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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
Bacharelado em Enfermagem 
MS029 – Epidemiologia 
Docente: Prof. Dr. Lineu Roberto da Silva 
Discente: Marcella do Amaral Danilow 
 
RESUMO DA AULA 1 
 
Processo Saúde-Doença 
 O campo de estudo da epidemiologia é compreender o processo-saúde doença. 
Esse processo é definido de formas variadas (Por exemplo: Spenser e Perkins). Para 
OMS (Organização Mundial da Saúde) é o completo bem estar físico, mental e social. 
Entretanto essa é uma visão utópica, é difícil definir precisamente ao certo quem está 
doente ou sadio. Na epidemiologia, este conceito será entendido como algo contínuo, 
gradativo, indefinido e que está sempre em nuances. Ele oscila entre indivíduos sadios, 
doente não identificáveis, doentes identificáveis e a morte. O avanço científico, 
tecnológico, ideológico e as questões políticas definem ao longo da história quem é 
doente ou não. 
 As causas sociais são imprescindíveis para a origem das doenças, ou seja, as 
doenças atingem mais os países subdesenvolvidos. A incidência da tuberculose, é um 
indicativo da qualidade de vida de uma população. As doenças se distribuem 
desigualmente na população. A distribuição renda é inversamente proporcional a 
ocorrência de doenças. 
 
Teorias Causais 
 De 200.000 anos A.C. até 1.500 D.C, a teoria mágica predominou como 
explicação para o surgimento das doenças. Que é uma interpretação mística e religiosa 
dos fenômenos naturais. Por exemplo, doenças mentais serem consideradas bruxarias. 
Possessões demoníacas, doenças como a lepra, peste bubônica são punições divinas 
etc. Ainda hoje, é encontrado esse tipo de pensamento, como por exemplo a cura 
através de Jesus Cristo, Maomé ou qualquer outra religião. 
 De 1.500 até o início do século XVII predominou a teoria miasmática. Que se 
baseia no miasma, que é uma alteração da atmosfera que provoca a doença. Nessa 
crença as doenças se manifestavam nas nevoas (ar corrompido). Pelo mal cheiro se 
identificava um possível foco de doença. Ainda assim, alguns pensadores com o São 
Isidoro, associavam esse ar corrompido a uma vontade divina. Fenômenos 
astronômicos também estavam associados a essa teoria. 
 No final do século XVIII surgiu a teoria uni causal. Aconteceu a revolução 
cientifica produto do iluminismo e renascimento, temos a Idade de Ouro da Microbiologia 
(1850-1890) com descobertas de Pasteur e Koch. A descoberta de agentes como por 
exemplo o mycobacterium tuberculosis, mudou radicalmente a história. Lembrando que 
a ideia desses agentes é mais antiga, outros pensadores já imaginavam que existia algo 
que era capaz de transmitir a doença. Ainda hoje, existe esse pensamento de que as 
doenças são causadas unicamente por um agente. 
 Na segunda metade do século XX surgiu a teoria multicausal, sendo um 
conceito fundamental para a epidemiologia. Essa teoria afirma que as doenças não têm 
uma única causa, é uma interação de múltiplas causas que culminam na doença. A 
doença tem início antes de atingir o indivíduo. Por exemplo, uma fratura de um senhor 
que ocorreu devido a um piso molhado, calçados inadequados e escadas irregulares. 
Esse modelo é dividido em período pré-patogênico e patogênico. O período pré-
patogênico é onde se tem a interação do ambiente, agente e hospedeiro. Formando a 
tríade epidemiológica. O período patogênico tem sua gênese na incubação, 
ultrapassando o horizonte clínico, evoluindo a doença, acontecendo seus sinais e 
sintomas, progredindo para uma patologia avançada. Por fim, o seu desfecho que pode 
ser uma cura, doença crônica, sequela ou a morte. A obesidade por exemplo, não está 
envolvida apenas com o ato de comer demasiadamente, ela está ligada com a evolução 
da espécie, quando quem sobrevivia eram os indivíduos que possuíam uma facilidade 
em armazenar energia na forma de gordura, aumentando a sobrevivência. Sabendo que 
as fontes de alimentos eram escassas. 
 A visão clínica é ver os casos individuais, enquanto o objetivo da epidemiologia 
é identificar as causas da doença, para atuar na prevenção da doença. A visão 
epidemiológica reúne os casos individuais para chegar em uma conclusão. 
 
Definição de epidemiologia 
 O termo epidemiologia apareceu no século XVI na Espanha em um livro 
chamado Epidemiologia. No século XVII surgiu outro livro com o mesmo nome. A 
palavra grega significa o estudo do que acontece na população. Porém, a origem do 
termo não explica o que é a epidemiologia. A Associação Internacional de 
Epidemiologia (1973), em seu “Guia de Métodos de Ensino”, 
define epidemiologia como: O estudo dos fatores que determinam a frequência e a 
distribuição das doenças nas coletividades humanas. Essa distribuição é temporal, 
espacial e leva em conta as características dos doentes. Doenças não ocorrem ao 
acaso. Sempre existem explicações. Os fatores determinantes não ocorrem 
aleatoriamente. 
Método Epidemiológico 
 Primeira fase: epidemiologia descritiva, onde se responde como a doença 
ocorre em três perguntas. 1. Quem são os doentes (sexo, faixa etária, etnia, classe, 
profissão)? 2. Quando a doença ocorre (época do ano)? 3. Onde a doença ocorre 
(distribuição espacial)? 
 Segunda fase: levantamento de hipóteses que explicam a doença observada. 
 Terceira fase: confirmação da hipótese, chamada de epidemiologia analítica. 
*Na visão do professor após a confirmação da hipótese deve existir a análise da 
epidemiologia crítica, ou seja, análise da causa social da doença. 
 
Aplicações da epidemiologia 
1. Investigação das causas de doenças conhecidas 
2. Investigação das causas de doenças desconhecidas 
3. História natural da doença 
4. Vigilância epidemiológica 
5. Medicina baseada em evidências

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