Buscar

Ação civil publica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE SERRA/ES
A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, através dos Defensores públicos que a esta assinam, no uso de suas atribuições legais, com fundamento nos artigo 5º, LXXIV e XXXV, e artigo 134 da Constituição da República, no artigo 5º, II, da Lei nº. 7.347/85 (com redação dada pela Lei nº. 11.448/07) e no artigo 4º, VII, da Lei Complementar nº. 80/1994 (com redação dada pela Lei Complementar nº. 132/2009), na defesa das pessoas portadoras de deficiência da Comarca de Serra, vêm propor a presente,
 (
AÇÃO
 
CIVIL
 
PÚBLICA
 
PARA
 
CUMPRIMENTO
 
DE
 
OBRIGAÇÃO
 
DEFAZER
)
contra o MUNICÍPIO DE SERRA, pessoa jurídica de direito público interno, representado juridicamente, nos termos do art. 75, III, do Código de Processo Civil, pelo seu Exmo. Sr. Prefeito, com endereço (ENDEREÇO COMPLETO), E ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, pessoa jurídica de direito público interno, representado juridicamente, nos termos do art. 75, II, do Código de Processo Civil, pelo seu Exmo. Sr. Governador, com endereço (ENDEREÇO COMPLETO), pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:
1. COMPETÊNCIA
A Lei nº 7347/85, da Ação Civil Pública definiu a regra de competência como sendo aquela do local do dano, é o que se depreende do seguinte dispositivo: 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
2. DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA E DAS PRERROGATIVAS DOS DEFENSORES PÚBLICOS ESTADUAIS
Os portadores de necessidades especiais (coletividade) requerem o benefício da Justiça Gratuita, por não poderem arcar com as custas e despesas do presente processo sem prejuízo do sustento próprio e da família, com resplado no artigo 4º da Lei nº. 1.060/50. Relembra, a necessidade de observância das prerrogativas dos Defensores Públicos Estaduais previstas no CPC, artigos 185 a 187, especialmente no que tange à contagem em dobro dos prazos processuais e à intimação pessoal de todos os atos do processo.
3. DO CABIMENTO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Inicialmente, cumpre observar a existência de interesses de toda uma coletividade que em maior ou menos grau irão aproveitar as quebras de obstáculos, quando da efetivação do direito à acessibilidade plena no meio ambiente urbano.
Uma grande quantidade de pessoas sofre com as chamadas barreiras arquitetônicas, como é o caso das pessoas com deficiência física, crianças, idosos, pessoas com mobilidade reduzida transitória, gestantes, cegos, surdos, cardíacos, hipertensos, convalescentes de cirurgias, obesos mórbidos, pessoas altas ou baixas demais, mulheres de salto alto, pessoas com carrinhos de bebê ou supermercado, entre outros. 
Todos estes têm ou passam por algum tipo de dificuldade de movimentação e são prejudicados, mas no caso em tela os deficientes físicos, em prédios públicos como os do fórum, tem um agravante que são a ausência de elevador de acessibilidade, os banheiros não adaptados, a não sinalização para cegos nos pisos, a não indicação em braile, a inexistência de demarcação de vagas, o setor de atermação não conta com qualquer atendimento a cegos, surdos, mudos, cadeirantes, afetando a garantia de acessibilidade dos mesmos.
Para a defesa do interesse dessas pessoas, o legislador regrou, em uma série de dispositivos, o exercício do direito de ação por meio de instrumento coletivo, a ser utilizado pelo órgão estatal incumbido da defesa do interesse social.
Um deles é a Lei nº 13.146/2015, institui o Estatuto da pessoa com deficiência e prevê, por exemplo, as alterações que os prédios públicos devem ter para garantir a acessibilidade dos portadores de deficiência,
Art. 53. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social.
Art. 54. São sujeitas ao cumprimento das disposições desta Lei e de outras normas relativas à acessibilidade, sempre que houver interação com a matéria nela regulada:
I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanístico ou de comunicação e informação, a fabricação de veículos de transporte coletivo, a prestação do respectivo serviço e a execução de qualquer tipo de obra, quando tenham destinação pública ou coletiva;
Art. 56. A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de uso de edificações abertas ao público, de uso público ou privadas de uso coletivo deverão ser executadas de modo a serem acessíveis.
Art. 57. As edificações públicas e privadas de uso coletivo já existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo como referência as normas de acessibilidade vigentes.
Após a explanação, o objeto da ação está relacionada a acessibilidade, que engloba todas as pessoas portadoras de deficiência e àquelas que, temporária ou permanentemente, apresentem dificuldades de locomoção. E seu objetivo é o de garantir, no âmbito difuso, o acesso, na atualidade e no futuro de qualquer dessas pessoas, de ingressar no prédio público com as acessibilidades que tem direito, função essa cabível na ação civil pública, conforme a presente ação.
4. DA LEGITIMIDADE DA DEFENSORIA PÚBLICA:
Partindo da Lei complementar nº 80, tem-se que o artigo 4º VII, estabeleceu à Defensoria Pública a função de promover ação civil pública para a proteção de interesses difusos e coletivos, quais sejam aquelas dispostas no art. 4º, in verbis:
Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:
VII – promover ação civil pública e todas as espécies de ações capazes de propiciar a adequada tutela dos direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos quando o resultado da demanda puder beneficiar grupo de pessoas hipossuficientes.
Além disso, no artigo 5º da CF, há a menção de que a Defensoria tem por função institucional a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados. 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
A Lei nº 11.448/07, em seu art. 5º, consignou de forma expressa, a legitimidade das Defensorias Públicas para a propositura de ações civis públicas, dando fim a todas as discussões doutrinárias e jurisprudenciais a respeito do assunto. 
E especificamente o art. 4º, da LC nº 80/94 passou a dispor quanto à legitimidade da Defensoria Pública para propor ações coletivas: 
VII – promover ação civil pública e todas as espécies de ações capazes de propiciar a adequada tutela dos direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos quando o resultado da demanda puder beneficiar grupo de pessoas hipossuficientes.
5. DOS FATOS
A Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo, através dos defensores públicos desta Comarca, constatou, mediante reclamação do Sr. Astolfo Rosa, em anexo, que o edifício sede do fórum apresenta barreiras arquitetônicas que impedem o acesso, a circulação, a utilização e a locomoção das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e que impedem direito de ir e vir, bem como do acesso à educação para todos.
Alegou ainda o Sr. Astolfo que as salas de audiência estão localizadas nos 2º e 3º andares, não há elevador de acessibilidade, os banheiros não são adaptados, não há sinalização para cegos nos pisos, não há qualquer indicação em braile, inexiste demarcação de vagas, o setor de atermação não conta com qualquer atendimento a cegos, surdos, mudos, cadeirantes etc., o que não respeitou os direitos das pessoas portadoras de necessidades especiais, principalmente o direito de acessibilidade.
Apesar das notificações extrajudicias enviadas para o Município, ainda não houve tentativa célere de solcuionar o problema.Por esta razão, torna-se necessária a intervenção do Poder Judiciário, através dos pedidos que serão realizados, na forma de obrigação de fazer, para que o Município de Serra bem como o Estado do Espírito Santos providenciem a eliminação de todas as barreiras arquitetônicas capazes de inviabilizar ou restringir o acesso e a locomoção de pessoas portadoras de deficiência e com mobilidade reduzida em prédios públicos.
Trata-se de medida obrigatória, não restando à Defensoria Pública outra alternativa a não ser a via judicial, que acredita ser capaz de compelir o Poder Público a fazer o que é de sua obrigação.
6. DO DIREITO DE ACESSO AOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS ASSEGURADO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU COM MOBILIDADE REDUZIDA:
 O legislador constituinte, ao estabelecer os objetivos e fundamentos da República, cuidou de garantir a isonomia entre as pessoas e em propiciar o desenvolvimento digno e autônomo das pessoas portadoras de deficiência.
Não é por outro motivo que a Constituição Federal prescreve:
Art. 227, § 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.
O legislador constituinte estabeleceu que a legislação infraconstitucional deve promover a remoção de todas e quaisquer barreiras físicas que porventura possam impedir, ou mesmo dificultar, o acesso de pessoas portadoras de deficiência aos prédios, logradouros, e veículos públicos, a fim de que possam exercer plenamente os seus direitos de cidadão.
Uma dessas legislações foi a Lei nº 7.859/89, que teve o intuito de garantir a acessibilidade da pessoa portadora de deficiência a todos os locais públicos, sem nenhum tipo de restrição. Após, teve o Decreto n.º 3.298/99, que previu como um dos objetivos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, nos termos do seu artigo 7.°, inciso I, “o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa portadora de deficiência em todos os serviços oferecidos à comunidade”.
A Lei Federal nº 10.098/2000, estabeleceu as normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, tendo, especificamente com relação à acessibilidade nos edifícios de uso público ou coletivo, assim disposto:
Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, na construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser observados, pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade:
i. - nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a estacionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção permanente;
ii. - pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
iii. - pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata esta Lei; e
iv. - os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar deverão dispor de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas, e de lugares específicos para pessoas com deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.
Referida lei foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 5.296/04, que, no acerca da acessibilidade, assim dispôs:
Art. 10. A concepção e a implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem atender aos princípios do desenho universal, tendo como referências básicas as normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas neste Decreto.
Art. 14. Na promoção da acessibilidade, serão observadas as regras gerais previstas neste Decreto, complementadas pelas normas técnicas de acessibilidade da ABNT e pelas disposições contidas na legislação dos Estados, Municípios e do Distrito Federal.
Resta claro que o ordenamento atribui ao Poder Público a obrigação de derrubar todas e quaisquer barreiras arquitetônicas que impeçam o desenvolvimento autônomo da pessoa portadora de deficiência, quando esses obstáculos estiverem frustrando o seu direito à inclusão.
 No caso específico, acessibilidade na edificação pública implica em permitir a efetivação do direito de ir e vir, assegurado prioritariamente pelo nosso ordenamento. 
7. DA TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
As determinações legais no sentido de que as edificações devem ser acessíveis aos portadores de deficiência caracterizam uma obrigação de fazer e pode ser concedida a tutela para determinar o cumprimento das obrigações e providências necessárias, segundo ao art. 497 do Código de Processo Civil, que assim dispõe:
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. 
Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo.
A tutela específica consiste em assegurar aquele que foi prejudicado que haverá o cumprimento da obrigação de acordo com as normas jurídicas. Assim, quando a prestação jurisdicional concretiza o direito através da realização da conduta efetivamente devida, com resultado idêntico ao do adimplemento voluntário da obrigação, há tutela específica.
Ressalte-se, por oportuno, que já se encontra a municipalidade em desacordo com a legislação em vigor, uma vez que vários obstáculos arquitetônicos são encontrados na edificação dos prédios e logradouros públicos. Por isso, pugna para que seja concedida tutela para que o edifício do fórum, seja refeito naquilo que está em desacordo com as normas para a locomoção dos deficientes físicos.
8. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante do exposto pede e requer:
a) a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos da Lei nº. 1.060/50, e a observância das prerrogativas dos Defensores Públicos Estaduais previstas no CPC, artigos 185 a 187, especialmente no que tange à contagem em dobro dos prazos processuais e à intimação pessoal de todos os atos do processo.
b) A citação do Município requerido, por seu representante legal, para, querendo,no prazo legal, contestar o pedido feito, sob pena de revelia;
c) a notificação do Ministério Público, para acompanhar o presente feito como fiscal da lei, conforme artigo 5º, § 1º, da Lei nº 7.347/1985;
d) a concessão de antecipação de tutela, sem a oitiva da parte contrária, para obrigar o município a I) consertar o acesso de barreiras arquitetônicas que impedem o acesso, a circulação, a utilização e a locomoção das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,e que impedem direito de ir e vir, bem como do acesso à educação para todos. 
II) Refazer as salas de audiência que estão localizadas nos 2º e 3º andares, e não há elevador de acessibilidade, os banheiros que não são adaptados, não há sinalização para cegos nos pisos, não há qualquer indicação em braile, inexiste demarcação de vagas, o setor de atermação não conta com qualquer atendimento a cegos, surdos, mudos, cadeirantes;
e) caso Vossa Excelência entenda não ser possível o deferimento da antecipação liminar da tutela jurisdicional da forma pretendida, tendo em conta a fungibilidade prevista no artigo 497, do Código de Processo Civil, que, ao menos, determine outras medidas provisórias que julgue adequadas, para assegurar que a demanda não cause ao direito dos portadores de necessidades especiais aqui representados lesão grave e de difícil reparação;
f) seja, ao final, prolatada sentença que obrigue o município a eliminar todas as barreiras arquitetônicas do prédio do fórum, bem como dos demais prédios públicos, para o livre acesso dos portadores de necessidades especiais;
g)A fixação de multa diária de 1 (um) salário mínimo por dia de atraso na efetivação das medidas;
h)Com a concessão da multa acima referida, requer ainda a Defensoria Pública que a mesma seja fixada diretamente ao Prefeito do Município de Serra, concomitantemente com o Governador do Estado do Espírto Santo por eventual descumprimento da decisão imposta, na forma do art. 536, 537 do CPC;
i) A condenação da parte ré ao pagamento das despesas e das custas processuais;
j)Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova e direito admissíveis, notadamente por documentos, perícias, etc..
Atribui-se à causa o valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), exclusivamente para os fins do artigo 291 do Código de Processo Civil.
Serra, 13 de maio de 2021
Defensor Público (Assinatura) Defensor Público (Assinatura)
 
 
AÇÃO
 
CIVIL
 
PÚBLICA
 
PARA
 
CUMPRIMENTO
 
DE
 
OBRIGAÇÃO
 
DEFAZER
 
EXCELENTÍSSIM
O 
SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
 
COMARCA
 
DE 
SERRA
/
ES
 
 
 
 
A DEFENSORIA
 
PÚBLIC
A
 
DO
 
ESTADO
 
DO
 
ESPÍRITO SANTO
, 
através dos 
Defensores públicos
 
que a esta assinam, no uso de
 
suas
 
atribuições
 
legais,
 
com
 
fundamento
 
nos
 
artigo 5º, LXXIV e XXXV, e artigo 134 da Constituição 
da República, no artigo 5º, 
II, da Lei nº. 7.347/85 (com redação dada pela Lei nº. 
11.448/07) e no artigo 4º, VII, da Lei Complementar nº. 80/1994 (com redação dada 
pela Lei Complementar nº. 132/2009)
, 
na
 
defesa
 
das
 
pessoas
 
portadoras
 
de
 
deficiência
 
da
 
Comarca
 
de 
Serra
,
 
vêm
 
propor
 
a
 
presente
,
 
 
 
 
contra o
 
MUNICÍPIO DE 
SERRA
,
 
pessoa
 
jurídica
 
de
 
direito
 
público
 
interno, 
 
representado
 
juridicamente, nos termos do art. 
75
, 
I
II, do Código de Processo 
Civil, pelo seu
 
Exmo. Sr. Prefeito, com endereço 
(ENDEREÇO COMPLETO)
,
 
E 
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
, 
pessoa
 
jurídica
 
de
 
direito
 
público
 
interno, 
 
representado
 
juridicamente, nos termos do art. 75, II, do Código de Processo Civil, 
pelo seu
 
Exmo. Sr. 
Governador
, com 
endereço (ENDEREÇO COMPLETO),
 
pelos
 
fundamentos
 
de
 
fato
 
e
 
de
 
direito
 
a
 
seguir
 
expostos:
 
 
 
1.
 
COMPETÊNCIA
 
 
A Lei 
 
nº 
7347/85, 
da
 
Ação Civil Pública definiu a regra de competência como sendo 
aquela do local do dano, é o que s
e depreende do seguinte dispositivo: 
 
 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local 
onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para 
processar e julgar a causa. Parágrafo único A propositura da ação 
prevenirá a jurisdi
ção do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
 
 
 
2.
 
DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA E DAS 
PRERROGATIVAS DOS DEFENSORES PÚBLICOS 
ESTADUAIS
 
 
Os 
portadores de necessidades especiais
 
(coleti
vidade) requerem o benefício da 
Justiça Gratuita, por não poderem arcar com as custas e despesas do presente processo 
sem prejuízo do sustento próprio e da família, com 
resplado
 
no artigo 4º da Lei nº. 
1.060/50. 
Re
lembra
, a necessidade de observânc
ia das prerrogativas dos Defensores 
Públicos 
Estaduais
 
previstas 
no
 
CPC, artig
os 185 a 187,
 
especialmente no que tange à 
contagem em dobro dos prazos processuais e à intimação pessoal
 
de todos os 
atos do 
processo
.
 
 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA 
CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DEFAZER 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 
COMARCA DE SERRA/ES 
 
 
 
A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, 
através dos Defensores públicos que a esta assinam, no uso de suas atribuições 
legais, com fundamento nos artigo 5º, LXXIV e XXXV, e artigo 134 da Constituição 
da República, no artigo 5º, II, da Lei nº. 7.347/85 (com redação dada pela Lei nº. 
11.448/07) e no artigo 4º, VII, da Lei Complementar nº. 80/1994 (com redação dada 
pela Lei Complementar nº. 132/2009), na defesa das pessoas portadoras de 
deficiência da Comarca de Serra, vêm propor a presente, 
 
 
 
contra o MUNICÍPIO DE SERRA, pessoa jurídica de direito público interno, 
representado juridicamente, nos termos do art. 75, III, do Código de Processo 
Civil, pelo seu Exmo. Sr. Prefeito, com endereço (ENDEREÇO COMPLETO), E 
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, pessoa jurídica de direito público interno, 
representado juridicamente, nos termos do art. 75, II, do Código de Processo Civil, 
pelo seu Exmo. Sr. Governador, com endereço (ENDEREÇO COMPLETO), pelos 
fundamentos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
 
1. COMPETÊNCIA 
 
A Lei nº 7347/85, da Ação Civil Pública definiu a regra de competência como sendo 
aquela do local do dano, é o que se depreende do seguinte dispositivo: 
 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local 
onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para 
processar e julgar a causa. Parágrafo único A propositura da ação 
prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
 
 
2. DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA E DAS 
PRERROGATIVAS DOS DEFENSORES PÚBLICOS ESTADUAIS 
 
Os portadores de necessidades especiais (coletividade) requerem o benefício da 
Justiça Gratuita, por não poderem arcar com as custas e despesas do presente processo 
sem prejuízo do sustento próprio e da família, com resplado no artigo 4º da Lei nº. 
1.060/50. Relembra, a necessidade de observância das prerrogativas dos Defensores 
Públicos Estaduais previstas no CPC, artigos 185 a 187, especialmente no que tange à 
contagem em dobro dos prazos processuais e à intimação pessoal de todos os atos do 
processo.

Continue navegando