Buscar

paisagismo 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Projeto de 
Paisagismo Residencial
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Ana Cristina Gentile Ferreira
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Estilos de Jardins
Estilos de Jardins
 
 
• Abordar os principais estilos de jardins. Ao longo da história, os jardins passaram por uma 
complexa evolução até atingirem a concepção atual do espaço verde funcional; 
• Conhecer tais referências é importante para o desenvolvimento profissional.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Antiguidade;
• Jardim Medieval;
• O Renascimento e Seus Jardins;
• Os Jardins Contemporâneos.
UNIDADE Estilos de Jardins
Introdução
[...] plantar jardins é o mais puro dos prazeres humanos, isto é, aquele que 
constitui maior repouso para o espírito do homem; sem jardins, edifícios 
e palácios não passam de construções grosseiras; e vemos sempre que à 
medida que os tempos desabrocham para a civilização e para a elegância, 
os homens se preocupam em construir edifícios grandiosos e a jardinar 
delicadamente, como se a jardinagem fosse o complemento máximo da 
perfeição. (MEDEIROS, 2016, p. 187)
Conhecer a história do paisagismo é essencial para entender as influências dos jardins 
que encontramos atualmente, a origem dos traçados, dos elementos de composição, da 
influência social e da cultura, enfim, as principais características de cada estilo.
Alguns estilos foram marcantes e serviram de referências para projetos de paisagismo. 
Na antiguidade, podemos citar os jardins da Mesopotâmia, Egito, Pérsia, Grécia, Roma, 
jardim Islâmico e os jardins da China e Japão. Durante a Idade Média, tivemos os Mona-
cais e os Mouriscos. Os jardins da Itália, França, Inglaterra e Holanda foram marcantes 
no Renascimento.
No decorrer desta unidade, veremos resumidamente alguns desses estilos, lembrando 
que conhecer os estilos aplicados durante a história torna possível analisar e buscar re-
ferências para o desenvolvimento dos projetos atuais.
Antiguidade
Normalmente localizados no interior ou no entorno dos palácios, os jardins da Anti-
guidade eram considerados jardins utilitários, tinham como principal função o plantio 
de frutas, flores e legumes, além de servirem como palco para celebrações de rituais.
Os jardins da Antiguidade eram constituídos pelo plantio desordenado de diversas 
espécies comestíveis ou de plantas com finalidade medicinal e, mais tarde, incluíram 
funções cosméticas. Ainda hoje muitas das funções medicinais e cosméticas que tiveram 
início naquele período continuam sendo exploradas.
O Jardim da Babilônia foi um dos principais jardins da Antiguidade, datado de 3500 - 500 
a.C., foi construído pelo rei Nabucodonosor em oferecimento à sua esposa Amitis. O jar-
dim da Babilônia foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Uma obra 
de engenharia bastante ousada para a época, composta por terraços irrigados que alcan-
çavam até 100 metros, patamares ascendentes nas encostas, considerando a topografia 
do local. O jardim, bastante decorado, possuía árvores frutíferas, plantas ornamentais, 
cascatas, piscinas e esculturas, além de possuir um sistema de irrigação eficiente.
Nas figuras a seguir, é possível observar a grandeza da obra e quantidade de detalhes. 
A presença de diferentes espécies de vegetação, as cascatas, detalhes construtivos, ani-
mais e acessos entre os patamares.
8
9
Figura 1 – Jardins da Babilônia
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons e playkindle.org
Nas figuras a seguir, vemos exemplos de Jardins Persas, Jardins do Egito e Jardins 
Gregos. De maneira bastante resumida, podemos citar características marcantes de 
cada um desses jardins. O Jardins Persas ficaram conhecidos pelos seus conceitos de 
jardins paradisíacos; os Jardins do Egito utilizaram os pontos cardiais como referência 
de desenho e, portanto, foram caracterizados pelas suas formas geométricas; enquanto 
os Jardins Gregos são referências importantes dos jardins como espaço público, além de 
se definir e utilizar as “praças” como local de convivência, de lazer e esportes e também 
como espaços de contemplação aos deuses.
Figura 2 – Jardim Persa
Fonte: Musee des Arts Decoratifs Paris France Giraudon
9
UNIDADE Estilos de Jardins
Figura 3 – Jardim do Egito
Fonte: nacionalisti.org
Figura 4 – Jardim Grego
Fonte: Wikimedia Commons
Os jardins romanos
A presença de pequenas hortas, chamadas Hortus, era a característica marcante dos 
primeiros Jardins Romanos, que tinham a função de cultivar alimentos, como frutas, 
legumes e ervas para condimentos. A arte da topiaria, bastante utilizada nos dias atuais, 
foi criada nos jardins romanos, que usavam espécies como ciprestes, buxinhos e álamos 
para desenvolvê-la.
Os Jardim Romanos sofreram grandes influências dos Jardins Gregos, principalmente 
pelas artes de monumentos e estátuas, pérgolas, presença de água, vasos e floreiras. 
Os jardins também tinham a função de realização de festas, e espaços de convivência 
compunham os jardins internos das residências.
10
11
Figura 5 – Jardins Romanos
Fonte: Adaptado de The Archeology
Jardim Medieval
Com a queda do Império Romano, surge o Jardim Medieval. Construídos na Idade 
Média, os jardins da época eram cultivados em castelos e mosteiros. Assim como os 
Jardins Romanos, tinham como objetivo principal o cultivo de alimentos, além de espé-
cies cultivadas para fins medicinais. As flores também tiveram destaque nesse estilo de 
jardim, principalmente em pátios internos.
Constituídos por uma mistura de estilos anteriores, os jardins medievais eram dividi-
dos em monacais e mouriscos. Os Monacais possuíam pomar, horta, flores e espécies 
medicinais e eram organizados por arbustos e áreas gramadas, enquanto os Mouriscos 
caracterizavam-se por serem jardins mais destinados ao uso familiar, também com espé-
cies de flores, presença de água e uso de cerâmica e azulejos.
De forma geral, os Jardins Medievais utilizavam arbustos e trepadeiras para compor cer-
cas vivas e desenhar seus contornos. A influência cristã estava presente nos ângulos retos, 
principalmente nos mosteiros, que tinham na natureza uma forte relação com a religiosidade.
Figura 6 – Jardins Medievais
Fonte: Adaptado de The Archeology
11
UNIDADE Estilos de Jardins
O Renascimento e Seus Jardins
A partir do século XV, acontece o Renascimento, movimento artístico e filosófico 
iniciado na Itália. Período de grande importância, pois marca a passagem da Idade 
Média para Idade Moderna.
O Renascimento é marcado pelo período do Humanismo, e alguns estilos de jardim 
do período são marcados pela ideia do Homem sobre a natureza, ou seja, os projetos 
deveriam mostrar o domínio de conhecimentos de técnicas e racionalidade.
Ainda nesse período, a arquitetura, a música, a ciência, a arte e o paisagismo, dentre 
outras áreas, despontam como movimento de renovação e mudança. Veremos a seguir 
quatro estilos de jardins produzidos no período: italiano, francês, inglês e oriental.
Figura 7 – Jardim Italiano
Fonte: digitalnz.org
Figura 8 – Jardim Inglês
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 9 – Jardim Inglês
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 10 – Jardim Oriental
Fonte: Wikimedia Commons
Jardim italiano
Com influência dos Jardins Romanos, os Jardins Italianos tinham desenhos ordena-
dos, possuíam desenho geométrico e formas definidas. Havia presença de água, cultivo 
de frutas e flores, além da utilização de elementos como estátuas, colunas, pergolados 
e vasos. As folhagens mais verdes e a topiaria também possuíam destaques nos pro-
jetos. Os jardins funcionavam como local de encontro e eram locais privilegiados em 
relação aos terrenos e acesso às casas, uniam a casa por meio de galerias externas e 
12
13
eram considerados retiro para intelectuais e artistas, um local apropriado para o traba-
lho mais próximo da natureza e longe da vida nas cidades.
Os jardins italianos dessa época eram inspirados nos jardins da Roma 
Antiga, que possuíam muitas estátuas e fontes monumentais. Nesse pe-
ríodo também os italianos começarama migrar para o campo em busca 
de locais mais frescos e com vistas mais agradáveis. E com isso deu-se a 
intervenção dos arquitetos nos jardins para uma ordenação da área, crian-
do escadarias e terraços para aproveitar as irregularidades do terreno e 
acompanhar as corredeiras de água. Esses jardins eram unidos às casas 
por meio de galerias externas e outras prolongações arquitetônicas. Eram 
constituídos por vários espaços como: parterres (canteiros com vegeta-
ção rasteira), giardino secreto (local de silêncio e tranquilidade), sala de 
jantar, bosques, entre outros.
Fonte: https://bit.ly/38tZdBo
Resumindo, os Jardins Italianos uniam os jardins às casas com seus desenhos simétricos 
e ordenados e apesar de utilizarem a vegetação de forma organizada, esta era algo 
secundário, uma vez que seu objetivo maior era funcionar como espaço de encontro e 
passeio. Na figura a seguir, é possível observar as principais características citadas aqui.
Figura 11 – Jardim Italiano (Villa Lante)
Fonte: Wikimedia Commons
Jardim francês
Influenciado pelos Jardins Italianos, possuía também pequenas características dos 
Jardins Medievais, como o uso de canteiros com flores e ervas medicinais, no entanto 
foi desenvolvendo características próprias responsáveis pelo estilo Jardim Francês, que 
mais marcou a história.
O Jardim de Versalhes é o que melhor representa tal estilo, considerado também um 
jardim de Estilo Clássico. A rigidez na forma do desenho trazia uma geometria e o orde-
namento, o que evidenciava o domínio do homem sobre a natureza. “Os principais Jar-
dins foram construídos pelo famoso arquiteto/paisagista de Luiz XIV, André Le Nôtre. 
Sua obra mais marcante foi o jardim do Palácio de Versalhes.” (MURTA, 2011, p. 18.)
13
UNIDADE Estilos de Jardins
Observando as figuras a seguir, podemos observar caminhos largos e bem definidos, 
cercas vivas e arbustos compactos, a arte da topiaria aplicada com primor, além do uso 
de pedriscos ou piso nos passeios, bastante delimitados pelos projetos. Os jardins pos-
suíam grandiosidade e cuidado com os detalhes, principalmente nas topiarias e cercas 
vivas, que utilizavam viburno, buxinho, murta e ciprestes para a arte.
Figura 12 – Planta do Palácio de Versalhes
Fonte: Wikimedia Commons
• Jardim montado com vasos de flores – Versalhes. Disponível em: https://bit.ly/3e8Eret
• Palácio de Versalhes. Disponível em: https://bit.ly/38uBJMP
A seguir, veremos as principais características das principais espécies utilizadas para 
topiaria dos jardins franceses.
Figura 13 – Buxinho – Planta bem flexível, podendo ser criada em vasos dentro de casa; 
pode ser usada para bonzais. Em áreas externas, é usada para compor cercas vivas
Fonte: Getty Images
14
15
Figura 1 4 – Viburno : Planta arbustiva, perfeita para 
fazer o papel de cerca viva, tem crescimento lento
Fonte: Getty Images
Figura 1 5 – Murta – Tem como principal característica 
formar arbustos densos. É muito utilizada para compor 
cercas vivas (são altas e densas)
Fonte: Getty Images
Figura 16 – Cipreste: Porte alto, 
esguio e cônico. Forma paredes escuras
Fonte: Getty Images
Figura 1 7 – Topiaria no jardim botânico 
do funchal, na madeira
Fonte: Wikimedia Commons
Além disso, eram utilizadas flores selecionadas para compor os projetos. Tulipas e 
azaleias são algumas das flores usadas para colorir os jardins. As flores são usadas para 
compor o jardim, respeitando-se o projeto, e são vistas limitadas a canteiros, vasos ou 
jardineiras, permitindo uma manutenção mais rápida e eficaz.
Figura 18 – Château do Villandry
Fonte: Wikimedia Commons
15
UNIDADE Estilos de Jardins
Figura 19 – Palácio de Versalhes
Fonte: Getty Images
Jardim inglês
Contrapondo-se ao Jardim Francês, o Jardim Inglês teve influência do Romantismo e 
rompe com os padrões rígidos e simétricos dos estilos anteriores. A ausência de formas 
geométricas e a presença de ruínas, lagos e riachos dava a sensação de antigos bosques 
naturais, valorizando a paisagem natural.
Apesar de sua característica informal, era bastante detalhado em relação às espé-
cies e utilizava a topografia do terreno como um facilitador nos projetos. Espécies de 
herbáceas anuais e perenes arbustivas se misturavam com flores silvestres, forrações e 
bulbosas. Muitas vezes um elemento de composição era o destaque do jardim, como 
uma ponte, uma estátua ou um lago.
Foi um estilo de jardim bastante utilizado nas cidades, proporcionando áreas livres 
para passeio e contemplação, funcionando como ilhas verdes dentro da malha urbana e 
buscando a valorização da natureza.
Figura 20 – Jardim Inglês – Lancelot Brown
Fonte: Wikimedia Commons
16
17
Figura 2 1 – Jardim Inglês 
Fonte: ppt.online.org
Importante!
A diferença entre o Jardim Francês e o Jardim Inglês pode ser observada na figura a se-
guir. O desenho simétrico versus o desenho informal entre os estilos mostra-se marcante. 
Os caminhos do Jardim Francês são largos e geométricos; já o Jardim Inglês, apesar de 
delimitações e caminhos organizados, possui desenho mais orgânico e mais informal, 
convidativo para passeios mais românticos, enquanto os acessos do Jardim Francês bus-
cavam mais suntuosidade.
Figura 2 2 – Comparativo dos projetos dos jardins franceses e ingleses
Fonte: Wikimedia Commons
17
UNIDADE Estilos de Jardins
Jardim oriental: chinês e japonês
O Jardim Oriental tem como principal objetivo pacificar o espírito através da medita-
ção e contato com a natureza. Seu desenho é rígido e simples, tem na sua composição 
elementos simbólicos e religiosos. Os elementos de composição utilizados nos jardins 
orientais são pedras, água, plantas e acessórios como luminárias.
• Lanternas de pedra: símbolos da concentração, servem para iluminar a mente e 
clarear os caminhos. As luminárias, ou Toro, são originais dos templos budistas da 
China, possuem o formato de casinha, segmentadas em 5 partes, representando os 
5 elementos da cosmologia budista: a base deve tocar o chão, simbolizando a terra; 
o meio simboliza a água; a luz simboliza o fogo; o teto e uma bolinha representam, 
respectivamente, o ar e o espírito;
• Lagos e carpas: a água representa a vida, a paz e a pureza, enquanto as carpas 
representam a fertilidade e a prosperidade;
• Ponte ou Taiko Bashi: as pontes representam evolução e autoconhecimento; 
quando feitas de bambu, simbolizam a capacidade de adaptação;
• Pedras das cascatas: as pedras das cascatas verticais representam o pai, e as 
pedras horizontais a mãe, de onde brota a água; já as pedras espalhadas podem 
representar os descendentes ou no caso do jardim zen, montanhas e a eternidade;
• Bambus: em alguns jardins, o bambu é amarrado para que fique curvado em dire-
ção ao lago, com um sinal de reverência a quem aprecia o jardim; nestes bambus, 
são colocados os sinos dos ventos e os macacos de cerâmica, que representam os 
sons da natureza e a felicidade;
• Arbustos e árvores perenes: os arbustos e árvores perenes representam o silêncio 
e a eternidade;
• Flores perfumadas: apesar de as flores não serem evidenciadas nos jardins japo-
neses, espécies como a Magnólia e Pitósporos podem ser utilizadas para recepcio-
nar os visitantes e afastar os maus espíritos. Na entrada também são plantados o 
pinheiro, representando o pai; azaleias simbolizando a mãe; e touceiras de bambu 
para os filhos;
• Sakura ou cerejeira-japonesa-rosa: tradicional, esta é a árvore da felicidade, os 
japoneses têm até uma festa especial para a época do seu florescimento no início de 
março e abril, o Hanami. O florescer da cerejeira representa um início de ciclo de vida;
• Momiji ou Acer: o Acer é uma árvore que representa a passagem do tempo. No 
outono, suas folhas vermelhas caem cobrindo o chão; a beleza melancólica representa 
um ciclo que se fecha em oposição à cerejeira, mas com a mesma importância.
Saiba mais sobre Jardim Japonês no site Arquidicas, disponível em: https://bit.ly/2O3R2Vy
E ainda, assista ao vídeo da reportagem de um projeto de Jardim Japonês em São Paulo.Disponível em: https://youtu.be/WcDkHrhUFTg
18
19
Figura 2 3 – Jardim Japonês em Singapura
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 2 4 – Lagos e Carpas
Fonte: Getty Images
Figura 2 5 – Ponte ou Taiko Bashi
Fonte: Wikimedia Commons/humana-global.org
Figura 2 6 – Pedras e cascatas
Fonte: Getty Images
Figura 2 7 – Bambus
Fonte: Wikimedia Commons
19
UNIDADE Estilos de Jardins
Figura 28 – Arbustos e árvores perenes
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 29 – Flores Perfumadas
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 30 – Sakura ou Cervejeira-japonesa-rosa
Fonte: Getty Images
Figura 31 – Momiji ou Acer
Fonte: Wikimedia Commons
Além dos elementos citados anteriormente, as luminárias também têm papel impor-
tante nos Jardins Orientais, sua simbologia significa luz do conhecimento; servem para 
iluminar os caminhos e o conhecimento. As luminárias mais utilizadas são as Lanternas 
de Casa ou Pedras de Luz (figura a seguir).
A lanterna de pedra consiste em cinco partes que representam os cinco elementos da 
cosmologia budista. A parte inferior que toca o chão representa a terra; a próxima seção 
representa a água; a luz representa o fogo, e a parte superior da lanterna, que lembra 
um chapéu, e uma bolinha voltada para o céu, representam o ar e o espírito (alma)1.
Figura 32 – Lanternas de luz
Fonte: Getty Images
1 Conteúdo disponível em: https://bit.ly/30yktl2. Acessado em: 16/07/2018.
20
21
Os Jardins Contemporâneos
Os Jardins Contemporâneos surgiram no século XIX e permanecem até os dias atuais. 
Foram influenciados pelos estilos dos jardins anteriores. “O Jardim é uma criação 
artificial com uma finalidade específica; é um ambiente da casa no exterior. Como 
obra do homem, deve levar o selo indelével de sua arte e destreza.” (Edwin Lutyens 
apud ÁLVAREZ, 2007, p. 33).
O jardim moderno reflete o pensamento de integrar o paisagismo com a arquitetura 
e, portanto, deve conversar com as características da casa moderna. Por esse motivo, os 
Jardins Contemporâneos são classificas como jardins ecléticos.
Com o passar do tempo, os novos jardins foram se consolidando e criando caracterís-
ticas próprias e estilos marcantes. Podemos classificar os jardins contemporâneos como:
• Jardim Rural: os jardins foram sendo adaptados ao ambiente rural de fazendas ou 
sítios, utilizando-se cercas de madeira; peças rústicas combinadas com a vegetação; 
elementos de composição, como vasos, carrinhos de mão antigos, cestas; enfim, 
peças e outros elementos decorativos foram sendo usados para compor os projetos;
Figura 3 3 – Jardim Rural
Fonte: Wikimedia Commons
• Jardim Formal ou Clássico: tem suas características baseadas nos jardins do Re-
nascimento, principalmente os Franceses e Ingleses. Utiliza elementos como fontes, 
estátuas e escadarias, além de vegetações que remetem ao período renascentista;
Figura 3 4 – Jardim Clássico
Fonte: Getty Images
21
UNIDADE Estilos de Jardins
• Jardim Mediterrâneo: tem forte referência com clima e localização. Normalmente 
localizados em praias, os jardins mediterrâneos utilizam elementos como rochas, 
conchas e cerâmica. O uso de água (fontes) e de pequenos pátios é bastante comum;
Figura 35 – Jardim Mediterrâneo
Fonte: Getty Images
• Jardim Rochoso ou Jardim de Pedras: encontrado em locais de clima árido, 
utiliza diversas espécies de suculentas, além de cascalhos, pedras seixos e vasos. 
A presença de gramados verdes não acontece, são jardins que reproduzem uma 
paisagem desértica e árida;
Figura 36 – Jardim Rochoso
Fonte: Getty Images
• Jardim Tropical: sua composição é informal e trabalha com diversas espécies, 
priorizando vegetação local. O grande percursor do estilo foi Roberto Burle Marx. 
Seus projetos valorizavam a diversidade e regionalidade de plantas e folhagens, 
permitindo uso de textura e cores;
22
23
Figura 3 7 – Jardim Tropical
Fonte: Getty Images
• Jardim Contemporâneo: por fim, o Jardim Contemporâneo é o mais utilizado 
atualmente. Possui formas geométricas definidas, simetria e organização na sepa-
ração dos espaços. A topiaria utilizada em vasos também aparece com frequência. 
Elementos de composição, como piscinas e jacuzzi, áreas de descanso e leitura 
(redário, por exemplo), quadras de esportes e outros completam os projetos atuais. 
Figura 38 – Jardim Contemporâneo
Fonte: Getty Images
23
UNIDADE Estilos de Jardins
Enfim, pudemos ver nesta unidade as diferenças entre vários estilos, a riqueza de de-
talhes em uns, a preocupação com a regionalidade e costume de outros, a utilização dos 
elementos de composição de forma ordenada, a diversidade de vegetação e materiais 
utilizados, enfim, várias questões que fazem com que o Paisagismo tenha uma enorme 
relevância no cotidiano e relação direta com a Arquitetura e Urbanismo.
Assista ao vídeo com resumo da História do Paisagismo e faça um passeio por alguns dos 
estilos apontados aqui e suas principais características. 
Disponível em: https://youtu.be/0vFLXvDlIfo
Na próxima unidade, veremos com maior detalhamento quais são os elementos de 
composição paisagística.
24
25
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Os Jardins da Babilônia – Montagem 3D
https://youtu.be/_EPc6Gn9-zs
O paisagismo é a profissão do futuro
https://youtu.be/lFyL33_kYMk
 Leitura
Conheça os tipos de jardins usados pelos paisagistas
https://bit.ly/3l0l0G7
Renascimento
https://bit.ly/3qwvEVZ
Estilos de jardins
https://bit.ly/3bAsdts
25
UNIDADE Estilos de Jardins
Referências
ÁLVAREZ, D. El jardín en la arquitectura del siglo XX. Barcelona: Editorial Reverté 
S.A, 2007.
BELLÉ, S. Apostila de paisagismo. Bento Gonçalves: IFRS – Instituto Federal de Edu-
cação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, 2013.
BERGAMINI, C. E. Paisagismo contemporâneo: estratégias para o projeto de praças. 
Orientador: Prof. Dr. Alexandre Márcio Toledo. Dissertação (mestrado em Arquitetura e 
Urbanismo: Dinâmicas do Espaço Habitado). Universidade Federal de Alagoas. Faculdade 
de Arquitetura e Urbanismo. Maceió, 2009. Disponível em: <http://www.repositorio.
ufal.br/handle/riufal/691>. Acesso em: 09/11/2020.
MEDEIROS, P. P. S. Reflexões e expressões filosóficas. Roraima: Pégaso Consulto-
rias, 2016.
MURTA, P. C. Paisagismo: a aproximação do homem com a natureza. 2011. 47 f. Mo-
nografia (Pós Graduação Lato Sensu em Gestão Ambiental) – Instituto A Vez do Mestre 
– Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2011.
QUEIROZ, T. N. Revista Especialize On-line IPOG, Goiânia, 5ª edição – p. 1, 
jul./2013. Disponível em: <http://www.ipog.edu.br/aluno/revistaipog/download/paisa-
gismo> Acesso em: 10/03/2019.
SEGAWA, H. Ao amor do público: jardins no Brasil. São Paulo: Studio Nobel, 1996.
Sites Visitados
JARDIM Japonês. Arquidicas. Disponível em: <https://www.arquidicas.com.br/jardim-
-japones/>. Acesso em: 10/07/2020.
JARDINS italianos. Prosimetron. Disponível em: <http://prosimetron.blogspot.
com/2008/11/jardins-italianos.html>. Acesso em: 12/11/2020.
KAWANAMI, S. Os cinco principais elementos de um jardim japonês. Japão em Foco. 
Disponível em: <https://www.japaoemfoco.com/os-cinco-principais-elementos-de-um-
-jardim-japones/>. Acesso em: 10/07/2020.
PEREIRA, M. 17 paisagistas brasileiros contemporâneos. ArchDaily. Ago. 2018. Dis-
ponível em <https://www.archdaily.com.br/br/900702/16-paisagistas-brasileiros-con-
temporaneos>. Acesso em: 05/02/2019.
26

Outros materiais