instituição estão inseridos.
	A partir dos seis exemplos de diário institucional apresentados no artigo, é possível concluir que essa ferramenta de produção de dados evidencia as marcas corporais e na subjetivação dos sujeitos pesquisadores que são deixadas pelos afetos, pelos acontecimentos cotidianos, pela relação existente entre este e a instituição na qual trabalha/presta serviço. Sendo assim, se mostra fundamental para que os limites, as fragilidades e as potências sejam reconhecidas, revisitadas e exploradas, propondo uma reflexão acerca destes por parte do interventor.
	Uma das formas de enunciar essas implicações diz respeito aos elementos estéticos e de estilo escolhidos para a confecção do texto, já que há certa liberdade e flexibilidade para tal, fugindo da norma padrão acadêmica, sendo possível usar poemas, símbolos e gírias. Dessa forma, a escrita se torna mais próxima, tanto dos prováveis leitores quanto do autor, possibilitando uma visão mais ampla, reflexiva e crítica da prática profissional e do contexto sociopolítico no qual estão inseridos.
	Portanto, os diários institucionais são de extrema importância para entender melhor a atuação de um profissional em determinada época, são atemporais segundo Edgar Morin.

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