Buscar

ANATOMIA DO FÍGADO E VIAS BILIARES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANATOMIA E HISTOLOGIA DO FÍGADO E 
VIAS BILIARES 
Temáticas muito importantes para compreender as patologias do fígado e vias biliares. 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
O FÍGADO: Segundo maior órgão do corpo! 
FUNÇÕES 
• Processamento e armazenamento de 
nutrientes 
• Neutralização de toxinas 
• Produção de proteínas plasmáticas 
HISTOLOGIA 
CONSTITUIÇÃO: A histologia hepática é constituída 
basicamente por lóbulos hepáticos e espaço porta. 
 
LÓBULOS HEPÁTICOS 
• Cordões hepáticos: Conjunto de hepatócitos 
organizados em fileira e em posição radial à 
veia centrolobular, que supre cada lóbulo. 
• Veia centrolobular: Derivada da veia porta, é a 
veia que tem como referência para a 
organização dos hepatócitos. 
• Sinusóides hepáticos: Espaço entre os cordões 
hepáticos, camada descontínua de células 
endoteliais fenestradas. 
• Espaço de Disse: É um pequeno espaço entre 
os hepatócitos e os capilares sinusoides, onde 
se localizam os micróvilos dos hepatócitos + 
células de Ito (armazenam lipídios + vit. A). 
• Células de Kupffer: Macrófagos do fígado, 
geralmente localizados nos sinusoides. 
*Lóbulo portal: região triangular cujo centro é o 
espaço porta e a periferia é formada pelas linhas que 
unem as três veias centro-lobulares (imagem acima). 
 
ESPAÇO PORTA: Entre os lóbulos, é formado pela veia 
porta, artéria hepática e ducto biliar (tríade porta). 
• Veia porta: Supre 80% dos nutrientes do 
fígado, porém é pobre em oxigênio. 
• Artéria hepática: Supre os outros 20%, 
principalmente porque leva oxigênio. 
TRAJETO DA VEIA PORTA → Vênulas portais 
(interlobulares) → Vênulas distribuidoras (ao redor 
dos lóbulos) → Capilares sinusoides → Veia 
centrolobular → Veia sublobular → Veia hepática → 
Veia cava inferior → Átrio direito. 
TRAJETO DA ARTÉRIA HEPÁTICA → Arteríolas 
interlobulares → Capilares sinusoides. 
 
VESÍCULA BILIAR 
CANALÍCULO BILIAR: É o local inicial de produção da 
bile, localizado entre os hepatócitos e rodeada por 
junções de oclusão para que a bile não vaze. 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
TRAJETO DA BILE NO CORPO → Canalículo biliar → 
Ductulos biliares (canais de Hering) → Ducto biliar (no 
espaço porta) → Ductos hepáticos (direito e 
esquerdo) → Ducto hepático comum → Ducto cístico 
→ Ducto colédoco + Ducto pancreático principal → 
Duodeno. 
 
ANATOMIA 
FÍGADO 
LOCALIZAÇÃO: Encontra-se no QSD, ocupando quase 
todo o hipocôndrio direito, parte do epigastro e 
também do hipocôndrio esquerdo. 
FACES HEPÁTICAS 
• Face diafragmática: Ântero-superior, porção 
convexa do fígado voltada para o diafragma. 
• Face visceral: Posteroinferior, é a porção 
plana/côncava que volta o fígado para as 
vísceras e a cavidade abdominal. 
RECESSOS HEPÁTICOS 
• Subfrênico: Extensões superior da cavidade 
peritoneal entre o diafragma e o fígado. 
• Sub-hepático: Extensão entre o fígado e o 
cólon ou porção supracólica. 
• Hepatorrenal: Espaço virtual entre o fígado e 
os rins, é dependente da gravidade em 
decúbito dorsal para que se lubrifique. 
 
 
LIGAMENTOS HEPÁTICOS 
• Ligamento triangular: Direito e esquerdo, 
melhor visível na vista posterior do fígado. 
• Ligamento coronário: Fixa o fígado na porção 
súpero-posterior ao diafragma. 
• Ligamento falciforme: O mais famosos, divide 
o fígado em lobo hepático direito e esquerdo. 
• Ligamento redondo: Continuação do 
ligamento falciforme, que ruma à cicatriz 
umbilical. 
ÁREA NUA DO FÍGADO: Porção hepática que não está 
coberta por peritônio. 
 
 
HILO HEPÁTICO: Localizado na porção inferior visceral, 
o hilo é composto pela famosa tríade portal (veia porta 
+ artéria hepática + ducto hepático). 
 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
 
CÁPSULA DE GLISSON: Peritônio visceral que reveste o 
fígado. 
IMPRESSÕES HEPÁTICAS → Relações anatômicas! 
• Gástrica 
• Esofágica 
• Renal e Suprarrenal 
• Duodenal 
• Sulco da VCI 
LOBOS HEPÁTICO 
• Lobo hepático direito: Anatômico, grande, 
separado do lobo esquerdo pela fissura sagital 
esquerda/ fissura umbilical do lig. Falciforme. 
• Lobo hepático esquerdo: Anatômico, bem 
menor que o direito. 
• Lobo caudado: Acessório, posterior e inferior 
no fígado. 
• Lobo quadrado: Acessório, anterior e inferior 
no fígado. 
 
SEGMENTOS HEPÁTICOS → SUBDIVISÃO FUNCIONAL 
PARTE INFERIOR: Segmento I: Lobo caudado. 
LOBO ESQUERDO 
DIVISÃO LATERAL ESQUERDA 
• Segmento II: Posterior lateral esquerdo. 
• Segmento III: Anterior lateral esquerdo. 
DIVISÃO MEDIAL ESQUERDA: Segmento IV: Medial 
esquerdo. 
LOBO DIREITO 
DIVISÃO LATERAL DIREITA: 
• Segmento VI: Anterior lateral direito. 
• Segmento VII: Posterior lateral direito. 
DIVISÃO MEDIAL DIREITA 
• Segmento V: Anterior medial direita. 
• Segmento VIII: Posterior medial direita. 
 
 
*A divisão funcional é de extrema importância, pois é 
a partir dela que o médico sabe a melhor abordagem 
cirúrgica para o paciente. Cada segmento possui seu 
próprio ramo da tríade porta, o que nos permite 
segmentar áreas específicas. 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
 
VASCULARIZAÇÃO HEPÁTICA 
O que diferencia o fígado de outros órgãos é que a 
maior parte dos nutrientes trazidos para ele são de 
origem venosa! É a veia porta responsável por nutrir 
80% do fígado. 
VEIA PORTA: É a união da veia mesentérica superior + 
Veia esplênica, que recebe drenagem da veia 
mesentérica inferior. Todos os nutrientes chegam por 
essa veia, com exceção dos lipideos, que adentram a 
circulação linfática. 
ARTÉRIA HEPÁTICA: Ramo do tronco celíaco, a artéria 
hepática traz os outros 20-30% da nutrição hepática. 
VEIA HEPÁTICA/SUPRAHEPÁTICA: Dividida em 
hepática direita, esquerda e intermédia, realiza a 
drenagem do fígado por meio das veias 
centrolobulares. 
VEIA CAVA INFERIOR: É o grande vaso que recebe a 
drenagem do fígado e parte direto para o coração. 
 
VESÍCULA E VIA BILIAR 
TRAJETO DA BILE: A bile segue dos canalículos 
hepáticos até os ductos hepáticos direito e esquerdo, 
de lá, convergem no ducto hepático comum. Pelo 
“fechamento” da via biliar pelo esfíncter de Oddi, a bile 
produzida retorna pela via biliar até a vesícula biliar, 
onde passa pelo ducto cístico e é armazenada. Quando 
estimulada, a bile sai da vesícula e é depositada na 
porção descendente do duodenal. 
VESÍCULA BILIAR 
LOCALIZAÇÃO: Na fossa da vesícula biliar, que se 
encontra na face visceral hepática. Para visualizar a 
vesícula, é preciso rebater o fígado para cima. 
PORÇÕES DA VESÍCULA 
• Fundo: Extremidade distal ao óstio, larga e 
arredondada. 
• Corpo: Parte principal! Entra em contato 
direto com o fígado, colo transverso e porção 
superior do duodeno. 
• Colo: Extremidade oposta ao fundo, voltara 
para a veia porta e une-se ao ducto cístico. 
 
RELAÇÕES ANATÔMICAS: A vesícula está em íntimo 
contato com o duodeno, seu corpo encontra-se 
anterior ao duodeno e o colo encontra-se superior. 
DUCTO CÍSTICO: Une o colo da vesícula ao ducto 
hepático comum, possui junto ao colo uma prega 
espiral, que mantém o ducto aberto e permite, assim, 
que a vesícula armazene a bile. 
VASCULARIZAÇÃO 
• Arterial: Artéria cística, ramo da artéria 
hepática direita. 
• Venosa: Veias císticas diversas. 
 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
DRENAGEM LINFÁTICA → Linfonodos císticos: 
Localizados perto do colo, drenam diretamente para os 
linfonodos hepáticos. 
 
INERVAÇÃO: 
• Nervo vago: Inervação parassimpática.• Plexo celíaco: Inervação simpática. 
• Nervo frênico direito: Inervação aferente 
somática. 
 
DUCTO COLÉDOCO: União do ducto hepático comum e 
o ducto cístico forma o colédoco, que transporta a bile 
para a porção descendente do duodeno. 
• Ampola de Vater + Esfíncter de Oddi: Região + 
alargada, que recebe o ducto hepático 
principal, controlada por um esfíncter. 
 
VEIA PORTA: União da Veia Mesentérica Superior + 
Veia Esplênica, é um grande vaso de curto trajeto (7-
cm) e a maior parte desse trajeto está contido no 
ligamento hepatoduodenal. 
• Anastomoses Portossistêmicas: Regiões de 
comunicação do sistema venoso porta com o 
sistema venoso sistêmico, serve como um 
mecanismo de “proteção” em casos de 
obstrução da veia porta, o sangue venoso 
ainda consegue chegar ao átrio direito por 
conta dessas anastomoses. 
 
CORRELAÇÃO CLÍNICA → HIPERTENSÃO PORTAL: 
Quando a circulação hepática encontra-se aumentada, 
o corpo recorre às anastomoses, que aumentam muito 
de volume, formando as famosas “varizes” da doença 
hepática.

Continue navegando